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20 NACIONAL<br />

23-2-2017<br />

Defender a economia<br />

O Grupo Parlamentar do PCP esteve reunido, dia 15, na<br />

Assembleia Legislativa da Madeira, com a Confederação<br />

Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas. Em<br />

declarações proferidas no final do encontro, os comunistas<br />

defenderam uma carga mais favorável para as micro-<br />

-empresas (23 mil na região), assim como a redução para<br />

15 por cento da taxa de IRC para as empresas instaladas<br />

na região e de 10 por cento para as novas micro-empresas.<br />

Na reunião alertou-se ainda para as dificuldades impostas<br />

às micro e pequenas empresas na região no acesso aos<br />

fundos comunitários, nomeadamente ao «Madeira 2020».<br />

Precariedade na autarquia<br />

Num comunicado distribuído aos trabalhadores da Câmara<br />

de Sines, a Coligação PCP-PEV denuncia casos de<br />

precariedade na autarquia e exige a contratação de novos<br />

trabalhadores.<br />

No documento, onde se afirma que a gestão PS<br />

«desempenhou um papel lamentável de travão à progressão<br />

de carreiras de dezenas de trabalhadores que a solicitaram»,<br />

a CDU informa que a autarquia «recorre todos os anos ao<br />

trabalho precário, em cerca de 50 aquisições de serviços<br />

em falsos regimes de tarefas e avenças».<br />

Abolição de portagens<br />

Em comunicado à população, a CDU defendeu, uma vez<br />

mais, a abolição das portagens na A1 no concelho de Vila<br />

Franca de Xira, «uma necessidade que é urgente<br />

concretizar». «Colocados perante a necessidade de utilizar<br />

a Estrada Nacional 10, a população do concelho sente,<br />

diariamente, os constrangimentos que esta via lhes coloca,<br />

particularmente em horas de ponta», refere a Coligação<br />

PCP-PEV, alertando para as «sérias implicações não só ao<br />

nível ambiental, afectando a qualidade de vida das populações<br />

e a saúde pública, como para a economia do concelho».<br />

Vitória das populações<br />

No dia 8, a Câmara da Moita aprovou o Protocolo de<br />

Cooperação a firmar com a Administração Regional de<br />

Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) para a instalação<br />

da Unidade de Saúde da Baixa da Banheira. O novo<br />

equipamento, da responsabilidade do Ministério da Saúde,<br />

vai ser construído num terreno cedido em direito de superfície<br />

pela autarquia, na zona Sul da Baixa da Banheira (junto à<br />

rotunda 25 de Abril).<br />

Linha do Oeste<br />

«Quem gere a Linha do Oeste, a CP, decidiu levar as<br />

melhores automotoras (série 592) para a Linha do Douro»,<br />

denuncia, em comunicado à população de Alcobaça, a<br />

CDU, força política que «não aceita que haja redução dos<br />

objectivos da linha, que tem todas as potencialidades para<br />

se desenvolver, com sucesso, ao serviço da região e do<br />

País». Assim, critica-se, «voltar às automotoras UDD dos<br />

anos 70 é um mau sinal que tem de ser revertido<br />

rapidamente pelo Governo PS e pela CP».<br />

Alertar os consumidores<br />

A União dos Agricultores do Distrito de Leiria (UADL)<br />

esteve, na passada semana, nas ruas de Pombal, em contacto<br />

com os consumidores, junto a algumas grandes superfícies<br />

comerciais e ao Mercado Municipal. A iniciativa, integrada<br />

na jornada que assinala dos 39 anos da Confederação<br />

Nacional da Agricultura, teve como finalidade alertar para<br />

a situação dos baixos preços à produção.<br />

Num documento, distribuído na ocasião, informa-se que<br />

por cada cem euros de produtos alimentares que o<br />

consumidor paga, o agricultor recebe 20 euros em média<br />

e, desses, 75 por cento são custos de produção.<br />

A UADL reuniu também com a Câmara de Pombal, a quem<br />

transmitiu as principais preocupações dos agricultores<br />

familiares da região.<br />

Plenários de bolseiros<br />

No dia 15, a Associação de Bolseiros de Investigação<br />

Científica (ABIC) realizou um plenário, na Faculdade de<br />

Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), com cerca de<br />

100 bolseiros. Nesta iniciativa, que serviu para reactivar o<br />

núcleo da ABIC naquela faculdade, debateu-se o novo<br />

Decreto-Lei 57/2016 para o emprego cientifico, que prevê<br />

a contratação de doutorados, a actual precariedade no<br />

emprego científico, nomeadamente o sistema de bolsas, e<br />

a situação dos bolseiros na FCUL.<br />

Foram ainda anunciados novos plenários, no dia 2, na<br />

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e, no dia<br />

3, no Instituto de Saúde Doutor Ricardo Jorge.<br />

MDM dirige combate ao sistema prostitucional<br />

Tráfico é crime<br />

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM)<br />

apresentou, dia 14, no Clube Fenianos Portuenses,<br />

o projecto «ACT – Agir contra o tráfico<br />

de mulheres».<br />

Depois de Faro e Lisboa,<br />

o projecto, a desenvolver<br />

nos próximos 18 meses pelo<br />

