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Figura 1- Posição relativa Injetor/Vela<br />
Figura 2- Sistema de injeção real<br />
tível pelo cilindro.<br />
O injector foi afastado da vela e o spray já<br />
não é dirigido diretamente para a mesma<br />
(Spray-guided), mas sim para uma concavidade<br />
presente no pistão (Wall-guided),<br />
que ajuda a distribuir a mistura pelo cilindro.<br />
Esta alteração está esquematizada<br />
na Figura 1.<br />
Através da análise da Figura 1, verifica-se<br />
que nos primeiros sistemas “A”, o injector<br />
estava próximo da vela e o jato era direcionado<br />
para a mesma. Esta configuração<br />
possibilitava o funcionamento em carga<br />
estratificada, no entanto na vela a mistura<br />
era muito rica e o combustível não tinha<br />
tempo para evaporar, provocando uma<br />
maior quantidade de emissão de partículas<br />
sólidas de fuligem, que para além<br />
de poluentes, se depositavam na vela e<br />
promoviam a falha do sistema de ignição.<br />
A configuração “B” permite uma melhor<br />
vaporização do combustível, eliminando<br />
o problema dos sistemas anteriores.<br />
Atualmente o modo de distribuição<br />
principal da mistura, é o Spray-guided<br />
e Air-guided, tem como objetivo tentar<br />
diminuir ao máximo o contacto do<br />
combustível ainda na fase líquida com<br />
as paredes do cilindro e pistão, para que<br />
não se formem zonas de mistura rica<br />
indesejáveis.<br />
A complexidade dos sistemas é cada vez<br />
maior para cumprir com as normas ambientais<br />
e cada construtor pode optar por<br />
uma abordagem diferente, pelo que não é<br />
possível abordarmos todos os parâmetros<br />
que influenciam o desempenho e funcionamento<br />
dos sistemas de injeção direta<br />
a gasolina neste artigo. Será de seguida<br />
apresentado um sistema que representa<br />
bem o nível de complexidade que podemos<br />
encontrar nas viaturas atuais para<br />
que se consiga reduzir cada vez mais a<br />
emissão de poluentes.<br />
Na Figura 2, é apresentado um esquema<br />
real de um sistema de injeção direta atual.<br />
Como é possível verificar pela análise da<br />
Figura 2, estes sistemas podem ser bastante<br />
complexos. A bomba de alimentação de<br />
combustível possui um módulo de controlo<br />
dedicado, e a bomba de alta pressão tem<br />
que alimentar dois conjuntos de injeção<br />
que funcionam a pressões distintas, neste<br />
sistema a pressão máxima de 200 bar.<br />
Apesar do sistema possuir 8 injetores,<br />
este é um sistema de uma viatura com<br />
4 cilindros.<br />
Conforme apresentado na Figura 3, este<br />
sistema utiliza um conjunto de injetores<br />
para realizar injeção indireta e outro conjunto<br />
que realiza injeção direta. Cada um<br />
dos conjuntos pode funcionar individualmente<br />
ou em simultâneo, dependendo da<br />
condição de funcionamento da viatura.<br />
O principal motivo pelo qual este sistema<br />
foi desenvolvido, foi para se conseguir<br />
reduzir a emissão de partículas sólidas.<br />
Mesmo em sistemas atuais, a injeção<br />
direta a gasolina devido à sua inferior<br />
atomização relativamente aos sistemas<br />
de injeção indireta gasolina produzia até<br />
10x mais partículas do que os veículos<br />
atuais diesel. Para além desta vantagem,<br />
este é um sistema mais silencioso, pois<br />
a injeção indireta produz menor ruído<br />
que a injeção direta. A utilização dos<br />
dois tipos de injeção permite cumprir a<br />
normal EURO 6 sem que seja aplicado<br />
um filtro de partículas, reduz a emissão<br />
de CO2 e aumenta e eficiência energética<br />
do motor em condições de carga parcial<br />
e regimes transientes.<br />
INJEÇÃO INDIRETA – BAIXA PRESSÃO<br />
É conseguido através da mesma bomba<br />
de alta pressão, dois níveis de pressão distintos<br />
através de uma derivação na bomba<br />
de alta pressão. Esta derivação possui um<br />
restritor e envia combustível para a régua<br />
de baixa pressão, sendo monitorizado por<br />
um sensor de pressão dedicado e controlada<br />
a quantidade de combustível que vai<br />
para os injetores de injeção indireta por<br />
uma válvula de pressão.<br />
INJEÇÃO DIRETA – ALTA PRESSÃO<br />
O circuito de alta pressão é utilizado<br />
para realizar injeção direta. Tal como o<br />
circuito de baixa pressão, também possui<br />
um sensor de pressão que monitoriza a<br />
pressão do sistema. No entanto, a pressão<br />
que se encontra na régua de alta pressão<br />
é a mesma que a bomba de alta pressão<br />
produz e pode neste sistema alcançar os