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isso, há muito tempo que pretendíamos<br />

ter dados de mercado em tempo real.<br />

Isto, no passado, era algo bastante difícil,<br />

porque a quantidade de dados dificilmente<br />

seria colhida e tratada dia-adia.<br />

Pretendíamos ler todos os veículos<br />

de profissionais disponíveis na Internet,<br />

e assim ter dados de mercado. Começámos<br />

a fazer os primeiros testes e, hoje<br />

em dia, monitorizamos cerca de 70 mil<br />

carros online, provenientes de várias fontes.<br />

Temos o mercado mapeado de forma<br />

a representar as várias componentes do<br />

negócio automóvel, desde fabricantes,<br />

grandes grupos de retalho, portais, novos<br />

players, tentando obter uma visão 360º<br />

do que é o mercado automóvel online.<br />

Qual a dimensão da amostra de mercado<br />

do Indicata?<br />

A nossa amostra é cada vez é mais significativa.<br />

Em 2014, quando lançámos<br />

o Indicata em Portugal, estávamos a ler<br />

provavelmente 50% do mercado. Acreditávamos<br />

que, com a digitalização crescente<br />

do retalho, cada vez íamos lendo<br />

uma parte maior. O “empurrão” final<br />

foi agora, nesta fase de pandemia, entre<br />

fevereiro e abril, em que entraram mais<br />

de 10 mil veículos adicionais na Internet.<br />

Durante o período de confinamento, os<br />

profissionais, para manterem o diálogo<br />

com potenciais clientes, e estando fechados<br />

fisicamente, foram colocando todos<br />

os seus veículos online. Neste momento,<br />

estaremos seguramente a mais de 80%.<br />

Desde 2014 que os clientes usam o Indicata<br />

para tomar decisões para gestão<br />

do seu stock, e desde essa altura que já<br />

manifestavam muito conforto nesses dados.<br />

Isto significa que a correlação entre<br />

os dados que estávamos a captar e a disponibilizar<br />

já davam uma boa visão do<br />

mercado nessa altura. Temos vindo sempre<br />

a crescer e a ter novos clientes. Cada vez<br />

mais os gestores e responsáveis dos grupos<br />

e do pequeno comércio começam a prestar<br />

mais atenção à questão numérica do<br />

negócio. Após os novos, começou a dar-se<br />

mais atenção ao após-venda, mas aquilo<br />

que se prevê, para um futuro próximo,<br />

com a eletrificação, coloca sobre pressão<br />

a rentabilidade do modelo de negócio<br />

do após-venda e, portanto, muitos gestores<br />

perceberam que há a necessidade<br />

de serem cada vez mais profissionais na<br />

área dos usados e acreditam que é fundamental<br />

tomar decisões baseadas em<br />

números e não apenas em suposições. E<br />

tudo isso tem sido um catalisador para o<br />

sucesso do Indicata. E, claro, a Covid-19<br />

O<br />

desenvolvimento<br />

do Indicata<br />

é bastante<br />

entusiasmante<br />

e promissor<br />

e esta súbita falta de visibilidade sobre o<br />

que se estava a passar, traz ainda mais a<br />

necessidade de acesso a dados. O Indicata<br />

é um marco muito importante na<br />

vida da Autorola.<br />

De que forma complementa o Marketplace<br />

e as Soluções?<br />

Estamos a falar de um ecossistema que<br />

casa sistemas de gestão com o Marketplace<br />

(leilões), onde as empresas podem<br />

colocar o seu produto à vista de milhares<br />

de comerciantes, e tudo suportado com<br />

dados em tempo real que são injetados<br />

em cada uma dessas fases. Isto é transformador,<br />

no sentido em que, se não contarmos<br />

com estes dados em tempo real,<br />

corremos o risco de ter um carro com o<br />

qual já estamos a entrar em perda e não<br />

sabemos, o que é grave, principalmente<br />

falando de empresas que gerem centenas<br />

de carros. Esta integração dá a possibilidade<br />

de, a todo o momento, obter-se<br />

uma visibilidade do mercado diária, e de<br />

ter cada produto monitorizado ao longo<br />

do tempo do processo entre, por exemplo,<br />

a entrada da retoma, parqueamento,<br />

preparação e recondicionamento, colocação<br />

online e venda. Consegue-se ter<br />

uma ideia exata daquilo que são os custos<br />

e a rentabilidade.<br />

Tem aumentado a procura de dados<br />

para auxiliar a automatização de processos,<br />

como a avaliação de um veículo?<br />

A minha perspetiva é muito otimista.<br />

No início, há sempre uma desconfiança,<br />

porque quebra com padrões de utilização<br />

do passado, com coisas que funcionavam<br />

naquela altura e que se pensa que irão<br />

continuar a funcionar. Mas o facto é que<br />

no terreno temos assistido a uma necessidade<br />

crescente de novas soluções, pela<br />

diminuição das margens, do desconhecimento<br />

sobre o que se poderá vir a passar,<br />

etc. O negócio dos usados é uma área<br />

onde os retalhistas podem ser mais independentes<br />

do fabricante e ter margem de<br />

manobra maior do que no negócio dos<br />

novos. Esta incerteza e pressão sobre as<br />

fontes de receita tem feito com que os usados<br />

tenham ganho importância numa<br />

parte do retalho. Aqueles que estão alerta<br />

e a agir, estão preocupados em profissionalizar<br />

cada vez mais o seu negócio e a<br />

contar com dados que os ajudem a tomar<br />

as melhores decisões. E é aí que o Indicata<br />

tem ganho relevância. Mesmo no online,<br />

a inovação na venda de usados tem<br />

estado na dianteira em relação aos novos.

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