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LUSITANO
de
ZURIQUE
[ ABRIL 2021 | Edição Nº. 275 | ANO XXVII | Director: Armindo Alves | Director-adjunto: Manuel Araújo | Publicação mensal gratuita ]
A MAIOR PONTE SUSPENSA DO MUNDO É EM AROUCA
“Os fãs não se
esqueceram
A maior
de mim”
do
Mundo
Páginas 4 e 5
ENTREVISTA
Armindo
Alves
© Maria dos Santos
EDITORIAL
COMUNIDADES
Direito
MOTORES
A nossa Liberdade e o 25 de Abril
Pág.3
Entrevistas.
Pág. 4, 5, 12 e 13
Direito a subsídio de desemprego
com desemprego parcial. Pág. 27
AdBlue - Vantagens e
desvantagens Pág. 8
LUSITANO
de
ZURIQUE
EDITORIAL
Como era antes da Democracia?
EQUIPA EDITORIAL
Director: Armindo Alves
Jornalista CC15 A
Director-adjunto: Manuel Araújo
Jornalista 3000 A
Email: lusitano@gmail.com
COLABORADORES
Aragonez Marques, Carlos Matos Gomes, Carmindo
de Carvalho, Cristina F. Alves, Daniel Bohren,
Euclides Cavaco, Costa Guimarães, Ivo Margarido,
Jeremy da Costa, Joana Araújo, Joaquim Galante,
Jorge Macieira, Manuel Araújo, Maria dos Santos,
Natascha D´Amore, Nelson Lima, Pedro Nogueira,
Rosa Moreira, Zuila Messmer
EDIÇÃO, COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO
Manuel Araújo
Jornalista 3000 A
Tel.: (+351) 912 410 333
Email: manuel.araujo@protonmail.ch
PUBLICIDADE
Tel.: 079 222 09 14
Email: pub.lusitano@gmail.com
IMPRESSÃO
Diário do Minho - Braga
Tiragem: 3000 exemplares
Periodicidade: Mensal
Distribuição gratuita
Armindo Alves
DIRECTOR
JORNALISTA CC15 A
Quem somos,
quem são os
portugueses?
Como eram
antes da Revolução
dos Cravos
de 74?
Como está agora
a sociedade em
que vivemos e o
que mudou?
Não é do meu tempo, mas pelo que contam os meus pais e
as minhas avós, posso dizer que eram tempos muito difíceis,
tempos de pobreza, fome e tempo onde aprender e evoluir
na vida era proibido, pois era só para alguns. Não havia liberdade,
nem igualdade.
Comparando os anos 60/70 com as últimas décadas, vemos
que a mudança é marcante; por exemplo as crianças nos anos
sessenta, nasciam onde calhava; em casa, no campo com, ou
sem ajuda, não havia condições e a mortalidade era enorme.
Morriam mães e filhos, éramos o pais da Europa com maior
mortalidade infantil.
Havia muita dificuldade na aprendizagem devido a má alimentação
e o governo também não dava grandes condições,
pois não lhe interessava que as pessoas fossem demasiado
cultas, pois pessoas instruídas são “perigosas”. Quase 40%
dos portugueses eram analfabetos, nem todas a localidades
tinham uma escola e as que havia não eram acolhedoras.
Poucas pessoas chegavam ao ensino superior. As crianças
abandonavam a escola muito cedo e começavam logo a trabalhar,
no campo ou na pesca. Mais de metade da população
trabalhava duro na agricultura, sem meios, cavava-se a terra
à enxada e semeava-se à mão, os tractores eram raros, daí a
produção ser muito baixa.
O Governo de então, manteve o país controlado e pouco desenvolvido
em comparação com os outros países da Europa,
os quais não confiavam nos empresários, nem nos políticos
portugueses e receavam investir em Portugal.
No Estado Novo, Portugal era um país
rural, não havia transportes directos de
Norte a Sul, era difícil e muito demorado
viajar. Portugal era um país pobre,
onde a maioria das pessoas vivia
no campo com dificuldades e grande
pobreza. As cidades eram pequenas,
estavam isoladas entre si e as pessoas
viajavam pouco, viviam localmente,
havendo até pessoas que nunca viram
o mar!
Não é fácil imaginar hoje, como viviam
os nossos avós, nem como era, quando
chegava a noite e ser iluminado com
um candeeiro a petróleo, ou uma vela
na mão, mesmo para ir buscar água à
fonte ou ao poço.
Mesmo tendo Portugal uma grande reserva
de ouro, grande parte do país não
tinha serviços de saúde e educação, assim
como não havia postos dos correios
nem bancos. Não havia estradas, água
canalizada, electricidade, telefone, esgotos,
Internet ou televisão. Cinco em
cada quatro casas não tinham casa de
banho, dois terços não tinha água, e só
menos de metade, tinha electricidade.
O Estado e a Igreja andavam sempre
de braço dado e ensinavam apenas o
ponto de vista deles. Era uma sociedade
estranha muito fechada.
O Governo proibia os partidos, era
difícil e arriscado pensar de modo diferente.
Livros, música e filmes de
outros países, chegavam muito dificilmente
a esta geração pouco educada e
informada, devido à censura prévia. A
imprensa, a rádio e mais tarde a televisão
eram totalmente controladas.
