Relatório Prevenção de acidentes domésticos
Relatório Prevenção de acidentes domésticos
Relatório Prevenção de acidentes domésticos
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A prevalência <strong>de</strong> quedas está associada com<br />
ida<strong>de</strong> avançada, se<strong>de</strong>ntarismo, autopercepção<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como sendo ruim e maior número<br />
<strong>de</strong> medicações referidas para uso contínuo<br />
(SIQUEIRA et al, 2007). Existe uma associação<br />
pequena, mas consistente, entre quedas<br />
e a maioria das drogas psicotrópicas. A<br />
polifarmácia, consumo diário <strong>de</strong> quatro ou<br />
mais medicamentos, também foi relacionada<br />
a quedas, provavelmente por implicar maior<br />
risco <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> medicamentos ina<strong>de</strong>quados,<br />
reações adversas e interações medicamentosas<br />
(GAMA; GOMEZ-CONESA, 2008). A queda<br />
também é um problema comum entre pacientes<br />
jovens afetados por distúrbios neurológicos,<br />
principalmente aqueles com <strong>de</strong>sempenho<br />
reduzido no equilíbrio e na marcha (SAVERINO;<br />
MORIARTY; PLAYFORD, 2014).<br />
Quedas representam um sério problema para<br />
as pessoas idosas e estão associadas a elevados<br />
índices <strong>de</strong> morbi-mortalida<strong>de</strong>, redução da<br />
capacida<strong>de</strong> funcional e institucionalização<br />
precoce. Os ambientes resi<strong>de</strong>ncial e externo<br />
po<strong>de</strong>m aumentar o risco <strong>de</strong> quedas e <strong>de</strong>vem<br />
ser incluídos na programação <strong>de</strong> avaliação da<br />
pessoa idosa. Presença <strong>de</strong> escadas, ausência<br />
<strong>de</strong> diferenciação <strong>de</strong> <strong>de</strong>graus e corrimãos,<br />
iluminação ina<strong>de</strong>quada, tapetes soltos,<br />
obstáculos (fios elétricos, pisos mal conservados<br />
etc) no local <strong>de</strong> circulação, são alguns dos riscos<br />
comuns observados. (BRASIL, 2006).<br />
Uma revisão sistemática (GILLESPIE et al.,<br />
2012) investigando intervenções para reduzir<br />
a ocorrência <strong>de</strong> quedas entre pessoas idosas<br />
vivendo nas comunida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificou que a<br />
realização <strong>de</strong> exercícios guiados <strong>de</strong> equilíbrio<br />
e força, em grupos ou em visitas domiciliares,<br />
foi efetiva em reduzir quedas, assim como a<br />
realização <strong>de</strong> Tai Chi. Os efeitos da distribuição<br />
<strong>de</strong> material informativo, por outro lado, não<br />
foram conclusivos. Tais informações são<br />
especialmente relevantes quando pensamos na<br />
oferta <strong>de</strong> ações estratégicas para a comunida<strong>de</strong>.<br />
A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> risco individual também<br />
aparece como uma intervenção efetiva, e há<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> risco sugerido pela<br />
Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (SÃO<br />
PAULO, 2010).<br />
16