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ARGUMENTOS<br />
28 23-2-2017<br />
SOCIEDADE<br />
• Vladimiro Vale<br />
O Homem vive da Natureza, isto é, a natureza<br />
é o seu corpo e com ela tem que manter um diálogo<br />
contínuo se não quiser morrer. Dizer que a vida<br />
do Homem está ligada à Natureza significa<br />
que a Natureza está ligada a ela própria,<br />
pois o Homem é parte da Natureza.<br />
K. Marx Manuscritos Económico Filosóficos de 1844.<br />
Áreas Protegidas<br />
– Defender o papel do Estado<br />
PALAVRAS CRUZADAS<br />
Existem concepções que partem do<br />
equívoco de que o Homem está fora<br />
da Natureza, apontam para um<br />
conflito entre antropocentrismo e ecocentrismo,<br />
esquecendo que o Homem é parte da Natureza e<br />
com ela tem um metabolismo complexo de intercâmbio<br />
de «coevolução». Existe até quem olhe para<br />
o despovoamento humano de grandes áreas do<br />
País como positivo para a protecção do ambiente.<br />
Concepções como estas ajudam a explicar as políticas<br />
dos sucessivos governos, reflectida nos Regulamentos<br />
e Planos de Ordenamento das áreas protegidas,<br />
em que as populações são apresentadas como<br />
principais responsáveis pela degradação dos recursos,<br />
conduzindo a uma linha de proibição da actividade<br />
humana dentro das áreas protegidas.<br />
Portanto, os planos das áreas protegidas são, muitas<br />
vezes, meros conjuntos de proibições, sem visão<br />
de desenvolvimento e sem a preocupação de trazer<br />
vantagens para as populações. O ataque começa invariavelmente<br />
às actividades populares e tradicionais<br />
e não aos grandes empreendimentos, mesmo<br />
que estes tenham reconhecidos e profundos impactos<br />
ambientais.<br />
Políticas de gestão das áreas protegidas com o objectivo<br />
de impedir a degradação de muitos desses<br />
espaços, valorizá-los em conjunto com as populações<br />
locais que as moldaram com trabalho árduo<br />
desde tempos ancestrais e que são a mais sólida garantia<br />
para o seu futuro desenvolvimento sustentado,<br />
são incompatíveis com a falta de investimento<br />
público e com a degradação da capacidade de resposta<br />
das estruturas do Estado. Isto é tanto mais<br />
grave quando se trata de territórios a braços com<br />
inquietantes processos de despovoamento, de abandono<br />
e declínio social, de encerramento de serviços<br />
públicos de proximidade e das actividades económicas<br />
em resultado das políticas de abandono dos<br />
espaços rurais e sectores produtivos que lhe dão vida.<br />
A desresponsabilização do Estado central através<br />
da entrega da gestão das áreas protegidas a autarquias<br />
vem numa linha de quebra de investimento e<br />
de meios materiais e humanos essenciais para a defesa<br />
das zonas ecologicamente sensíveis e das áreas<br />
protegidas, dificultando a defesa do equilíbrio da<br />
natureza e também o combate à desertificação e ao<br />
despovoamento de enormes áreas do País. Os sucessivos<br />
governos primeiro criaram as super-áreas<br />
protegidas, os super-directores, a exclusão do Poder<br />
Local, a privatização e a mercantilização da gestão<br />
territorial, agravando os problemas das Áreas<br />
Protegidas. O actual Governo PS, com a justificação<br />
da degradação da resposta das estruturas do<br />
Estado afectadas por estas políticas, procura desresponsabilizar<br />
o Estado passando a gestão para as<br />
autarquias. A municipalização da gestão das áreas<br />
Protegidas vai transferir para as autarquias uma responsabilidade<br />
que elas não podem nem devem assumir<br />
e colocará em causa a adopção de políticas<br />
unificadoras em torno das áreas protegidas. Sendo<br />
importante o envolvimento das autarquias e eleitos<br />
locais, só a salvaguarda do papel do Estado Central<br />
nas áreas protegidas garantirá que a utilização dos<br />
recursos naturais seja feita ao serviço do País e do<br />