Não havia privacidade, a polícia podia
escutar os telefones e abrir as cartas
sem mandados judiciais. Nos arquivos
da PIDE há milhares de cartas e
fotografias que foram apreendidas,
nunca tendo chegado ao destinatário.
Nos cinemas havia lugares reservados
para os agentes da PIDE e da censura.
Os diálogos dos filmes e do teatro
eram previamente controlados e censurados.
Os costumes eram vigiados;
as saias das senhoras tinham que cobrir
os joelhos e a altura estava estabelecida.
O biquíni só foi permitido depois
dos anos 60. Professoras, hospedeiras
e enfermeiras precisavam da autorização
do governo para casar. As mulheres
só podiam viajar com uma autorização
escrita do marido.
Era necessária uma licença para usar isqueiro,
havendo até multas para os namorados
que se beijassem na rua. Também
pessoas pobres que não tinham
calçado e andavam descalças, eram
multados. Os cafés eram frequentados
só por homens, conversava-se em voz
baixa. Havia medo e o povo vivia oprimido.
Escutar rádio de onda-curta, era
também proibido.
As mulheres não tinham direitos, eram
apenas “donas de casa” que deviam
obedecer ao marido e cumprir com as
tarefas de casa e os deveres conjugais.
Todas as outras profissões eram-lhes
vedadas. Com a chegada da Democracia
as mulheres obtiveram o direito
de igualdade pleno, havendo hoje
mulheres diplomatas, juízas, militares,
policias, etc. Hoje todas as pessoas
podem votar e ser eleitas, e ver uma
mulher numa mesa de voto, é habitual,
mas esta evolução demorou muito para
chegar aqui...
Para quem nasceu na democracia, a Liberdade
e o direito de voto é habitual e
nem se discute. Nos anos sessenta não
era assim. As mulheres não tinham esse
direito. As associações e sindicatos não
podiam eleger livremente os seus dirigentes.
A justiça era dependente do
poder político. A polícia política vigiava,
oprimia, prendia e desterrava para
o Campo de Concentração do Tarrafal,
aqueles que não obedeciam.
Os portugueses eram submissos e pouco
formados. Muito mudou desde então.
Hoje devido ao restabelecimento
da Liberdade e da Democracia, somos
cidadãos de pleno direito. O actual sistema
político reconhece a todos o direito
de cidadania, sem ter em conta o
nome, religião, sexo, posição social ou
financeira e todos somos iguais perante
a lei.
Há hoje pessoas que dizem que “nada
mudou” e que continuamos a ser “um
país pobre” e um “país à deriva”. Eu
discordo. Muito se fez, mas em certos
aspectos terei que dar o braço a torcer,
pois, suponho que desde há algumas
décadas, o nosso país podia ter sido
melhor gerido.
Todos sabemos que Portugal está ainda
atrás de muitos países europeus em
muitos aspectos, mas para o trabalhador,
muito mudou nas últimas décadas.
Foi a Liberdade, a igualdade de
direitos, o direito à greve e liberdade
sindical, o direito de associação e manifestação,
a protecção do emprego,
a universalização do direito à saúde e
segurança social, a um subsídio de desemprego,
etc.
Sabemos que não há sistemas políticos
perfeitos, mas mesmo assim, com todas
as falhas, vícios, erros e defeitos,
continuo a preferir este sistema democrático,
à asfixia e ao regresso ao tempo
das trevas do fascismo e Ditadura,
que muitos, hoje envergonhadamente,
por esquecimento, ignorância, ou má-
-fé, tanto anseiam.
Viva a Liberdade - Viva o 25 de Abril!
NOTA IMPORTANTE:
Os artigos assinados reflectem tão-somente a opinião
dos seus autores e não vinculam necessariamente
a direcção desta revista.
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Por discordância, esta publicação
não adopta nem respeita as normas
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CURSO DE ALEMÃO
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PROPRIEDADE
& ADMINISTRAÇÃO
CENTRO LUSITANO
DE ZURIQUE
Risweg, 1
8041 Zurique
Tel.: 044 241 52 15
Email: info@cldz.eu
2 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
3
COVID-19
Centro Lusitano de Zurique
com atividades suspensas
V IGOR LOPES (*)
“As receitas quebraram
radicalmente”, afirma
presidente do Centro Lusitano
de Zurique
“As receitas quebraram radicalmente”,
é o que revela Armindo Alves,
presidente do Centro Lusitano de
Zurique. Esta entidade de promoção
da cultura portuguesa na Suíça está a
passar, a exemplo de outras associações
luso-suíças, por problemas causados
pela pandemia de Covid-19. As
atividades estão suspensas e faltam
apoios por parte das autoridades governamentais
dos dois países.
Apesar desse cenário, Armindo Alves
não esconde a vontade de reativar as
várias ações de cariz cultural e social
que o Centro realiza. Para conhecer
os desafios pelos quais passa essa associação,
conversamos com o presidente,
que destacou os objetivos da
entidade e comentou sobre a formação
do Centro que acolhe centenas
de associados em Zurique.
— Como estão as atividades neste
momento no Centro Lusitano
de Zurique?
As nossas atividades estão todas paradas.
Futebol, Rancho, Grupo das
Janeiras, “Femme Tisch”, Grupo do
Euromilhões e Historinha. Apenas
temos a revista “O Lusitano” ativa.
O restaurante fechamos a meados de
dezembro e, até novas regras, manteremos
(fechado). Desde o início de
fevereiro, os nossos sócios e clientes
têm a possibilidade de encomendar
alguns menus “Take Away”.
