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PANDEMIA
MUDANÇAS
ARMANDO VERGILIO, da Fenacor
afirma Mendonça, que também é provedor
da Santa Casa de São Paulo.
O Brasil terá problemas muito sérios
para serem resolvidos. Se os Estados
Unidos esperam uma queda de 30% do
seu PIB, é complicado imaginar o que
pode acontecer com o resto do mundo.
O que irá acontecer quando a pandemia
realmente se instalar é uma incógnita.
Deve haver uma maior judicialização
maior em todos os níveis, no mundo
inteiro.
ALEXANDRE CAMILLO,
do Sincor-SP
O MUNDO DOS CORRETORES
Boris Ber, CEO da Asteca Seguros e vice-presidente do Sincor-
-SP, conta que os consumidores ainda estão na fase de fazer perguntas:
“’o seguro de lucros cessantes cobre isso?’ ou ‘o seguro de vida
cobre’. Estão todos focados nas suas necessidades e prioridades”. Ele
destaca que é papel do corretor manter o cliente bem informado,
principalmente em um momento de grandes incertezas.
Ele aposta que os seguros de saúde e de vida serão os primeiros
a ajudar o mercado a se recuperar. “Quem não tinha pensado em
vida, vai pensar. Quem tiver a oportunidade de melhorar o seguro
de saúde ou vida, vai investir”.
Todos vão perder. Entretanto, alguns perderão menos, por
conseguir religar sua atividade econômica mais rápido, como o mercado
de seguros, segundo especialistas consultados pela Apólice. “O
que é ruim por um lado, pode significar uma oportunidade para o
nosso mercado. Haverá uma queda substancial no seguro de vida e
no de saúde em função de demissões, como já aconteceu em outras
crises no passado”, lamenta Armando Vergilio, presidente da Fenacor.
Entretanto, ele destaca que as pessoas que nunca pensaram
neste produtos passaram a dar mais importância a eles, colocando-
-os como prioridade. O setor de seguros deve sofrer, com a queda
da atividade econômica generalizada, com a paralisia das empresas
e do seu faturamento, o desemprego, o que provoca uma retração
forte. “Há empresas sem condições de pagar o aluguel, quanto mais
pagar a prestação do seguro”, constata Vergilio, acrescentando que,
no entanto, o setor será um dos primeiros a se reconectar, porque as
coisas estão funcionando bem.
O setor está funcionando bem em home office e a prova da
sua importância, sem fazer apologia ao Governo Federal, é que no
primeiro decreto do presidente foi declarada a atividade de seguro
como essencial, entre aquelas que poderiam continuar funcionando
mesmo diante do isolamento social, assim como farmácias, supermercados,
laboratórios, hospitais, clínicas e establecimentos de seguro.
“Esta é uma prova da importância do setor para a sociedade”.
Sobre o apoio das companhias de seguro aos corretores, Vergilio
destacou as conversas sobre o planejamento para atendimento
emergencial. “Algumas companhias estabeleceram as renovações
automáticas, dando prazo maior para o primeiro pagamento; as
companhias não estão aplicando estorno de comissão por cancelamento,
ou vão aplicar depois; algumas empresas estão com planos
de adiantamento de comissão por produção realizada”, indica.
Ele atribui esta realidade ao fato de que os corretores, neste
tsunami, estão atuando na linha de frente. “Não existe call center de
seguradora, por maior ou melhor que seja, que dê conta de atender.
O corretor está dando assessoria, prestando informações, tranquilizando
o segurado, atendendo e passando a ele segurança. Todo segurado
está conseguindo falar com o seu corretor”, verifica Vergilio.
Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP, ressalta que o
lado positivo do isolamento é que esta é uma experiência igual
para todos, com caráter de renovação e recomeço para todos. Ele
avalia três aspectos: primeiro, há uma melhora de compreensão de
nós mesmos, um momento reflexivo e de olhar internamente; segundo,
melhora o relacionamento interpessoal, porque nos obriga
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