02.09.2020 Views

Revista Coamo Edição de Agosto de 2020

Revista Coamo Edição de Agosto de 2020

Revista Coamo Edição de Agosto de 2020

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

intensivo do glifosato no passar do tempo, selecionou<br />

biótipos resistentes a esse ingrediente ativo”,<br />

afirma o engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, Roberto Bueno da Silva.<br />

Bueno coor<strong>de</strong>nou a estação <strong>de</strong> pesquisa<br />

com o tema “Manejo <strong>de</strong> plantas daninhas no sistema<br />

<strong>de</strong> produção”. Ele explica que diante da resistência<br />

foi necessário adotar medidas adicionais<br />

para combater as plantas daninhas. Até porque,<br />

no Brasil existem catalogados 52 casos <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas resistentes à herbicidas, 10 resistentes ao<br />

glifosato e oito que além do glifosato são resistentes<br />

a outros mecanismos <strong>de</strong> ação. “Esse é um problema<br />

muito anterior ao Brasil. Na década <strong>de</strong> 50,<br />

foram catalogadas no Canadá e Estados Unidos,<br />

plantas tolerantes ao herbicida 2,4-D. Como nossa<br />

agricultura é mais recente que nesses países, o uso<br />

incorreto dos herbicidas, propiciam aparecer esses<br />

biótipos resistentes.”<br />

É uma situação que merece atenção conforme<br />

<strong>de</strong>staca o engenheiro agrônomo. “Acreditávamos<br />

que o glifosato e o 2,4-D, por exemplo, não<br />

teriam esse tipo <strong>de</strong> problema. Começou com os inibidores<br />

<strong>de</strong> ALS. Em três anos vieram o amendoim<br />

bravo e o picão preto, resistentes a esses produtos.<br />

Logo <strong>de</strong>pois começamos a ter problemas com o glifosato<br />

e, atualmente, temos com o 2,4-D.”<br />

Para lidar com esses <strong>de</strong>safios, o agricultor<br />

precisa ser proativo. “Além do controle químico, precisamos<br />

fazer o controle preventivo com a limpeza<br />

das máquinas. Devemos usar sementes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

que vêm livre <strong>de</strong> plantas daninhas. Existem, também,<br />

os controles culturais, como o solo bem manejado,<br />

adubação a<strong>de</strong>quada, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e época <strong>de</strong><br />

plantio corretas, para dar condição à cultura fechar<br />

rapidamente e conseguir ter competitivida<strong>de</strong> com a<br />

planta daninha”, frisa Bueno.<br />

Roberto Bueno, engenheiro agrônomo<br />

De acordo com Roberto Bueno, além disso,<br />

o agricultor não po<strong>de</strong> esquecer do manejo cultural<br />

e do monitoramento. “Sabemos que é difícil fazer<br />

o arranque <strong>de</strong> plantas daninhas. Mas, é importante,<br />

são técnicas que auxiliam muito. Outro <strong>de</strong>talhe<br />

importante, é não <strong>de</strong>ixar a área em pousio, pois a<br />

emergência da planta daninha numa área <strong>de</strong>scoberta<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>z vezes maior. Para isso, temos opções<br />

para fechar essas áreas. Em regiões quentes,<br />

por exemplo, o milho segunda safra po<strong>de</strong> ser consorciado<br />

com a brachiaria ruziziensis. Outra opção<br />

são os adubos ver<strong>de</strong>s no inverno. Por isso, é preciso<br />

se planejar a médio e longo prazo, alternando essas<br />

opções. Isso tudo facilita muito o controle <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas.”<br />

SERVIÇO<br />

Aproxime o celular com leitor QR Co<strong>de</strong> na imagem<br />

Acesse o ví<strong>de</strong>o do Encontro <strong>de</strong> Inverno:<br />

https://www.youtube.com/watch?v=_kH4ZNRjank<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2020</strong> REVISTA 31

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!