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Jornal das Oficinas 176/177

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LUBRIFICANTES<br />

ESPECIAIS<br />

ADITIVOS<br />

& SPRAYS HOLANDA - DESDE 1906<br />

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jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>176</strong>/<strong>177</strong><br />

C<br />

JulhO/Agosto 2020Y<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XV | 3 EUROS CM<br />

M<br />

Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

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MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

AFTERMARKET PÓS-confinamento<br />

SINAIS DE ESPERANÇAPÁG. 6<br />

atualidade<br />

PÁG. 14<br />

A contrafação é um crime que<br />

prejudica a economia e coloca em<br />

perigo a segurança do consumidor<br />

autozitânia<br />

PÁG. 22<br />

A integração da empresa liderada por<br />

Francisco Neves e Ricardo Venâncio<br />

na AD Parts (re)animou o mercado<br />

Líder Mundial em<br />

Suspensão pneumática<br />

Engenharia<br />

Inovadora<br />

®<br />

entrevista<br />

PÁG. 26<br />

Fernando Díaz, diretor-geral adjunto<br />

da OLIPES, explica porque vai a marca<br />

de lubrificantes investir em Portugal<br />

técnica & serviço<br />

PÁG. 52<br />

Reparar danos sofridos nos painéis<br />

exteriores do veículo é <strong>das</strong> operações<br />

mais frequentes do bate-chapas<br />

Centro de pesquisa e<br />

desenvolvimento<br />

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Readapt Portugal, Lda<br />

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Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

EDITOR EXECUTIVO<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

REDAÇÃO<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

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Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

GESTOR DE CLIENTES<br />

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Bela Vista Office, Sala 2.29, Estrada de Paço de Arcos,<br />

66 - 66A, 2735 - 336 Cacém<br />

Tel. +351 219 288 052<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta publicação,<br />

no seu todo ou em parte, sem a autorização<br />

prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />

2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />

N.º de Registo na ERC: 124.782<br />

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Tiragem – 10.000 exemplares<br />

.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

www.apcomunicacao.com<br />

EDIÇÃO<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade/Editor João Vieira - Publicações<br />

Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte 510447953<br />

Sede proprietário/editor Bela Vista Office, Sala<br />

2.29, Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />

Cacém<br />

Gerência João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Principal acionista João Vieira (100%)<br />

Fax +351 219 288 053<br />

Email geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no<br />

site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

O TÉCNICO<br />

DO FUTURO<br />

A<br />

revolução elétrica é uma prioridade para quase todos os principais fabricantes de automóveis.<br />

Em conjunto com as opções híbri<strong>das</strong>, a gasolina e Diesel, a maioria dos fabricantes irá disponibilizar<br />

um veículo totalmente elétrico nos próximos cinco anos. Adicionalmente, os fabricantes de<br />

automóveis estão focados no avanço da utilização da tecnologia dos veículos conectados. O derradeiro<br />

objetivo é o futuro autónomo dos veículos, com vista a permitir que estes comuniquem<br />

com os seus condutores, com outros veículos e com as infraestruturas rodoviárias.<br />

To<strong>das</strong> estas alterações irão, inevitavelmente, afetar os profissionais <strong>das</strong> oficinas à medida que as novas tecnologias<br />

e as novas abordagens sejam implementa<strong>das</strong>. Anteriormente, as qualidades mais importantes para uma<br />

carreira bem sucedida nas oficinas eram as competências mecânicas e os conhecimentos. Mas a realidade mudou.<br />

E à medida que as regras mudam, as oficinas têm de adotar novas formas de trabalhar, assegurando que os<br />

técnicos dispõem de formações abrangentes e atraindo, simultaneamente, um conjunto de talentos com aptidões<br />

diferentes relativamente aos anteriores profissionais do mercado do pós-venda.<br />

Os conhecimentos sobre híbridos e eletrificação terão o dobro da importância dentro de poucos anos, exigindo<br />

que os profissionais <strong>das</strong> oficinas tenham um leque de competências<br />

mais vasto do que nunca. O avanço rumo à eletrificação significa que<br />

técnicos e profissionais de oficina vão precisar de obter qualificações<br />

adicionais para trabalharem em veículos híbridos e elétricos,<br />

bem como um conjunto de competências mais amplo. Apesar da<br />

aparente lacuna de competências nestas áreas, existem inúmeros<br />

profissionais e técnicos que compreendem a importância dos veículos<br />

elétricos e híbridos e estão muito interessados em obter as<br />

qualificações necessárias para trabalhar nos mesmos.<br />

As competências necessárias para prestar um serviço eficaz a este<br />

parque automóvel em crescimento implicam que disponham de um<br />

conjunto de competências que ultrapassa em muito o conhecimento<br />

de mecânica pura. À medida que os veículos do futuro se tornam mais<br />

complexos, a necessidade de explicações claras e simples dos trabalhos<br />

realizados irá aumentar. Na verdade, a tecnologia na oficina<br />

poderá vir a moldar as competências do profissional de<br />

oficina do futuro mais do que qualquer outro fator.<br />

O profissional de oficina do futuro será um dos técnicos<br />

melhor qualificados na indústria automóvel, com<br />

conhecimentos de mecânica, conhecimentos especializados<br />

sobre veículos elétricos e sóli<strong>das</strong> capacidades<br />

de apresentação. Desenvolver as competências necessárias<br />

para ser bem sucedido será um desafio,<br />

mas os técnicos devem aproveitar esta oportunidade<br />

com entusiasmo. l<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2020 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

RICARDO CARVALHO, CONSULTOR<br />

SÉNIOR DA CITNOW EM PORTUGAL<br />

O MOMENTO QUE VIVEMOS<br />

NÃO PODE (NEM DEVE) SER<br />

TEMPO DE PENSAR EM<br />

VENDAS OU LUCRO<br />

RICARDO VENÂNCIO,<br />

ADMINISTRADOR DA AUTOZITÂNIA<br />

A AD PARTS SURGE COMO<br />

UM GRANDE DESAFIO E<br />

REPRESENTA UMA ‘PEDRADA<br />

NO CHARCO’. É UM PROJETO<br />

COMPLETAMENTE DIFERENTE<br />

E QUE NOS MOTIVA MUITO<br />

JO REALIZA INQUÉRITO<br />

SOBRE DIGITALIZAÇÃO<br />

O<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria com a Alidata, está a realizar um inquérito para avaliar o nível de<br />

digitalização e processo de transformação digital <strong>das</strong> empresas do aftermarket em Portugal. Há<br />

bastante tempo que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> vem chamando a atenção para a importância da transformação<br />

digital nas organizações do setor, através de artigos e debates com especialistas. Sempre reforçámos<br />

a necessidade de as empresas estarem prepara<strong>das</strong> para o futuro e do quanto algumas precisam<br />

de uma mudança radical para se diferenciarem no mercado. O momento ímpar que vivemos reforçou<br />

a necessidade de as empresas serem ágeis e flexíveis, o que é potenciado pela tecnologia. O digital tem<br />

vindo a alterar as empresas e os seus processos. Das ven<strong>das</strong> ao apoio ao cliente, da investigação e desenvolvimento<br />

à administração, área administrativa, financeira, compras e marketing, entre outras. Ao responder<br />

a este inquérito, está a contribuir para todos ficarmos a conhecer melhor o nível de digitalização<br />

<strong>das</strong> empresas do aftermarket e o que é necessário fazer para que a transformação digital <strong>das</strong> organizações<br />

seja uma realidade. Para responder a este inquérito, basta visitar o site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com.<br />

SEMÁFORO<br />

FERNANDO DÍAZ, DIRETOR-GERAL<br />

ADJUNTO DA OLIPES<br />

O POSICIONAMENTO<br />

DA OLIPES EM PORTUGAL<br />

ASSENTA NUMA ESTRATÉGIA<br />

ENQUADRADA NO<br />

PROGRAMA PARTNER,<br />

QUE ORIENTA OS<br />

DISTRIBUIDORES<br />

NO CAMINHO A SEGUIR<br />

Componentes em queda<br />

Segundo a AFIA, as exportações de<br />

componentes para automóveis, em abril,<br />

“derraparam” 76% em relação a igual<br />

mês de 2019. Foi a maior quebra mensal<br />

alguma vez registada, o que nos leva a<br />

atribuir o nosso Semáforo Vermelho, de<br />

lamento. Já em março, as exportações<br />

caíram 26%, interrompendo o arranque<br />

positivo de 2020.<br />

Usados na Europa<br />

As ven<strong>das</strong> de veículos usados na Europa<br />

recuperaram para níveis próximos dos<br />

de 2019, na última semana de maio. A<br />

procura pelos Diesel caiu 29% e os preços<br />

mantiveram-se estáveis. Mas Portugal<br />

é o mercado que mais cresce na Europa,<br />

segundo o relatório do Observatório<br />

INDICATA. Aqui fica, por isso, o nosso<br />

Semáforo Laranja, de expectativa.<br />

Combustíveis do futuro<br />

Em 2025, as “refinarias do futuro”<br />

vão produzir uma nova geração de<br />

combustíveis limpos, com menos 90%<br />

de emissões. A transição energética<br />

para uma economia europeia menos<br />

descarbonizada já está em marcha<br />

e ninguém quer ficar para trás. Nem<br />

mesmo as petrolíferas, o que é merecedor<br />

do nosso Semáforo Verde, de aplauso.<br />

4 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


destaque<br />

AFTERMARKET PÓS-CONFINAMENTO<br />

SINAIS DE<br />

ESPERANÇA<br />

SEGUNDO O ESTUDO REALIZADO PELA CONSULTORA<br />

ROLAND BERGER, APESAR DO NEGÓCIO DO IAM VIR<br />

A ENFRENTAR PROBLEMAS TANTO DO LADO DA OFERTA<br />

COMO DO LADO DA PROCURA, O IMPACTO DA CRISE<br />

NO PÓS-VENDA INDEPENDENTE SERÁ MENOR DO QUE<br />

NO RESTO DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL por João Vieira


Os resultados do estudo, denominado “Covid-19:<br />

A oportunidade do aftermarket<br />

Independente (IAM)”, trazem sinais de<br />

esperança para as empresas do pós-venda automóvel,<br />

nomeadamente oficinas, retalhistas e distribuidores<br />

de peças. Para além <strong>das</strong> repercussões<br />

diretas imediatas, que já se notam, importa conhecer<br />

o contexto que iremos enfrentar depois de<br />

tudo voltar à normalidade «pré-vírus». A cadeia de<br />

fornecimento está, de acordo com a Roland Berger,<br />

muito mais exposta do lado OEM, composto<br />

por estruturas altamente integra<strong>das</strong> e, por conseguinte,<br />

muito expostas a uma possível paragem<br />

de algum interveniente na cadeia. O mercado do<br />

IAM, embora também sofra alguns destes problemas<br />

de fornecimento, uma vez ultrapassada a crise<br />

sanitária, atingirá mais facilmente a normalidade.<br />

Atualmente, apenas 20% dos automóveis tem cinco<br />

anos ou menos. E são estes veículos que ainda<br />

procuram os canais <strong>das</strong> marcas. É, por isso, que,<br />

embora também venha a ser um período complicado<br />

para o pós-venda IAM, o canal independente<br />

seja o que menos vai sofrer e irá recuperar a normalidade<br />

antes da pandemia.<br />

Relativamente à procura, tal como explica o estudo,<br />

a venda de automóveis está muito exposta ao consumidor,<br />

que tende a adiar a compra de um veículo em<br />

tempos de recessão económica. Contudo, olhando<br />

para o negócio do IAM, a Roland Berger acredita<br />

que, dado que a compra de veículos novos será adiada,<br />

o volume de reparações efetua<strong>das</strong> aumentará<br />

num parque automóvel cada vez mais antigo.<br />

Fatores que influenciam o negócio<br />

Segundo a consultora, são quatro os fatores que<br />

influenciam o negócio de pós-venda: número de<br />

veículos, que são a matéria-prima do setor; quilómetros<br />

percorridos, que se traduzem em operações<br />

de manutenção; idade do parque automóvel, que<br />

se revela determinante tanto na quota por canais<br />

(o <strong>das</strong> marcas ganha até ao quarto ano, após o qual<br />

o negócio fica cada vez mais sob a alçada do IAM),<br />

como no dinheiro gerado (menos rentabilidade<br />

quanto mais antigos e desvalorizados); capacidade<br />

de poder de compra <strong>das</strong> famílias.<br />

Tendo em conta os fatores que influenciam o funcionamento<br />

do mercado, verificar-se-á uma redução<br />

do negócio de pós-venda IAM durante o período<br />

de queda, no qual ainda nos encontramos,<br />

OS TRÊS CENÁRIOS POSSÍVEIS<br />

Relativamente ao que se pode esperar para 2020, e inclusivamente<br />

2021, a Roland Berger prevê três cenários possíveis (“V”,” U”, e “L”,<br />

assim denominados pela forma que as curvas apresentam em cada<br />

caso). Em todos eles, o pós-venda IAM “resiste” melhor à crise do<br />

que o resto da indústria automóvel. Pormenorizando cada uma <strong>das</strong><br />

hipóteses, a Roland Berger elimina <strong>das</strong> possibilidades o cenário em<br />

forma de “V”, o modelo que previa uma descida drástica que, ao tocar<br />

no fundo, seria sucedido de uma recuperação igualmente fulgurante:<br />

“Já não é possível”, afirmam. Nesta hipótese, as ven<strong>das</strong> de veículos<br />

contrair-se-iam entre 15 e 20% em 2020, atingindo a estabilização<br />

e, inclusivamente, crescendo 2% em 2021. O pós-venda cairia até 5%<br />

em 2020, estabilizando-se ou crescendo 5% em 2021.<br />

O modelo “U” prevê uma queda drástica, seguida de um vale antes<br />

de atingir novamente o aumento que devolveria o mercado ao seu<br />

estado inicial. Assim, neste cenário, que os especialistas apontam<br />

como sendo o mais provável, os registos de matrículas cairiam entre<br />

20 e 25% em 2020, com uma descida menos acentuada, de entre 5<br />

e 10% em 2021. O pós-venda contrair-se-ia entre 5 e 10% em 2020,<br />

atingindo a estabilidade ou diminuindo 5% em 2021.<br />

Já a hipótese ”L”, prevê uma depressão prolongada depois da queda<br />

verificada durante os primeiros meses da crise. Segundo este modelo,<br />

as ven<strong>das</strong> de veículos cairiam entre 30 e 38% em 2020, somando a<br />

estas que<strong>das</strong> mais outra de entre 20 e 25% em 2021. O pós-venda<br />

cairia entre 10 e 15% em 2020 e entre 5 e 10% em 2021.<br />

PREVÊ-SE QUE O AFTERMARKET SE MANTENHA RELATIVAMENTE RESILIENTE, QUANDO COMPARADO<br />

COM A INDÚSTRIA automóVEL EM GERAL, APESAR DO CRESCIMENTO NEGATIVO<br />

PERSPETIVA GERAL DO CENÁRIO<br />

Situação a 1 de abril de 2020 – Vista completa do mercado aftermarket<br />

pouco provável<br />

FORMA EM V:<br />

Recuperação rápida<br />

FORMA EM U:<br />

Tratamento atrasado<br />

FORMA EM L:<br />

Recessão/depressão profunda<br />

A previsão do volume de ven<strong>das</strong> no T1/2020 e no<br />

início do T2/2020 é quase zero, devido à redução<br />

da confiança dos clientes<br />

Crescimento rápido e recuperação no final do<br />

T2/2020 Crescimento total no T4/2020, com a recuperação a<br />

ocorrer em 2021<br />

O comércio global recupera rapidamente e as<br />

cadeias de fornecimento automóvel posteriormente<br />

estabilizam<br />

Declínio significativo nas ven<strong>das</strong> no T1/2020 até ao<br />

início do T3/2020, devido ao declínio quase total da<br />

procura, escassez de componentes e implicações na<br />

cadeia de fornecimento<br />

O comércio global estabiliza no T4/2020, incluindo<br />

as cadeias de fornecimento automóveis<br />

Perturbações nas cadeias de fornecimento e na<br />

produção, combina<strong>das</strong> com mercados financeiros<br />

turbulentos e perturbados resultam em ven<strong>das</strong><br />

extremamente fracas ao longo de 2020<br />

Não é possível um crescimento total em 2020,<br />

devido ao impacto contínuo da Covid-19 na procura<br />

e nas cadeias de fornecimento globais<br />

Embora o comércio global possa estabilizar mais<br />

cedo, o impacto macroeconómico da recessão/<br />

depressão poderá ser sentido do lado da oferta e da<br />

procura durante um período prolongado<br />

2020 2021 2020 2021 2020 2021<br />

(15-20%) 0-2% (20-25%) (5-10%) (30-38%) (20-25%)<br />

(0-5%) 0-5% (5-10%) (0-5%) (10-15%) (5-10%)<br />

Com base no modelo Covid-19 específico para o mercado aftermarket<br />

Crescimento previsto da produção comparado com 2019 (os números a vermelho entre parêntesis indicam declínio) – Produção de veículos<br />

Crescimento previsto do mercado comparado com 2019 (os números a vermelho entre parêntesis indicam declínio) – Aftermarket GVA<br />

Fonte: Roland Berger<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 7


DESTAQUE<br />

seguindo-se a recuperação, tendo de esperar pela<br />

retoma de confiança dos automobilistas, para alcançar<br />

os volumes de faturação existentes no período<br />

pré-Covid-19.<br />

O aumento da quilometragem média, devido à<br />

preferência pelo veículo próprio em vez do transporte<br />

público, como consequência do receio de um<br />

possível contágio, somado a uma idade mais elevada<br />

do parque automóvel, terá como resultado um<br />

aumento da procura de manutenção e reparações.<br />

Deste modo, prevê-se que os fornecedores de peças<br />

para reparações críticas (transmissões, embraiagens,<br />

motor) e consumíveis (filtros, óleos, travões)<br />

enfrentem um impacto menor do que os fornecedores<br />

de acessórios.<br />

Segundo a Roland Berger, durantes este período<br />

de pós-confinamento, o parque automóvel permanecerá<br />

constante no seu volume, aumentando<br />

a proporção de veículos mais antigos, o que poderá<br />

aumentar a procura quando se recuperar a<br />

normalidade. Outra coisa será a rentabilidade <strong>das</strong><br />

operações realiza<strong>das</strong>, uma vez que a maioria <strong>das</strong><br />

reparações “não críticas” serão evita<strong>das</strong> ou adia<strong>das</strong><br />

e os investimentos em produtos não essenciais interrompidos.<br />

Momentos chaves da crise sanitária<br />

Para a Roland Berger, no decorrer desta crise sanitária<br />

surgem três momentos chave: maio, os meses<br />

de verão e dezembro. A consultora prevê que,<br />

no mês de dezembro, tenhamos recuperado uma<br />

certa normalidade, que chegará, definitivamente,<br />

com o início de 2021. Relativamente aos possíveis<br />

cenários, mais do que saber quando chegará a normalidade,<br />

o que realmente importa é ver até onde<br />

irá a queda. Para isso, é fundamental recuperar a<br />

atividade do setor o quanto antes. E, nesse sentido,<br />

muitas entidades e empresas estão a trabalhar intensamente<br />

para superar os prejuízos provocados<br />

pela crise.<br />

Antes de se verificar qual é o contexto que enfrentamos,<br />

é importante saber, também, que parte do<br />

negócio se perdeu durante este período. O prolongamento<br />

do prazo para a realização <strong>das</strong> inspeções<br />

periódicas obrigatórias, deixou centenas de milhares<br />

de veículos sem inspeção. Ao todo, ficaram por<br />

fazer cerca de 640 mil inspeções, o que representa<br />

uma quebra de faturação enorme, quer para os<br />

AQUISIÇÕES, FUSÕES E INTEGRAÇÕES<br />

Para a Roland Berger, depois de ultrapassada a crise do novo<br />

coronavírus, uma <strong>das</strong> alterações mais drásticas no pós-venda IAM<br />

na Europa estará relacionada com a estrutura do mercado. Embora,<br />

atualmente, o impacto na tesouraria <strong>das</strong> empresas a curto prazo<br />

seja inevitável, a situação atual favorecerá as empresas com uma<br />

sólida situação financeira e que estejam prepara<strong>das</strong> para intervir<br />

no momento adequado. É, por isso, que a Roland Berger prevê a<br />

existência de um “pico” de aquisições, fusões e integrações durante o<br />

período 2021/2022.<br />

Será mais necessário do que nunca manter a competitividade através<br />

de operações mais eficientes e estratégias corretas de preços. Os clientes<br />

irão pedir soluções à medida, pelo que será importante a oficina<br />

dispor de informação suficiente para responder às suas necessidades.<br />

As marcas de automóveis tratarão de aumentar ainda mais a sua<br />

participação no negócio do IAM, pretendendo mudar as regras do<br />

jogo. O estudo prevê que a proximidade à oficina seja algo que todos<br />

automobilistas vão procurar cada vez mais, incluindo aqueles que, até<br />

agora, não mantinham uma grande relação com os reparadores.<br />

APÓS UM PICO DE NEGÓCIOS EM 2016-2017, É POSSÍVEL PREVER OUTRO PICO EM 2021 E 2022,<br />

COMO RESULtado DA CRISE<br />

NEGÓCIOS POR ANO NA EUROPA PARA GROSSISTAS IAM, 2005-2019<br />

Hipóteses preliminares<br />

PREVÊ-SE<br />

UMA ONDA DE<br />

TRANSAÇÕES NOS<br />

PRÓXIMOS ANOS<br />

> Após apenas duas semanas<br />

de confinamento seletivo<br />

imposto em toda a Europa,<br />

começam já a surgir os<br />

primeiros sinais de graves<br />

riscos de falência<br />

2<br />

1111<br />

22<br />

6<br />

7<br />

5<br />

9<br />

13<br />

15<br />

5<br />

6<br />

Indicativo<br />

> Prevê-se que este facto tenha<br />

um “efeito dominó” nos<br />

intervenientes associados<br />

da cadeia de valor, que<br />

são incapazes de aguentar C<br />

o impacto da falência de<br />

M<br />

clientes, induzida pelo fluxo<br />

de caixa e estrangulamentos<br />

Y<br />

da procura<br />

> As empresas sob este MY<br />

risco têm de estar, cada<br />

CY<br />

vez mais, prepara<strong>das</strong> para<br />

assumir essas transações<br />

CMY<br />

“força<strong>das</strong>”, enquanto as<br />

empresas financeiramente<br />

K<br />

mais robustas têm de estar<br />

prepara<strong>das</strong> para avançar no<br />

momento certo<br />

CM<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022<br />

Fonte: Mergermarket Roland Berger<br />

8 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


centros de inspeção técnica, quer para as oficinas<br />

que preparam os veículos previamente.<br />

Embora seja verdade que a maioria desses veículos<br />

visitarão as oficinas antes de se dirigirem à inspeção,<br />

foi gerada uma retenção da procura em operações<br />

de manutenção e revisões, que obriga o setor<br />

a rever as suas previsões irremediavelmente em<br />

baixa. Apesar da procura acumulada, os aumentos<br />

lógicos da atividade não conseguirão compensar<br />

estas que<strong>das</strong>. Para mais, quando, além disso, se<br />

tem em conta que o confinamento coincidiu com<br />

a Páscoa, uma época tradicionalmente forte para<br />

as oficinas. Contudo, depois de fazer a contagem<br />

dos danos, as previsões não são tão negativas como<br />

seria de esperar num primeiro momento. Em primeiro<br />

lugar, porque a utilização do veículo privado<br />

vai aumentar devido ao medo de exposição ao<br />

risco de contágio. Isto implicará um aumento significativo<br />

da quilometragem, que acontecerá num<br />

parque automóvel que tem, em média, mais de 12<br />

anos e que irá prolongar-se, seguramente, durante<br />

os meses de verão, para os quais se espera um<br />

pico do turismo nacional. Prevê-se um aumento<br />

<strong>das</strong> visitas às oficinas nos meses de junho e julho,<br />

chegando até meados de agosto. Fatores que irão<br />

ajudar a que, no final deste ano, comecemos a ver<br />

essa subida do cenário em forma de “U”.<br />

Por canais, segundo ainda a consultora Roland<br />

Berger, as previsões refletem que, no conjunto do<br />

PODE O “PATINHO FEIO” IAM EMERGIR COMO UM “CISNE<br />

BRANCO” DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL GRAÇAS À SUA<br />