— Como a pandemia está a afetar
as vossas ações?
A pandemia está a afetar todas a
áreas, tanto financeiramente como
psicologicamente.
— Houve quebra nas receitas?
Infelizmente, nós não conseguimos
fugir à regra e, como em todo lado,
as receitas quebraram radicalmente.
Desde fins de outubro, a quebra começou
a notar-se e, em dezembro, foi
drástica.
— Receberam algum tipo de
apoio das autoridades portuguesas
ou suíças?
Não recebemos apoio algum até hoje,
de nenhuma autoridade portuguesa,
suíça. Pode ser que ainda chegue alguma
coisa.
— Quantos frequentadores têm
mensalmente, em média?
O número de frequentadores tem
baixado nos últimos tempos devido à
situação atual da Covid-19, mas, em
condições normais, é superior às mil
pessoas.
— Como caracteriza hoje a comunidade
luso-suíça?
A comunidade luso-suíça é uma comunidade
bem integrada, passiva e
com muito talento, mas devíamos ser
mais unidos. No país de acolhimento
e na cidade em que vivemos, a união
e a interação entre as diversas associações,
empresas e instituições seria
uma mais valia para a nossa comunidade.
A união faz a força!
— Como e quando nasceu o Centro?
Na década de 1970, era habitual aos
domingos à tarde celebrar-se a missa
em língua portuguesa na paroquia
Dreikönig_Enge, como ainda hoje.
No fim da missa no salão paroquial,
no convívio das cartas e na pausa,
uma bebida. É aqui que se gera o embrião
da pequena comunidade portuguesa
radicada na cidade de Zurique.
A 8 de março de 1984 nasce o Centro
Lusitano de Zurique no ceio da missão
católica portuguesa de Zurique.
Os fundadores foram o Padre Edmundo
Alves, Sr. Marcelo Sequeira
e Fernando Macedo, entre outros,
onde obtiveram a necessária autorização
para se instalar a sede no rés do
chão do edifício, onde existia a missão
católica Portuguesa, Birmensdorferstrasse
48, onde permaneceu até 15
de maio de 2020.
— Que ações desenvolvem?
O Centro Lusitano de Zurique pouco
a pouco, com o entusiasmo, foi ganhando
corpo e realiza também uma
série de atividades. O ano de 1987 é
marcado pelo entusiasmo do futebol.
Um grupo de amadores, com o nome
“asas de Portugal”, iniciou as competições
desportivas. Em 1989, foi a
vez do Folclore avançar na divulgação
dos costumes e tradições nacionais.
Em outubro de 1994, nasce um Boletim
Informativo do Centro Lusitano,
hoje uma revista: “O Lusitano de Zurique”.
Em 2005, foi criada a Escola
de alemão. Em 2008, foi formado o
Grupo das Janeiras do Centro Lusitano,
onde o montante angariado é
distribuído por instituições e pessoas
carenciadas em Portugal. Até hoje, o
Centro enviou mais de 120 mil francos.
Neste ano, também demos início
ao projeto Historinha, voltado para
a integração e incentivo a leitura dos
mais novos. Em 2009, foi formado o
grupo das Mães “Femme Tisch”. No
PORTUGUESES
RESIDENTES NO ESTRANGEIRO
NÃO IMPORTA
ONDE ESTÁ.
mesmo ano, nasce a formação no futebol.
Em 2010, nasce o “Incentro”,
apoio escolar, com aposta principalmente
em matemática e alemão. Em
julho 2020, mudamos para as novas
instalações, um restaurante com duas
salas com capacidade para 60 pessoas
por sala e uma Terrassa para 120 pessoas.
Temos várias atividades festivas
e culturais durante o ano. Em março,
temos a festa dos sócios e o torneio
de Futebol; em abril, participação no
desfile da cidade de Zurique (Kinderumzug);
em maio, a festa cultural a
peregrinação em Einsiedeln; em junho,
os Santos Populares (marchas e
sardinhada); em setembro, o Festival
de Folclore; e, em dezembro, a Gala
do Centro Lusitano de Zurique. Realizamos
atividades de solidariedade,
como as Janeiras, e, no mínimo uma
vez ao ano, fazemos a recolha de roupas
para instituições definidas em
Portugal.
— Quais são as vossas principais
linhas de ação?
As nossas principais linhas de ação
são tentar ajudar a manter a cultura
do nosso País de origem, principalmente
a geração mais jovem, e contribuir
de forma saudável para a integração
no País de acolhimento (Suíça).
— Qual é o perfil dos frequentadores
e associados do Centro?
Os nossos associados são de perfil diverso.
Na maioria são cidadãos portugueses
residentes no Cantão de Zurique
com ligação às atividades da associação
(Futebol, Rancho, Revista,
COMUNIDADE
etc.), mas também temos sócios de
nacionalidade suíça, brasileira, italiana,
albanesa, um pouco de tudo. Os
nossos frequentadores, na maioria,
são de nacionalidade portuguesa e,
desde julho de 2020, temos tido um
aumento notável na clientela suíça, o
que tem a ver com o local e historial
das novas instalações.
— Quantos associados têm?
Neste momento, temos cerca de 400
sócios (duplos e single).
— Realizam atividades de promoção
e ensino de língua portuguesa?
