Chicos 57 - 21.06.2019
Chicos é uma e-zine que circula apenas pelos meios digitais. A linha editorial é fundamentalmente voltada para a literatura dos cataguasenses, mas aberta ao seu entorno e ao mundo. Procura manter, em cada um dos seus números, uma diversidade temática.
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<strong>Chicos</strong><br />
Blanca Varela<br />
Blanca Varela, poeta peruana nascida em<br />
Lima em 10.08.1926, falecida em 12.03.2009.<br />
Muito jovem ingressou na Universidade de San<br />
Marcos para estudar Letras travando amizade<br />
com importantes intelectuais da época. Em<br />
1949 radicou-se em Paris, onde conheceu Octavio<br />
Paz, que foi determinante em sua carreira<br />
literária, conectando-a ao círculo de intelectuais<br />
latino-americanos e espanhóis radicados na<br />
França. Publicou obras inscritas no Movimento<br />
Surrealista e na chamada Geração dos 50 da<br />
poesia peruana. Blanca Varela pode ser considerada<br />
uma das vozes mais significativas da<br />
lírica hispano-americana no século XX.<br />
Em 1959 publicou seu primeiro livro, Ese<br />
puerto existe, em 1963, Luz de día, em 1971<br />
Valses y otras confesiones. Em 1978, realizou a<br />
primeira recompilação fundamental de sua escritura<br />
em Canto villano. Finalmente sua antologia<br />
de 1949 a 1998 com o título Como Dios<br />
en la nada.<br />
“Si em seu início Blanca Varela parece<br />
assumir uma poesia de corte mais ou menos<br />
universal seguida pelo selo do macho ao empregar<br />
um eu poético masculino, como já assinalei,<br />
os primeiros traços de uma linha de escrita<br />
claramente feminina, marcada por uma abordagem<br />
incomum e peculiar do corpo, logo aparecerão<br />
nela. Isso se dará por meio da poetização<br />
de experiências íntimas da mulher, como a<br />
maternidade ou o parto...", - Roland Forgues<br />
A Geração dos 50, grupo de poetas peruanos,<br />
cuja expressão lírica é definida por Andityas<br />
Soares de Moura Costa Matos: “A poesia<br />
gestada nos últimos anos 50 por peruanos (...)<br />
constitui uma experiência estética ao mesmo<br />
tempo profunda e desigual, tendo atingido momentos<br />
de grande intensidade lírica e, paradoxalmente,<br />
em outras oportunidades, tendo recorrido<br />
a uma expressividade de salão bastante<br />
formalista, quase amadora (...). Tal contradição<br />
reflete de maneira clara as perplexidades que<br />
perpassam a história recente do Peru, que, no<br />
fundo, correspondem à narrativa essencial da<br />
América Latina: golpes militares, ditaduras, pobreza<br />
generalizada, violência (...) busca de identidade<br />
nacional (...).” em El río hablador / O<br />
rio que fala - Antologia da poesia peruana / Antología<br />
de la poesía peruana de Everardo Norões<br />
“esta infinita e rebelde ferida<br />
de tempo que sou”<br />
(Malevitich en su ventana, p. 18)<br />
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