RELEVANTE RESILIÊNCIA EM GERAL?<br />

HIPÓTESES DA COVID-19 PARA O IAM AUTOMÓVEL<br />

I - RESILIÊNCIA DO DESEMPENHO: APÓS O IMPACTO INICIAL NA PROCURA A CURTO PRAZO,<br />

O IAM, ESTIMULADO PELO PARQUE AUTOMÓVEL MAIS ANTIGO, FOI PROTEGIDO DO EFEITO SÚBITO<br />

DA PERDA NAS VENDAS DE AUTOMÓVEIS NOVOS EM CRISES SEMELHANTES, HISTORICAMENTE<br />

II - ALTERAÇÃO ESTRUTURAL: AS ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS EM CURSO NO IAM NA<br />

EUROPA SERÃO, SIGNIFICATIVAMENTE, ACELERADAS – PROPORCIONANDO OPORTUNIDADES<br />

AOS INTERVENIENTES DO MERCADO DO PÓS-VENDA MAIS ATENTOS E FINANCEIRAMENTE<br />

SÓLIDOS, DE MODO A OBTEREM MAIS ACESSO AO MERCADO E DEFINIREM AS NOVAS REGRAS DO<br />

JOGO<br />

III - REDEFINIÇÃO DA CADEIA DE FORNECIMENTO: O GLOCAL IRÁ TORNAR-SE NO<br />

NOVO GLOBAL, COM OS INTERVENIENTES DO AFTERMARKET A ACEDEREM ÀS INSTALAÇÕES<br />

DE PRODUÇÃO DAS SUAS DIVISÕES OE MAIS PREPARADAS PARA SATISFAZER AGILMENTE AS<br />

ENCOMENDAS<br />

IV - TRANSFORMAÇÃO DIGITAL: A DIGITALIZAÇÃO IRÁ SUPERAR-SE RAPIDAMENTE,<br />

PASSANDO DE UM ESTADO “FUTURO” A UMA REALIDADE NA REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS, TANTO<br />

EM TERMOS DE ACESSO A CLIENTES COMO GARANTINDO UMA CADEIA DE FORNECIMENTO<br />

VEDADA<br />

Fonte: Roland Bergerw<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 9


DESTAQUE<br />

EMBORA O IAM VENHA A ENFRENTAR EFEITOS NA OFERTA/PROCURA, O IMPACTO SERÁ MENOR DO<br />

QUE NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM GERAL<br />

EXPOSIÇÃO AOS EFEITOS DA OFERTA E DA PROCURA – SETOR AUTOMÓVEL VS IAM<br />

Situação a 1 de abril de 2020<br />

EXPOSIÇÃO A EFEITOS<br />

DA OFERTA<br />

EXPOSIÇÃO A EFEITOS<br />

DA PROCURA<br />

RISCO<br />

GLOBAL<br />

Setor<br />

AUTOMÓVEL<br />

> As cadeias de fornecimento globais altamente integra<strong>das</strong> tornam a<br />

indústria automóvel vulnerável a impactos na oferta<br />

> Elevada exposição à procura do consumidor, à medida que a compra de<br />

automóvel tende a ser adiada em períodos de recessão económica<br />

> O crescimento da indústria depende, fortemente, da procura chinesa<br />

IAM<br />

> A estrutura do fornecedor está exposta a risco de colapso em recessão<br />

económica, devido a quebras nas estruturas de fornecedores de níveis<br />

Tier-2 e Tier-3<br />

> O acesso a peças fundamentais necessárias para a manutenção da<br />

gama de produtos pode tornar-se, progressivamente, mais difícil se<br />

as cadeias de fornecimento não tiverem sido altamente integra<strong>das</strong><br />

ou tiverem sido organiza<strong>das</strong> globalmente, resultando este último em<br />

dificuldades na obtenção de peças, no caso de restrições de transporte<br />

> A capacidade de abastecimento interno será uma vantagem<br />

fundamental para os intervenientes do mercado do pós-venda, dada<br />

a probabilidade de as capacidades <strong>das</strong> fábricas estarem livres para a<br />

produção de peças do mercado do pós-venda<br />

> Adiamento da compra de automóvel durante recessões económicas, a utilização<br />

de veículos mais antigos irá aumentar, impulsionando o volume de reparações<br />

> O aumento da quilometragem e da idade do parque automóvel (dada a<br />

preferência pelo veículo próprio em detrimento do transporte público, devido ao<br />

receio da infeção viral) irá impulsionar o aumento da procura de manutenção/<br />

reparação do mercado do pós-venda<br />

> Prevê-se que os fornecedores de peças para reparações críticas (como, por<br />

exemplo, transmissão e motor) enfrentem um impacto menor do que os<br />

fornecedores de peças de acessórios<br />

> A curto prazo, os grossistas de peças geraram um aumento artificial da procura<br />

para formarem stocks de reserva, mitigando o risco da quebra da cadeia de<br />

fornecimento. Contudo, posteriormente, a procura caiu até 50% em países em<br />

confinamento<br />

Fonte: Roland Berger<br />

Exposição muito elevada<br />

Exposição muito reduzida<br />

ano, será mais fácil recuperar a área da mecânica,<br />

porque as manutenções foram adia<strong>das</strong>. Quanto à<br />

carroçaria, contudo, os trabalhos de chapa que não<br />

foram feitos já não irão realizar-se.<br />

Queda DAS ven<strong>das</strong> aftermarket<br />

Um dos efeitos mais imediatos no início da crise<br />

provocada pela pandemia foi a paragem na venda<br />

de veículos novos. Uma paragem que será difícil de<br />

reativar e que terá consequências para o pós-venda,<br />

não tanto agora, mas mais à frente. De facto,<br />

os automóveis não vendidos terão a sua incidência<br />

no pós-venda num período de entre quatro e cinco<br />

anos, quando os registos de matrículas que deviam<br />

passar ao intervalo de idade seguinte não o fizerem.<br />

No período 2024-2030, haverá, por isso, menos<br />

veículos com entre quatro e nove anos. Uma<br />

descida com a qual o setor deverá lidar.<br />

Contudo, convém destacar que, a partir de 2021,<br />

começam a chegar ao intervalo de entre quatro e 10<br />

anos os veículos vendidos nos períodos de aumento<br />

de registos de matrículas após a crise: 2015, 2016,<br />

2017, 2018 e 2019, todos com mais de 240 mil unidades<br />

vendi<strong>das</strong>. Uma boa notícia, tendo em conta<br />

que vimos de vários anos de “escassez” no intervalo<br />

de idade mais interessante para o IAM devido às<br />

quebras de ven<strong>das</strong> durante a crise (2009 a 2014).<br />

Outros ASPETOS que AFETAM o negócio<br />

Conhecido o impacto desta crise sobre o parque<br />

automóvel - em número de veículos, estrutura por<br />

idades e previsão da evolução por tipo de motorização<br />

-, analisado o mais do que provável aumento<br />

na quilometragem do veículo privado, revela-se<br />

fundamental aprofundar outros aspetos que afetam,<br />

crucialmente, o negócio de pós-venda. E,<br />

neste sentido, ter-se-á de começar pela capacidade<br />

de despesa <strong>das</strong> famílias. Porque embora seja certo<br />

que as oficinas assistirão ao aumento <strong>das</strong> suas<br />

operações nos meses posteriores ao levantamento<br />

do confinamento, também é verdade que o nível<br />

de aquisição dos utilizadores será, sensivelmente,<br />

menor, para não falar da confiança e, portanto, da<br />

contração do consumo.<br />

De acordo com o relatório da Roland Berger, prevê-se<br />

um aumento nas taxas de desemprego de<br />

cerca de 1,6% nos países desenvolvidos, com que<strong>das</strong><br />

do PIB que podem chegar aos 22% durante o<br />

segundo trimestre de 2020. Em Portugal, no final<br />

deste ano, poderá ter-se acumulado uma descida<br />

do PIB de entre 7 e 10%, o que terá impacto na<br />

capacidade de despesa <strong>das</strong> famílias e, portanto, no<br />

consumo. As oficinas, evidentemente, irão sentir<br />

esta crise. Tanto mais, que a reparação e manutenção<br />

de veículos não é propriamente considerada<br />

uma prioridade por muitas famílias.<br />

Esta situação de recessão económica e de dificuldades<br />

terá repercussões, quase seguramente, nas<br />

taxas de desemprego e no rendimento por lar, o<br />

que antecipa um panorama que já conhecemos<br />

10 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


da crise de 2008, com as seguintes consequências:<br />

menor utilização do veículo, menos gastos<br />

na sua manutenção, maior sensibilidade ao fator<br />

preço em qualquer operação que venha a realizar-<br />

-se. Dependendo de quanto maior ou menor seja a<br />

profundidade da recessão económica, assim será,<br />

também, afetado o pós-venda em Portugal.<br />

Procura diminui, oferta AUMENTA<br />

Esta crise irá gerar um efeito bem conhecido, causado<br />

por uma diminuição lógica da procura, acompanhada<br />

por um aumento da oferta: a pressão<br />

sobre as margens. O preço voltará a ganhar importância,<br />

sendo cada vez mais importante gerar valor<br />

nos serviços de um mercado que não está particularmente<br />

saudável em termos de rentabilidade.<br />

Será perigoso voltar às “guerras” de preços vivi<strong>das</strong><br />

anteriormente, pelo que alguns especialistas do setor<br />

assinalam a importância do desenvolvimento<br />

de iniciativas que procurem acrescentar valor aos<br />

serviços de pós-venda.<br />

As oficinas não podem colocar todos os esforços<br />

em poupar custos e gastar menos. Será importante<br />

dedicarem uma parte do esforço no impulsionamento<br />

<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> para fazer com que os clientes<br />

voltem à oficina para fazerem a manutenção dos<br />

seus veículos. E, também, trabalhar o marketing,<br />

com promoções e campanhas para os automobilistas<br />

visitarem as oficinas. Escusado será referir a<br />

importância da gestão e da maximização de todos<br />

os processos durante os próximos meses, tentando<br />

ganhar eficiência e, portanto, rentabilidade.<br />

Ofensiva <strong>das</strong> marcas<br />

Importa destacar, também, os planos mais do que<br />

prováveis <strong>das</strong> marcas no negócio do pós-venda.<br />

Uma situação que será provocada pela descida<br />

acentuada <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>, bem como pela perda de<br />

muitos milhares de veículos que deveriam ter<br />

entrado, como novos, no intervalo de zero a cinco<br />

anos. Com estas per<strong>das</strong> de negócio nos seus canais<br />

habituais, é de esperar que pretendam aumentar a<br />

sua presença onde o mercado do IAM é mais forte.<br />

Uma oportunidade para a oficina independente<br />

multimarca, já que as ofensivas na venda de peças<br />

de substituição poderão, de algum modo, proporcionar-lhes<br />

algumas oportunidades e, simultaneamente,<br />

uma ameaça, porque quererão começar a<br />

competir onde antes não o faziam. O relatório da<br />

Roland Berger chama a atenção para esta situação,<br />

afirmando, categoricamente, que os intervenientes<br />

do OEM irão tratar de aumentar ainda mais a sua<br />

participação no negócio do IAM.<br />

Otimismo cauteloso para o futuro<br />

O que se pode esperar é um curto período de crise<br />

(as estimativas mais pessimistas apontam a normalização<br />

para o primeiro trimestre de 2021), que<br />

irá, naturalmente, afetar preços e margens. Neste<br />

sentido, será, também, importante verificar como<br />

o canal <strong>das</strong> marcas irá entrar na concorrência. O<br />

parque automóvel só irá sofrer alterações significativas<br />

que afetam a oficina independente a curto<br />

prazo. Entretanto, a idade média continuará a aumentar<br />

no próximo ano, com estes veículos particulares<br />

a percorrerem mais quilómetros durante<br />

os meses posteriores ao Estado de Emergência<br />

(com especial destaque durante o verão, época em<br />

que se prevê um aumento do turismo nacional).<br />

UM DOS IMPACTOS PREVISTOS MAIS PRONUNCIADO NO IAM É A ACELERAÇÃO NAS ALTERAÇÕES<br />

ESTRUTURAIS DO MERCADO NA EUROPA<br />

TENDÊNCIAS DO IAM PRÉ-COVID-19 E IMPACTO DOS ATUAIS DESENVOLVIMENTOS<br />

Hipóteses preliminares<br />

Tendências fundamentais do IAM<br />

ESTRUTURA DO MERCADO<br />

> O aumento da consolidação e integração (vertical e horizontal) está a impulsionar a redução e a transferência dos lucros<br />

> Aumento da relevância dos intermediários e perda de relevância de intervenientes selecionados<br />

> Relevância crescente da gestão do ciclo de vida e otimização do TCO<br />

Desaceleração<br />

Impacto da Covid-19<br />

Aceleração<br />

NECESSIDADES DOS INTERVENIENTES<br />

> Necessidade de manter a competitividade através de operações “lean” e definição estratégica de preços<br />

> Aumento da necessidade de aceder a dados relevantes dos clientes para gerar soluções personaliza<strong>das</strong><br />

> Necessidade de conhecimentos especializados e técnicos para manter-se atualizado<br />

Desaceleração<br />

Aceleração<br />

PANORAMA DOS CONCORRENTES<br />

> Aumento da penetração dos OEM no IAM com novas “regras do jogo”<br />

> Tal como os ocidentais visam o crescente mercado asiático, os intervenientes asiáticos estão a entrar na UE e nos EUA<br />

> Os grandes intervenientes estão a deslocar-se para segmentos de elevado valor acrescentado<br />

> Os intervenientes estão a focar-se, cada vez mais, no estabelecimento de contacto direto com as oficinas<br />

> Apesar de várias iniciativas, ainda não existe nenhum modelo “vencedor” de comércio eletrónico autónomo por parte dos fornecedores<br />

Desaceleração<br />

Aceleração<br />

TECNOLOGIA<br />

> Os componentes elétricos/eletrónicos impulsionam o futuro crescimento do mercado do pós-venda<br />

> É necessária uma estratégia diferenciada de produtos regional, que considere a maturidade regional, a estrutura do parque automóvel<br />

e a sensibilidade preço/qualidade<br />

> O volume do parque de automóveis elétricos ainda é subcrítico, mas demonstra uma importante preparação para o sucesso<br />

Pode deslocar-se em ambas as direções, dependendo <strong>das</strong> prioridades<br />

defini<strong>das</strong> pelos governos regionais da UE acerca <strong>das</strong> metas de CO 2<br />

Fonte: Roland Berger<br />

Desaceleração<br />

Aceleração<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 11


DESTAQUE<br />

Algo que afetará, positivamente,<br />

um pós-venda, que, apesar de registar<br />

um aumento lógico do seu<br />

negócio depois de terminado o confinamento,<br />

especialmente durante<br />

os meses de junho, julho e agosto,<br />

verá a sua atividade condicionada<br />

até final deste ano, devido à queda<br />

da capacidade de compra <strong>das</strong> famílias<br />

e à perda de confiança.<br />

As empresas devem equilibrar,<br />

cuidadosamente, a gravidade <strong>das</strong><br />

respetivas medi<strong>das</strong> entre as necessidades<br />

financeiras a curto prazo e<br />

o impacto que estas possam ter no<br />

negócio a médio prazo, devendo<br />

monitorizar, constantemente, o estado<br />

da sua cadeia de fornecimento<br />

para gerir melhor a oferta e a procura.<br />

Neste contexto, as empresas<br />

podem identificar novas formas de<br />

colaboração/cooperação com concorrentes<br />

e outros intervenientes<br />

na cadeia de valor para partilhar<br />

custos e definir novos fluxos de receita.<br />

A dificuldade financeira geral e a<br />

avaliação em baixa de algumas empresas<br />

irão impulsionar a consolidação,<br />

que, por sua vez, terá um duplo<br />

impacto: as oficinas e fornecedores<br />

mais afetados ficarão à defesa, tornando-se<br />

alvos de reestruturação<br />

para credores e investidores estratégicos,<br />

enquanto as empresas com<br />

balanços sólidos deverão colocar-se<br />

na ofensiva, impulsionando a consolidação<br />

e selecionando ativos em<br />

áreas de elevado crescimento. Além<br />

disso, as empresas, tanto no canal<br />

OE como no IAM, têm de garantir<br />

que estão prepara<strong>das</strong> para potenciais<br />

movimentações dos concorrentes,<br />

para que não sejam expulsas do mercado,<br />

com especial atenção para as<br />

soluções digitais que possam surgir<br />

como resposta a algumas necessidades<br />

que apareçam no setor. l<br />

EMBORA A GRAVIDADE E A DURAÇÃO DA<br />

CRISE DA COVID-19 PERMANEÇAM INCERTAS,<br />

SÃO EVIDENTES ALGUMAS CONCLUSÕES E<br />

DINÂMICAS<br />

CONSIDERAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O IAM<br />

Hipóteses preliminares<br />

> AS EMPRESAS TÊM DE EQUILIBRAR, CUIDADOSAMENTE, A GRAVIDADE DAS<br />

RESPETIVAS MEDIDAS ENTRE AS NECESSIDADES FINANCEIRAS A CURTO PRAZO E<br />

O IMPACTO DEFORMADOR NO NEGÓCIO A MÉDIO PRAZO<br />

> AS EMPRESAS TAMBÉM TÊM DE MONITORIZAR, CONSTANTEMENTE, A SAÚDE DA<br />

SUA CADEIA DE FORNECIMENTO PARA GERIR MELHOR A OFERTA E A PROCURA<br />

> AS EMPRESAS TÊM TAMBÉM DE IDENTIFICAR NOVAS FORMAS DE COLABORAÇÃO/<br />

COOPERAÇÃO COM CONCORRENTES E OUTROS INTERVENIENTES NA CADEIA DE<br />

VALOR PARA PARTILHAR CUSTOS E DEFINIR NOVOS FLUXOS DE RECEITA<br />

> AS AVALIAÇÕES MAIS REDUZIDAS E PERTURBAÇÃO FINANCEIRA EM GERAL IRÃO<br />

IMPULSIONAR A CONSOLIDAÇÃO, QUE, POR SUA VEZ, TERÁ UM DUPLO IMPACTO<br />

AS OFICINAS E FORNECEDORES MAIS AFETADOS FICARÃO À DEFESA, TORNANDO-<br />

SE ALVOS DE REESTRUTURAÇÃO PARA CREDORES, INVESTIDORES ESTRATÉGICOS<br />

E PE<br />

AS EMPRESAS COM BALANÇOS SÓLIDOS DEVERÃO COLOCAR-SE NA OFENSIVA,<br />

IMPULSIONANDO A CONSOLIDAÇÃO E SELECIONANDO ATIVOS EM ÁREAS DE<br />

ELEVADO CRESCIMENTO<br />

> AS EMPRESAS, TANTO NO CANAL OE COMO NO IAM, TÊM DE GARANTIR QUE<br />

ESTÃO PREPARADAS PARA POTENCIAIS MOVIMENTAÇÕES PERTURBADORAS DOS<br />

CONCORRENTES, PARA QUE NÃO SEJAM EXPULSAS DO MERCADO<br />

> OS INTERVENIENTES TAMBÉM TÊM DE PREPARAR-SE PARA UM CRESCIMENTO<br />

EFICIENTE AO NÍVEL DOS CUSTOS, QUE SEJA “LEAN” E DIGITAL<br />

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Fonte: Roland Berger


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atualidade<br />

CONTRAFAÇÃO DE PEÇAS<br />

PRÁTICA ILEGAL<br />

A CONTRAFAÇÃO É UM CRIME QUE PREJUDICA, EM PRIMEIRA INSTÂNCIA, A ECONOMIA DO PAÍS. NESTE<br />

“JOGO” ILEGAL, EM QUE AS PEÇAS FALSIFICADAS PODEM ATÉ PASSAR POR VERDADEIRAS, OS “PIRATAS”<br />

TERÃO PESADAS CONSEQUÊNCIAS SE FOREM “AGARRADOS”. ATÉ POR ESTAREM A COLOCAR EM PERIGO<br />

A SEGURANÇA DOS CONDUTORES. ESTARÁ O PÓS-VENDA AUTOMÓVEL SUFICIENTEMENTE MUNIDO DE<br />

“ARMAS” PARA COMBATER ESTA PRÁTICA FRAUDULENTA? por Bruno Castanheira<br />

A<br />

contrafação é um crime que está previsto<br />

no Código de Processo Penal. E é, atualmente,<br />

dos maiores desafios à economia do<br />

país (e da Europa). Combater o ilícito criminal da<br />

contrafação, a imitação e o uso ilegal de marca tornou-se,<br />

por isso, premente. Estima-se que o valor<br />

global atual da contrafação represente entre 5 e 7%<br />

do comércio mundial. Do ponto de vista financeiro,<br />

a contrafação de produtos origina, anualmente,<br />

um prejuízo avaliado em cerca de 450 mil milhões<br />

de euros, colocando em perigo mais de 200<br />

mil postos de trabalho em todo o mundo, metade<br />

dos quais na Europa. Por outro lado, o comércio<br />

de produtos contrafeitos pode colocar seriamente<br />

em perigo a segurança dos consumidores, como é<br />

o caso <strong>das</strong> peças para automóveis.<br />

As sanções para quem viola os direitos de propriedade<br />

intelectual e conexos de outros são pesa<strong>das</strong><br />

(e específicas). Nunca, como nos últimos tempos,<br />

se analisou, de forma tão pormenorizada, os prejuízos<br />

que esta prática ilegal tem na economia dos<br />

países. Nos últimos anos, o Instituto de Propriedade<br />

Intelectual da União Europeia (EUIPO) tem<br />

vindo a monitorizar o custo económico da contrafação<br />

em setores reconhecidamente vulneráveis a<br />

violações dos direitos de propriedade intelectual.<br />

Seguir o rasto<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> procurou apurar de que forma<br />