De momento, não estamos a promover,
já o fizemos no passado, porque
não sabemos o que promover, não somos
informados de nada e ninguém
nos pede nada.
— Que mensagem deixam para a
população que acompanha e participa
nas atividades do Centro?
Agradeço a todos o empenho, a colaboração
e apoio ao longo destes anos
todos, pois o Centro Lusitano precisa
da comunidade para se manter vivo e
ativo. De momento, infelizmente,
perante esta epidemia, não podemos
fazer qualquer convívio, mas, logo
que possível, daremos continuidade
às nossas atividades. Sou otimista e
tudo vai ficar bem. Voltaremos mais
fortes. Muito obrigado a todos.
(*) Escreve segundo o
Acordo Ortográfico
- © e-Global Notícias em Português
COM A CAIXA
FICA MAIS PERTO.
Escritório de Representação da CGD - Suíça
Rue de Lausanne 67/69, 1202 Genève
Tel: Genève - 022 9080360 I Tel: Zurique - 078 6002699 I Tel: Lausanne – 078 9152465
email: geneve@cgd.pt
A Caixa Geral de Depósitos, S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.
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5
RECANTOS HELVÉTICOS
COMUNIDADE
Lá tive que fazer os 22 quilómetros
que este lago tem e deixem-me dizer-
-vos, a paisagem naturalista é incomum.
Para além de termos uma visão excecional
dos Alpes Suíços, temos vários
restaurantes, parque de campismo,
passeios de barco, locais de lazer,
desportes náuticos, vários pontos
bem assinalados para tomar banho e
relembro, que este lago é o que tem
a água mais quente, de todos os lagos
Suíços. Constitui assim uma grande
tentação, para quem gosta de dar
um bom mergulho.
O pôr do sol, é um dos mais bonitos
e românticos que vi até hoje, pode
ser visível em Meisterschwanden.
Os cisnes que ali vivem fazem as delícias
dos fotógrafos que facilmente
captam aquela imagem sobejamente
conhecida do tradicional coração.
Eu estarei sempre disponível, para
quem estiver interessado neste percurso
em plena natureza!
Com a crise do Covid, muitos foram
aqueles que se tornaram sedentários.
Lembrem-se que o sedentarismo só
trás problemas para a saúde e não é
por acaso que 50% da população,
sofre atualmente de ansiedade, tristeza,
distúrbios alimentares e muitos
outros sintomas que de benéficos não
nos trazem nada.
Vamos dar prioridade á nossa inteligência
naturalista, para juntos sairmos
deste tremendo impasse.
Castelo
de
Hallwil
V MARIA DOS SANTOS
O castelo de Hallwil, encontra-se
a apenas quarenta e
três quilómetros de Zurique.
Este castelo rodeado de água
do rio Aabach e construído
no século onze/doze encontra-se
na cidade de Seengem
na província de Aargau.
É considerado um dos mais
importantes da Suíça.
A sua inauguração remonta ao ano
1265; mas foi em 1925, que abriu a sua
histórica porta, para que o publico o
pudesse visitar e descobrir todo o seu
interior. É dos poucos castelos que
podemos visitar o seu interno na totalidade.
A sua entrada é particular, pois como
podemos ver na fotografia, é necessário
atravessar uma pequena ponte
fixa e depois, sim estamos no pátio,
cheio de memória e onde começa
toda a descrição do que ali aconteceu.
A parte que mais me deslumbra é a
passagem sobre a ponte levadiça, feita
no interior do Castelo.
Todos, ou quase todos, incluindo a
minha pessoa, associa os castelos, a
estórias de reis e rainhas, contos de
fadas, mas o certo é que estes monumentos
que nos seus primórdios,
eram construídos de terra e madeira,
foram arquitetados, para proteção da
economia da região e da população.
O que será fácil de pensar, quem fosse
contra as leis, ou infringisse as regras,
seria preso e alguns mesmo torturados.
Este Castelo de Hallwil tem também
uma prisão, que visitá-la põe-nos com
carne de galinha.
Com 800 anos de história este espaço
notável, acolhe: exposições, durante
o verão secções de cinema ao
ar livre, convívios, casamentos a céu
aberto, entre outros eventos.
Recuando no tempo digo-vos que os
castelos começaram a surgir entre o
século V e XV e esta palavra deriva
do latim „ Castellum“ incluindo o significado
de local fortificado.
Desde o período neolítico que o homem
vem construindo castelos.
No início pequenos e com o passar
dos anos transformaram-se dando lugar
a grandes, enormes e gigantescos
castelos.
O maior Castelo inscrito no livro
Guinness é o Castelo de Praga, com
70.000 metros quadrados. Tive a
honra e privilégio de o visitar muito
bem acompanhada e onde vivi momentos
inesquecíveis.
Com a chegada da primavera e a mudança
da hora, teremos mais luz solar
e por conseguinte, mais tempo para
estarmos fora.
Saía da sua zona de conforto e venha
visitar o Castelo e o lago de Hallwil.
Em boa companhia, boa merenda e
bem regado, os 22 quilómetros, tornam-se
suportáveis, mesmo para
quem tem pouca condição física.
Há um tempo atrás um grupo de sócios
do C.L.Z. desafiou-me para percorrer
a pé, este lago de Hallwil.
Suponho que no dia anterior, todos
se esqueceram de por as baterias das
botas a carregar e ninguém estava há
hora e no lugar do ponto de encontro.
Tem perguntas que
digam respeito ao
direito?
