22 GESTÃO E NEGÓCIOS COMO A DISNEY INTERNACIONALIZOU SEUS PARQUES Levar a sua empresa para outro país é uma decisão difícil de ser tomada e pode carregar um grande nível de ansiedade. Mas como devemos enxergar a oportunidade que bate a porta, de oferecer ao mundo nossos produtos e serviços? Será que essa oportunidade é sempre um bom negócio? Como me dedico a estudar a metodologia Disney, é meu dever analisar essa circunstância sob o ponto de vista do Mickey, o verdadeiro CEO da Disney. Sendo assim, vamos entender como a Disney deu seus primeiros passos para fora dos EUA e como ela encarou e, ainda encara, seus negócios além de suas fronteiras. As animações criadas por Walt Disney sempre foram aclamadas pelo mundo todo. No entanto, ao serem exibidas em outros países, a Disney tinha pouca ou nenhuma participação no processo. Pois o Disney Brothers Studios (antigo nome da empresa), era apenas a produtora desses conteúdos e, precisava de empresas distribuidoras para que esse produto chegasse nos 4 cantos dos EUA, em alguns casos para outros países. Por esse motivo, o primeiro processo de internacionalização que a Disney sofreu foi de suma importância para a empresa, mas não se tornou lucrativo neste momento. O resultado? Sucesso absoluto. A Tokio Disneyland foi um protótipo de sucesso, predecessor dos parques de Paris, Hong Kong e Shanghai, e é até hoje um dos parques mais visitados da franquia Disney. Além disso foi expandido em 2001 com a construção do “Tokio Disney Sea”, um parque diferente de todos os outros ao redor do mundo. Essa experiência foi a base de como a Disney encara seus projetos internacionais. Com cautela, por meio de muito estudo e, acima de tudo mantendo o padrão de excelência da empresa. Aprendemos, portanto, que paciência é vital para saber a hora certa de tomar esse passo importante na vida do nosso negócio. Além disso, o equilíbrio entre ceder e ser firme com os seus processos também é parte vital. Perceba que a Disney abriu mão de certo controle, mas não do que está estabelecido em sua cultura, como a excelência e a experiência de seu cliente. Lembre-se das sábias palavras do explorador espacial Buzz Lightyear sempre que decidir expandir seus negócios: “Ao infinito e além” Quando falamos da divisão de Parks & Resorts, a Disney decidiu construir seu primeiro parque fora dos EUA no fim da década de 70, e este projeto se concretizou no início da década de 80. Este processo foi interessante, pois a Disney, uma empresa com as garras fincadas no legado de seu fundador, teve que abrir exceções importantes para se adequar ao mercado japonês, que tanto a interessava e também serviria de protótipo para futuros projetos. A Disney, sempre tão possessiva com suas marcas e personagens, teve de abrir mão da administração do parque para a “The Oriental Land Company”, dona do terreno e das licenças do governo japonês para a construção. No entanto, não abriu mão de liderar o projeto e de impor os seus padrões de qualidade, atendimento e excelência. Lembre-se sempre: “AO INFINITO E ALÉM” BRUNO GONÇALVES Especialista em metodologia Disney @uau.business
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