a contrafação de peças afeta o pós-venda automóvel<br />

nacional. Mas nem todos os players por nós contactados<br />

(e foram muitos...) estiveram disponíveis para<br />

comentar a forma como este crime prejudica o seu<br />

14 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


negócio. Mas houve quem fizesse ouvir a sua voz. Foi<br />

o caso da Brembo. “A pirataria de produtos ou a ocorrência<br />

da falsificação de peças de veículos no mercado<br />

de reposição é um problema conhecido, mas sério,<br />

que afeta diferentes tipos de artigos. A compra<br />

de peças não originais traduz a não existência de<br />

garantia de conformidade de acordo com os padrões<br />

de fabrico e não assegura garantia de desempenho”,<br />

revela fonte da marca italiana. Que acrescenta: “No<br />

entanto, no caso dos componentes de travagem, este<br />

problema assume uma dimensão especificamente<br />

nova e angustiante, pois diz respeito a um elemento<br />

de segurança ativa dos veículos do qual depende<br />

a vida do condutor (e passageiros) que viajam em<br />

veículos equipados com peças falsifica<strong>das</strong>. Uma peça<br />

de travagem não original pode evidenciar limites importantes<br />

de desempenho nas condições mais díspares<br />

ou, simplesmente, um declínio significativo nos<br />

níveis de desempenho ao longo do tempo”. De acordo<br />

ainda com a marca italiana, “várias empresas na China,<br />

Taiwan, Hong Kong, Macau, Tailândia e Sudeste<br />

Asiático fabricam componentes de travagem com o<br />

logótipo da Brembo e colocam-nos à venda na Internet<br />

a preços de dumping”.<br />

Para mitigar este problema, é de extrema importância<br />

identificar e bloquear a distribuição de peças<br />

falsifica<strong>das</strong>. Nesse sentido, a Brembo gasta cerca de<br />

300 mil euros por ano em atividades antifalsificação<br />

online/offline. A empresa fez, aliás, uma task force<br />

que procura artigos suspeitos, trabalhando em conjunto<br />

com as autoridades alfandegárias e policiais.<br />

Essa task force consiste em duas pessoas, localiza<strong>das</strong><br />

na sede da empresa, em Itália, e numa agência externa<br />

especializada em atividades relaciona<strong>das</strong> com<br />

a contrafação, que atuam em países específicos. “É<br />

uma tarefa extremamente difícil para os investigadores,<br />

pois não é fácil capturar os infratores e a situação<br />

legal de alguns países oferece ‘saída’ aos falsificadores.<br />

Em alguns casos, as investigações estendem-se<br />

até oficinas de quintal ou lojas de peças na China ou<br />

nas Filipinas”, revela a Brembo. Que afirma mesmo<br />

que, desde que a task force foi criada, conseguiu remover<br />

80 mil produtos falsificados em mais de 100<br />

plataformas em todo o mundo. Em feiras e mercados,<br />

por exemplo, colaboradores especialmente treinados<br />

espalham-se para identificar os infratores no<br />

local e levá-los à justiça. “A Brembo foi pioneira em<br />

garantir a autenticidade dos seus produtos através de<br />

um método especial. Quando começámos a receber<br />

os primeiros sintomas deste fenómeno, procurámos,<br />

desde logo, um especialista que conhecesse o problema<br />

para que, juntos, definíssemos um caminho<br />

que incluísse a monitorização de alguns canais (web,<br />

distribuição, fronteiras). Do ponto de vista técnico,<br />

focámo-nos, fortemente, no aspeto visual (por exemplo,<br />

no logótipo) dos componentes”.<br />

Já Mónica Violante, responsável ibérica de marketing<br />

da OSRAM, afirma que, “de um modo geral, a<br />

contrafação, para além de criar enorme instabilidade<br />

e descrédito no mercado <strong>das</strong> peças para automóveis,<br />

fomenta a concorrência desleal no aftermarket e defrauda,<br />

acima de tudo, os consumidores, porque põe<br />

em causa a segurança de quem adquire lâmpa<strong>das</strong><br />

contrafeitas”. Segundo refere, “as falsificações, regra<br />

Medi<strong>das</strong> de combate<br />

E no caso da Brembo, que medi<strong>das</strong> estão a ser tomageral,<br />

não estão à altura do desempenho prometido,<br />

falham prematuramente com frequência e colocam<br />

em perigo os utilizadores da estrada, ao encandear<br />

os condutores que se aproximam”. E vai mais longe:<br />

“Mesmo que, por fora as lâmpa<strong>das</strong> pareçam as<br />

mesmas, existem grandes diferenças de qualidade.<br />

A contrafação é, portanto, para nós, um tema muito<br />

importante, porque o nosso produto está associado<br />

à segurança e a nossa comunicação está intrinsecamente<br />

relacionada com a qualidade”.<br />

Falsificações, há muitas<br />

A falsificação de travões Brembo está a multiplicar-se<br />

em número e variedade. Embora um produto falso<br />

seja um produto falso, a marca italiana tem vindo a<br />

observar vários graus de falsificação. Simplificando,<br />

a Brembo identificou três categorias diferentes de<br />

componentes de travagem que falham no teste de<br />

originalidade: falsificações; semi-falsificações; super<br />

falsificações. Por mais diferentes que sejam, estes três<br />

tipos de falsificações têm algo muito importante em<br />

comum (com que a Brembo nunca deixará de preocupar-se),<br />

ou seja, todos colocam em risco a vida do<br />

condutor, dos passageiros e dos outros utilizadores<br />

da estrada.<br />

Passemos, então, à descrição dos três grupos identificados<br />

pela Brembo. Falsificados: “Constituem<br />

a categoria mais óbvia e clássica de peças falsas da<br />

Brembo, abrangendo todos os produtos de imitação<br />

(pinças, discos, pastilhas), que são mais ou menos<br />

semelhantes aos originais. Tais falsificações são, geralmente,<br />

cópias grosseiras e muito fáceis de detetar<br />

por um especialista. Outras vezes, porém, podem<br />

enganar bastante, pois replicam a aparência exterior<br />

dos componentes. Mas parecer um produto original<br />

Brembo genuíno do lado de fora não significa integrar<br />

a tecnologia por dentro ou oferecer os mesmos<br />

padrões de desempenho. A compra de pinças, discos<br />

ou pastilhas Brembo não originais traduz a ausência<br />

de garantia de conformidade com os padrões de fabrico<br />

e não assegura garantia de desempenho. Um<br />

componente de travagem não original pode exibir<br />

limites importantes de desempenho nas condições<br />

mais díspares ou, simplesmente, um declínio significativo<br />

nos níveis de desempenho ao longo do tempo”.<br />

Agora, os semi-falsificados: “Sistema de travagem<br />

Brembo onde alguns componentes originais (geralmente<br />

a pinça) são embalados juntos e vendidos<br />

com outros componentes que não são da Brembo.<br />

A marca italiana sempre se opôs a estas práticas,<br />

acreditando, firmemente, que o desempenho de um<br />

sistema de travagem é determinado não apenas pela<br />

qualidade, mas, também, pela perfeita integração de<br />

cada um dos seus componentes. Qualquer sistema<br />

de travagem Brembo, incluindo kits de atualização,<br />

é projetado para um veículo específico. Mesmo que<br />

um kit semi-falso seja apenas parcialmente falso, é<br />

na mesma 100% perigoso e não é confiável do ponto<br />

de vista de desempenho e segurança”.<br />

Por fim, os super-falsificados: “Este tipo de falsificação<br />

não imita um produto existente, mas apropria-se<br />

ilegalmente da marca comercial Brembo. É o caso<br />

<strong>das</strong> capas de plástico (ou, mais raramente, de alumínio)<br />

para as pinças que, supostamente, melhoram a<br />

aparência. Embora surjam cada vez mais capas falsas<br />

da Brembo no mercado, não há absolutamente<br />

nenhuma conexão com um produto original, uma<br />

vez que a Brembo não produz - nem nunca produziu<br />

– capas de travão. O principal risco de falha na<br />

travagem ao usar-se essas capas será causado pelo<br />

superaquecimento da pinça, devido à demora no arrefecimento”.<br />

A OSRAM encara o tema da contração de forma<br />

proativa. E pela vasta experiência que detém nesta<br />

matéria que tantos danos a todos causa, tem vindo<br />

a desenvolver diferentes medi<strong>das</strong> para combater as<br />

falsificações. De acordo com Mónica Violante, “estas<br />

medi<strong>das</strong> passam, não só, por uma codificação específica<br />

dos nossos produtos, que nos permite rastreá-<br />

-los, como, também, pelo desenvolvimento de ferramentas<br />

que permitam ao consumidor assegurar-se<br />

que adquiriu um produto original OSRAM, como é o<br />

caso do Programa Confiança OSRAM”. E explica: “O<br />

Programa Confiança OSRAM, que nasceu para garantir<br />

que os condutores não tenham de sofrer com<br />

as falhas prematuras da lâmpada ou luzes de farol<br />

fracas, permite verificar a autenticidade <strong>das</strong> lâmpa<strong>das</strong><br />

automóvel de Xénon. Como novidade este ano,<br />

as lâmpa<strong>das</strong> de halogéneo em Duobox. Utilizando<br />

uma simples verificação de segurança em duas<br />

etapas, os clientes podem confirmar, facilmente, se a<br />

lâmpada que compraram é uma original da OSRAM<br />

e foi fabricada de acordo com os padrões internacionais<br />

de qualidade e segurança”.<br />

De acordo com a responsável ibérica de marketing,<br />

“Basta aceder ao site do Programa Confiança OS-<br />

RAM (www.osram.pt/trust), através do smartphone<br />

ou computador, introduzir o código de sete dígitos<br />

apresentado na etiqueta de segurança e, em seguida,<br />

clicar no botão ‘Verificar’. Se os dados da lâmpada<br />

apresentados forem idênticos aos da lâmpada adquirida,<br />

o consumidor pode ter a certeza de que comprou<br />

um produto OSRAM original. Através deste<br />

programa, conseguimos monitorizar, com precisão,<br />

os resultados e dar ao cliente final a confiança de que<br />

está a utilizar uma peça de substituição original”.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 15


ATUALIDADE<br />

ORIGINAL PARTS<br />

UFI FILTERS<br />

MANUFACTURER<br />

ORIGINAL PARTS<br />

UFI FILTERS<br />

MANUFACTURER<br />

<strong>das</strong> pela marca para minorizar este problema? “Para<br />

garantir a máxima proteção e segurança dos consumidores,<br />

a Brembo, de há anos a esta parte, utiliza<br />

a mesma abordagem inovadora, que é a marca registada<br />

de seus produtos, com o serviço que presta<br />

aos clientes. A Brembo, foi de facto, pioneira a disponibilizar<br />

um serviço para assegurar a originalidade<br />

dos produtos adquiridos”, revela fonte do fabricante<br />

italiano. Que acrescenta: “Para uma experiência de<br />

compra mais segura, todos os produtos originais da<br />

Brembo (exceto os componentes standard) dispõem<br />

de um sistema anti-falsificação na forma de cartão<br />

raspável, holograma ou código QR para garantir a<br />

autenticidade da compra. O que significa que o comprador<br />

pode rastrear o produto na Internet usando o<br />

seu código exclusivo para verificar, de imediato, se se<br />

trata de um artigo original genuíno”.<br />

De acordo com a Brembo, podem ser encontra<strong>das</strong><br />

duas diferentes medi<strong>das</strong> anti-falsificação em diversos<br />

tipos de produtos que fabrica. “Para produtos<br />

de elevado desempenho, pode ser encontrada dentro<br />

da embalagem uma superfície raspável. A gama<br />

Brembo High Performance apresenta componentes<br />

concebidos para melhorar a capacidade de travagem<br />

do automóvel em termos de desempenho, aparência<br />

e conforto. Nesta gama de produtos, a garantia de<br />

originalidade é assegurada por uma raspadinha anti-<br />

-falsificação. O cartão pode ser encontrado dentro da<br />

caixa selada, juntamente com as instruções do produto.<br />

Basta apenas raspar a zona prateada da parte<br />

posterior do cartão para se ter acesso a um código de<br />

seis dígitos, que o cliente coloca no site www.original.<br />

brembo.com para verificar se o componente é um original<br />

genuíno”. Agora, a segunda medida anti-contrafação:<br />

“Para discos e pastilhas destinados ao aftermarket,<br />

existe um holograma da marca comercial<br />

Brembo (apenas para discos) e um código QR para<br />

verificar a autenticidade do produto. A linha Brembo<br />

Aftermarket apresenta peças de reposição idênticas<br />

ou equivalentes ao original, garantindo excelente<br />

níveis de desempenho, confiabilidade, durabilidade<br />

e conforto em to<strong>das</strong> as condições de travagem. Para<br />

discos e pastilhas Brembo Aftermarket, a garantia de<br />

originalidade é assegurada por um código QR, que<br />

permite verificar se a peça é genuína”.<br />

As variáveis ​em jogo e as habilidades profissionais<br />

necessárias para fabricar ou mesmo para montar um<br />

sistema de travagem, são extremamente complexas<br />

e avança<strong>das</strong>. Por isso, a Brembo recomenda que se<br />

preste a máxima atenção à qualidade e originalidade<br />

de todos os componentes do sistema de travagem<br />

utilizados ​no veículo, seja em caso de reparação ou<br />

de adaptação. O cartão anti-falsificação para peças<br />

Brembo High Performance é uma <strong>das</strong> medi<strong>das</strong> adota<strong>das</strong><br />

para combater a contrafação. “Para este tipo de<br />

produtos, recomendamos apenas a compra a revendedores<br />

autorizados. Para saber se um revendedor<br />

está autorizado ou não, basta consultar a Lista Oficial<br />

de Distribuidores no nosso site. Para verificar a<br />

compra, basta digitar o número do cartão, o tipo de<br />

componente e o país da compra no site. Ao inserir<br />

informações adicionais, como o endereço de email<br />

e o modelo de automóvel ou moto no qual a peça<br />

será instalada, é possível descarregar um certificado<br />

de autenticidade em formato PDF. Pode até ser feito<br />

diretamente na loja em que foi comprado, pois o<br />

site está otimizado para dispositivos móveis”, refere<br />

a Brembo.<br />

Agora, o holograma anti-falsificação e o código QR<br />

para peças Brembo Aftermarket. “Para este tipo de<br />

produtos, a rede de distribuição da Brembo é a opção<br />

de compra recomendada. As características de origem<br />

de Brembo permitem verificar facilmente se o<br />

mecânico tem uma peça genuína nas mãos. É importante<br />

que a caixa esteja intacta e não evidencie sinais<br />

de violação. Para pastilhas de travão, o código QR é<br />

impresso no adesivo que fecha a caixa, enquanto para<br />

os discos pode ser encontrado na etiqueta do produto,<br />

juntamente com um holograma Brembo” explica<br />

o fabricante italiano. E conclui: “Naturalmente, todos<br />

os discos e pastilhas Brembo são marcados com<br />

um código, com o logótipo Brembo e ostentam a<br />

marcação ECE R90. As pastilhas são adicionalmente<br />

marca<strong>das</strong> com um código WVA, enquanto os discos<br />

têm um valor mínimo de espessura expresso em<br />

Min Th. Um bom indicador de falsificações também<br />

é o preço. Se for significativamente abaixo de 15% do<br />

preço normal de mercado, o consumidor deve desconfiar<br />

da empresa à qual está a comprar. Descontos<br />

extraordinários de 50% ou mais não se configuram<br />

com produtos originais Brembo. E os componentes<br />

de elevado desempenho estão disponíveis apenas<br />

como kit. As pinças de travão, por exemplo, não fa-<br />

A CONTRAFAÇÃO DE PRODUTOS ORIGINA, ANUALMENTE, UM<br />

PREJUÍZO DE 450 MIL MILHÕES DE EUROS, COLOCANDO EM<br />

PERIGO MAIS DE 200 MIL POSTOS DE TRABALHO NO MUNDO<br />

16 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


zem parte do portefólio de produtos da Brembo de<br />

forma isolada”.<br />

Exemplo da UFI<br />

A UFI Filters, empresa líder em filtragem e gestão<br />

térmica, afirma estar sempre na linha da frente no<br />

combate à venda de peças sobressalentes contrafeitas,<br />

tanto nos canais tradicionais como no comércio<br />

eletrónico. Graças ao registo <strong>das</strong> suas marcas e patentes<br />

a nível internacional e à implementação de<br />

tecnologias patentea<strong>das</strong>, a UFI Filters evitou, nos<br />

últimos dois anos, um potencial volume de negócios<br />

de quase cinco milhões de euros proveniente de<br />

mercadorias ilegais. No comunicado de imprensa<br />

difundido a 17 de abril de 2020, é referido que “este<br />

importante resultado foi alcançado graças às atividades<br />

de proteção da marca e produto supervisiona<strong>das</strong><br />

pela Divisão Jurídica e pelo Departamento de Propriedade<br />

Intelectual da UFI Filters, que, juntamente<br />

com a CONVEY, empresa líder em serviços de inteligência<br />

na Internet e proteção de marca, com sede<br />

em Turim, permitiu o bloqueio de quase 2,5 milhões<br />

de transações ilegais na Internet”. No mesmo documento,<br />

pode ler-se que “existem 6.125 ofertas identifica<strong>das</strong>,<br />

comunica<strong>das</strong> e definitivamente elimina<strong>das</strong><br />

de 19 portais online diferentes. A remoção completa<br />

deste volume de anúncios ilegais <strong>das</strong> plataformas<br />

de comércio eletrónico permitiu evitar a colocação<br />

no mercado de peças sobressalentes de produtos de<br />

qualidade, significativamente, inferior, em comparação<br />

com os originais desenvolvidos pela UFI”.<br />

A UFI Filters também delineou uma estratégia preventiva.<br />

O principal objetivo é eliminar fontes de<br />

abastecimento de produtos contrafeitos, impedindo<br />

a sua distribuição no mercado de produtos originais.<br />

principalmente anúncios comerciais publicados em<br />

plataformas de comércio eletrónico de origem turca<br />

ou chinesa, mas, também, internacionais. Estas ações<br />

protegem quer o mercado de mercadorias originais,<br />

quer os clientes do mercado de pós-venda e os consumidores<br />

finais. “Desde 1972 que a UFI Filters está<br />

empenhada em proteger os seus produtos e os sinais<br />

de identificação a eles associados, através do registo<br />

de marcas e patentes nos principais mercados mundiais<br />

e através da proteção aduaneira, ou seja, através<br />

do registo dos ativos de Propriedade Intelectual do<br />

grupo junto <strong>das</strong> autoridades alfandegárias de cada<br />

país. Até à data, a UFI há depositou 233 títulos, entre<br />

patentes e modelos de utilidade”, dá conta a nota<br />

de imprensa de 17 de abril deste ano. Foi este o ponto<br />

de partida que permitiu ao grupo colaborar com a<br />

CONVEY nas atividades de inteligência na Internet<br />

e na proteção de produtos nas principais plataformas<br />

internacionais de comércio eletrónico. Além disso,<br />

no canal tradicional, a UFI Filters presta um serviço<br />

direto à sua rede de distribuição, com sessões de formação<br />

que visam ensinar os profissionais a distinguir<br />

um produto original de um contrafeito. Em particular,<br />

os produtos mais copiados no mercado, como as<br />

famílias “ONE” e “H2O”, além dos filtros de alta separação<br />

da água, fruto da tecnologia exclusiva UFI.<br />

As ações da UFI Filters, destina<strong>das</strong> a impedir a utilização<br />

indevida da marca e a violação <strong>das</strong> suas patentes<br />

tecnológicas, são ainda reforça<strong>das</strong> pela aposição<br />

de rótulos na embalagem dos produtos em mercados<br />

com maior risco, como os do Extremo Oriente. Estes<br />

rótulos dispõem de códigos QR e são produzidos<br />

com técnicas de impressão que dificultam muito a<br />

cópia. Em breve, está medida será implementada,<br />

também, no mercado europeu. Eduardo Martí, diretor-geral<br />

de UFI Filters Ibérica, refere que “a atenção<br />

do Grupo UFI Filters no combate à contrafação de<br />

peças sobressalentes é constante, como demonstram<br />

os números do balanço de dois anos de atividade com<br />

a CONVEY”. Segundo refere, “evitámos um potencial<br />

volume de negócios de mercadorias ilegais verdadeiramente<br />

significativo, que poderia ter prejudicado<br />

tanto o setor como os veículos em circulação. Por<br />

isso, estamos orgulhosos por renovar a nossa parceria<br />

com a CONVEY”. E conclui: “A fim de proteger<br />

o mercado, convidamos os nossos distribuidores,<br />

mas, também, os fabricantes de peças sobressalentes<br />

e mecânicos a confiarem apenas na rede oficial de<br />

ven<strong>das</strong>, a terem cuidado com preços excessivamente<br />

vantajosos e a comunicarem prontamente se pensarem<br />

ter identificado mercadorias potencialmente<br />

contrafeitas”. l<br />

PUB<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 17


Apostamos nos<br />

veiculos asiáticos<br />

Quase 4.000 referências em stock e<br />

mais de 400 em desenvolvimento<br />

Novidades e peças exclusivas<br />

Famílias em destaque: mangas,<br />

foles de transmissão, blocos<br />

silenciosos e apoios do motor<br />

Para ligeiros e veículos comerciais


OPINIÃO<br />

RICARDO CARVALHO CONSULTOR SÉNIOR DA CITNOW EM PORTUGAL<br />

AUTOMÓVEL: PODEM AS FERRAMENTAS DIGITAIS<br />

AJUDAR UM SETOR COM QUEBRAS DE 80%?<br />

PORTUGAL (E O MUNDO) ENFRENTAM UMA DAS MAIS DESAFIANTES CRISES, NÃO SÓ DO PONTO DE VISTA<br />

SOCIAL, MAS, TAMBÉM, ECONÓMICO. ALÉM DOS ENORMES E INCONTORNÁVEIS DESAFIOS NA ÁREA DA<br />

SAÚDE, A COVID-19 TROUXE CONSIGO QUEBRAS NA ECONOMIA, QUE SE MANIFESTAM, COM MAIOR OU<br />

MENOR EXPRESSÃO, NOS SETORES MAIS DÍSPARES<br />

Se olharmos para o setor<br />

automóvel – que, em 2019,<br />

representou mais de 20% nas<br />

receitas fiscais do Estado e que<br />

regista, agora, quebras na ordem dos<br />

80% –, percebemos que estamos<br />

perante um cenário que nos colocará,<br />

no futuro, enormes desafios. Neste<br />

momento, o setor automóvel<br />

encontra-se muito condicionado,<br />

desde a produção até à<br />

comercialização ou reparação de<br />

veículos. Se, no campo da produção,<br />

com o encerramento <strong>das</strong> unidades<br />

envolvimento do consumidor em<br />

todo o processo, oferecendo-lhe uma<br />

experiência “interativa” e uma<br />

jornada valorosa.<br />

Também nos processos de<br />

manutenção ou reparação em<br />

oficina, o técnico consegue gravar um<br />

vídeo de diagnóstico identificando as<br />

necessidades de intervenção,<br />

partilhando, de seguida e em<br />

escassos minutos, esse relatório de<br />

vídeo e o respetivo orçamento com o<br />

proprietário do veículo, que pode, à<br />

distância e em segurança, visualizar<br />

levanta<strong>das</strong>. É fundamental que a<br />

segurança de colaboradores e clientes<br />

seja assegurada agora, mas, também,<br />

nas próximas semanas e meses. É<br />

crucial que retiremos ensinamentos<br />

de toda esta realidade, pois o país, o<br />

mundo, a sociedade e a economia<br />

terão de encontrar novas<br />

formas para, no futuro,<br />

responder a novos surtos e<br />

a novos desafios.<br />

O momento que vivemos<br />

não pode (nem deve) ser<br />

tempo de pensar em<br />

escolas, dos hipermercados, dos<br />

concessionários ou <strong>das</strong> oficinas,<br />

respondendo às necessidades do<br />

consumidor. É esse o nosso dever. E<br />

não terá sido exatamente para isso<br />

que se inventou a tecnologia? l<br />

É CRUCIAL QUE RETIREMOS ENSINAMENTOS DESTA<br />

REALIDADE, POIS O PAÍS, O MUNDO, A SOCIEDADE E A<br />

ECONOMIA TERÃO DE ENCONTRAR NOVAS FORMAS PARA<br />

RESPONDER A NOVOS SURTOS E A NOVOS DESAFIOS<br />

fabris, será mais difícil encontrar<br />

alternativas, nas áreas de venda e<br />

reparação de veículos é possível, à<br />

distância e em segurança, “abrir a<br />

porta” de concessionários e oficinas<br />

aos consumidores. E, aqui, as<br />

ferramentas digitais assumem um<br />

papel fundamental. Hoje, através de<br />

um conjunto de plataformas de<br />

vídeo, os consumidores têm a<br />

possibilidade de receber vídeos<br />

personalizados, relevantes e<br />

orientados para as suas necessidades<br />

de informação, quer se encontrem no<br />

processo de procura ou de compra.<br />

Este novo modelo relacional e<br />

comunicacional oferece<br />

transparência, confiança e o<br />

o vídeo e aprovar o orçamento. Mais<br />

do que o fator comodidade – uma vez<br />

que o cliente tem acesso a um<br />

relatório de vídeo no seu<br />

computador, tablet ou smartphone –,<br />

a aplicação promove, ainda, uma<br />

transparência total e facilita, agora, a<br />

continuidade destes processos,<br />

eliminando ou reduzindo, quase na<br />

totalidade, o contacto presencial.<br />

Este serviço tem, ainda, duas<br />

vantagens extra associa<strong>das</strong>: permite<br />

que o setor continue, ainda que de<br />

uma forma reduzida, a trabalhar;<br />

evita a aglomeração de pessoas nos<br />

concessionários e oficinas, numa<br />

altura em que o Estado de<br />

Emergência e as restrições foram<br />

ven<strong>das</strong> ou lucro.<br />

Será<br />

importante,<br />

contudo,<br />

termos<br />

consciência de<br />

que a<br />

sobrevivência de<br />

todos os setores e<br />

da economia, de<br />

uma forma global,<br />

depende de cada um<br />

de nós e <strong>das</strong> soluções<br />

que permitam que, em<br />

plena pandemia e<br />

isolamento social, possamos,<br />

ainda que apenas<br />

digitalmente, abrir as portas <strong>das</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 19