Envie a sua pergunta com
a indicação “Lusitano” a:
Bohren
Rechtsanwalt,
Postfach 229, 8024 Zürich
- ou para:
mail@dbohren.ch
6 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
7
MOTORES
AdBlue - Vantagens e desvantagens
DESPORTO
Estamos no bom caminho
V ARMINDO ALVES
No meu dia a dia sou
questionado diariamente
sobre o AD-Blue. Dai o
meu incentivo a escrever
este texto para esclare-
cer vagamente o que é o
AD-Blue?
O Ad Blue hoje em dia, é utilizado
cada vez mais nos motores a Gasóleo
ligeiros ou pesados e os motores
já vem equipados com a tecnologia
Diesel SCR (Selective Catalytic Reduction).
O objetivo é melhorar o meio Ambiente
e reduzir as emissões de óxido
de azoto prejudiciais e também
obrigatoriamente cumprir com os
rigorosos limites de emissões de gases
estabelecidos pelas normas europeias
(Euro 6).
Com a ajuda do Ad-Blue as marcas
conseguiram reduzir significativamente
as emissões, não é um aditivo
do combustível como a maior parte
das pessoas pensam, mas sim um
liquido adicional para os motores
(Veículos) a Diesel que é necessário
atestar regularmente num deposito
autónomo para este liquido.
Dependendo da marca ou mesmo
modelo, o local de enchimento pode
ser encontrado sob a tampa do depósito
de combustível, na mala ou no
compartimento do motor.
garagens o podem reiniciar e por o
motor a arrancar de novo (uma trabalheira
com custos)
Mas não se assuste porque todos o
carros com este sistema possuem um
sistema de aviso no painel de instrumentos
que o irá informar em que
altura é necessário atestar o depósito
de AdBlue.
Apesar de todos os carros com este
sistema o informarem sobre a autonomia
do depósito e emitirem um
aviso quando for necessário voltar a
atestar, é aconselhável fazê-lo antes
de viagens mais longas.
Mas afinal o que é este
líquido milagroso?
para reduzir as emissões de óxido de
nitrogénio (NOx) gerados nos processos
de combustão. Este sistema
chama-se o sistema SCR (Redução
Catalítica Seletiva). Este produto,
dotado de uma pureza extraordinária,
cumpre a norma europeia DIN
70070 e tem o mais exigente controlo
de qualidade, o que lhe permite
reduzir o nível de emissões contaminantes
e aumentar a protecção no
catalisador do seu veículo.
O Liquido não se adiciona no depósito
de combustível, mas actua no
catalisador com os gases.
Vantagens e
desvantagens do AdBlue
Vantagens
Sintetizando, entre as vantagens do
líquido AdBlue, podemos frisar os
efeitos colaterais evidentes, no que
respeita ao contributo para a pegada
ecológica.
Assim como a forma simples de utilização
e de aplicação, bem como os
custos baixos, os quais não são muito
significativos, o que se torna outra
vantagem.
Refere-se ainda como um pro, o
facto de os veículos a diesel, equipados
com este sistema, incluírem no
painel de instrumentos a indicação
quanto à necessidade de recarga do
líquido AdBlue.
Desvantagens
— Como nasceu a paixão pelo
treino?
A paixão começou quando vi que já
não tinha condições de jogar, como
queria continuar ligado a futebol e
comecei a pensar em treinar e tirar
o curso
— Em que altura decidiu ser
treinador? E qual o seu currículo?
Decidi e comecei em 2009 como
treinador adjunto no FC Bassersdorf,
depois o treinador da 3 equipa
foi embora e fiquei eu como treinador
durante um ano e meio. Depois
o FC Oetwil am See durante 4 anos
e meio. Era uma equipa com muitos
portugueses e de seguida, o SV
Rumlang onde tinha jogado durante
11 anos. Estive no Lafões dois anos
e a última experiência tinha sido o
Ibéria na 3Liga. Actualmente estou
no Centro Lusitano de Zurique.
— Veio como adjunto do ex-
-treinador Hugo, o que o levou a
aceitar o convite do Centro Lusitano
de Zurique?
O que me levou aceitar foi uma conversa
que tive com o Hugo onde me
disse que achava bem e que devia
continuar, falei com vários jogadores
também.
Só ai é que aceitei e não estou nada
arrependido da minha decisão.
— Qual é a principal virtude que
um treinador deve ter para conquistar
o grupo de trabalho?
A principal virtude e o que me prezo
sempre é ser honesto e correcto comigo
e com os jogadores. Sem deixar
criar grupos e mau ambiente.
profissionalmente e desportivamente
é tentar levar o Centro ao mais
longe possível. Nesta época não,
mas na próxima estaremos a lutar
pela subida.
— Como foi o regresso aos treinos
após 4 messes de pausa de
futebol?
Até a minha mulher ficou contente
porque não me atura tanto tempo.
(risos) Foi muito bom, ver caras antigas
e caras novas motivadas e sorridentes
por voltarem a jogar novamente
e a divertir-se.
— O Corona complicou o regresso
normal do campeonato,
como é gerir o grupo de trabalho
sem data de regresso a competição?
Fazer treinos sem haver contacto
como eu já teve 26 jogadores em
meio campo, ter que adaptar os jogadores
a não haver contacto é muito
complicado mesmo.
— Qual é a sua opinião sobre o
trabalho do Centro Lusitano de
Zurique?
