You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
MERCADO
PERFIL
TRÊS TENDÊNCIAS FUNDAMENTAIS NA INDÚSTRIA
1. A BUROCRACIA SEM FIM TERÁ QUE ACABAR
Segundo Karem Karam, professora da ESPM:
Desde a contratação até a indenização de um seguro após sinistro, o
consumidor quer sentir que funciona sem “letras miúdas”, ou seja, ele
quer um processo fluído, transparente e ágil;
2. A JORNADA PRECISA SER 100% ONLINE
A experiência precisa ser totalmente digital. É assim que o consumidor
faz hoje em todos os segmentos;
LUCÍA APARICIO SARRACENO,
da Zurich
3. A DEFINIÇÃO DO VALOR TERÁ QUE SER FEITA DE MANEIRA
CUSTOMIZADA
Cada vez mais informações sobre os clientes estão disponíveis de forma
individual. Isto pode ser essencial para que os preços das apólices
sejam calculados de forma mais customizada e, consequentemente,
os custos serão mais assertivos.
RAFAEL SWIERCZYNSKI, da Ciclic
ANGELICA CARLINI,
da Carlini Advogados
O advogado André Luis Borsato, da equipe de Direito Securitário
do Rücker Curi Advocacia, avalia que a burocracia no ramo de
seguros já foi muito maior no passado e talvez esse tenha sido um
dos maiores entraves para o seu crescimento exponencial. “Porém,
estamos evoluindo muito neste sentido, com o advento das assinaturas
com certificado digital, aplicativos de celulares, tecnologias de
comunicação, mídias sociais e outros. Assim como o direito segue
a evolução da sociedade com a adequação e normatização diante
dos novos comportamentos da humanidade, o ramo do seguro também
segue essa linha, se adequando às novas necessidades sociais”,
afirma, citando a atual pandemia do coronavírus como exemplo de
novas oportunidades em produtos e garantias, principalmente nos
ramos vida e saúde.
Para o CEO da Ciclic, a burocracia está muito mais nos processos
das empresas do que na regulação da Susep. “Existe um espaço
enorme de inovação e desburocratização a ser preenchido até que
uma eventual regulamentação da Susep seja barreira neste sentido
– mas muitas pessoas no mercado continuam com esse discurso de
que não dá pra inovar em um mercado tão regulado”, diz.
Ele enfatiza ainda que mesmo investindo em melhores jornadas
de compra, é preciso fazer ajustes com os feedbacks dos
clientes. “A transformação digital traz novas ferramentas capazes de
desenvolver e testar produtos de forma rápida e adequar o produto
à proposta de valor que o cliente espera – com mais transparência,
segurança, agilidade e redução dessa burocracia. Hoje precisamos
trocar o pneu do carro em movimento, ou seja, um produto é criado,
lançado e ajustado em um espaço de tempo muito curto. A digitalização
permite adaptar o produto sem precisar tirá-lo do portfólio”.
“Há muito a se fazer, ainda estamos no processo de digitalização,
mais do que uma transformação na jornada do cliente”, acredita
Alexandre Boccia, diretor Executivo de Afinidades da Aon Brasil, frisando
que a empresa tem conseguido avançar no desenvolvimento
de ferramentas destinadas à distribuição digital de produtos através
32