Observatório<br />

CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />

BOSCH REVOLUCIONA<br />

NAVEGAÇÃO<br />

Conduzir numa cidade desconhecida<br />

e movimentada pode<br />

tornar-se uma grande dor de<br />

cabeça. Basta, para isso, que o sistema<br />

de condução teime em falhar,<br />

precisamente, quando mais dele<br />

precisávamos. Ora, o novo dispositivo<br />

MEMS, da Bosch (SMI230), promete<br />

acabar de vez com estas situações<br />

exasperantes. O sensor anuncia<br />

elevada precisão e uma capacidade<br />

de registar, constantemente, alterações<br />

na direção e velocidade do veículo,<br />

além de avaliar informações e<br />

de transmiti-las ao sistema de navegação.<br />

Aqui, as informações são<br />

combina<strong>das</strong> com os dados posicionais<br />

do sistema global de navegação<br />

por satélite (GNSS) e usa<strong>das</strong> para<br />

navegação.<br />

Uma interrupção repentina no sinal<br />

do GPS – devido, por exemplo, a um<br />

túnel ou vale - faz com que o novo<br />

sensor da Bosch intervenha. “Quando<br />

o sistema de navegação está ‘perdido’,<br />

os sensores semicondutores da<br />

Bosch garantem que o veículo não<br />

FABRICANTE PRETENDE<br />

REVOLUCIONAR<br />

SISTEMAS DE<br />

NAVEGAÇÃO ATRAVÉS<br />

DA CRIAÇÃO DE UM<br />

INOVADOR CHIP<br />

SEMICONDUTOR,<br />

DESIGNADO MEMS,<br />

QUE AJUDA A RETRATAR,<br />

DE FORMA REAL<br />

E INTERRUPTA,<br />

OS MOVIMENTOS<br />

DO VEÍCULO<br />

por Jorge Flores<br />

se perde», sublinha Jens Fabrowsky,<br />

membro do conselho de gestão executiva<br />

da divisão Bosch Automotive<br />

Electronics. Refira-se que o constante<br />

aparecimento de dados confiáveis<br />

sobre os movimentos dos veículos faz<br />

com que o conhecido efeito flip book<br />

do ecrã do sistema de navegação faça<br />

parte do passado. Graças à combinação<br />

da posição do GPS e às informações<br />

do sensor, a seta de navegação<br />

no visor já não dá saltos irrealistas<br />

nem muda, repentinamente, a orientação<br />

no seu caminho de um ponto<br />

para outro. Segundo Fabrowsky, a<br />

explicação é simples: “Os semicondutores<br />

são essenciais para a mobilidade<br />

moderna e, atualmente, é impossível<br />

imaginar os automóveis sem<br />

eles”. A Bosch iniciou, recentemente,<br />

a produção do SMI230 e os primeiros<br />

clientes já estão a receber o sensor<br />

como equipamento padrão.<br />

Fluidez de movimentos<br />

O sensor recorre a uma tecnologia<br />

na forma de chip, sendo esse o<br />

grande segredo. De acordo com a<br />

Bosch, para “manter fluido o movimento<br />

da seta no mapa de navegação”.<br />

Com o intuito de gerar dados<br />

de elevada precisão sobre o movimento<br />

do veículo, a Bosch “reúne<br />

dois desses minúsculos sensores extremamente<br />

sensíveis - um para a<br />

aceleração do veículo, outro para a<br />

taxa de guina<strong>das</strong> - num único compartimento”,<br />

explica o fabricante<br />

em comunicado. E acrescenta: “A<br />

força do SMI230 está nessa combinação.<br />

Além disso, a dupla de<br />

sensores alcança um extraordinário<br />

grau de precisão e pode detetar,<br />

rapidamente, alterações repentinas<br />

no movimento do veículo”.<br />

Segundo Jens Fabrowsky, “a Bosch<br />

detém uma experiência abrangente,<br />

inigualável em todo o mundo, no desenvolvimento<br />

e fabrico de semicondutores<br />

para aplicações automóveis.<br />

Isso ajuda-nos a desenvolver novas<br />

funções para os automóveis e faz com<br />

que melhoraremos, constantemente,<br />

os próprios chips”. l<br />

20 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


empresas


AUTOZITÂNIA<br />

UMA “PEDRADA<br />

NO CHARCO”<br />

A INTEGRAÇÃO DA AUTOZITÂNIA NA AD PARTS ACONTECEU<br />

EM MEADOS DE MARÇO, EM PLENO ESTADO DE EMERGÊNCIA<br />

DEVIDO À PANDEMIA DE COVID-19. APESAR DO TIMING NADA<br />

FAVORÁVEL, A ADMINISTRAÇÃO NÃO HESITOU EM CONCRETIZAR<br />

ESTE ACORDO, QUE REPRESENTA UMA “PEDRADA NO CHARCO”<br />

AO NÍVEL DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS EM PORTUGAL por João Vieira<br />

A<br />

AD Parts é o principal grupo de distribuição<br />

independente de peças aftermarket<br />

para automóveis na Península Ibérica,<br />

cujos 27 membros, onde se inclui a Autozitânia,<br />

atingiram um volume de negócios acumulado no<br />

ano fiscal de 2019 de 800 milhões de euros. O grupo<br />

dispõe de mais de 530 pontos de venda, mais<br />

de 550.000 m 2 de instalações e mais de 5.000<br />

colaboradores. São números impressionantes que<br />

espelham bem a dimensão e a importância que<br />

este grupo tem no mercado ibérico da distribuição<br />

de peças auto.<br />

“A AD Parts é a referência do mercado ibérico.<br />

Quando surgiu o convite para integrarmos o grupo,<br />

não demorámos muito tempo a decidir”, começa<br />

por referir Ricardo Venâncio, administrador<br />

da Autozitânia. “A AD está em Portugal há mais de<br />

20 anos. Vamos pegar nesse legado e desenvolver<br />

a marca para o futuro. Como é sabido, a Autozitânia<br />

era membro da Temot International, onde<br />

sempre fomos bem tratados e estávamos perfeitamente<br />

enquadrados, na nossa zona de conforto. A<br />

AD Parts surge como um grande desafio e representa<br />

uma ‘pedrada no charco’. É um projeto completamente<br />

diferente e que nos motiva muito. Vamos<br />

ficar melhor preparados para servir os nossos<br />

clientes e ajudá-los a servir, de forma mais eficaz,<br />

as oficinas. Pretendemos continuar o nosso crescimento<br />

de forma sustentada e acreditamos que estar<br />

associado à AD Parts é uma enorme mais-valia<br />

para a Autozitânia”, acrescenta Ricardo Venâncio.<br />

O objetivo da associação à AD Parts passa, assim,<br />

por assegurar todo um conjunto de sinergias que<br />

permitam consolidar a posição da Autozitânia no<br />

mercado nacional, tornando-a ainda mais competitiva<br />

e fazendo que esteja melhor preparada para<br />

responder aos enormes desafios que o mercado<br />

apresenta. Um dos focos da Autozitânia sempre<br />

foi a prestação de um serviço de excelência e esta<br />

associação permite elevar ainda mais o nível de<br />

serviço junto dos clientes, nas mais varia<strong>das</strong> áreas<br />

fundamentais para o sucesso no mercado.<br />

JORGE MENEZES<br />

NOVO DIRETOR<br />

COMERCIAL<br />

No meio de todo este processo, a administração da<br />

Autozitânia reconheceu que a responsabilidade para com<br />

a AD Parts e para com este novo projeto é de tal ordem,<br />

que sentiu a necessidade de arranjar uma pessoa que seja<br />

100% responsável pelo seu desenvolvimento, tendo, por<br />

isso, contratado Jorge Menezes, um profissional com grande<br />

experiência do mercado de pós-venda, nas vertentes<br />

fabricante e distribuidor. Para além <strong>das</strong> suas funções de<br />

diretor comercial da empresa, será o responsável pelo<br />

desenvolvimento de todo o projeto AD pela Autozitânia em<br />

Portugal.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 23


AUTOZITÂNIA<br />

A AUTOZITÂNIA VAI MANTER O CONCEITO DRIVE REPAIR,<br />

LANÇADO RECENTEMENTE, MAS IRÁ AVANÇAR COM AS<br />

REDES AD, ELITE, PREMIUM E EXPERT SERVICE CAR<br />

Novo fôlego em Portugal<br />

Relativamente à estrutura da AD existente em<br />

Portugal, Ricardo Venâncio refere: “Não comprámos<br />

a AD Logistics nem a Sonicel. Comprámos,<br />

isso sim, uma quota na AD Parts, que era<br />

anteriormente da AD Logistics. Relativamente à<br />

estrutura que existia, não temos nada a ver. Somos<br />

uma empresa presente há 35 anos no mercado<br />

e temos responsabilidades para com os nossos<br />

clientes, que, no fundo, fizeram esta casa. E<br />

é com eles que vamos continuar a traçar o nosso<br />

caminho. Com a integração na AD Parts, há novos<br />

inputs que temos de aproveitar e, por isso, vamos<br />

remodelar o nosso ADN, mas mantendo sempre<br />

os nossos princípios basilares”.<br />

A rede de distribuição da AD Parts em Portugal<br />

será, pois, construída de raiz. Serão aproveitados<br />

os pontos de venda da Autozitânia já existentes e<br />

será redesenhada uma rede de parceiros para fazer<br />

a distribuição dos produtos e serviços AD em todo<br />

o território nacional.<br />

Os produtos de marca própria AD são uma <strong>das</strong><br />

grandes bandeiras da AD Parts. “To<strong>das</strong> as peças<br />

que vêm dentro <strong>das</strong> caixas AD são de qualidade<br />

premium. Já incluímos alguns produtos no nosso<br />

portefólio, nomeadamente óleos, químicos e<br />

baterias. A pouco e pouco, vamos juntar outros,<br />

como discos e pastilhas de travão, escovas limpa<br />

vidros, motores de arranque, alternadores e<br />

AUTOZITÂNIA<br />

Administradores Francisco Neves e<br />

Ricardo Venâncio<br />

Sede Av.ª <strong>das</strong> Acácias, Lote AE 2/3, Arroja,<br />

1685 – 654 Famões (Odivelas)<br />

Telefone 214 789 100<br />

Email ven<strong>das</strong>.odivelas@autozitania.pt<br />

Site www.autozitania.pt<br />

lâmpa<strong>das</strong>. Fruto do trabalho feito anteriormente,<br />

a marca AD é amplamente conhecida e a sua<br />

qualidade é reconhecida no mercado. Por isso,<br />

não duvidamos que terá uma boa recetividade<br />

por parte <strong>das</strong> oficinas”, explica Ricardo Venâncio.<br />

Que acrescenta: “Vamos ter stock pleno de todos<br />

os produtos AD. É a nossa maneira de trabalhar<br />

com to<strong>das</strong> as marcas que comercializamos. Com a<br />

AD, não será diferente. A distribuição dos produtos<br />

AD aproveita toda a logística que existe a nível<br />

de armazém e lojas”.<br />

Novas redes nos planos<br />

Relativamente às redes que estão liga<strong>das</strong> à AD<br />

Parts em Espanha, Ricardo Venâncio afirma que,<br />

a seu tempo, serão, também, implementa<strong>das</strong> no<br />

nosso país, assim como o programa de formação<br />

Millennium. Devido à situação de isolamento<br />

social em vigor, ainda não foi possível a administração<br />

da Autozitânia deslocar-se à sede da AD<br />

Parts, em Girona, para perceber como tudo funciona<br />

e conhecer o Grupo Eina, responsável pelo<br />

programa de formação Millennium. Mas logo que<br />

for possível, a implementação <strong>das</strong> redes será uma<br />

realidade. Para tal, “vamos ter de reestruturar a<br />

empresa a nível interno, com a abertura de novos<br />

departamentos. Vai ser um processo complexo,<br />

pois vamos manter o conceito de rede Drive Re-<br />

24 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


pair, que lançámos recentemente, e avançar com<br />

novos conceitos, como as redes AD, Elite, Premium<br />

e Expert Service Car, já existentes em Espanha.<br />

Não vamos conseguir implementar to<strong>das</strong> ao<br />

mesmo tempo, mas iremos escolher as que melhor<br />

se adaptem ao nosso mercado”, esclarece Ricardo<br />

Venâncio.<br />

Para o administrador da Autozitânia, a concentração<br />

do negócio da distribuição em grandes players<br />

é uma tendência que vai continuar. “A concentração<br />

traz vantagens, pois quando se concentra o negócio<br />

e há mais volume de ven<strong>das</strong>, existe sempre<br />

uma melhoria <strong>das</strong> condições para os parceiros e<br />

um conjunto de sinergias que se podem aproveitar.<br />

Por outro lado, vamos concorrer com estruturas<br />

muito fortes, que nos obrigam a um grande<br />

esforço para nos mantermos competitivos. Quem<br />

acompanha o mercado, tem visto, nos últimos<br />

anos, grandes players da distribuição nacional<br />

desaparecerem, porque não conseguiram acompanhar<br />

a evolução do mercado. É este o perigo:<br />

as empresas não conseguirem adaptar-se às exigências<br />

do mercado”, preconiza Ricardo Venâncio.<br />

Expectativa pós-Covid-19<br />

Relativamente ao momento atual que a Autozitânia<br />

está a viver, Ricardo Venâncio afirma: “Tivemos<br />

uma queda muito acentuada, de cerca de<br />

50%, nos meses de março e abril, relativamente<br />

à faturação normal da empresa neste período.<br />

Obviamente que o objetivo que tínhamos traçado<br />

no início do ano é completamente inalcançável.<br />

É incrível como num período de apenas 15 dias<br />

a realidade se altera completamente. Tivemos de<br />

adaptar-nos a um novo normal e tenho a expectativa<br />

de que, no final deste ano ou início do próximo,<br />

consigamos recuperar para valores de 2019.<br />

Paulatinamente, temos vindo a recuperar e espero<br />

que os meses de verão, que costumam ser fortes,<br />

possam trazer alguma retoma. Mas o impacto dos<br />

dois meses de confinamento vai ser muito difícil<br />

recuperar, prevendo-se, para este ano, um decréscimo<br />

de 20% na faturação da empresa. l<br />

GRUPO EINA<br />

REFERÊNCIA EM<br />

FORMAÇÃO TÉCNICA<br />

A AD Parts adquiriu uma parte substancial do capital do<br />

Grupo Eina, entidade focada na formação e uma referência<br />

a nível mundial na área formativa. O grupo desenvolve para<br />

os parceiros AD o programa Millennium, que nasceu há mais<br />

de 20 anos e envolve um conjunto de regalias, desde um<br />

vasto conjunto de formações presenciais ou à distância até<br />

apoio técnico por telefone e online. Aliado a uma poderosa<br />

base de dados dinâmica, os cursos permitem o acesso ao<br />

conhecimento de milhares de viaturas.<br />

O Grupo Eina adquire veículos novos três anos após a sua<br />

introdução no mercado. Estas viaturas são totalmente<br />

“desmancha<strong>das</strong>” e reintegra<strong>das</strong> de novo, com possibilidade<br />

de emissão de erros aquando <strong>das</strong> formações. O call center,<br />

gerido pelo Grupo Eina, dispõe de cerca de 50 técnicos,<br />

acreditados e certificados pelas marcas, respondendo<br />

às necessidades dos mercados espanhol e português.<br />

Paralelamente, os parceiros podem aceder a uma<br />

plataforma, onde colocam as dúvi<strong>das</strong> e recebem respostas<br />

com soluções e diagramas. Os parceiros podem ainda criar<br />

um site dedicado, que é integrado num poderoso localizador<br />

de oficinas a nível nacional, exponenciando a sua visibilidade<br />

e potenciando o aumento da carteira dos clientes.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 25


entrevista<br />

FERNANDO DÍAZ<br />

DIRETOR-GERAL ADJUNTO DA OLIPES<br />

CHEGOU O MOMENTO DE<br />

APOSTAR FORTEMENTE<br />

EM PORTUGAL


APÓS 24 ANOS DE TRAJETÓRIA INDUSTRIAL, COM UM MODELO CONSOLIDADO EM 47 PAÍSES E UMA<br />

PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO SUSTENTADO (E SUSTENTÁVEL), 2019 FOI UM ANO DE POSICIONAMENTO<br />

ESTRATÉGICO PARA A EXPANSÃO DA MARCA OLIPES A NÍVEL GLOBAL. AGORA, EM 2020, APESAR DA<br />

CONJUNTURA MENOS FAVORÁVEL, FERNANDO DÍAZ, DIRETOR-GERAL ADJUNTO DA MARCA, ASSEGURA<br />

QUE “CHEGOU O MOMENTO DE APOSTAR FORTEMENTE EM PORTUGAL”. E TECE RASGADOS ELOGIOS A FRANCISCO<br />

PESSOA (CEO DA MAJESFRAPE), RUI MESQUITA (GERENTE DA RM OIL) E, PRINCIPALMENTE, FERNANDO SANTOS<br />

(ADMINISTRADOR DA FJS LUBRIFICANTES), OS GRANDES RESPONSÁVEIS PELA IMPLEMENTAÇÃO DA OLIPES<br />

NO NOSSO PAÍS por Bruno Castanheira<br />

O<br />

posicionamento da OLIPES em Portugal<br />

assenta numa estratégia enquadrada no<br />

Programa Partner da empresa, que orienta<br />

os distribuidores no caminho a seguir para estabelecer<br />

a marca, de forma sólida e contínua, entre<br />

as cinco marcas de lubrificantes mais reconheci<strong>das</strong><br />

pelos profissionais. Mas um projeto desta<br />

magnitude não pode ser abordado sem o parceiro<br />

estratégico certo. Este parceiro dá pelo nome de<br />

FJS Lubrificantes, que viu, desde logo, o potencial<br />

da marca e do modelo de negócio que a OLIPES<br />

defende. Em entrevista concedida ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>, Fernando Díaz, diretor-geral adjunto da<br />

OLIPES, revela a estratégia que está em curso para<br />

Portugal, as iniciativas previstas para o nosso país<br />

e as ações de responsabilidade social que fazem<br />

parte do património genético da empresa.<br />

Como foi o ano de 2019 para a OLIPES em<br />

Portugal?<br />

Após 24 anos de trajetória industrial, com um modelo<br />

consolidado em 47 países e uma projeção de<br />

crescimento sustentado e sustentável, 2019 foi um<br />

ano de posicionamento estratégico para a expansão<br />

da marca OLIPES a nível global. Portugal sempre<br />

foi o nosso mercado natural e chegou o momento<br />

de apostar fortemente nele, principalmente devido<br />

à concorrência de diferentes fatores. O primeiro, diz<br />

respeito a um cenário económico em clara recuperação<br />

e politicamente estável do país. O segundo,<br />

tem a ver com uma viragem no setor do aftermarket<br />

ibérico, alinhado com a transformação europeia do<br />

setor. O terceiro, mais importante, prende-se com<br />

os parceiros estratégicos capazes de proporcionar o<br />

conhecimento e a capacidade logística e financeira<br />

necessárias para estabelecer uma relação vencedora.<br />

Em Portugal, existem três pessoas chave que<br />

tornaram possível a nossa implementação, sem as<br />

quais não teríamos conseguido concretizar os nossos<br />

planos: Francisco Pessoa (CEO da Majesfrape),<br />

Rui Mesquita (gerente da RM OIL) e, claro, Fernando<br />

Santos (administrador da FJS Lubrificantes).<br />

Podemos dizer que houve um antes e um depois<br />

de ter conhecido cada um destes três parceiros<br />

estratégicos para a OLIPES em Portugal, que são,<br />

diga-se em abono da verdade, excelentes profissionais.<br />

Não nos podemos esquecer, também, de to<strong>das</strong><br />

as indústrias e oficinas que utilizam, diariamente,<br />

os nossos produtos, que se identificam com a marca<br />

OLIPES e que recebem formação contínua, aconselhamento,<br />

qualidade, fiabilidade, confiança e<br />

rentabilidade para os seus negócios e para todos os<br />

pontos de venda que defendem a nossa marca como<br />

sendo sua. Todos fazem, aliás, parte da nossa família<br />

empresarial.<br />

Qual é o plano de expansão da OLIPES<br />

em Portugal?<br />

O posicionamento da marca em Portugal assenta<br />

numa estratégia enquadrada no Programa Partner<br />

da empresa, que orienta os distribuidores no caminho<br />

a seguir para estabelecer a OLIPES, de forma<br />

sólida e contínua, entre as cinco marcas de lubrificantes<br />

mais reconheci<strong>das</strong> pelos profissionais. Para<br />

isso, o primeiro ponto partilhado por todos os nossos<br />

parceiros diz respeito ao conceito de negócio<br />

da OLIPES, que não se baseia apenas no produto,<br />

no qual se sabe que oferecemos um elevado nível<br />

de qualidade, mesmo acima <strong>das</strong> expectativas do<br />

cliente, mas gira, também, em torno dos valores<br />

que os consumidores associam à marca, ao serviço<br />

e à filosofia da empresa, bem como <strong>das</strong> relações<br />

pessoais e profissionais, diferenciando-nos da concorrência.<br />

Quando falamos de OLIPES, não estamos<br />

a falar de um fornecedor de lubrificantes standard,<br />

mas sim de um parceiro, como gostamos de<br />

ser conhecidos, que fornece valor a todos os níveis.<br />

Talvez seja esta a razão pela qual os clientes nos<br />

descrevem como “O lubrificante dos profissionais”.<br />

Não para profissionais, mas dos profissionais.<br />

Porque aqueles que aderem ao Programa Partner<br />

sentem-se parte da marca. E, de facto, fazem parte<br />

dela. Este programa é o núcleo da nossa estratégia<br />

de expansão internacional e os resultados, desde a<br />

sua implementação nos diferentes países, têm excedido<br />

as nossas previsões mais otimistas.<br />

A existência de um novo distribuidor contribui<br />

para esta estratégia, certo?<br />

Correto. Um projeto desta magnitude não pode ser<br />

abordado sem o parceiro estratégico certo. E este<br />

parceiro dá pelo nome de FJS Lubrificantes, que<br />

viu, desde logo, o potencial da marca e do modelo<br />

de negócio que defendemos. Por isso, está, agora,<br />

a liderar fortemente um projeto que não teria sido<br />

possível de levar a cabo sem a FJS Lubrificantes. A<br />

figura de Fernando Santos, administrador da FJS,<br />

é uma peça chave na expansão da marca OLIPES<br />

em Portugal. Fortemente envolvido com o projeto,<br />

Fernando Santos, com a sua personalidade dinâmica,<br />

empreendedora e profissional, está a dar um<br />

forte impulso à marca.<br />

E quanto à campanha de reclames de oficinas?<br />

O que está planeado ou em curso?<br />

A OLIPES pretende ter um ponto de venda especia-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 27