Sinceramente estava há espera de
outra coisa, um pouco mais de organização.
Fiquei muito desiludido
com o departamento desportivo,
pois já conheço o Centro Lusitano
de Zurique há muitos anos e pensei
que estavam melhor organizados.
Mas agora no inicio do ano, o departamento
teve um reforço de peso na
liderança e as melhorarias são notórias
e já começa haver mais organização
e estamos a caminhar num bom
caminho.
Como ja se devem ter apercebido
— Que mensagem deixa aos leitores
e membros do Centro Lu-
Qual a composição do
estes motores têm um consumo que
António Louro
varia em função do tipo de condução,
da temperatura de funcionatar
o facto do atestar deste líquido
treinador?
AdBlue?
Como desvantagem, podemos apon-
— Tem alguma referência como sitano de Zurique?
mento do sistema e assim como da Ad-Blue é um produto sintético, ter de ser feito à parte do atestar de V JORGE MACIEIRA
O estilo do jogo é o Tiki Taka do Fiquem atentos ao corona, ter cuidado
isto não é uma brincadeira temos
Barcelona do Guardiola e de Xavi,
temperatura ambiente. Em média composto por uma solução de ureia combustível, pois o AdBlue é um líquido
adicional e não um aditivo dos António José Da Costa Louro Klop do Dortmund apesar de não temos que nos cuidar. Em relação às
Inesta e companhia, mas também de que o levar a sério, é complicado e
um carro consome cerca de 1,5 a 2,5 e água, que reduz as emissões dos
litros de AdBlue por cada 1000 Km. veículos, recorremos aqui à explicação
que se encontra sobre este fluído Pode também ser considerada uma
nha um jogo de saída rápida que não que desejo a maior sorte desportiva
combustíveis.
de 53 anos natural de Viana do terem ganhado vários títulos mas ti-
equipas do Centro Lusitano de Zuri-
Encher o deposito é uma coisa simples,
que à priori todo o condutor nos sites das gasolineiras Shell, BP, desvantagem a necessidade de atestar
este líquido com regularidade, te com passagens por equipas
ro deixar um agradecimento pelo
Castelo, um treinador experien-
deixava o adversário respirar. e muitas vitórias com sucesso. Que-
deve saber atestar e deve ser feito Migrol, Socar, etç: AdBlue é uma solução
aquosa de ureia (32,5% de ureia como anteriormente fora referido, suíças e equipas portuguesas ac-
— A relação entre treinador e convite ao Hugo de na altura de me
com regularidade. Isto porque se o
depósito ficar vazio o motor não arranca!
Uma vez que o Motor se deslida)
que actua sobre os gases de escamento
do preço da manutenção do
Pessoalmente é tentar fazer o me-
ao Manuel Pinho, de me acompanhar
pura, 67,5% de água desmineraliza-
o que se reflete directamente no au-
jogador tem mudado?
convidar para o acompanhar e agora
tualmente treinador principal
gue por falta de AD-Blue o Automóvel
deve ser rebocado e só mesmo as e pesados como conversor catalítico
Centro Lusitano de Zurique.
pe dos motores de veículos ligeiros seu carro.
da equipa da 4Liga feminina do lhor para mim e para os jogadores, agora neste projecto.
8 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
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DESPORTO
COMUNIDADES
Fátima Lüönd
uma portuguesa ao serviço da equipa
de futebol masculino do C.L.Z.
Enfermeira de profissão no hospital de Horgen, com diploma de massagista de relaxe, massagem desportiva
e para completar, o diploma de Tape. Foi também Vice-Presidente da Comissão de Pais de Küssnacht
an Rigi. Natural de Leiria, nasceu em Novembro de mil novecentos sessenta e sete. Sempre residiu em
Seewen, no Cantão de Schwyz. A Suíça recebeu-a de braços abertos em 1991 e a adaptação foi espontânea.
Mãe de dois filhos, a Fátima é uma pessoa, espontânea, titânica, simpática, extrovertida e sem medos dos
fantasma da vida. Benfiquista de coração e alma é no futebol, que encontra uma forma de descarga, depois
de muitas horas de trabalho. Apazigua-lhe a alma. Luta, por todos os seus objectivos com garra e sabe por
mérito próprio, como respeitar e ser respeitada. Há quatro anos que está ligada ao centro
Lusitano Zurique. Vamos então abrir uma janela da vida da Fátima.
V MARIA DOS SANTOS
— Maria dos Santos. Como surgiu a
possibilidades de integrar o Centro
Lusitano Zurique e a sua equipa de
futebol?
Fátima Lüönd: Eu comecei a 6 anos
por brincadeira na equipa Benfica de
Zurich. O meu filho jogava lá. Entretanto
acabou a época e o treinador
do Benfica que foi na época seguinte
para o Centro Lusitano falou com o
Armindo Alves e da experiência que
tinha tido comigo no Benfica com
Massagista. Apresentara-me e contrataram-me.
— M.S. Já passaram 4 anos
de trabalho com esta equipa
de futebol, que têm conseguido excelentes
resultados. Que resumo faz desta
equipa, que tem um enorme respeito por
si?
F.L: A experiência tem-me mostrado que não
basta ser uma excelente massagista profissional.
Também é preciso estar atenta a outros
detalhes. Evidentemente que ter um bom relacionamento,
convivência com toda a equipa, é
extraordinário. Para isso é preciso, competência,
educação, respeito e humildade. Resumindo
sinto-me feliz por fazer parte desta família
futebolista.
