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Revista Empresários Edição Novembro Dezembro 2020 Auditada

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Gonzaguinha tinha razão – Por: Djalma Moraes – professor, diretor de

relacionamento da ABRH, escritor e ator

Olhando para o cenário mundial

diante da pandemia de COVID

19, encontramos um quadro interessante

de ser analisado, ou seja, enquanto

vemos a mídia divulgar números

alarmantes de infectados e mortos, de

empresas fechadas, pessoas desempregadas,

por outro lado, apesar deste

cenário sombrio, assistimos em nosso

país a uma reviravolta interessante.

Enquanto a política e a economia se

digladiam na burocracia de votações

de decretos, PEC’s e outros dispositivos,

o brasileiro vai à luta. E, como luta!

Para quem não está a par, já inventamos

tecidos que matam o vírus do

COVID, já criamos grupos de apoio

para arrecadar alimentos para pessoas

em condições de vulnerabilidade,

as startups estão produzindo apps que

resolvem milhares de problemas, empreendedores

estão se reinventando

e transformando negócios em novas

oportunidades, o que por si só, denota

que não estamos dispostos a nos entregar

alarmismo graçante que provoca

desmotivação e descrença.

Sejamos honestos, o quadro não é

maravilhoso, nem teremos mudanças

significativas rápidas e eficientes em

curto espaço de tempo, mas já é um

alento vermos grupos de empresários

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se unindo para desenvolver mercados

e se buscar atualização para enfrentar

corajosamente os desafios que surgem

a cada dia.

Como brasileiro, me considero corajoso

e otimista, aprendi muito com meus

próprios erros e vejo outros mais agindo

da mesma forma, independente da

classe social, estamos assistindo uma

reviravolta lenta, silenciosa e poderosa

desde as chamadas “comunidades” até

nas esferas das grandes empresas, onde

já se discute de maneira aberta sobre

diversidade, inclusão de pessoas com

deficiência, gênero e a questão da desigualdade

étnica.

Um grande avanço!

Fico admirado quando leio sobre grupos

de negócios que estão revolucionando

o mercado, mulheres conquistando

espaço nos altos escalões de

muitas corporações, jovens fazendo a

diferença com ideias inovadoras que

alavancam a área de tecnologia.

Ainda temos muito o que fazer para

combater algumas iniquidades que estão

presentes no nosso dia a dia, tais

como, a criminalidade, o consumo de

drogas, a violência contra mulheres, o

abuso infantil, o desemprego e tantas

outras, cabendo aí o mesmo espírito

empreendedor de nos reunirmos para

discutir e propor soluções, de participarmos

mais ativamente das questões

que regem o destino do nosso país, as

quais perpassam a economia, a política,

a saúde, a educação, o trabalho e a

moradia.

Estamos caminhando no sentido de

nos apropriarmos no conceito de sermos

uma nação e não um ajuntamento

de pessoas, onde uns são privilegiados

e outros, relegados ao esquecimento.

Gonzaguinha tinha razão quando diz

que:

“Eu acredito é na rapaziada

Que segue em frente e segura o rojão

Eu ponho fé é na fé da moçada

Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta com essa juventude

Que não corre da raia a troco de nada

Eu vou no bloco dessa mocidade

Que não tá na saudade e constrói

A manhã desejada”

(Música: E, vamos à luta – fonte: https://www.letras.mus.br/gonzaguinha/1134707/)

Somos uma nação guerreira formada

por homens e mulheres que em sua

maioria não desiste até alcançar um

ideal, apesar dos sofrimentos, das idas

e vindas dos governos, dos escândalos

causados por políticos e empresários

inescrupulosos, ainda somos um povo

que sempre se reergue, mesmo após

tempestades, desastres ecológicos, econômicos.

Etc.

Parabenizo a nação brasileira, que é a

única no mundo que está a frente de

várias soluções necessárias à recuperação

do nosso orgulho.

Não temos o dinheiro e o poderio de

outras grandes nações, mas temos o

que ninguém tem, a capacidade de recriar

a realidade através da criatividade.

O caminho ainda será longo, mas as

conquistas já começam a aparecer,

queremos mais, muito mais para nossos

filhos, netos e demais brasileiros.

Queremos muito para que possamos

compartilhar e dividir, queremos respeito

e a coragem de nossos ancestrais

como bandeira para a seguirmos cada

vez mais adiante.

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