povo e não ao serviço apenas de alguns.<br />
É por isso fundamental uma política de defesa do<br />
equilíbrio da natureza que valorize a presença humana<br />
no território e que tenha em conta a solidariedade<br />
nacional para colmatar as imposições e limitações<br />
com que se confrontam os habitantes das áreas<br />
protegidas, nomeadamente através de investimento<br />
público, gestão pública das áreas protegidas e o reforço<br />
de meios materiais e humanos do ICNF com<br />
a salvaguarda dos direitos dos seus trabalhadores.<br />
HORIZONTAIS: 1 - Conjunto de coisas descritas e enumeradas; abrir caminho com ímpeto;<br />
fêmea do lobo. 2 - Santo a quem é dedicado um templo ou capela (pl.); o mesmo; tranquilidade<br />
pública. 3 - Quadrúpede ruminante que tem gibas sobre o dorso (pl.); nome de um explosivo<br />
moderno. 4 - Gavinha; letra grega correspondente ao i; gostar muito de. 5 - Itinerário;<br />
pequena mala; abertura da parte superior da laringe. 6 - Gracejar; parte da Medicina que se<br />
ocupa das operações; grito de dor ou de alegria. 7 - Do feitio de ovo; aquilo que o artífice<br />
produz. 8 - Contr. da prep. em com o art. def. a; perfilhara; irmão dos pais ou dos avós. 9 -<br />
Limalha; nó que se desata facilmente; antiga possessão portuguesa na costa da Índia. 10 -<br />
Prefixo de origem latina que significa metade, meio ou quase, rendimento do dinheiro emprestado;<br />
cólera. 11 - Aquele que trata da produção de animais.; aparte curva do báculo. 12 -<br />
Sétima letra do alfabeto grego correspondente ao e longo dos latinos; apertar com nó ou laçada;<br />
relativo a feudo ou ao feudalismo. 13 - Ave parecida com a pomba; aplanem; fileira.<br />
VERTICAIS: 1 - Brinquedo de criança; rejuvenescer. 2 - Além disso; seis em numeração<br />
romana; multidão compacta de pessoas. 3 - Terra alagadiça que produz muito pasto; plantio<br />
de amieiros. 4 - Transforma em gelo; mostra diversidade de aspectos, diferença de cor ou de<br />
tom. 5 - Massa de água que se enrola quando há ressaca e depois se desenrola, espraiando-se;<br />
qualquer de entre dois ou mais; contr. da prep. de com o art. def. a. 6 - Sufixo de abundância;<br />
armazém em forma de torre para substâncias sólidas; nome da letra J. 7 - Fechar (as asas)<br />
para descer mais rapidamente; diz-se do número gramatical que indica mais de um. 8 - Letra<br />
grega correspondente a p; esconder; trata levianamente de um assunto. 9 - Aquele que edita;<br />
ave de rapina do género falcão. 10 - Cabelo raro e delgado; que se gorou (ovo); nome da letra F. 11 - A mim; corcunda; cada um dos artigos de uma exposição<br />
escrita. 12 - Amofinar; ave pernalta, da família dos cultrirrostros. 13 - Fecundo; boato, rumor. 14 - Planta solanácea com tubérculos subterrâneos<br />
e comestíveis; movia-se de um sítio para outro; um certo. 15 - Árvore rosácea cujo pequeno fruto é uma drupa acerba e negra; diálogo, conversa.<br />
HORIZONTAIS: 1 - Rol; romper; loba. 2 - Oragos; idem; paz. 3 - Camelos; iperite. 4 - Elo; iota; amar. 5 - Via; saco; glote. 6 - Rir; cirurgia; ai. 7 -<br />
Oval; obra. 8 - Na; adoptara; tio. 9 - Apara; laço; Goa. 10 - Semi; juro; ira. 11 - Criador; retorta. 12 - Eta; atar; feudal. 13 - Rola; alisem; ala.<br />
VERTICAIS: 1 - Roca; renascer. 2 - Ora; VI; aperto. 3 - Lameiro; amial. 4 - Gela; varia. 5 - Rolo, cada; da. 6 - Oso; silo; jota. 7 - Siar; plural. 8 - Pi;<br />
ocultar; ri. 9 - Editor; açor. 10 - Repa; goro; efe. 11 - Me; giba; item. 12 - Ralar; grou. 13 - Opimo; atoarda. 14 - Batata; ia; tal. 15 - Azereiro; fala.<br />
Lê e divulga<br />
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(IVA e portes incluídos)<br />
(50 números) . . . . . . . . . . . . . . . . . 54.00<br />
(25 números) . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.00<br />
Europa: (50 números) . . . . . . . . . . . . 120.00<br />
Extra Europa: (50 números) . . . . . . . 180.00<br />
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