Relatório Prevenção de acidentes domésticos
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OPÇÕES PARA ABORDAR O PROBLEMA<br />
Principais elementos da<br />
opção<br />
O efeito <strong>de</strong>ssa opção na redução da taxa <strong>de</strong> quedas po<strong>de</strong> ser potencializado<br />
se fizer parte <strong>de</strong> uma intervenção multifatorial, que inclua outras abordagens<br />
tais como práticas <strong>de</strong> exercícios físicos ou a<strong>de</strong>quação do ambiente doméstico<br />
(HOPEWELL et al., 2018), em especial, se as intervenções multifatoriais<br />
integrarem avaliação com abordagem individualizada, geralmente envolvendo<br />
uma equipe multidisciplinar (GILLESPIE et al., 2012).<br />
A Classificação Internacional <strong>de</strong> Funcionalida<strong>de</strong>, Incapacida<strong>de</strong> e Saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser<br />
uma estrutura útil para enten<strong>de</strong>r o impacto mais amplo das intervenções <strong>de</strong><br />
prevenção <strong>de</strong> quedas (FAIRHALL et al., 2011). Medir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (QV) é<br />
uma parte importante na avaliação dos efeitos dos tratamentos e serviços <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> no bem-estar dos pacientes. Este tipo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>ve ser incluído ao<br />
avaliar os efeitos dos programas preventivos (VAAPIO et al., 2008).<br />
Uma diretriz coreana <strong>de</strong> média qualida<strong>de</strong> (KIM et al., 2017) indica que a<br />
avaliação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> queda multifatorial <strong>de</strong>ve ser realizada para idosos<br />
resi<strong>de</strong>ntes na comunida<strong>de</strong> que relatam quedas recorrentes (≥ 2), dificulda<strong>de</strong>s<br />
com a marcha ou equilíbrio, ou que procuram atendimento médico ou<br />
se apresentam ao pronto-socorro <strong>de</strong>vido a uma queda. As avaliações<br />
multifatoriais <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> queda são uma avaliação geriátrica abrangente<br />
ou focada em quedas, geralmente incluindo duas ou mais das seguintes<br />
avaliações: visão, marcha, mobilida<strong>de</strong>, força muscular, uso <strong>de</strong> medicamentos,<br />
comprometimento cognitivo, hipotensão ortostática e riscos ambientais.<br />
Protetores <strong>de</strong> quadril consistem em escudos <strong>de</strong> plástico ou almofadas <strong>de</strong><br />
espuma montadas em bolsos em roupas íntimas especialmente projetadas.<br />
Eles são usados para reduzir o impacto <strong>de</strong> uma queda lateral no quadril<br />
(GILLESPIE; GILLESPIE; PARKER, 2010). A oferta <strong>de</strong> um protetor <strong>de</strong> quadril po<strong>de</strong><br />
aumentar a confiança nos idosos, porque ele provavelmente faz com que os<br />
participantes se sintam seguros quando se movem (DUKYOO; JUHEE; LEE,<br />
2008).<br />
Em geral, o uso <strong>de</strong> vitamina D não parece prevenir quedas em todas as pessoas<br />
idosas que vivem na comunida<strong>de</strong>, mas parece ser eficaz em pessoas que têm<br />
níveis mais baixos <strong>de</strong> vitamina D antes do tratamento, em mulheres idosas<br />
que sofreram aci<strong>de</strong>nte vascular cerebral (AVC) e hoje vivem em instituições<br />
asilares, e para aquelas que tem doença <strong>de</strong> Alzheimer (BATCHELOR et al., 2010;<br />
GILLESPIE et al., 2012; HILL et al., 2018).<br />
Em pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual severa, a primeira cirurgia ocular <strong>de</strong> catarata<br />
reduz significativamente a taxa <strong>de</strong> quedas em comparação com os grupos<br />
controle, mas não o risco <strong>de</strong> queda ou risco <strong>de</strong> fratura (CARPENTER, 2010).<br />
Intervenções <strong>de</strong> correção <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> visão (avaliação por oculista,<br />
a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> óculos ou intervenções cirúrgicas), quando combinadas com<br />
outras estratégias, também são efetivas na prevenção <strong>de</strong> quedas entre idosos<br />
(ZHANG; SHUAI; LI, 2015).<br />
A taxa <strong>de</strong> quedas foi reduzida em pessoas com dor no pé incapacitante<br />
recebendo “podologia multifacetada” (órteses customizadas, revisão <strong>de</strong><br />
calçados, exercícios para pé e tornozelo, educação para prevenção <strong>de</strong> quedas<br />
além <strong>de</strong> “cuidados podológicos usuais”). Já a estimulação cardíaca em pessoas<br />
com hipersensibilida<strong>de</strong> do seio carotí<strong>de</strong>o, e uma história <strong>de</strong> síncope e / ou<br />
quedas, reduziu a taxa <strong>de</strong> quedas (GILLESPIE et al., 2012), mas não o número <strong>de</strong><br />
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