núcleo do MDM no Porto,<br />

pretende continuar a<br />

aumentar o conhecimento<br />

e consciência, em particular<br />

das mulheres e jovens,<br />

sobre o crime de tráfico de<br />

seres humanos e para a sua<br />

prevenção e combate.<br />

«É preciso combater de<br />

forma veemente este flagelo<br />

que atravessa fronteiras<br />

e arrasa os valores da dignidade<br />

da pessoa humana»,<br />

refere o movimento,<br />

exigindo o combate «às políticas<br />

geradoras da exploração<br />

das mulheres e das<br />

meninas», que «não pode<br />

ser desligado das causas<br />

que alimentam o negócio<br />

altamente lucrativo, que vive<br />

da exploração dos corpos<br />

e sonhos de milhões<br />

«É preciso<br />

combater de forma<br />

veemente este<br />

flagelo»<br />

de mulheres e crianças –<br />

as vítimas mais vulneráveis,<br />

e em maior número – em<br />

consequência da pobreza,<br />

da desigualdade, da discriminação<br />

e da expansão do<br />

sistema prostitucional».<br />

De acordo com os dados<br />

apresentados, estima-se<br />

que na Europa mais de 76<br />

por cento das vítimas de<br />

tráfico são mulheres e, pelo<br />

menos, 15 por cento são<br />

crianças; as mulheres e<br />

crianças são 95 por cento<br />

do total de pessoas traficadas<br />

para fins de prostituição;<br />

a forma mais comum<br />

de tráfico de seres humanos<br />

é a exploração sexual<br />

(67 por cento), seguida da<br />

exploração laboral (21 por<br />

cento).<br />

Em Portugal o cenário<br />

não é diferente. Segundo<br />

o Observatório de Trafico<br />

de Seres Humanos, das<br />

182 presumíveis vítimas<br />

de tráfico de seres humanos<br />

sinalizadas, 27 eram<br />

menores e 141 adultos,<br />

das quais 123 eram mulheres.<br />

Os casos que envolviam<br />

mulheres estavam associados,<br />

na sua totalidade,<br />

ao fim de exploração<br />

sexual.<br />

Neste sentido, o MDM<br />

exige que o Governo ponha<br />

fim a este «negócio<br />

sórdido», que se expande<br />

cada vez mais às claras<br />

com todas as suas redes, e<br />

apela a que não se legitime<br />

a prostituição como<br />

uma profissão deixando as<br />

mulheres mais indefesas e<br />

sujeitas a uma violência<br />

que golpeia os direitos humanos<br />

e a dignidade.<br />

Grande homenagem a Carlos Paredes<br />

Carta de Compromisso<br />

No dia 14, na Universidade de Aveiro, perante<br />

uma vasta e representativa assistência, foi<br />

assinada uma Carta de Compromisso entre a<br />

secretária de Estado para a Cidadania e a<br />

Igualdade, Catarina Marcelino, e o Movimento<br />

Democrático de Mulheres (MDM), representado<br />

por Regina Marques, do seu Secretariado<br />

Nacional. O documento permitirá dar<br />

continuidade e aprofundar a intervenção do MDM<br />

ao nível da promoção da igualdade de género e de<br />

combate à violência no namoro.<br />

Mais de 600 pessoas participaram,<br />

no domingo, 19, numa homenagem<br />

a Carlos Paredes promovida pela Associação<br />

Conquistas da Revolução<br />

(ACR) no salão de «A Voz do Operário»,<br />

em Lisboa. Na sessão participaram<br />

mais de uma dezena de artistas<br />

que, a título individual ou colectivo,<br />

fizeram questão de dar o seu<br />

contributo evocando não só o genial<br />

mestre da guitarra portuguesa como<br />

também o homem e o ser humano<br />

de excepção que foi Carlos Paredes.<br />

Apresentado foi também o filme «Devaneios<br />

flutuantes», de Pedro Sena<br />

Nunes.<br />

No final da iniciativa, que contou<br />

ainda com a intervenção de Manuel<br />

Begonha, presidente da Direcção da<br />

ACR, cantou-se a «Grândola Vila Morena»<br />

com a presença de todos os artistas<br />

em palco: Gonçalo Lopes e Mariana<br />

Abrunheiro; Joana Bagulho;<br />

Fausto Neves, Manuel Pires da Rocha<br />

e Carlos Canhoto – trio «Músicas<br />

com Paredes de Vidro»; Samuel<br />

e Nuno Tavares; Coro Lopes Graça<br />

da Academia de Amadores de Música,<br />

com direcção artística de José<br />

Robert e participação do pianista<br />

Fausto Neves; Henrique Fraga e Marco<br />

Matos – «A nossa guitarra»; Bruno<br />

Costa e Paulo Figueiredo – Cordis;<br />

Alexandre Branco e Bruno Costa.<br />

URAP promove homenagem aos tarrafalistas<br />

Continuar a defender a liberdade<br />

No sábado, 18, em Lisboa, cerca<br />

de uma centena de pessoas participaram<br />

na homenagem anual aos tarrafalistas,<br />

homens antifascistas que,<br />

pelo seu amor à liberdade, perderam<br />

anos das suas vidas e 32 deles<br />

as próprias vidas no Campo de Concentração<br />

do Tarrafal. O momento<br />

– junto ao Mausoléu, no Cemitério<br />

do Alto de São João – contou com<br />

as intervenções de José Vargas e de<br />

Bento Luís, da União de Resistentes<br />

Antifascistas Portugueses, e um momento<br />

cultural, de música e poesia,<br />

da responsabilidade de o «Nó».

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