— M.S. A comunidade portuguesa em
Zurique é numerosa. Depois de 30 anos,
como vê a nossa comunidade e o apoio
que o CLZ tem dado?
F.L: Sim, na verdade foi aqui que formei família.
Formei-me como pessoa. A Suíça deu-me
a oportunidade de ser o que sou hoje. Tenho
orgulho em ser Portuguesa mas não deixo também
de ter orgulho em ser Suíça. O C.L.Z. tem
ao longo dos anos dado um enorme contributo
a todos os portugueses. Não conheço o trabalho
interno desta associação, mas pelo que vejo
e ouço, nada posso dizer a não ser continuem.
enfrentar qualquer situação.
— M.S. Como surgiu a possibilidade
de tirar o curso de enfermagem,
massagista de relax e
desportiva e Tape?
F.L. Uma coisa vem com a outra.
Como gosto de aprender e sempre
sonhei com a massagem desportiva,
segui o meu objectivo e alcancei-o. É
com especial agrado que hoje estou
na vida dos jogadores do C.L.Z.
— M.S. Fátima sente-se realizada
com a sua vida profissional
e de apoio ao clube de futebol do
CLZ? Que recompensa tem destas
duas actividades?
F.L. A recompensa é muito simples.
Tenho o carinho e respeito de todos
e isso não tem preço. Sinto que sou
bem-vinda a este mundo futebolístico.
— M.S. A massagem só traz benefícios
ao corpo, para além de
um total relaxe, melhora a circulação
e reequilibra as energias.
No entanto ainda há muita gente
de põe em causa esta terapia.
Que poderia dizer a quem nos
lê, sobre estes as vantagens das
massagens?
F.L: Ora bem: A massagem desportiva
é uma técnica para preparar a
musculatura, incluindo ligamentos e
tendões do jogador na competição,
o jogador sente-se mais confiante e
concentrado para o jogo é uma massagem
tonificante, superficial e rápida.
O objectivo desta massagem é
de aquecer a musculatura, preparar o
vaso sanguíneo e respectiva dilatação
para aumentar a quantidade de
sangue que circula nos músculos.
Como Massagista acho que uma boa
massagem não deve ser só para os
atletas mas sim para qualquer pessoa
porque: - melhora a fadiga, melhora
a circulação sanguínea, melhora a
qualidade do sono, melhora o sistema
nervoso central e tem mesmo inúmeras
vantagens a nível terapêutico.
— M.S. Como enfermeira e em
contacto directo com doentes,
como viveu dentro do hospital de
Horgen a situação COVID?
F.L .É fundamental encarar a situação
sem pânico. Existe um ambiente
de inter-ajuda. Os mais sensíveis tem
que ter apoio psicológico, porque
mergulhão no medo, tristeza, insegurança,
angústia, raiva, frustração
e muitos outros sentimentos porque
não somos super-heroínas nem super-
-heróis. Toda esta situação exige de
nós um atendimento mais intenso aos
pacientes e dai vem o cansaço físico e
mental.
Quem usa a mascara pode-se proteger
de uma possível infecção através
de gotículas e secreções que saem da
boca quando outra pessoa tosse ou
espirra. Mas de forma muito limitada,
geralmente o vírus entra no corpo
pela boca, nariz, ou olhos é por isso
que a higiene das mãos desempenha
o papel mais importante.
— M.S. Muito se tem especulado
acerca da utilização da máscara.
È realmente protector, quando
se diz que protege apenas 3%
do contágio?
F.L. A percentagem de protecção
não se sabe com absoluta certeza, sabemos
apenas que a devemos usar e
que nos protege. Falta saber até quando.
— M.S. Fátima, depois de tantas
conquistas na sua vida profissional
e pessoal, que gostaria ainda
de concretizar num futuro próximo?
F.L. Tenho alguns sonhos por concretizar,
porque parar é morrer. Com
esta situação tudo está parado. È difícil
dar-se um passo em frente. Veremos
num futuro próximo o que conseguirei
concretizar.
Desejo uma Feliz Páscoa a todos.
— M.S. Passou por Angola, onde conclui
a 4 classe. Terminou o 2 ano do ciclo em
Vale de Cambra. Para além de Portugal,
passou também por França e fixou residência
na Suíça. Foi aqui que encontrou a
sua estabilidade e forma de vida?
F.L. Sem duvida. Quando cheguei à Suíça, senti
logo que era para ficar. Gostei de tudo e o
meu espírito aventureiro estava pronto, para
Ghttps://www.facebook.com/transportes.fernandes
10 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
11
COMUNIDADES
A maior ponte
suspensa do
As férias da Primavera / Verão,
estão a chegar e com elas os planos,
começam a tomar forma e
nome.
Nesta entrevista quero convidar,
todos os que possam, a visitar os
Passadiços de Paiva e deixarem-
mundo,
é em Portugal
Eng° Filipe Jorge Monteiro Bandeira
-se deslumbrar pela maior ponte
suspensa do mundo edificada
sobre o rio Paiva, no conselho de
Arouca.
O Engenheiro responsável por
este projecto e construção vem
do Bombarral, que é um concelho
do Sul do distrito de Leiria.
