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Revista Empresários Edição Novembro Dezembro 2020 Auditada

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5 pontos de atenção ao contratar após a pandemia – Por: Virginia Planet,

sócia-fundadora da House of Feelings – primeira escola de sentimentos do mundo

Quando a pandemia começou havia

duas grandes preocupações

para os gestores: lidar com demissões e

proteger os colaboradores dos riscos de

contaminação.

Foram 1,5 milhão de trabalhadores

formais demitidos em março e abril

deste ano, segundo reportagem da Folha.

Uma outra pesquisa realizada pelo

Google em parceria com a MindMiners

mostra que 56% dos brasileiros

tiveram queda de renda durante a pandemia.

Nós inclusive escrevemos um

post sobre os efeitos da pandemia nas

emoções e como as empresas podem

lidar com isso.

Por conta disso, muitos estão precisando

encontrar apoio emocional para

seguir em frente. Para quem continuou

empregado, surge o desafio de realinhar

propósitos e encontrar novas formas

de manter a motivação.

Para quem, infelizmente, foi desligado,

sobrou a dura missão de ter que lidar

com sentimentos como raiva e frustração.

Ao mesmo tempo foi preciso reunir

forças para tentar se recolocar em

um mercado totalmente abatido pela

crise.

Em ambos os casos, o cenário era de

“terra arrasada” e a partir de agora a

maioria das empresas está se reerguendo

aos poucos, em um processo de reestruturação

que poderá demorar meses

(ou até anos).

A boa notícia é saber que, muito provavelmente,

o pior já passou.

Semana a semana, estamos observando

pequenas melhoras na economia: os

índices apontam que o PIB de julho e

agosto já aponta para a retomada.

E já existe, inclusive uma portaria do

governo que permite fazer a recontratação

de ex-colaboradores.

Diante da possibilidade de recuperar as

atividades de trabalho, muitos já pensam

em recontratar.

Mas afinal, como fazer isso neste novo

(e incerto) mercado de trabalho?

Ao pensar em retomar as posições de

trabalho perdidas, o primeiro item da

lista certamente será avaliar a possibilidade

de recontratar um ex-colaborador.

Vale pensar, é claro, no contexto

no qual a demissão foi realizada e quais

as expectativas tanto da empresa quanto

do ex-colaborador em relação a uma

possível volta.

A principal vantagem é poder encurtar

o tempo do processo seletivo e economizar

recursos de contratação, já que,

provavelmente não serão necessários

executar avaliações técnicas ou entrevistas.

O pessoal da Gupy, uma empresa de

tecnologia em contratação, tem um

passo a passo completo sobre recontratação

de ex-colaboradores, indico a

leitura aqui.

Pensando no contexto do estresse emocional

vivido durante a pandemia, uma

outra dica é criar um novo treinamento

de onboarding que possa incluir temas

como prevenção contra o absenteísmo

e o burnout, por exemplo.

Aí já entramos na terceira dica que é

promover encontros individuais e a nível

de gestão com o objetivo específico

de falar sobre sentimentos, ressentimentos

e novas expectativas.

Este momento é uma oportunidade

para que todos encontrem formas criativas

de trabalhar presencial ou remotamente

e possam ir restabelecendo a

confiança em si mesmos e na própria

empresa.

Além disso, existe uma grande chance

de promover uma mudança estrutural

nestas equipes. Por isso a quarta dica é

exatamente aproveitar a recontratação

ou a chegada de novos colaboradores

para redesenhar o propósito da empresa

para que fique alinhado ao “novo

normal”.

Quais foram as mudanças impostas

pela pandemia à sua empresa?

O que vocês aprenderam com elas?

Como vocês poderão usar essas mudanças

de forma estratégica no mercado

onde atuam?

Aqui vai ser uma ótima chance de criar

grupos colaborativos para co-criarem

a empresa que vocês desejam para os

próximos meses.

A quinta e última dica é: aproveite o

período de recontratação para fortalecer

a Comunicação Não-Violenta na

sua empresa. Todos os líderes e colaboradores

precisam readequar a forma

como interagem entre si, pois daqui

para frente, precisaremos nos apoiar

uns aos outros se quisermos sobreviver

enquanto marca. Se necessário, aplique

um treinamento específico sobre CNV

na sua empresa e inclua este item como

essencial nas pesquisas de avaliação de

líderes ou de desempenho.

Aos poucos a cultura da Comunicação

Não-Violenta vai impactar a rotina das

reuniões, dos encontros e das conversas

no chat ou e-mail gerando um ciclo

positivo de gentileza que gera gentileza.

Acima de tudo, esteja preparado para

ouvir, ouvir e ouvir durante a recontratação.

Longe de ser um processo fácil,

este será um dos momentos mais complexos

que a sua empresa poderá viver.

Mas, a boa notícia é que as cicatrizes

estão se fechando e dando lugar a um

suspiro de esperança.

Se você precisa de ajuda durante esta

jornada, saiba que nós, da House of Feelings

estamos disponíveis para apoiar

sua equipe em cada etapa da retomada.

Desejamos boa sorte e que comece o

‘novo normal’!

Visite – www.houseoffeelings.com

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