FERNANDO DÍAZ<br />

O POSICIONAMENTO DA OLIPES EM PORTUGAL ASSENTA<br />

NUMA ESTRATÉGIA ENQUADRADA NO PROGRAMA PARTNER,<br />

QUE ORIENTA OS DISTRIBUIDORES NO CAMINHO A SEGUIR<br />

lizado em cada zona do país, para cobrir os seus 18<br />

distritos. E, pelo menos, uma oficina rotulada e recomendada<br />

em cada um dos seus 308 municípios,<br />

que incluem as suas quase 4.000 freguesias. Nem<br />

to<strong>das</strong> as oficinas são candidatas a portador de um<br />

reclame. Este projeto, lançado em Portugal por Rui<br />

Mesquita (gerente da RM OIL), pré-seleciona apenas<br />

as oficinas que estão alinha<strong>das</strong> com a filosofia<br />

da nossa marca e que defendem um modelo onde<br />

prevalece a qualidade dos produtos e serviços que<br />

oferecem aos clientes. Não se trata de uma questão<br />

de dimensão, mas de honestidade e confiança.<br />

Que iniciativas irá a OLIPES promover<br />

no mercado português?<br />

A OLIPES reinveste até 75% dos seus lucros no<br />

ambiente que os gera, pelo que, como é fácil de<br />

imaginar, a sua penetração nos mercados em que<br />

está presente é quase exponencial, com um crescimento<br />

homólogo consolidado de dois dígitos.<br />

Este modelo de negócio “Win-Win” tem sido um<br />

dos pontos fortes que tem permitido a associação<br />

da OLIPES à FJS Lubrificantes, uma empresa<br />

particularmente ativa, com mais de 20 anos de<br />

experiência, que oferece um serviço completo ao<br />

setor do aftermarket. Graças à capacidade de armazenamento<br />

da FJS Lubrificantes, à gestão e à<br />

distribuição dos nossos produtos, com os seus armazéns<br />

no centro do país e a sua própria frota de<br />

camiões e veículos de carga, podemos oferecer aos<br />

distribuidores, pontos de venda e oficinas, entregas<br />

“porta a porta” em tempo recorde e com to<strong>das</strong><br />

as garantias, em mais de 2.500 referências. A atitude<br />

empreendedora da FJS Lubrificantes e a sua<br />

vasta experiência na distribuição e comercialização<br />

de marcas premium, juntamente com o carácter<br />

único e diferenciador da OLIPES e <strong>das</strong> suas redes<br />

de distribuição, resultaram numa equipa poderosa,<br />

que garante o serviço integral e a qualidade que<br />

as oficinas em Portugal exigem. Podemos dizer que<br />

a nossa rede de distribuição portuguesa aceitou,<br />

com entusiasmo, o desafio de posicionar a OLI-<br />

PES como “marca líder em lubrificantes em todo o<br />

território português” e, naturalmente, vai ter todo<br />

o peso da nossa marca, com o embandeiramento<br />

dos pontos de venda e oficinas, com campanhas<br />

promocionais, com presença em feiras nacionais,<br />

patrocínios, formação, merchandising e to<strong>das</strong> as<br />

ferramentas e suporte necessários para desenvolver<br />

e rentabilizar os seus negócios.<br />

De que forma a crise do novo coronavírus<br />

afetou o negócio de OLIPES?<br />

Ninguém estava preparado para uma pandemia<br />

como a gerada pelo novo coronavírus, devido às<br />

consequências sanitárias, emocionais, familiares,<br />

sociais e económicas que isso implica. A OLIPES<br />

tem a “sorte” de estar presente em 47 países e em<br />

75 setores de mercado diferentes, pelo que as crises<br />

afetam-na a nível global, de uma forma muito diferente<br />

<strong>das</strong> empresas com atividade local. Os nossos<br />

planos de contingência incluem medi<strong>das</strong> protetoras<br />

para o nosso canal de distribuição e seus clientes,<br />

tais como formação, instalações logísticas, informação<br />

atualizada e aconselhamento gratuito. E, claro,<br />

com a garantia total de fornecimento dos nossos<br />

produtos. Esta política de colaboração e apoio tem-<br />

-se refletido no Guia de Otimização Económica da<br />

Oficina, lançado recentemente, para orientar os<br />

proprietários e gestores de oficinas a lidar com a<br />

situação e a preparar-se para o futuro. Para efeitos<br />

práticos, na sua sede, em Madrid (Espanha), foram<br />

imediatamente toma<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> necessárias<br />

para proteger o pessoal e manter a produção (teletrabalho<br />

para o pessoal administrativo e técnico-comercial;<br />

divisão dos turnos em laboratórios e instalações<br />

de fabrico). Por outro lado, um planeamento<br />

correto permitiu garantir um abastecimento sem<br />

interrupção às mais de 80 marcas de distribuição<br />

e líderes para as quais a OLIPES fabrica e acondiciona<br />

os seus produtos, tanto a partir de Espanha<br />

como de outras fábricas com as quais temos acordos<br />

de fabrico e embalamento, situa<strong>das</strong> em França,<br />

Suíça, Bélgica ou Holanda, entre outros países. Devemos,<br />

também, salientar o trabalho de solidariedade<br />

realizado com os mais necessitados. A OLIPES<br />

direciona, pelo menos, 10% dos seus lucros a ações<br />

de Responsabilidade Social Corporativa. E é nestes<br />

momentos que mais apoia a sociedade. Há apenas<br />

três anos, a Fundación Abriendo Caminos, de<br />

ajuda à infância, inaugurou, graças à contribuição<br />

económica da OLIPES, uma escola nos Camarões<br />

com três pavilhões e uma capacidade para 675 alunos.<br />

Além disso, a OLIPES, os seus colaboradores<br />

e o canal de distribuição de que dispõe, colaboram<br />

em projetos locais de formação e cuidados a jovens<br />

em risco de exclusão social e respetivas famílias nos<br />

países em que está presente. A solidariedade está no<br />

nosso ADN. É por isso que estamos agora a atribuir<br />

mais recursos a estas ações, porque temos de ajudar<br />

quando mais é necessário.<br />

Que mensagem de esperança gostaria de deixar,<br />

numa altura em que são mais as dúvi<strong>das</strong> do que<br />

as certezas no setor dos lubrificantes?<br />

Planifique, organize o seu trabalho, procure rentabilidade<br />

em cada ação do seu negócio. Consolide<br />

as suas contas, envolva os seus fornecedores de<br />

confiança, digitalize e transforme o seu negócio,<br />

escute os clientes e evolua. Podemos ajudá-lo neste<br />

processo, mas, sobretudo, cuide de si, leve a sério<br />

as medi<strong>das</strong> de segurança e proteja os seus colaboradores,<br />

família e clientes. Todos juntos, vamos ultrapassar<br />

isto. l<br />

28 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ECOFORCE.<br />

FAZ UMA CONDUÇÃO SUSTENTÁVEL,<br />

PENSA NO TEU FUTURO.<br />

Um coração verde bate dentro dos automóveis mais evoluídos. O conceito<br />

de mobilidade está em constante evolução: conte com a tecnologia FIAMM para<br />

apoiar essa mudança. A nova gama de baterias ecoFORCE suporta as necessidades<br />

energéticas dos automóveis mais modernos. Os sistemas Start&Stop e Brake Energy<br />

presentes em automóveis micro-híbridos exigem um uso muito intenso da bateria:<br />

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Oficina<br />

do Mês<br />

A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TOTAL ROC (RAPID OIL CHANGE)<br />

MÁRIO & PAIVA<br />

A IMAGEM É FUNDAMENTAL<br />

FUNDADA EM OUTUBRO DE 2019, A MÁRIO & PAIVA É UMA OFICINA RECENTE. MAS O SEU GERENTE,<br />

MÁRIO PAIVA, TEM UMA LONGA EXPERIÊNCIA DE VIDA LIGADA AOS AUTOMÓVEIS, SETOR ONDE<br />

O PAI E O IRMÃO SEMPRE TRABALHARAM por João Vieira<br />

Mário Paiva recorda o tempo em que o pai,<br />

funcionário num conhecido concessionário,<br />

conduzia os mais recentes modelos<br />

lançados pela marca. O gosto pelos automóveis<br />

ficou e, em setembro de 2008, abriu um stand de<br />

ven<strong>das</strong> em Ílhavo. Passados 11 anos, em outubro<br />

de 2019, investiu na aquisição da atual oficina, que<br />

nasceu para dar assistência aos veículos dos clientes<br />

e a outros externos que necessitassem de serviços<br />

de manutenção e reparação.<br />

A localização da oficina beneficiará com a criação<br />

de uma nova zona industrial em Ílhavo, que vai<br />

surgir nas traseiras do edifício e que irá dar outra<br />

visibilidade às instalações. Por isso, Mário Paiva<br />

não descura a imagem da oficina, que, desde o início,<br />

se apresenta como um ROC (Rapid Oil Change)<br />

da Total. “Antes de abrir a oficina, pesquisei no<br />

mercado e solicitei a uma empresa revendedora<br />

de lubrificantes que me apresentasse uma proposta<br />

de parceria com uma marca premium. Surgiu o<br />

conceito de oficinas ROC da Total, que se enquadrava<br />

no que pretendia, pois, para além de marcar<br />

a diferença relativamente às outras oficinas da zona,<br />

oferece uma gama de produtos de elevada qualidade”,<br />

refere Mário Paiva.<br />

Apenas marcas premium<br />

As peças monta<strong>das</strong> nos veículos que visitam as instalações<br />

são to<strong>das</strong> de marcas premium, pois Mário<br />

Paiva não abdica da qualidade máxima do material.<br />

“As peças premium bem aplica<strong>das</strong> não causam<br />

problemas. E apesar de serem mais caras, o cliente<br />

não se importa de pagá-las, pois sabe que o seu veí-<br />

culo fica em perfeitas condições técnicas e de segurança”,<br />

explica Mário Paiva.<br />

Atualmente, a oficina de Ílhavo conta com dois mecânicos<br />

que asseguram uma média de cinco folhas<br />

de obra por dia. Mas pretende aumentar o número<br />

de colaboradores, pois tem uma secção de repintura<br />

totalmente equipada que está prestes a arrancar.<br />

A nível de clientes, para além dos particulares, conta<br />

já com algumas empresas da zona, com quem fez<br />

acordos, oferecendo condições vantajosas de descontos<br />

em peças e mão de obra.<br />

Aposta na formação<br />

Mário Paiva tem plena consciência da rápida evolução<br />

tecnológica dos veículos e da necessidade de<br />

manter atualizados os mecânicos que trabalham na<br />

sua oficina. Por isso, a formação é uma prioridade.<br />

MÁRIO & PAIVA<br />

Gerente Mário Paiva<br />

Morada Rua Vasco da Gama, 75, R/C Dto.,<br />

3830 - 225 Ílhavo<br />

Telefone 234 198 875<br />

Email geral@paivacar.com<br />

Site www.paivacar.com<br />

“Está nos planos de desenvolvimento da empresa a<br />

criação de uma sala de formação, que será utilizada<br />

para os nossos mecânicos, mas, também, para<br />

outros profissionais de oficinas locais que queiram<br />

valorizar-se e aumentar os seus conhecimentos. O<br />

objetivo é estabelecer parcerias com associações<br />

do setor e outras entidades, de modo a criar um calendário<br />

de ações de formação”, adianta o gerente.<br />

Com o arranque da zona industrial contígua às instalações,<br />

Mário Paiva acredita que a sua oficina<br />

tem grande potencial de crescimento. Como tal, vai<br />

continuar a apostar na melhoria da imagem e dos<br />

equipamentos, assim como dos recursos humanos.<br />

“Considero que somos uma equipa e que o projeto<br />

só tem sucesso se rumarmos todos na mesma direção.<br />

Existem regras bem defini<strong>das</strong>, mas trabalhamos<br />

todos para o mesmo objetivo. Se for preciso<br />

ajudar nalgum trabalho de reparação, estou cá para<br />

apoiar”, assegura Mário Paiva.<br />

Para fidelizar os clientes, no dia da inauguração<br />

o gerente ofereceu descontos a todos os que estiveram<br />

presentes. E durante o ano, faz campanhas<br />

pontuais, que comunica através <strong>das</strong> redes sociais,<br />

por SMS e por email para a base de dados dos muitos<br />

contactos de que dispõe. Para Mário Paiva, um<br />

dos grandes desafios que a oficina vai ter de enfrentar<br />

no futuro é a valorização da mão de obra. “Com<br />

as margens <strong>das</strong> peças a baixar, o custo da mão de<br />

obra tem, obrigatoriamente, de aumentar para que<br />

a oficina possa ser sustentável e rentável. Para isso,<br />

vamos apostar na formação e manter uma equipa<br />

jovem e dinâmica, com interesse em acompanhar a<br />

evolução tecnológica dos veículos”, conclui. l<br />

30 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


O CONCEITO ROC, DA TOTAL, ENQUADRAVA-SE NAQUILO<br />

QUE MÁRIO PAIVA PRETENDIA PARA MARCAR A DIFERENÇA<br />

QUANDO DEDICIU ABRIR A SUA OFICINA EM ÍLHAVO


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

MOTORTEC MADRID<br />

FEIRA SERÁ REALIZADA DE 27 A 30 DE ABRIL DE 2022<br />

A<br />

Feira Motortec Madrid será realizada de 27 a 30 de abril de 2022, na sua<br />

localização habitual da IFEMA e passará a celebrar-se nos anos pares. A<br />

organização adiou a data – prevista para março de 2021 – para se enquadrar<br />

melhor no calendário internacional de feiras do aftermarket, que sofreu<br />

bastantes alterações devido à pandemia do Covid-19. Da mesma forma, garantiu<br />

que a decisão de adiar o evento foi tomada depois de consultar os expositores e<br />

associações do setor, nomeadamente a Ancera e Sernauto. Apesar de ter sido<br />

adiada para 2022, a organização irá lançar, durante este período de transição,<br />

diversas ações conjuntas com as várias associações setoriais, que incluem reuniões,<br />

workshops e fóruns onde abordarão tópicos de maior interesse para as<br />

empresas aftermaket, fabricantes e oficinas. A Motortec Madrid 2022 irá dar<br />

destaque à gestão e formação <strong>das</strong> oficinas, além de dar visibilidade à capacidade<br />

inovadora desse importante segmento económico, incluindo as novas tecnologias<br />

de propulsão de veículos, a conectividade, novos sistemas de assistência à<br />

condução e processo de digitalização <strong>das</strong> oficinas. Além disso, terá um espaço<br />

para análise e reflexão para enfrentar os desafios do futuro da nova mobilidade.<br />

A feira será realizada de acordo com as medi<strong>das</strong> de segurança e higiene e de<br />

acordo com as instruções <strong>das</strong> autoridades de saúde e <strong>das</strong> principais organizações<br />

internacionais, de modo a oferecer espaços e ambientes seguros e saudáveis durante<br />

a realização do evento.<br />

32 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOVO EQUIPAMENTO DE<br />

REPARAÇÃO DE INJETORES<br />

LD AUTO | A empresa do Leiridiesel Group afirma ser uma<br />

organização que dispõe de um serviço diferenciado, mantendo<br />

o seu investimento em novas tecnologias de reparação de<br />

componentes de veículos ligeiros, pesados e industriais. Neste<br />

sentido, a LD Auto apresentou a sua mais recente aposta:<br />

um novo equipamento de última geração para reparação de<br />

injetores Siemens/VDO e Continental. “Este era um serviço<br />

muito solicitado pelos clientes e que, até aqui, não estava<br />

disponível no mercado. A LD Auto é, agora, reparadora oficial<br />

deste tipo de injetores, conseguindo realizar um serviço com<br />

garantia e dentro dos requisitos exigidos pelo construtor”,<br />

pode ler-se no comunicado enviado pela empresa à nossa<br />

redação.<br />

35.º ANIVERSÁRIO<br />

CELEBRADO EM MAIO<br />

Inforap | Celebrou no dia 27 de maio 35 anos<br />

de atividade, sendo uma <strong>das</strong> empresas de TI mais<br />

experientes de Portugal. Mais de três déca<strong>das</strong> é sempre<br />

um marco importante para qualquer empresa, sendo<br />

particularmente significativo para uma organização<br />

de tecnologias de informação. A Inforap é uma<br />

empresa de tecnologias de informação especializada<br />

no desenvolvimento de software de gestão e na<br />

prestação de serviços de engenharia de sistemas.<br />

Dispõe de soluções verticais para alguns setores de<br />

atividade, nomeadamente indústria transformadora,<br />

comércio grossista e retalhista, distribuição e reparação<br />

automóvel, distribuição de peças e acessórios.<br />

SOLUÇÕES PARA DIAGNÓSTICO<br />

AUTOMÓVEL<br />

Gonçalteam | A parceria que estabeleceu com a<br />

LAUNCH, marca da qual é representante oficial em Portugal,<br />

permite à Gonçalteam apresentar as melhores soluções para<br />

diagnóstico automóvel. O Diagnosis, nova solução da LAUNCH<br />

na área do diagnóstico automóvel, já se encontra, assim,<br />

disponível na Gonçalteam. A empresa liderada por António<br />

Gonçalves tem, aliás, a maior oferta do mercado em produtos,<br />

serviços, garantia pós-venda e proximidade com as oficinas de<br />

mecânica. Mais informações, podem ser obti<strong>das</strong> na página de<br />

Facebook da Gonçalteam. Sendo certo que a marca LAUNCH<br />

veio enriquecer, há vários meses, o portefólio desta empresa<br />

especialista em equipamentos oficinais, que aposta, também,<br />

bastante na marca HPA/FAIP.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2020 33


Notícias<br />

Empresas<br />

NOV0 SERVIÇO EXCLUSIVO<br />

WEBINAR “REAÇÃO Das OFICINAS À COVID-19”<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> | Em parceria com a Divisão do Pós-venda Automóvel<br />

Independente da ACAP, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> realizou, no passado mês de junho, um Webinar com<br />

o tema “Reação <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> à Covid-19”, cujo objetivo foi informar os profissionais sobre o impacto<br />

da crise motivada pela pandemia de Covid-19 no setor <strong>das</strong> oficinas e como estão a reagir aos<br />

novos desafios nesta fase de pós-confinamento. Para esclarecer dúvi<strong>das</strong> relativamente aos muitos<br />

assuntos que preocupam os profissionais do setor, contámos com a participação de três membros<br />

da Comissão Especializada de Serviços de Mobilidade da DPAI/ACAP: Madalena Bustorff, da<br />

Mi<strong>das</strong>; Sandra Melo, da ContiService; António Costa, da Auto Furtado. De referir que esta comissão<br />

está integrada na Divisão do Pós-venda Automóvel Independente da ACAP e foi constituída em<br />

setembro de 2016. Conta, atualmente, com 15 membros, maioritariamente representantes de<br />

redes organiza<strong>das</strong>, mas, também, tem representa<strong>das</strong> as oficinas independentes não integra<strong>das</strong><br />

em redes. Todos os representantes falaram em nome da comissão e responderam às questões<br />

coloca<strong>das</strong> por João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> oficinas, que foi o moderador do Webinar.<br />

MS Motorservice | Desenvolveu um novo sistema de configuração que permite reunir 12<br />

variantes de bombas de óleo como peças de reposição para os motores MAN D08. Para além <strong>das</strong><br />

vantagens na construção <strong>das</strong> bombas, as oficinas beneficiam, sobretudo, de um sistema de pedido<br />

altamente simplificado. As bombas estão disponíveis sob a marca BF no mercado de pós-venda. Em<br />

caso de necessidade, era até agora preciso encomendar cada componente individual, como a caixa<br />

da bomba, parafusos <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> denta<strong>das</strong>, discos, dispositivos de travamento do parafuso, arruelas<br />

de mola, porcas sextava<strong>das</strong>, luvas de acoplamento e retentores circulares dessas bombas de óleo,<br />

em separado com seu próprio código de artigo. Graças ao novo sistema de configuração, basta agora<br />

escolher uma de entre três bombas com os respetivos códigos de artigo.<br />

PARCERIA COM ENSINO acaDÉMICO<br />

TIPS 4Y | A colaboração entre o ensino académico e as empresas tecnológicas nunca foi tão<br />

estratégico. A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal é um excelente exemplo. A TIPS 4Y formalizou<br />

um protocolo de colaboração com a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, integrada no Instituto<br />

Politécnico de Setúbal, disponibilizando aos alunos ferramentas digitais inovadoras na área automóvel.<br />

O CEO da TIPS 4Y, Pedro Barros, já realizou diversas ações de esclarecimento nas instalações da<br />

ESTSetúbal, onde partilhou a sua experiência como empresário, bem como dados e tendências do<br />

mercado automóvel, aproximando os alunos da realidade empresarial. Esta parceria dirige-se aos<br />

alunos do Curso Técnico Superior Profissional em Tecnologia e Gestão Automóvel. Os alunos têm acesso<br />

gratuito e realizam exercícios práticos na plataforma digital de Orçamentação e Informação Técnica da<br />

TIPS 4Y, empresa reconhecida por criar o melhor conhecimento sobre a identidade automóvel e por<br />

oferecer soluções inovadoras.<br />

REDE DA LEIRILIS APRESENTA NOVOS MEMBROS<br />

RedService | A expansão continua, contando com a entrada de mais duas oficinas<br />

na rede: Beiratop, em Castelo Branco, e Pintauto, em Fafe. Estas oficinas dispõem dos<br />

equipamentos e tecnologias mais avançados, capazes de poder atender qualquer tipo de<br />

viatura. Além dos serviços de mecânica geral e serviços rápidos, estão, também, prepara<strong>das</strong><br />

para realizar serviço de pneus, chapa e pintura. O objetivo da rede é continuar a crescer<br />

juntamente com os parceiros, criando uma estrutura de confiança que disponibiliza os serviços<br />

e ferramentas procura<strong>das</strong> pelos clientes. Recorde-se que a RedService, rede da Leirilis, tem<br />

por base um modelo de negócio caracterizado pelo empreendedorismo, competência técnica,<br />

peças e serviços de alta qualidade, organização oficinal eficiente e ferramentas de fidelização e<br />

angariação de clientes.<br />

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PROFISSIONAIS<br />

34 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

PROGRAMA DE INJETORES VDO RECONSTRUÍDOS<br />

Servidiesel | A empresa especialista em sistema Diesel e turbos, anunciou a realização de mais<br />

um marco importante na sua constante evolução tecnológica. Uma vez mais, inovou e foi a primeira<br />

empresa especialista em Diesel no nosso país autorizada a oferecer um serviço oficial VDO de teste e<br />

reconstrução total dos injetores inteligentes (“Smart injectors”), que são aplicados em vários motores<br />

dos fabricantes PSA e VW. O equipamento está homologado pelo fabricante de sistemas Diesel VDO<br />

e permite realizar a reconstrução de injetores com qualidade de fábrica, com custos bastante mais<br />

reduzidos. A Servidiesel desenvolveu, ao longo destes últimos meses, um programa de reconstruídos<br />

de elevada qualidade em termos de gama e stock, a fim de servir prontamente os seus clientes.<br />

CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO CONJUNTA<br />

AUTOzitânia e AD PARTS | As duas empresas lançaram uma campanha de<br />

comunicação, denominada “Termine o confinamento do seu automóvel”, onde anunciam<br />

procedimentos de segurança adotados pelas oficinas parceiras. Para demonstrar aos<br />

consumidores que as oficinas parceiras garantem a segurança de todos os clientes e<br />

colaboradores, a Autozitânia e a AD Parts lançaram a campanha de comunicação “Termine o<br />

confinamento do seu automóvel”. Esta campanha de comunicação tem como objetivo transmitir<br />

aos consumidores confiança na visita às oficinas parceiras, demonstrando os procedimentos<br />

preventivos realizados nas oficinas para garantir a segurança, a higiene e a proteção de clientes<br />

e veículos intervencionados. Além da divulgação e promoção de vídeo da campanha “Termine o<br />

confinamento do seu automóvel”, com a demonstração de todos os procedimentos de receção,<br />

tratamento e entrega dos veículos por parte <strong>das</strong> oficinas parceiras, estas terão, também,<br />

disponível material de apoio nas suas instalações para comunicar com os clientes.<br />

Publireportagem<br />

MINUTO VERDE VALORPNEU<br />

SABE QUAIS AS VANTAGENS DA RECAUCHUTAGEM?<br />

C<br />

om o objetivo de promover a atividade de<br />

recauchutagem, a Valorpneu, enquanto<br />

entidade gestora de pneus usados em Portugal,<br />

lançou, no mês de junho, um microsite (https://<br />

recauchutagem.valorpneu.pt/) dedicado à recauchutagem,<br />

onde explica o que é o processo da recauchutagem, as<br />

vantagens da utilização de pneus recauchutados vs pneus<br />

novos, os números da recauchutagem em Portugal e ainda<br />

apresenta a rede de recauchutadores aderentes à Valorpneu<br />

e um vídeo promocional com informações e dados que vão<br />

certamente surpreender os seus visualizadores. Apesar de ser<br />

uma atividade em Portugal com cerca de 70 anos,<br />

fortemente implantada no mercado, particularmente no<br />

domínio dos pneus pesados, com circuitos comerciais e<br />

logísticos muito bem implementados, existe ainda algum<br />

desconhecimento e estigmas em torno dos pneus<br />

recauchutados e <strong>das</strong> vantagens na sua utilização. Para além<br />

de contribuir para a redução dos consumos de recursos<br />

naturais (petróleo e seus derivados, borracha natural), a<br />

recauchutagem é um processo que garante a extensão do<br />

ciclo de vida do pneu, contribuindo para a Economia Circular<br />

e respondendo às exigências de uma sociedade com maior<br />

responsabilidade ambiental. Atualmente, a rede de<br />

recauchutadores aderente à Valorpneu é constituída por 21<br />

empresas, sendo que 17 se encontram no continente, duas<br />

nos Açores e duas na Madeira.<br />

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36 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


