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prego e na acessibilidade a oportunidades, e
territoriais.
Como é que vê o projeto de vacinação
contra a covid-19?
- A União Europeia, num grande gesto de solidariedade,
iniciou o processo de aquisição
conjunta de vacinas, incorrendo no ónus da
aposta em algo ainda em desenvolvimento
mas, por outro lado, garantindo que os seus
450 milhões de cidadãos tivessem acesso
equitativo e rápido às vacinas, quando estas
se demonstraram eficazes e seguras – os
padrões de segurança foram assegurados
ao longo de todo o processo. A saúde na
região está regionalizada. Foram adquiridas
vacinas por parte do Serviço Nacional de
Saúde, que publicou a sua estratégia de distribuição.
Da parte regional, (artigo escrito a
9 de dezembro) o plano que foi aplicado na
região foi adaptado às suas especificidades.
Do ponto de vista técnico-científico, não diverge
do plano nacional.
Regiões como o norte e zona centro de
Portugal foram fustigadas pela pandemia.
Como é que o parlamento europeu
tem olhado para esta situação?
- Acho que, temos de continuar a apostar na
uniformização dos dados e na metodologia
de recolha de dados. Temos confiança nas
equipas de saúde pública portuguesas para
enfrentarem os surtos e reverterem as situações.
Na Madeira, as medidas implementadas
no Aeroporto da Madeira foram adequadas,
mas é importante ter em atenção
à possibilidade de falsos testes negativos e
ponderar uma monitorização nesse sentido.
As medidas implementadas servem como
um filtro na entrada das pessoas, detetando
pessoas que já têm uma carga virémica
detetável, ou seja, foram infectadas e o vírus
já se replicou vezes suficiente para ser
detetado pelo teste. O que acontece é que
nenhum teste é infalível e poderá haver casos
em que temos pessoas infectadas mas
a carga de vírus ainda não é detetável na altura
da chegada e poderão ser um foco de
infeção para os residentes. É essencial não
desleixar as medidas que as autoridades de
saúde recomendam e sempre que haja uma
suspeita de doença, isolar-se e usar a linha
telefónica de apoio.
Nunca é de mais alertar para medidas individuais
de proteção no contexto pandémico.
Qual é o seu conselho/alerta?
- Estamos cansados e ansiosos, algo que se
denota nos olhares por detrás das máscaras.
Ansiosos por regressar aos abraços e
afetos mas não podemos baixar os braços.
Devemos continuar com todas as medidas
recomendadas pelas autoridades de saúde
e compreender que este é um esforço comum
e que todos temos que fazer a nossa
parte. Esta é a nossa nova realidade e temos
de a respeitar. Caso contrário, arriscamos
um cenário assustador e ainda mais avassalador
que o primeiro surto. s
Devemos continuar
com todas as medidas
recomendadas pelas
autoridades de saúde
e compreender que
este é um esforço
comum e que todos
temos que fazer a
nossa parte
6 saber JANEIRO 2021