1.º ANIVERSÁRIO DO ARMAZÉM DA MAIA<br />

AleCarPeças | Um ano passa depressa e este último não foi exceção. No dia 20<br />

de maio, fez um ano que a AleCarPeças abriu o armazém da Maia. Este é um projeto que<br />

foi pensado para garantir uma cobertura adequada do país, assegurando um serviço<br />

de excelência a todos os parceiros da AleCarPeças. Foi um ano cheio de emoções, de<br />

muito trabalho e de grande sucesso, alicerçado no empenho e profissionalismo de<br />

uma equipa que, desde o primeiro dia, tem sido extraordinária, constituída por André<br />

Duarte, Ruben Leite, Fábio Ferreira, Tiago Magalhães, Tiago Silva, Miguel Martins e José<br />

Longo. A empresa festejou este aniversário de forma reservada mas com a promessa de,<br />

assim que possível, partilhar esta alegria com todos os que têm contribuído para esta<br />

caminhada. Apesar dos tempos de alguma incerteza que vivemos, a AleCarPeças reforça<br />

o compromisso de serviço e qualidade que a tem caracterizado nos quase 40 anos de<br />

existência, com a convicção de estar preparada para o futuro.<br />

AQUISIÇÃO DO GRUPO METALCAUCHO<br />

BBB Industries | A Metalcaucho, fornecedora líder europeia de peças de reposição em borracha e<br />

metal para o setor automóvel, mudou de propriedade. A BBB Industries, líder da indústria de remanufatura<br />

no mercado de reposição automóvel, anunciou que adquiriu as participações do Grupo Metalcaucho, mais<br />

conhecido como “Metalcaucho”. A transação abrange a totalidade dos negócios. Sediada em Barcelona,<br />

Espanha, a Metalcaucho é um fornecedor europeu de pós-venda líder no segmento de produtos de borracha<br />

e metal, com um catálogo que inclui mais de 22.000 referências e ven<strong>das</strong> em mais de 64 países. Sob a<br />

propriedade da Abac Solution, o fundo, juntamente com a equipa de gestão, executou uma transformação<br />

radical dos negócios, resultando no desenvolvimento de produtos líderes do setor. Combinado com os altos<br />

níveis de serviço ao cliente e produtos de alta qualidade da companhia, a Metalcaucho é, atualmente, um<br />

fornecedor líder de produtos de borracha e metal e está posicionada para um crescimento contínuo na<br />

Europa e noutras regiões ao redor do mundo.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2020 37


produto<br />

A M.E.A.T. FOI CRIADA EM 1945 E, NO INÍCIO DOS ANOS 50, INICIOU<br />

A PRODUÇÃO DAS PRIMEIRAS PEÇAS DE REPARAÇÃO DE CARBURADOR.<br />

EM 1985, A D.O.RI.A., EMPRESA DE PRODUÇÃO DE FILTROS DE<br />

COMBUSTÍVEL, FOI INCORPORADA. É ESTA A ORIGEM DA MEAT & DORIA


MEAT & DORIA<br />

SOLUÇÕES ELÉTRICAS<br />

DOTADA DE UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS, EM ÁREAS DIVERSAS DO AFTERMARKET, A MEAT & DORIA<br />

APOSTOU FORTE, NOS ÚLTIMOS ANOS, NO SEGMENTO DOS COMPONENTES ELÉTRICOS DE CONFORTO<br />

E CONTROLO. EM PORTUGAL, A PARCERIA COM A VIEIRA & FREITAS CONTA JÁ COM 20 ANOS<br />

por<br />

Jorge Flores<br />

Parceria da Vieira & Freitas há já duas déca<strong>das</strong>,<br />

a Meat & Doria dispõe de uma multiplicidade<br />

de produtos em catálogo, embora,<br />

nos últimos anos, tenha centrado atenções na<br />

gama de componentes elétricos na área do conforto<br />

e controlo. Contudo, para melhor entendermos<br />

a origem da marca italiana, é preciso recuar até à<br />

década de 40 e separar os dois nomes. A M.E.A.T.<br />

foi criada em 1945 e, no início dos anos 50, iniciou<br />

a produção <strong>das</strong> primeiras peças de reparação<br />

de carburador. Em 1985, a D.O.RI.A., empresa de<br />

produção de filtros de combustível, foi incorporada.<br />

A partir desse momento, a empresa desenvolveu-se<br />

em duas direções (carburação e filtros),<br />

envolvendo hoje, peças de reparação para injeção<br />

de combustível, com a mais-valia da produção<br />

avançada de filtros. Foi o arranque de uma nova<br />

fase de sucesso.<br />

Parceria com 20 anos<br />

No final dos anos 90, com a ambição de tornar-<br />

-se numa empresa de referência no setor <strong>das</strong> peças<br />

elétricas, criou a gama geral Meat & Doria special<br />

parts, tendo, ao mesmo tempo, aumentando a sua<br />

gama de material. Mais tarde, já em 2010, o grupo<br />

lança as primeiras peças de gestão de motor e<br />

válvulas EGR, com a colaboração mais próxima<br />

de fornecedores e fabricantes de veículos, consolidando,<br />

cada vez mais, os seus negócios em vários<br />

países, através do estabelecimento de acordos de<br />

distribuição com empresas de referência no mercado.<br />

Nesse mesmo ano de 2000, era também es-<br />

tabelecida, em Portugal, a parceria com a Vieira &<br />

Freitas Lda. Destes 20 anos de relação, de resto,<br />

nasceu “uma <strong>das</strong> melhor sucedi<strong>das</strong> parcerias da<br />

marca na Europa”, garante fonte da empresa sediada<br />

em Braga.<br />

Hoje, estão no mercado nacional mais de 20 mil<br />

referências de elevada qualidade, desde turbocompressores<br />

a “simples” anilhas de injetores. A gama<br />

da Meat & Doria gama passa por admissão, bobines,<br />

gestão de motor, sensores de todos os tipos.<br />

Além desta oferta, nos últimos anos, o grupo apostou<br />

forte na sua gama elétrica de conforto e controlo,<br />

nomeadamente comutadores, interruptores<br />

e fechos de porta e vidros, aumentando, uma vez<br />

mais, a sua oferta e aliando, de forma crescente, a<br />

qualidade às necessidades do mercado. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 39


Mundo<br />

EMPRESAS<br />

Automóvel<br />

DOGA PARTS<br />

QUALIDADE ORIGINAL,<br />

EXPERIÊNCIA E<br />

COMPROMISSO<br />

COM A INAUGURAÇÃO DE UM NOVO ARMAZÉM, PERTO<br />

DE BARCELONA, A DOGA PARTS AUMENTOU A SUA<br />

CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO, TORNOU-SE<br />

MAIS EFICIENTE NA RAPIDEZ DE ENTREGA<br />

DE ENCOMENDAS AOS CLIENTES E OTIMIZOU<br />

O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS LINHAS<br />

DE PRODUTO<br />

por<br />

João Vieira


A<br />

Doga é uma empresa familiar que foi fundada<br />

em Barcelona, no ano de 1958. Projeta<br />

e fabrica equipamentos para limpa<br />

para-brisa, depósitos, ventiladores elétricos, molas<br />

pneumáticas, elevadores de vidros e motores elétricos,<br />

além de componentes metálicos. Atualmente,<br />

dispõe de três unidades de produção em Espanha<br />

(Abrera, Navarra e Martorell), além de um centro<br />

técnico localizado em Abrera. Globalmente, tem<br />

fábricas na China, Itália, Tanger, Índia, EUA, Brasil<br />

e México. Exporta os seus produtos para mais<br />

de 70 países e está presente em vários mercados,<br />

nomeadamente de veículos ligeiros, industriais,<br />

pesados e autocarros, máquinas agrícolas, barcos<br />

e motociclos.<br />

Relativamente à Doga Parts, é a divisão de pós-<br />

-venda do Grupo Doga e comercializa produtos<br />

sob esta mesma marca para o mercado de pós-venda<br />

global. Iniciou atividade sob o nome de Abrinsa,<br />

em 1998, como uma empresa local. Em meados<br />

do ano 2000, mudou-se para instalações novas e<br />

maiores. A pouco e pouco, passou de uma empresa<br />

Tempos de pandemia<br />

Em meados de março, a atividade comercial começou<br />

a diminuir, forçando a administração a<br />

apresentar um ERTE (programa de ajuda financeira)<br />

para toda a sua força de trabalho de forma<br />

intermitente. Dessa forma, a empresa permaneem<br />

novas linhas de produto e aumentar a eficiência<br />

para melhorar o atendimento ao cliente. A empresa<br />

fez um grande investimento neste projeto,<br />

construindo um armazém industrial com mais de<br />

5.000 m 2 ”, acrescenta.<br />

O armazém está localizado na nova área industrial<br />

na cidade de Castellolí, ao lado de uma <strong>das</strong> principais<br />

vias de comunicação da região e a 30 minutos<br />

de Barcelona. A estrutura de armazenamento e picking<br />

é totalmente nova e dimensionada para a atividade<br />

atual da empresa, permitindo-a crescer em<br />

novas famílias de produto. A nível de conectividade,<br />

foram utiliza<strong>das</strong> as mais recentes tecnologias para<br />

as áreas de armazém e escritórios, o que facilita a<br />

interação num armazém altamente informatizado.<br />

Portefólio completo<br />

Atualmente, a Doga Parts comercializa toda a<br />

gama de equipamentos de limpa para-brisas (escovas,<br />

braços, motores e acessórios), depósitos,<br />

ventiladores elétricos, molas pneumáticas com<br />

uma gama específica para turismo e uma gama<br />

série de valores, missões e objetivos que definem a<br />

cultura organizacional da empresa, a qual é transmitida<br />

a todos os colaboradores, clientes e fornecedores.<br />

O que a diferencia na essência é a procura<br />

constante pela excelência no atendimento. “Os<br />

clientes valorizam a transparência e a honestidade<br />

no relacionamento, além da nossa obsessão pela<br />

melhoria contínua dos processos, cumprimento<br />

de compromissos e proximidade da equipa para<br />

responder às suas necessidades. Ninguém consegue<br />

prever o que o futuro nos reserva, mas o que<br />

sabemos é que, na Doga Parts, queremos continuar<br />

a trabalhar com paixão, cuidando de todos os<br />

detalhes. Este é o nosso desafio pessoal,” assegura<br />

Roger Palacín.<br />

local para começar a exportar globalmente. No início<br />

de 2013, decidiu rumar a novas infraestruturas,<br />

com 2.500 m 2 de área, tornando-se a marca, definitivamente,<br />

na Doga. As exportações começaram<br />

a ter a mesma importância do mercado nacional.<br />

Com uma evolução e um crescimento constantes,<br />

no início deste ano mudou novamente de instalações.<br />

Hoje, a exportação supera a expressão que<br />

tem o mercado nacional.<br />

Capacidade reforçada<br />

Em meados de 2017, as antigas instalações da<br />

Doga Parts, localiza<strong>das</strong> em Esparreguera, começaram<br />

a acusar problemas de falta de espaço para<br />

armazenamento e, consequentemente, de operação.<br />

“Tínhamos cerca de 3.800 m 2 , divididos em<br />

quatro áreas, que permaneciam em quatro níveis<br />

diferentes, o que dificultava a operação. O pouco<br />

espaço de armazenamento impediu-nos de crescer<br />

como queríamos em novas linhas de produto”, explica<br />

Roger Palacín, diretor de marketing. “O novo<br />

armazém permite ter maior stock de peças, crescer<br />

universal para a indústria, elevadores de vidros<br />

para veículos ligeiros e pesados, motores elétricos.<br />

A empresa aproveita a experiência acumulada de<br />

mais de 60 anos enquanto fabricante de primeiro<br />

equipamento da Doga. Para a marca, a qualidade<br />

do produto é inquestionável, mas o compromisso<br />

com o cliente é essencial, entendendo que as relações<br />

com os clientes devem estar longe de serem<br />

meras transações comerciais. A marca pretende<br />

ser um verdadeiro parceiro para os clientes e o objetivo<br />

é oferecer o melhor serviço desde todos os<br />

departamentos.<br />

O lema da Doga Parts é “Qualidade original, experiência<br />

e compromisso”. Qualidade original,<br />

porque os seus produtos são projetados para primeiro<br />

equipamento. Experiência, porque aproveita<br />

todo o background de fabricante para oferecê-lo<br />

ao mercado de pós-venda. Compromisso, porque<br />

quer ter relacionamentos duradouros e de qualidade<br />

com os clientes. Ao longo dos anos, a equipa da<br />

Doga Parts desenvolveu a sua própria identidade.<br />

Sendo uma equipa jovem e dinâmica, partilha uma<br />

ceu operacional durante toda a crise. No início de<br />

junho, o mercado começou a evidenciar sinais de<br />

adaptação a um “novo” normal e a atividade estava<br />

a aumentar. Desde o início da pandemia que a<br />

administração e o departamento de recursos humanos<br />

monitorizaram a crise, atualizando toda a<br />

informação. A empresa preparou manuais de boas<br />

práticas para o uso de espaços partilhados, a fim<br />

de garantir a segurança de todos os seus colaboradores<br />

em todos os momentos. Além disso, o teletrabalho<br />

foi possibilitado a todos os colaboradores<br />

que precisassem de conciliar a vida profissional e<br />

familiar nesses tempos difíceis.<br />

“Durante a crise, a maioria dos colaboradores esteve<br />

em regime de teletrabalho nas suas residências,<br />

reajustando-se a nível organizacional em tempo<br />

recorde, sem que nenhuma diferença fosse notada<br />

pelos clientes. No final de abril, aproveitámos a<br />

crise para mudar todo o stock <strong>das</strong> instalações antigas<br />

para as novas, de modo a que o cliente não percebesse<br />

nenhuma diferença na gestão diária dos<br />

seus pedidos. Numa situação normal, sem pandewww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Julho/Agosto I 2020 41


Doga PARTS<br />

mia, esta operação ter-nos-ia custado muito mais”,<br />

refere Roger Palacín.<br />

Durante o Estado de Emergência, a Doga Parts colaborou<br />

na luta contra o novo coronavírus através<br />

do fornecimento de motores elétricos para o fabrico<br />

de ventiladores. “Foi uma iniciativa totalmente<br />

altruísta da parte da nossa divisão de engenharia,<br />

que, imediatamente, passou a colaborar com diferentes<br />

empresas envolvi<strong>das</strong> na construção de<br />

ventiladores. Durante este período, fornecemos os<br />

motores para as empresas dedica<strong>das</strong> a essa atividade<br />

de forma totalmente gratuita”, esclarece Roger<br />

Palacín. “No período de pós-confinamento que<br />

atravessamos, é essencial que os clientes saibam o<br />

quanto são importantes para a empresa e temos de<br />

dar prioridade aos seus interesses para manter a<br />

sua confiança e lealdade no futuro. Por isso, a primeira<br />

coisa que fizemos foi perguntar aos clientes<br />

o que eles necessitam. Queremos saber como se<br />

estão a preparar para o ‘novo normal’. A pandemia<br />

obrigou muitos a mudar os seus hábitos mais<br />

simples. Foi criado um novo cenário, que implica<br />

mudanças em todos os aspetos <strong>das</strong> nossas vi<strong>das</strong> e<br />

que inclui os clientes e as suas preocupações, que<br />

também são nossas”, acrescenta.<br />

Neste sentido, a empresa tentou encontrar ma-<br />

DOGA NO MERCADO PORTUGUÊS<br />

“TEMOS UMA META AMBICIOSA PARA PORTUGAL”,<br />

ALICIA MORILLAS, DIRETORA DE EXPORTAÇÃO<br />

presença da Doga no mercado português existe<br />

desde o início da marca. É verdade que essa<br />

A<br />

presença tem-se focado e expandindo,<br />

tornando-se conhecida não apenas pelo fabrico de sistemas<br />

limpa para-brisas OEM para autocarros, máquinas agrícolas,<br />

veículos pesados, industriais e algumas séries de veículos<br />

desportivos, mas, também, para o portefólio de turismo<br />

que a Doga Parts, divisão do Grupo Doga, especializada no<br />

mercado de reposição, oferece a esse setor. Falamos<br />

principalmente dos elevadores de vidros, molas<br />

pneumáticas e universais, escovas e ventiladores elétricos.<br />

Qual a importância do mercado português<br />

para a Doga Parts?<br />

Desde o início do projeto Doga Parts que o mercado<br />

português tem sido (e é) um objetivo a desenvolver. Aos<br />

poucos, temos incorporado importantes parceiros que nos<br />

fizeram ganhar presença em todo o território nacional.<br />

Atualmente, Portugal faz parte do nosso programa de<br />

internacionalização, focado no desenvolvimento devido<br />

ao seu grande potencial. Este programa de internacionalização fez<br />

com que deixássemos de integrar o mercado português na área<br />

de ven<strong>das</strong> da ibéria, introduzindo-o na área de exportação. Desta<br />

forma, acreditamos que podemos potenciá-lo de acordo com a<br />

nossa política de crescimento internacional.<br />

Quais as linhas de produto que vendem, atualmente,<br />

em Portugal?<br />

A Doga Parts dispõe de quatro linhas de produto que compõem<br />

a oferta de turismo: escovas limpa para-brisas, elevadores de<br />

vidros, molas específicas e universais e ventiladores elétricos,<br />

além da gama para veículos industriais. Atualmente, as<br />

quatro linhas de produto estão ativas em todo o país, sendo<br />

comercializa<strong>das</strong> por diferentes distribuidores especializados em<br />

cada uma delas e cuja cobertura é nacional. Hoje, a Doga Parts<br />

comercializa todos os seus produtos em Portugal, em maior<br />

ou menor escala. E continuamos a trabalhar para melhorar<br />

algumas <strong>das</strong> nossas linhas que, estamos seguros, podem ter<br />

maior aceitação no mercado devido à elevada procura e à falta de<br />

especialização. Este último fator é muito importante, pois a Doga<br />

A PRESENÇA DA DOGA NO MERCADO PORTUGUÊS, QUE EXISTE DESDE<br />

O INÍCIO DA MARCA, TEM-SE FOCADO E EXPANDINDO, TORNANDO-SE<br />

CONHECIDA PELO FABRICO DE COMPONENTES PARA DIVERSOS VEÍCULOS<br />

neiras de ajudá-los, desenvolvendo novas políticas<br />

flexíveis de ven<strong>das</strong> e cobrança, tentando adaptá-<br />

-las a cada uma <strong>das</strong> suas necessidades. Sabendo<br />

que o serviço e a entrega rápida <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong><br />

são muito importantes no setor, a empresa também<br />

melhorou estes aspetos. “Em momentos como<br />

estes que estamos a viver, cada interação com os<br />

clientes é uma oportunidade de demonstrar os<br />

nossos princípios e valores, sendo fiéis à nossa<br />

marca e ao nosso propósito. É isso que queremos<br />

transmitir-lhes, para estar perto deles nestes tempos<br />

difíceis”, frisa Roger Palacín.<br />

Questionado sobre o futuro do aftermarket pós<br />

Covid-19, Roger Palacín afirma que “os cenários<br />

podem ser muito variados. Já vivemos outras crises,<br />

mas nunca experimentámos uma crise derivada<br />

de uma pandemia. O que é certo, é que to<strong>das</strong> as<br />

grandes crises são sempre acompanha<strong>das</strong> de novas<br />

oportunidades e mudanças, que podem abrir ou<br />

fechar portas. Apenas os mais preparados permanecerão<br />

e o futuro exigirá muito mais”. l<br />

42 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Parts apresenta-se como especialista nas linhas de produto de<br />

que dispõe. E é isso que queremos transmitir aos nossos parceiros.<br />

Queremos dar valor acrescentado, não apenas por sermos<br />

fabricantes, mas, também, por termos elevado conhecimento<br />

<strong>das</strong> nossas gamas de produto, pela nossa capacidade de resposta<br />

e pelo serviço e qualidade do nosso programa, com gamas de<br />

produto constantemente atualiza<strong>das</strong> e adapta<strong>das</strong> à evolução do<br />

parque automóvel em cada país. Temos uma equipa de recursos<br />

humanos que trabalha, constantemente, em cada uma dessas<br />

gamas, de modo a oferecer as atualizações mais recentes, além<br />

de termos to<strong>das</strong> as informações disponíveis em plataformas<br />

online, como o TecDoc. Não nos podemos esquecer que as nossas<br />

famílias de produto são complexas de gerir, especialmente para<br />

os clientes. E esse serviço ajuda-os muito no desenvolvimento dos<br />

negócios.<br />

Como está estabelecida a vossa rede de distribuidores<br />

em Portugal?<br />

Historicamente, Portugal é um país com uma grande experiência<br />

de importação e com um sistema de distribuição baseado em<br />

grandes players. Esse sistema de distribuição evoluiu ao longo<br />

dos anos, com os distribuidores a criarem redes de oficinas e lojas<br />

próprias, o que nos levou a adaptar a oferta a esta nova realidade.<br />

Alguns distribuidores colaboram com grupos de compras em<br />

Espanha, com os quais já mantemos um relacionamento próximo<br />

há vários anos. Atualmente, como resultado dos nossos acordos<br />

globais com esses grupos de compras espanhóis, podemos integrálos<br />

na nossa rede de distribuição atual. Aos poucos, estamos a<br />

construir uma rede de distribuição que se baseia na especialização,<br />

onde os parceiros atuais e futuros partilham a nossa metodologia<br />

de trabalho para que a distribuição em Portugal da marca<br />

Doga tenha uma estrutura clara, cuja base seja trabalhar com<br />

distribuidores que procuram o mesmo do que nós. Atualmente,<br />

trabalham apenas uma <strong>das</strong> nossas famílias de produto, seja pelo<br />

seu perfil de distribuição ou especialização. Mas a nossa intenção<br />

é aumentar a presença da marca, potenciando a estrutura que<br />

criámos ao longo dos anos e desenvolvendo a marca globalmente.<br />

Continuamos na mesma linha de não querer atomizar a marca com<br />

muitos distribuidores, mas com colaborações de confiança, para<br />

que, juntos, possamos desenvolver a marca Doga. A nossa intenção<br />

é adaptarmo-nos à evolução da distribuição de peças aftermarket<br />

em Portugal, colaborando com parceiros especializados nas nossas<br />

gamas de produtos e alcançando o reconhecimento da marca<br />

graças a essas parcerias.<br />

Como avalia o desempenho da marca no nosso país<br />

nos últimos anos?<br />

Podemos dizer que a evolução é muito satisfatória nos últimos<br />

anos. Ganhámos presença e notoriedade graças às colaborações<br />

com os clientes. Temos uma meta ambiciosa para Portugal, porque<br />

acreditamos no projeto e acreditamos no potencial do país e na<br />

capacidade de desenvolvimento dos nossos produtos. Estamos<br />

convencidos de que a recetividade <strong>das</strong> nossas linhas de produto é<br />

muito boa e, trabalhando duro, podemos obter melhores resultados.<br />

Quais são os objetivos da Doga Parts para Portugal?<br />

A Doga Parts tem um objetivo comum a todos os mercados<br />

presentes e futuros. Uma vez que estamos presentes, devemos<br />

ganhar notoriedade, algo que é alcançado ao longo do tempo,<br />

demonstrando a nossa capacidade de trabalho, serviço e<br />

proximidade junto do distribuidor e dos seus clientes, embora seja<br />

verdade que Portugal tem uma importância especial, porque é um<br />

mercado que estamos a desenvolver há algum tempo. Os nossos<br />

objetivos para 2020/2021 passam por aumentar a presença da<br />

nossa linha de elevadores de vidros, alcançando uma distribuição<br />

abrangente em todo o território, iniciar a distribuição <strong>das</strong> molas<br />

universais, cuja gama incorporámos recentemente, e finalmente,<br />

encontrar distribuidores para a linha de ventiladores elétricos, que<br />

atualizamos, melhorando a oferta e o serviço. Por tudo isso, as<br />

novas instalações são uma grande ajuda, pois temos uma grande<br />

capacidade de armazenamento que nos permitirá responder<br />

rapidamente, melhorando os prazos de entrega. l<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 43


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

TEXA<br />

APRESENTA AXONE NEMO 2<br />

AXONE NEMO 2, a nova versão do famoso monitor de diagnóstico da<br />

TEXA, um best-seller histórico com mais de 15.000 exemplares vendidos<br />

em todo o mundo, apresenta-se mais rápida e poderosa, garantindo<br />

intervenções completas e precisas. O AXONE NEMO 2 dispõe de um<br />

ecrã de 12” com uma resolução de 2160 x 1440, protegido por vidro Gorilla<br />

Glass, perfeitamente visível, mesmo submetido a luz solar intensa. Conta com<br />

sistema operativo Windows 10 Enterprise, que funciona com um processador<br />

Intel Pentium Quad Core N5000, com 8 GB de RAM DDR4 e 250 GB SSD<br />

PCle de armazenamento. A conectividade é garantida por um avançado sistema<br />

wi-fi de canal duplo e um módulo de Bluetooth 4.2. Outros recursos a<br />

destacar são a existência de duas câmaras, uma frontal de 2 megapixéis e uma<br />

traseira de 13 megapixéis, com flash e focagem automática, úteis para elaborar<br />

relatórios detalhados para os clientes ou enviar fotos para obter assistência<br />

técnica. Graças ao seu poderoso hardware e software IDC5, o AXONE NEMO<br />

2 é muito rápido, sendo capaz de melhorar ainda mais as excelentes prestações<br />

que caracterizaram a geração anterior. Dada a crescente presença da eletrónica<br />

nos veículos, a sua elevada velocidade de cálculo representa uma ajuda muito<br />

importante para o técnico da reparação.<br />

44 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOVO GERADOR DE OZONO SANITIZER<br />

PCC | Devido ao contexto atual, a desinfeção irá, possivelmente, tornar-se na manutenção mais comum<br />

num veículo. <strong>Oficinas</strong> de reparação automóvel, empresas de aluguer de viaturas, empresas de transporte,<br />

centros de lavagem automóvel e estações de serviço, devem, necessariamente, oferecer este processo aos<br />

clientes. Perante um panorama caracterizado por muitos equipamentos improvisados, a PCC oferece uma<br />

linha altamente profissional, expressamente desenvolvida para o mercado automóvel. O SANITIZER consiste<br />

num equipamento repleto de recursos e funções exclusivas para eliminar bactérias e vírus. Atualmente, o<br />

SNT-O3 é o único gerador de ozono existente para veículos no mercado, garantindo a qualidade correta do ar<br />

antes da entrega do veículo, protegendo, assim, os seus proprietários e os profissionais da oficina.<br />

FÓRMULAS COM APROVAÇÃO RENAULT<br />

Wolf Lubricants | Apesar <strong>das</strong> condições difíceis a nível global, a Wolf Lubricants<br />

continua a inovar para encontrar os produtos certos para os seus clientes. Hoje, tornou-se<br />

num dos primeiros produtores independentes a lançar os óleos de motor com aprovação<br />

RN17 para os veículos Renault. Cria<strong>das</strong> em 2018, as normas RN17 são uma consolidação<br />

e revisão <strong>das</strong> especificações de fluidos RN0700, RN0710 e RN0720, fornecendo aos<br />

distribuidores e oficinas, de igual modo, soluções únicas e simples. É neste âmbito que a<br />

Wolf Lubricants pode oferecer dois produtos inovadores: 65635 OFFICIALTECH 0W20 C5<br />

RFE (com aprovação RN17 FE) e 65637 OFFICIALTECH 5W30 C3 RN (com aprovação RN17).<br />

Estas adições mais recentes à gama abrangente da Wolf Lubricants são a prova de que a<br />

marca acompanha de perto o mercado dos lubrificantes, identificando e satisfazendo as<br />

necessidades dos clientes à medida que estas se desenvolvem.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2020 45


Notícias<br />

Produto<br />

FIAMM<br />

NOVA GAMA DE BATERIAS POWERCUBE AGM<br />

As novidades relaciona<strong>das</strong> com o desenvolvimento tecnológico dos veículos<br />

comerciais mais recentes, determinaram um aumento da necessidade<br />

energética dos mesmos, uma tendência crescente nos últimos anos. A<br />

acumulação e conservação de energia tornaram-se tópicos urgentes. No que diz<br />

respeito às baterias de arranque, esta necessidade gerou um aumento importante<br />

relativamente aos requisitos de funcionalidade, duração e fiabilidade do produto.<br />

O resultado dos esforços contínuos da divisão de pesquisa e desenvolvimento<br />

de produtos da FIAMM deu origem à produção dos acumuladores powerCUBE<br />

AGM. O elevado desempenho da powerCUBE AGM deve-se, de facto, ao sistema<br />

AGM (Absorbent Glass Material). Esta nova e diferente tecnologia, comparada<br />

àquela que é encontrada nas baterias tradicionais, aproveita o princípio da recombinação<br />

de gás, um sistema simples mas que requer uma grande precisão<br />

construtiva e seleções precisas dos componentes. Há muitos benefícios como a<br />

redução da autodescarga, alta resistência a vibrações, duração superior aos ciclos<br />

de carga/descarga e superior potência de arranque. Além disso, as baterias<br />

powerCUBE AGM são totalmente sela<strong>das</strong> e isentas de manutenção.<br />

FILTROS DA MARCA WIX<br />

Autozitânia | A Autozitânia aumentou a sua<br />

gama de produtos com a chegada dos filtros WIX,<br />

dando continuidade à sua estratégia de aumento<br />

de portefólio, com filtros de qualidade reconhecida<br />

ao melhor preço. Os filtros da marca WIX abrangem<br />

cerca de 97% do parque automóvel europeu e contam<br />

com cerca de 16.000 referências disponíveis, tendo<br />

como compromisso a fiabilidade e proteção confiável<br />

em toda a sua vida útil recomendada. A inovar<br />

desde 1939, a WIX Filters disponibiliza produtos de<br />

qualidade ao melhor preço para o aftermarket, com o<br />

selo de garantia da MANN+HUMMEL, sendo sujeitos<br />

a elevados testes laboratoriais e cumprindo to<strong>das</strong> as<br />

normas e especificações em vigor.<br />

PORTEFÓLIO REFORÇADO<br />

Krautli portugal | Com o tempo quente, a KRAUTLI<br />

Portugal preparou a época de verão, reforçando o seu portefólio<br />

de peças e sistemas na gama de ar condicionado e climatização.<br />

A empresa oferece, agora, uma gama atualizada de produtos<br />

químicos e ferramentas <strong>das</strong> marcas ERRECOM e EA CLIMA. O produto<br />

estrela da ERRECOM é o nebulizador ultrassónico Atom Machine,<br />

desenvolvido para pulverizar um líquido onde os vapores resultantes<br />

são distribuídos pelo veículo de modo a higienizar e desodorizar<br />

quer o cockpit quer o sistema de ar condicionado. Trata-se de uma<br />

solução eficaz e económica de higienização e desodorização. Além<br />

disso, oferece vários componentes para reparação de compressores<br />

da EA CLIMA, incluindo polias de embraiagem para compressores de<br />

ar condicionado, bobinas eletromagnéticas, válvulas de controlo e<br />

resistências de ventilador, entre muitos outros componentes.<br />

AIR CONDITIONER CLEANER<br />

SPANJAARD | A marca distribuída em Portugal<br />

pela ADIR-Viseu lançou no mercado um novo produto<br />

para limpeza e esterilização (bactericida e fungicida)<br />

do ar condicionado com aroma fresco a limpo e<br />

bastante duradouro. A aplicação do produto é bastante<br />

fácil. A saber:<br />

1. Ligue o ar condicionado da viatura no máximo;<br />

2. Localize o filtro do habitáculo;<br />

3. Agite sempre antes de usar;<br />

4. Aplique a espuma antibatérias e antifungos;<br />

5. Deslique o motor da viatura após cinco minutos;<br />

6. O veículo está limpo e desinfetado.<br />

O vídeo de aplicação do produto pode ser visto no<br />

canal de YouTube da Spanjaard.<br />

46 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOVA GAMA DE PINÇAS DE TRAVÃO<br />

AUTO Recto | Ao todo, são nada menos do que 217 novas referências de stock inicial. Trata-se de<br />

uma nova linha de produtos da Elstock, uma marca exclusiva da Auto Recto em Portugal. A empresa passa,<br />

agora, a incluir na sua oferta pinças de travão, linha de produto que é disponibilizada pela primeira vez. A<br />

empresa sediada em Ermesinde considera aliás, que se trata de “uma gama que vale a pena investir de forma<br />

complementar, já que a firma é especialista de referência no ramo elétrico em Portugal”. A adição de novas<br />

referências é feita de acordo com diferentes critérios de seleção, sendo a qualidade do produto um fator<br />

determinante para o investimento realizado.<br />

PRODUÇÃO DE PASTILHAS SEM COBRE<br />

Comline | A marca britânica reafirmou o seu compromisso de produzir pastilhas<br />

sem cobre com o anúncio da classificação “N” da Automotive Aftermarket Supplier<br />

Association (AASA). Esta classificação confirma as pastilhas de travão da Comline como<br />

contendo menos de 0,5% de cobre em peso e permite que a marca use o ícone AASA<br />

LeafMarkTM ‘N’ na promoção da sua ampla gama de pastilhas de travão de to<strong>das</strong> as<br />

marcas. O trabalho da Comline em direção à erradicação do cobre <strong>das</strong> formulações de<br />

pastilhas de travão, data de 2016 após os estudos ambientais realizados na Califórnia<br />

e no estado de Washington. Grupos e reguladores nessas regiões demonstraram,<br />

claramente, que o desgaste <strong>das</strong> pastilhas de travão tradicionais fazia com que o cobre<br />

e outros materiais fossem despejados nas estra<strong>das</strong>, consequentemente poluindo<br />

riachos, rios e o ecossistema marinho em geral. A certificação ‘N’ classificada no AASA<br />

LeafMarkTM defende o compromisso contínuo da Comline em produzir pastilhas de<br />

travão sem cobre.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2020 47


Notícias<br />

Produto<br />

www.nelsontripa.pt<br />

NOVO PROGRAMA DE BOMBas DE COMBUSTÍVEL<br />

Delphi Technologies | Com mais de 80 anos de experiência de equipamento original<br />

em sistemas de injeção de combustível, o seu novo programa de gestão de combustível incorpora<br />

bombas e módulos de combustível multimarca, incluindo o último em conceção destes produtos.<br />

Disponibilizando ao aftermarket uma nova solução integral concebida em função <strong>das</strong> necessidades<br />

dos clientes, as oficinas independentes podem oferecer uma reparação de sistemas de combustível<br />

profissional e com qualidade de equipamento original, independentemente do veículo. Ao combinar<br />

o melhor de ambos os fatores, uma grande experiência de equipamento original e umas soluções<br />

inovadoras de aftermarket, agora a Delphi pode atender a to<strong>das</strong> as necessidades dos clientes<br />

relativas a produtos, testes e formação com uma única solução integral.<br />

FLUIDO PARA TRANSMISSÕES MERCEDES-BENZ<br />

FUCHS | A empresa anunciou o lançamento do novo fluido de performance premium para<br />

transmissões automáticas, designado TITAN ATF 9134 FE. Este novo fluido foi especialmente<br />

desenvolvido para transmissões automáticas de nove velocidades da Mercedes-Benz da série 725.0<br />

(9G-Tronic ou NAG III) e proporciona economia de combustível inovadora. Com a utilização do TITAN<br />

ATF 9134 FE, é conseguido o máximo conforto na condução com uma dinâmica melhorada devido<br />

a mudanças de velocidade rápi<strong>das</strong>. A nova geração de transmissões automáticas da Mercedes-Benz<br />

alcançou economias de combustível na ordem dos 6,5% em comparação com o modelo antecessor<br />

7G-Tronic Plus. A chave para esta economia de combustível é a utilização de duas bombas de óleo<br />

para fornecimento de óleo, bem como a redução adicional <strong>das</strong> per<strong>das</strong> por atrito na transmissão,<br />

que é conseguida devido à baixa viscosidade do óleo.<br />

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Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />

48 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />

GPS - N39.094609 - W009.251526


Passo a Passo<br />

Colaboração<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

1<br />

Preparação da<br />

máquina de rebitar<br />

e dos rebites<br />

REBITAGEM DE UM REBITE FLOW FORM<br />

NESTE PASSO A PASSO, VAMOS DESCREVER O PROCESSO DE REBITAGEM DE UM REBITE FLOW FORM. TRATA-SE DE UM TIPO<br />

DE REBITE QUE TAMBÉM É UTILIZADO NA REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS DE ALUMÍNIO, O QUAL REQUER QUE SEJA REALIZADA,<br />

PREVIAMENTE, UMA PERFURAÇÃO DE AMBAS AS CHAPAS A UNIR, PARA, EM SEGUIDA, CRAVAR O REBITE<br />

2<br />

5 8<br />

9<br />

Colocação <strong>das</strong> ferramentas para<br />

extrair rebites e ajuste da máquina<br />

de rebitar<br />

Colocação <strong>das</strong> ferramentas para<br />

perfuração, ajuste e alargamento<br />

Colocação do rebite<br />

Estampagem do rebite Flow Form<br />

3 6 10<br />

Extração do rebite autoperfurante<br />

antigo<br />

Realização do orifício<br />

4 7<br />

Colocação e ajuste <strong>das</strong> ferramentas<br />

para aplanamento da superfície da aba<br />

Colocação <strong>das</strong> ferramentas<br />

para cravar o rebite Flow Form<br />

Vista final do rebite (zonas dianteira e traseira)<br />

50 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Classificados<br />

09mod_APMariaPia_vw_2016.pdf 2 17/07/19 11:55<br />

AUTO PEÇAS MARIA PIA, LDA<br />

“Com 25 anos de experiência”<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

HORÁRIO >2ª a 6ª Feira - 9h às 12h30 - 14h30 às18h30 >Sábado - 8h às 12h<br />

Especializados nas marcas VW, SKODA, SEAT, AUDI e em peças para VW Carocha<br />

Tel.: 213 964 690 | 213 964 837 | Fax: 213 971487<br />

Rua Freitas Gazul,13B - C. Ourique - 1350-148 Lisboa<br />

autopecasmariapia@gmail.com


Técnica<br />

&Serviço<br />

REPARAÇÃO DE PAINÉIS DE CARROÇARIA<br />

PROVA PERICIAL<br />

REPARAR OS DANOS SOFRIDOS NOS PAINÉIS EXTERIORES DO VEÍCULO É, SEM DÚVIDA,<br />

UMA DAS OPERAÇÕES MAIS FREQUENTES DO BATE-CHAPA. DIVERSOS FATORES, COMO O TAMANHO,<br />

O TIPO E A FORMA DOS DANOS OU A LOCALIZAÇÃO DOS MESMOS, PODEM, CONTUDO, DIFICULTAR,<br />

EM GRANDE MEDIDA, A SUA REPARAÇÃO<br />

A<br />

habilidade e a experiência do<br />

profissional assumem um<br />

papel crucial para se conseguir<br />

um bom acabamento estético<br />

e, simultaneamente, um tempo de<br />

reparação produtivo. O design dos<br />

veículos surpreende-nos continuamente.<br />

A combinação de linhas curvas<br />

e arestas pronuncia<strong>das</strong> em cada<br />

modelo faz-se com esmero para não<br />

deixar indiferentes os utilizadores e<br />

os amantes dos motores. Estes designs,<br />

para além de procurarem um<br />

objetivo estético, têm como missão<br />

melhorar a rigidez de cada uma <strong>das</strong><br />

peças que compõem o exterior do<br />

veículo, contribuindo para manter a<br />

aerodinâmica durante a deslocação<br />

deste.<br />

Perante panca<strong>das</strong> pequenas e médias,<br />

os painéis exteriores acabam<br />

por sofrer deformações permanentes<br />

ou mossas não pretendi<strong>das</strong> pelos<br />

clientes e exigem a destreza do<br />

técnico de chapa para a sua eliminação.<br />

Em função do tipo de danos<br />

provocados, do tamanho e <strong>das</strong> linhas<br />

da peça, será possível a sua reparação<br />

ou, porventura, seja conveniente<br />

optar pela substituição da peça. Na<br />

atualidade, dada a situação ambiental,<br />

a recuperação de peças através da<br />

sua reparação é uma opção a ter sempre<br />

em conta, porque contribui para<br />

a sustentabilidade ambiental. Pequenas<br />

ações como esta vão contribuindo<br />

para a concretização de objetivos<br />

maiores. No momento de analisar a<br />

peça sinistrada e decidir se a mesma<br />

deve ser substituída ou reparada, o<br />

técnico deve ter em conta diferentes<br />

aspetos, tais como:<br />

• A dimensão, a forma dos danos e<br />

a possibilidade de se recuperar a<br />

linha original da peça;<br />

A funcionalidade e a importância da<br />

peça na carroçaria;<br />

• O acesso à zona de trabalho segundo<br />

as ferramentas de reparação<br />

disponíveis;<br />

• O aspeto económico entre as duas<br />

opções: substituição ou reparação;<br />

Contributo para a sustentabilidade.<br />

Não obstante, a solução adotada deverá<br />

ajustar-se sempre ao duplo re-<br />

52 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

quisito de manter a estética original<br />

do veículo e a segurança do mesmo.<br />

Batimento ou martelagem<br />

Costuma ser a técnica mais rápida<br />

para remover uma mossa e restabelecer<br />

a forma original da superfície da<br />

peça. É necessário dispor de acesso<br />

aos danos por ambos os lados da superfície<br />

e permite remover múltiplos<br />

tipos e tamanhos de danos. Consiste<br />

em bater na deformação com ferramentas<br />

manuais, como martelos<br />

ou alavancas. A operação consiste<br />

em bater na zona convexa com um<br />

martelo e na zona côncava coloca-se<br />

o tais ou encontrador como apoio,<br />

marcando a linha de base.<br />

A habilidade e experiência do bate-<br />

-chapa são primordiais para se recuperar<br />

a forma da chapa de modo<br />

eficiente e conseguir-se um bom<br />

acabamento no qual a aplicação de<br />

massa seja mínima. Deformações<br />

complexas podem requerer o trabalho<br />

de bate-chapas com uma grande<br />

experiência ou destreza. Como ferramentas<br />

de impacto, são utilizados<br />

diferentes tipos de martelos, colheres<br />

ou alavancas. E, como ferramentas<br />

de apoio, os tais ou encontradores.<br />

To<strong>das</strong> elas com diferentes formas<br />

para uma melhor adaptação ao tipo<br />

de impacto e à forma da superfície<br />

trabalhada.<br />

Dispor de um jogo diversificado de<br />

ferramentas facilita e reduz o tempo<br />

de trabalho do bate-chapa. É importante<br />

a escolha adequada dos martelos<br />

e dos tais de acordo com a curva-<br />

A ELIMINAÇÃO DE DEFORMAÇÕES ATRAVÉS DOS DISPOSITIVOS<br />

DE TRAÇÃO EXTERIOR REDUZ OS TEMPOS DE TRABALHO, AO EVITAR<br />

A DESMONTAGEM DE ACESSÓRIOS OU OUTRAS PEÇAS<br />

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QUALIDADE XTREME<br />

MAIS VELOCIDADE<br />

MAIS ECONOMIA<br />

DE ENERGIA<br />

FORA DE SÉRIE ! O NOVO VERNIZ<br />

VOC-XTREME-PLUS K9600.<br />

Adicionámos algo novo e inovador ao sistema Xtreme.<br />

O verniz VOC-Xtreme-Plus K9600 estabelece um novo<br />

nível de qualidade... e muito mais. Em primeiro lugar,<br />

inclui excelentes propriedades de processamento, como<br />

a aplicação flexível em 1,5 ou em 2 demãos, boa<br />

capacidade de enchimento e excelente estabilidade vertical,<br />

que proporcionam um acabamento perfeito. Em segundo,<br />

mais eficiência, graças à secagem excecionalmente rápida<br />

e ao baixo consumo de energia a 40 ° C ou 20 ° C, o que<br />

pode reduzir significativamente os custos operacionais. Isto<br />

é realmente um desempenho fora de série.<br />

© 2020 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />

NOVO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 53


REPARAÇÃO<br />

DE PAINÉIS DE<br />

CARROÇARIA<br />

A HABILIDADE E A PRECISÃO DO PROFISSIONAL, EM CONJUNTO COM<br />

A FERRAMENTA ADEQUada, PERMITE OBTER REParaçÕES DE QUALIDADE<br />

tura da chapa que deve ser trabalhada. Um trabalho<br />

excessivo na zona danificada pode complicar a reparação<br />

e criar irregularidades e novas imperfeições<br />

na superfície. O processo de trabalho consta de três<br />

fases. A saber:<br />

1.ª - Restabelecimento “grosseiro” da superfície por<br />

martelagem até se recuperar a forma aproximada e<br />

a curvatura original da chapa;<br />

2.ª - Verificação do estado da superfície através de<br />

marcação (lixamento em cruz) de traços de controlo<br />

com lima de bate-chapa. Caso sejam deteta<strong>das</strong><br />

pequenas imperfeições, deverão ser revistas de<br />

novo através de martelagem para as corrigir. Será<br />

novamente realizada uma verificação de marcação<br />

para confirmar um bom acabamento na zona trabalhada;<br />

3.ª - Lixagem em torno da zona trabalhada para<br />

se obter uma transição perfeita para as superfícies<br />

adjacentes, de tal forma que o pintor possa conseguir,<br />

posteriormente, um bom acabamento.<br />

Ferramentas de tração<br />

Quando o acesso pela zona interior <strong>das</strong> peças não<br />

existe, é limitado ou implica a desmontagem de<br />

peças, guarnições ou acessórios que aumentam os<br />

tempos de trabalho, pode ser utilizada a técnica de<br />

remoção de mossas através de ferramentas de tração<br />

exterior. Este sistema de trabalho consiste em<br />

ancorar uma ferramenta (soldadura, adesivo) nas<br />

zonas profun<strong>das</strong> do lado exterior do dano e aplicar,<br />

através dela, esforços de tração à superfície até eliminar<br />

a depressão provocada pela mossa.<br />

Os equipamentos de soldadura por resistência elétrica<br />

para a remoção de mossas são uma <strong>das</strong> ferramentas<br />

fundamentais na oficina. A potência destes<br />

equipamentos ronda os 3.000 amperes, suficiente<br />

para soldar as pequenas ferramentas metálicas<br />

(anilhas, parafusos, estrelas, pontas, rebites) à<br />

superfície da chapa. A ferramenta de tração (martelo<br />

de inércia ou variantes deste) é ligada a estas<br />

pequenas ferramentas e, através do conjunto, aplica-se<br />

o esforço de tração para o exterior a fim de<br />

remover a mossa. A soldadura implica o lixamento<br />

da pintura, visto que é necessário soldar a ferramenta<br />

à chapa, mas permite eliminar danos de diferente<br />

tamanho e complexidade. As ferramentas<br />

solda<strong>das</strong> são retira<strong>das</strong> facilmente, realizando uma<br />

rotação sobre si mesmas.<br />

Estes equipamentos incorporam vários tipos de<br />

elétrodos: os específicos para soldar as ferramentas<br />

de estiramento e outros de ponta arredondada<br />

de cobre e grafite para realizar os trabalhos de recolha<br />

da chapa quando há estiramento do material.<br />

A oficina, dependendo do respetivo volume de<br />

trabalho, pode optar por dispor de um único equipamento<br />

de soldadura multifunções com potência<br />

para remoção de mossas da chapa e, também, para<br />

a união de peças de chapa à carroçaria em torno<br />

dos 6.500 amperes, para além de contar com um<br />

ou vários equipamentos mais pequenos e específicos<br />

para as tarefas de remoção de mossas e em<br />

torno dos 3.000 amperes.<br />

Também existem no mercado máquinas de soldar<br />

destina<strong>das</strong> a danos pequenos, tipo granizo ou semelhantes,<br />

nos quais se solda a ponta de um elétrodo<br />

que, posteriormente, é deslocado para trás<br />

extraindo a depressão do dano. Outras ferramentas<br />

servem-se de materiais que se colam através de<br />

adesivo e que não deterioram a pintura do veículo,<br />

sendo utiliza<strong>das</strong> para a extração no caso de pequenos<br />

danos, visto que apenas permitem realizar pequenas<br />

ações de tração. O material colado retira-se<br />

54 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Nós damos uma mãozinha<br />

através da aplicação de produtos adequados para eliminar o<br />

adesivo, sem danificar a pintura.<br />

A RECUPERAÇÃO<br />

DE PEÇas atraVÉS DA SUA<br />

REPARAÇÃO CONTRIBUI<br />

PARA A SUSTENTABILIDADE<br />

DO AMBIENTE<br />

Varetas metálicas<br />

O sistema de pontas, alavancas ou varetas metálicas é utilizado<br />

para reparar pequenos danos produzidos principalmente<br />

por impactos de granizo, sem danificar a pintura original do<br />

veículo. Os danos reparáveis não devem apresentar um estiramento<br />

da chapa excessivo. Este processo de reparação exige<br />

habilidade e experiência no próprio processo de trabalho, sendo<br />

os trabalhos executados por técnicos especializados.<br />

O método é fundamentado na aplicação de ligeiras pressões<br />

ou impulsos em redor do dano (face interna do dano) através<br />

<strong>das</strong> pontas <strong>das</strong> varetas até que seja conseguida a recuperação<br />

da forma. Este sistema exige o acesso pelo lado interno<br />

da chapa deformada, pelo que, neste caso, é necessário realizar<br />

a desmontagem de guarnições e peças que impeçam o<br />

acesso. O equipamento é constituído por um jogo de varetas<br />

produzi<strong>das</strong> com aços especiais, com diferentes comprimentos<br />

e pontas (redon<strong>das</strong>, finas pontiagu<strong>das</strong>). Também é necessária<br />

uma fonte luminosa fluorescente que permita a visualização<br />

do estado e o acompanhamento do dano.<br />

Para a obtenção de qualidade nos processos de reparação de<br />

peças verifica-se a influência, fundamentalmente, de alguns<br />

aspetos, como a complexidade dos danos, o conjunto de ferramentas<br />

disponível na oficina e a experiência e habilidade do<br />

técnico bate-chapa. l<br />

C<br />

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Não fazemos<br />

manutenção automóvel,<br />

mas fazemos a manutenção<br />

da sua terminologia!<br />

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Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />

relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />

profissionais especializados em várias áreas<br />

da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />

criar projetos à medida de cada cliente.<br />

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Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />

as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />

uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />

as repetições em novos projetos e baixar<br />

consideravelmente o valor final do documento,<br />

mantendo a terminilogia e o estilo<br />

de comunicação já existentes. Um programa<br />

criado a pensar em si!<br />

Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />

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I 2020 55


epintura<br />

ÁLVARO DE SOUSA BORREGO<br />

ASB ON THE ROAD<br />

FAZ AGORA UM ANO QUE A ÁLVARO DE SOUSA BORREGO LANÇOU O “ASB ON THE ROAD”, UM SERVIÇO<br />

CRIADO PARA SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS CLIENTES A NÍVEL DE FORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA.<br />

O BALANÇO NÃO PODIA SER MAIS POSITIVO por João Vieira


A<br />

aposta neste serviço sobre ro<strong>das</strong> prende-se<br />

com a crescente procura de formação direcionada,<br />

essencialmente, às questões<br />

com as quais as oficinas se deparam todos os dias.<br />

Com este novo serviço, a ASB está apta a responder<br />

localmente e de uma forma mais célere às necessidades<br />

dos clientes. Quando António Cardoso,<br />

colaborador da ASB, apresentou, há cerca de dois<br />

anos, o projeto “ASB on the road”, teve, desde logo,<br />

todo o apoio da administração da empresa para<br />

avançar. “No início, foi necessário desenvolver o<br />

lay-out que permitisse instalar todo o equipamento<br />

adequado às ações de formação e demonstração<br />

que iriamos realizar. Falámos com os nossos principais<br />

fornecedores, 3M e Spies Hecker, que apoiaram<br />

o projeto desde a primeira hora. Atualmente,<br />

dispomos de duas carrinhas totalmente equipa<strong>das</strong><br />

com consumíveis 3M para as ações de formação e<br />

demonstração”, disse António Cardoso.<br />

O serviço “ASB on the road” permite dar resposta<br />

quase imediata aos pedidos <strong>das</strong> oficinas, quer a nível<br />

de formação especializada, quer de assistência<br />

técnica ou consultoria. “Temos três técnicos certificados<br />

com o CCB, que estão habilitados a dar<br />

formação on-job, não sendo necessário os clientes<br />

terem de deslocar-se para fora do local de trabalho”,<br />

refere António Cardoso. Para além <strong>das</strong> ações<br />

e formação on-job, as carrinhas “ASB on the road”<br />

estão equipa<strong>das</strong> com todos os consumíveis utilizados<br />

na repintura de veículos, desde lixas a produtos<br />

de reparação e tratamento. Sempre que são<br />

lançados novos produtos, são realiza<strong>das</strong> demonstrações<br />

em vários clientes, não só para apresentar<br />

as novidades, mas, também, para recolher opiniões<br />

em relação às características e desempenho dos<br />

novos produtos. “O que mais gostamos de fazer e<br />

aquilo que o cliente necessita bastante é a implementação<br />

de um sistema completo de pintura, que<br />

inclui a lixagem, o mascaramento e o acabamento.<br />

E a carrinha permite apresentar, com detalhe, todo<br />

o processo”, explica António Cardoso.<br />

Com várias visitas diárias a diferentes clientes, o<br />

balanço de um ano de atividade do serviço “ASB on<br />

the road” é muito positivo. Mesmo durante a fase<br />

de confinamento provocada pela pandemia de Covid-19,<br />

a atividade <strong>das</strong> carrinhas manteve-se regular,<br />

com muitos pedidos de assistência e formação<br />

por parte <strong>das</strong> oficinas.<br />

Imagem fortalecida<br />

Para Ana Luísa Ribeiro, responsável de marketing,<br />

“o projeto ‘ASB on the road’ foi um desafio muito<br />

interessante, pois conseguimos concretizar o lema<br />

de ‘estar no lugar certo, à hora certa e no momento<br />

certo’. O cliente pede e nós respondemos o mais<br />

rápido possível e da forma mais eficiente. Trata-se<br />

de duas carrinhas que estão totalmente equipa<strong>das</strong><br />

e existem técnicos certificados sempre disponíveis<br />

para dar formação e assistência técnica personalizada,<br />

onde for preciso”. Uma <strong>das</strong> vantagens deste<br />

ÁLVARO DE SOUSA BORREGO<br />

Administradores Álvaro de Sousa e<br />

Fernanda do Carmo Santos<br />

Sede Av.ª General Roça<strong>das</strong>, n.° 70 A/C, 1199 -<br />

012 Lisboa<br />

Telefone 218 153 516<br />

Fax 218 153 534<br />

Email geral@asborrego.pt<br />

Site www.asborrego.pt<br />

serviço é facto de o cliente não necessitar de sair<br />

<strong>das</strong> suas instalações para ter formação técnica especializada,<br />

pois os técnicos da ASB vão dar essa<br />

formação diretamente na casa do cliente, com to<strong>das</strong><br />

as medi<strong>das</strong> de segurança exigi<strong>das</strong> pelo distanciamento<br />

social recomendado pela DGS.<br />

“O sucesso deste projeto resulta, em grande parte,<br />

do apoio prestado pela 3M, que disponibiliza<br />

todos os consumíveis de lixagem e polimento,<br />

assim como da Spies Hecker, que fornece toda a<br />

informação necessária para a oficina rentabilizar<br />

ao máximo o seu trabalho de repintura”, acrescenta<br />

Ana Luísa Ribeiro. O serviço “ASB on the road”<br />

é, de resto, muito valorizado pelos clientes, como<br />

dá conta José Pontes, da oficina J. Pontes, em Famões.<br />

“Para mim, trata-se de uma grande iniciativa.<br />

O técnico desloca-se às nossas instalações para<br />

dar formação e divulgar novos produtos. Esta ação<br />

ajuda a disciplinar o comprador, pois, muitas vezes,<br />

esquecemos que existem produtos específicos<br />

para determinado trabalho, que podem rentabilizar<br />

os nossos serviços. Há muitos anos que defendo<br />

este tipo de serviço, que permite transmitir<br />

conhecimentos aos profissionais sobre novas tecnologias<br />

e novos produtos. Até porque a maioria<br />

<strong>das</strong> vezes não temos tempo para nos deslocarmos<br />

a ações de formação e ficamos desatualizados. Precisamos<br />

de alguém que nos visite para ficarmos a<br />

par <strong>das</strong> novidades”.<br />

Futuro ambicioso<br />

O futuro do serviço “ASB on the road” revela-se<br />

promissor, pois há cada vez mais oficinas de colisão<br />

a solicitá-lo. “Vamos continuar a desenvolver<br />

o ‘ASB on the road’ com mais viaturas e recursos<br />

humanos, pois o mercado necessita deste tipo de<br />

serviço”, frisa Álvaro de Sousa, administrador da<br />

ASB. “O nosso grande objetivo é ajudar os profissionais<br />

com produtos e equipamentos adequados,<br />

de forma a alcançarem resultados de qualidade e<br />

rentáveis. Trabalhamos, há mais de 40 anos, com a<br />

marca de tintas Spies Hecker e com os consumíveis<br />

3M, que oferecem to<strong>das</strong> as garantias de qualidade.<br />

Orgulhamo-nos de cumprir com a promessa<br />

de responder, com a máxima rapidez e eficiência,<br />

a todos os pedidos. Conseguimos alcançar este resultado<br />

uma vez que contamos com uma equipa<br />

de profissionais que trabalha todos os dias neste<br />

sentido. Organização e planeamento são aspetos<br />

fundamentais para este resultado”, acrescenta. E<br />

conclui: “Precisamos de estar atentos à evolução<br />

da repintura automóvel e acompanhá-la. Sabemos<br />

que as marcas que representamos estão a apostar,<br />

cada vez mais, no desenvolvimento de produtos e<br />

sistemas que permitem a rentabilização do tempo<br />

com vista à eficiência energética e à otimização <strong>das</strong><br />

ferramentas digitais. A evolução tecnológica é o<br />

desafio que vai ditar o futuro do mercado da repintura<br />

automóvel”. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho/Agosto I 2020 57


epintura<br />

GRAVITYPAINT<br />

MUNDO MUDOU<br />

DE CORES<br />

O ANO DE 2020 COMEÇOU DA MELHOR MANEIRA PARA A GRAVITYPAINT. MAS, ENTRETANTO,<br />

O MUNDO “MUDOU DE CORES”, COM A PANDEMIA PROVOCADA PELA COVID-19, E A EMPRESA<br />

TEVE DE REAJUSTAR O SEU FOCO DE VENDAS PARA SUPERAR A CRISE por Jorge Flores<br />

O<br />

balanço dos primeiros quatro meses da atividade<br />

da GravityPaint em 2020 divide-se<br />

em “duas fases completamente distintas”,<br />

reconhece Mário Rui Ferreira, sócio-gerente da<br />

empresa. Duas cores antagonicamente opostas,<br />

no fundo, a descrever o mercado antes e durante<br />

a pandemia de Covid-19. “Em janeiro, fevereiro e<br />

nas duas primeiras semanas de março, íamos com<br />

uma dinâmica muito positiva, registando um crescimento<br />

interessante face a igual período do ano<br />

passado. Na segunda metade de março e no mês<br />

de abril, houve uma quebra abrupta nas ven<strong>das</strong> de<br />

produtos e equipamentos, ligeiramente compensada<br />

pela procura de máscaras, luvas, fatos e gel<br />

desinfetante, entre outros artigos, por parte dos<br />

atuais e de novos clientes”, salienta o responsável<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. “Confesso que, perante este<br />

cenário, tivemos de reajustar todo o nosso planeamento<br />

comercial e de investimento idealizado para<br />

os próximos meses”, acrescenta.<br />

Na atividade da empresa, a marca Finixa continua<br />

a ter um papel principal nos “diferentes mercados<br />

em que estamos inseridos”, afirma Mário Rui Ferreira.<br />

“É um parceiro fantástico, que merece todo<br />

o nosso empenho, dedicação e agradecimento pelo<br />

voto de confiança que deram ao projeto que a GravityPaint<br />

tinha para o mercado nacional”, frisa. “A<br />

gama de produtos é extremamente ampla e tem<br />

uma excelente relação preço/qualidade/fiabilidade.<br />

A sua aceitação tem sido muito, muito positiva<br />

por parte dos profissionais com quem trabalhamos<br />

diariamente. Destaco o novo sistema de lixagem<br />

SharpWhite e os novos produtos com tecnologia<br />

UV”, acrescenta o responsável ao nosso jornal.<br />

ADN diferente<br />

A criação de uma rede de distribuição no norte do<br />

país continua a fazer “parte do planeamento comercial<br />

para 2020”, garante Mário Rui Ferreira. “Apesar<br />

de já termos quatro clientes para iniciar o projeto,<br />

decidimos, em conjunto, que iremos aguardar por<br />

tempos mais estáveis, no que diz respeito à situação<br />

sanitária do país”, explica o sócio-gerente. “De um<br />

modo geral, considero que o mercado da repintura<br />

automóvel tem excelentes profissionais, com um<br />

nível de exigência bastante elevado em relação aos<br />

produtos e equipamentos utilizados. O conceito<br />

Smart Repair e o Detalhe Automóvel têm vindo a<br />

GRAVITYPAINT<br />

Sócio-gerente Mário Rui Ferreira<br />

Sede Rua da Bica, 17, Núcleo Empresarial da<br />

Venda do Pinheiro II, Armazém AF, 2665 - 608<br />

Venda do Pinheiro<br />

Telefone 261 092 574<br />

Email geral@gravitypaint.pt<br />

Site www.gravitypaint.pt<br />

crescer nos últimos anos e estão cada vez a captar<br />

mais clientes”, acrescenta Mário Rui Ferreira.<br />

No entanto, além da crise provocada pelo novo<br />

coronavírus, o mercado da repintura sofre de um<br />

outro problema: a falta de mão de obra especializada.<br />

“A esmagadora maioria dos profissionais de<br />

repintura tem mais de 50/55 anos, e, brevemente,<br />

retirar-se-ão da atividade. E ao contrário do que<br />

acontece na mecânica, na mecatrónica e na eletricidade,<br />

o número de novos profissionais no setor<br />

da repintura é muito baixo”, avisa. “Questiono se<br />

tem sido feito o suficiente para captar o interesse<br />

dos jovens nesta profissão. Será que, a nível governamental,<br />

houve uma interpretação séria para<br />

esta situação e foi traçado um projeto de formação?<br />

Existem centros capacitados e equipados para<br />

formação no setor da colisão e que se encontram<br />

fechados há anos... Acho que este assunto merece<br />

uma reflexão profunda e uma resposta rápida por<br />

parte <strong>das</strong> entidades competentes”, diz.<br />

A GravityPaint sempre assumiu ter um “ADN diferente<br />

e inovador no mercado”. Mário Rui Ferreira<br />

explica o motivo: “Desde o início que apostamos<br />

em marcas premium, de forma a podermos apresentar<br />

as melhores soluções aos clientes; marcamos<br />

presença nos principais eventos do setor;<br />

organizamos os nossos próprios eventos com fornecedores<br />

e clientes; participamos em formações<br />

regularmente, entre outras atividades. Acreditamos<br />

que é este o nosso caminho e tudo continuaremos<br />

a fazer para merecer a confiança dos nossos<br />

parceiros”, remata o responsável da empresa. l<br />

58 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A CRIAÇÃO DE UMA REDE DE DISTRIBUIÇÃO NO NORTE<br />

DO PAÍS CONTINUA A FAZER PARTE DO PLANEAMENTO<br />

COMERCIAL PARA 2020, DIZ MÁRIO RUI FERREIRA (À DTA.)


NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />

repintura<br />

CROMAX<br />

AJUDA A VOLtar AO TRABALHO<br />

medida que algumas <strong>das</strong> ordens para ficar em<br />

À casa são levanta<strong>das</strong> cautelosamente na Europa,<br />

as oficinas estão a começar a voltar ao trabalho. Com<br />

muitos governos a recomendarem às pessoas que evitem<br />

utilizar os transportes públicos, o uso de veículos<br />

privados vai aumentar num futuro próximo, o que<br />

pode significar mais trabalho para as oficinas. Mas<br />

numa altura de distanciamento social, isto coloca vários<br />

desafios. A Cromax tem a produtividade no seu<br />

cerne, pelo que as oficinas estão bem prepara<strong>das</strong> para<br />

enfrentar esses desafios. “A combinação de carros a<br />

serem reparados e as medi<strong>das</strong> de distanciamento social<br />

significa que as oficinas precisam de trabalhar de<br />

forma mais inteligente, principalmente quando não<br />

têm uma equipa de colaboradores completa. Mas<br />

graças ao nosso foco na produtividade e inovação, nos<br />

últimos dois anos introduzimos várias ferramentas e<br />

sistemas de poupança de tempo, material e energia<br />

que visam apoiar as nossas oficinas e que se adaptam<br />

na perfeição a alguns dos desafios que as oficinas estão<br />

a enfrentar atualmente à medida que começam<br />

a retomar uma certa normalidade,” afirmou Thomas<br />

Cool, training & technical service leader da Cromax<br />

na Europa, Médio Oriente e África (EMEA).<br />

60 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


SOLUÇÕES DE PROTEÇÃO<br />

BASF Coatings Portugal | Através <strong>das</strong> equipas <strong>das</strong> suas marcas, R-M<br />

e Glasurit, a empresa disponibiliza um leque alargado de soluções para proteção de<br />

colaboradores e oficinas, bem como de desinfeção de espaços e viaturas. A proteção<br />

<strong>das</strong> pessoas é uma preocupação basilar da BASF, pelo que as máscaras FFP2, o<br />

álcool gel e as viseiras são parte essencial do seu portefólio de produtos, que são<br />

complementados com a oferta de luvas, creme para mãos e óculos de proteção<br />

individual RODIM. A BASF dispõe, também, de um desinfetante sem álcool ou lixívia<br />

que permite a correta higienização do interior <strong>das</strong> viaturas, sem danificar as superfícies<br />

plásticas. Quem pretender uma desinfeção mais profunda, pode optar por uma <strong>das</strong><br />

diferentes soluções de tratamento do ar através de ozono atualmente disponíveis.<br />

CHAVE IDENTIFICAÇÃO DE CORES<br />

MaxMeyer | O retorno à atividade na fase de desconfinamento apresenta numerosos desafios para<br />

as oficinas de colisão. Entre eles, a melhoria de sua produtividade, fator fundamental na rentabilidade de<br />

cada negócio. Precisamente para obter reparações mais eficientes e lucrativas para os negócios de chapa e<br />

pintura, a MaxMeyer dispõe de ferramentas de cores como o espectrofotómetro RapidMatch GO e o software<br />

PaintManager XI, que melhoram a produtividade nas oficinas do dia a dia. Um dos maiores desafios no retoque<br />

de veículos é o da correspondência correta de cores. E é essencial identificar a cor exata para obter operações<br />

eficientes, evitar repetições e favorecer a produtividade da empresa, fatores críticos para as oficinas de colisão<br />

e que se torna mais relevante após a paragem provocada pela Covid-19. Nesse sentido, para ajudar as oficinas<br />

de chapa e pintura a melhorar os seus processos, a MaxMeyer oferece aos profissionais de repintura de veículos<br />

uma gama abrangente de ferramentas projeta<strong>das</strong> para dar resposta às necessidades dos pintores.<br />

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© 2020 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />

Com estratégias mais inteligentes,<br />

é possível terminar sempre em<br />

primeiro lugar.<br />

O novo Verniz Permasolid® Speed-TEC 8810.<br />

Verniz Permasolid ® Speed-TEC 8810 -<br />

para os momentos em que cada segundo conta.<br />

Quando precisar da velocidade máxima, opte pelo nosso mais<br />

recente verniz. Utilizado como parte do sistema Speed-TEC<br />

completo, reduz significativamente os tempos de processamento.<br />

Uma reparação padrão demora apenas 71 minutos, portanto, as<br />

pequenas reparações tornam-se uma opção lucrativa de negócio.<br />

Além disso, com o verniz Permasolid ® Speed-TEC 8810, é possível<br />

poupar nos custos de energia secando a base bicamada Hi-TEC e<br />

o verniz Speed-TEC a baixas temperaturas – 40 °C ou até mesmo<br />

20 °C. E, graças à nova tecnologia da Axalta, o verniz Permasolid ®<br />

Speed-TEC 8810 também triunfa no que diz respeito às propriedades<br />

de processamento, com a sua aplicação flexível, o melhor poder de<br />

enchimento e uma boa estabilidade vertical.<br />

Para obter mais informações, visite:<br />

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Spies Hecker – mais perto de si.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Junho I 2020 61


Notícias<br />

Repintura<br />

COLAD<br />

PRODUTOS DE LIMPEZA<br />

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Colad apresentou dois novos produtos de limpeza de interiores de viaturas<br />

de atuação rápida, com uma nova fórmula para uma solução de<br />

limpeza e secagem rápi<strong>das</strong>. São produtos de limpeza à base de álcool<br />

eficazes e fáceis de utilizar, anuncia<strong>das</strong> como a melhor solução de secagem<br />

rápida para uma limpeza eficaz de to<strong>das</strong> as superfícies interiores dos veículos.<br />

Podem ser utilizados para limpar to<strong>das</strong> as superfícies que são toca<strong>das</strong> pelas<br />

mãos. Exemplos: capot, tampa da bagageira, portas, puxadores, barras de tejadilho,<br />

tetos de abrir. A versão standard pode ser utilizada em to<strong>das</strong> as superfícies<br />

e é extremamente adequada para utilização em couro e tecido. Garante<br />

uma limpeza rápida, sem manchas e não deixa resíduos. Dá aos técnicos de<br />

bate-chapa e pintores o veículo mais limpo antes de iniciarem as reparações e<br />

entrega ao proprietário o veículo reparado mais limpo possível.<br />

NOVO SPRAY HIGIENIZANTE PARA OFICINAS<br />

ZAPHIRO | O especialista espanhol em produtos e equipamentos non paint para o<br />

pós-venda automóvel dá resposta às necessidades de segurança, higiene e proteção <strong>das</strong><br />

oficinas espanholas com o novo spray higienizante ZAPHIRO. Este novo produto contém uma<br />

formulação hidroalcoólica especial, de acordo com as recomendações da OMS para combater<br />

o novo coronavírus, que pode ser aplicada de forma fácil e rápida em várias superfícies. O<br />

novo spray higienizante é adequado para qualquer tipo de superfície, desde mãos ou roupas<br />

a dispositivos eletrónicos, teclados, telefones, ferramentas, móveis e interruptores elétricos.<br />

Também é recomendado para os elementos mais expostos no interior dos veículos na oficina,<br />

como volante, alavanca de velocidades, botões, manípulos, painéis, cintos de segurança,<br />

bancos, plásticos e têxteis. Com base numa solução hidroalcoólica de 70% especialmente<br />

formulada para obter a máxima eficiência, o ZAPHIRO Sanitizing Spray não contém silicones.<br />

IMAGEM DA EQUIPA MERCEDES-AMG PETRONAS<br />

Spies Hecker | Com a temporada de 2020 de Fórmula 1 suspensa, a Spies Hecker<br />

aproveita a oportunidade para analisar em profundidade a imagem da equipa e o trabalho que<br />

é necessário para aplicá-la. A equipa Formula One Mercedes-AMG Petronas é a atual Campeã<br />

Mundial de Construtores de Fórmula 1 da FIA, tendo conseguido um recorde depois de obter um<br />

título pela sexta vez consecutiva no final da temporada de 2019. Os seus monolugares de corrida<br />

são conhecidos pela aparência elegante nas icónicas imagens pratea<strong>das</strong> que são apresenta<strong>das</strong><br />

to<strong>das</strong> as tempora<strong>das</strong>. À primeira vista, a principal diferença na imagem de 2020 é a adição de<br />

cor de vinho, especificamente nas extremidades <strong>das</strong> asas <strong>das</strong> placas frontais e traseiras, tampa<br />

do motor e, sobretudo, na estrutura tubular em arco. Este toque de cor deve-se ao novo parceiro<br />

principal da equipa Formula One Mercedes-AMG Petronas, a INEOS, uma vez que a cor de vinho<br />

é a cor da sua divisão de desporto, que inclui o Tour de France e as equipas da America Cup.<br />

62 Julho/Agosto I 2020 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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