O seu nome, Eng° Filipe Jorge Monteiro
Bandeira a quem eu agradeço
desde já a disponibilidade, em conceder-me
esta entrevista. É licenciado
em Engelharia civil, no Departamento
de Engelharia civil da
Universidade de Coimbra.
A maior ponte suspensa do mundo,
que aguarda impaciente a sua inauguração,
tem capacidade para receber
1800 pessoas em simultâneo,
516,50 metros de vão, um tabuleiro
com 1,20 metros de largura e uma
altura de 175 metros em relação ao
rio Paiva.
Vamos descobrir nesta leitura
como tudo começou e quais são as
expectativas deste grande homem,
que por causa da situação pandémica,
aguarda a tão desejada abertura.
V MARIA DOS SANTOS
— Maria dos Santos — Eng° Filipe
Bandeira, em que altura da sua vida
sonhou e pôs em prática a construção
desta ponte?
Filipe Bandeira: A ponte não é da
minha iniciativa. A ponte foi promovida
pela Câmara Municipal de Arouca,
quando era seu presidente o Engº Artur
Neves. Os fundamentos da iniciativa devem
ser prestados pela Câmara Municipal,
nomeadamente pela sua actual presidente,
Dr.ª Margarida Belém.
Devido a anteriores relações entre instituições,
em 2016, o Itecons foi contactado
pela Câmara de Arouca no sentido de
desenvolver um projecto para realização
de uma ponte pedonal sobre o rio Paiva
com o objectivo de ligar de forma mais
rápida algumas povoações do concelho
mas, sobretudo, complementar a rede
de Passadiços do Paiva, já detentora de
diversos prémios internacionais.
O Itecons é um instituto de investigação
e desenvolvimento tecnológico em
diversas áreas, ligado à Universidade de
Coimbra, e no qual mantenho a minha
actividade profissional desde 2006, em
paralelo com a actividade de professor
convidado do Departamento de Engenharia
Civil até 2017.
— M.S. — Quanto tempo demorou
este seu projecto, desde que nasceu
na sua cabeça, até ser posta a última
gota de esforço físico na construção?
FB: Como referi, este projecto da Câmara
de Arouca foi lançado em 2016.
Como havia necessidade de candidatura
a alguns fundos europeus, os prazos
para elaboração do projecto eram
muito curtos e lembro-me que o projecto
inicial foi realizado em poucas
três semanas. Ao implantar-se a ponte
no local previsto, verificou-se que os
acessos futuros seriam muito difíceis e,
por isso mudou-se a localização, obrigando
a um aumento de comprimento.
Nesta nova localização encontram-se
condições geológicas adversas para as
fundações e foi necessário desviar um
dos encontros da ponte, aumentando
de novo o seu comprimento.
Com estes aumentos, o seu vão, de
516.5 metros, passou a ser o maior do
mundo, em pontes pedonais. Esta condição
só foi conhecida mais tarde, não
tendo sido objectivo do projecto a quebra
de qualquer record.
Devido às diversas alterações, a obra
foi sofrendo atrasos, ainda agravados
em 2020 devido à pandemia, com
interrupção dos trabalhos por algum
tempo. A ponte está concluída desde
o fim do verão de 2020, estando em
curso os trabalhos de arranjos exteriores
e Segunda-feiraem de sistemas de
controlo. A inauguração chegou a estar
prevista para o início do Outono de
2020 mas, também devido à pandemia,
foi adiada para uma data não definida,
em que se possa garantir que a esperada
grande concentração de pessoas
para o evento não possa pôr em risco o
controle do vírus.
— M.S. — Construir um chão
quase transparente, foi pensado
em criar ainda mais adrenalina
aos visitantes?
FB: A ideia de construir o pavimento
e as guardas laterais o mais permeáveis
possível ao ar foi, em primeiro lugar,
para reduzir os efeitos nefastos do
vento sobre a ponte e, depois, para aumentar
a visibilidade do rio Paiva e da
Cascata da Aguieira. É claro que esta
visibilidade, conseguida com grades e
redes e não com vidro como chegou
a ser noticiado, aumenta a adrenalina
dos visitantes.
A ideia foi sempre a de dar à ponte um
espírito de aventura, tal como o dos
próprios passadiços, e por isso se optou
por uma ponte do estilo das pontes Incas,
existentes no Perú e noutro locais
do mundo, tal como na Suíça. Caso o
objectivo fosse o conforto máximo teríamos
optado por uma estrutura rígida,
em treliça de aço ou em betão armado,
por exemplo.
— M.S. — Do pouco que falamos
o Sr. Eng° confirmou-me, que o
seu único objectivo foi apenas dar
ao Rio Paiva, mais visibilidade e
naturalmente incentivar o turismo
nesta região. Hoje continua a
pensar igual?
FB: Conforme já referi, os objectivos
para a construção da ponte não foram
meus mas sim da Câmara Municipal de
Arouca e a questão deve ser apresentada
a esta instituição.
Os objectivos que nortearam a conceção
da ponte foram a elaboração de
um projecto seguro, agradável à vista,
viável técnica e economicamente e que
proporcionasse aos visitantes grandes
sensações na sua travessia.
— M.S. — Como qualquer grande
obra, ou monumento, tem sempre
um momento agridoce, Qual foi
o momento mesmo bom e quais
as principais dificuldades na sua
construção?
FB: As dificuldades são as normais
para este tipo de obra, nomeadamente
a realização de trabalhos a grande altura.
Há que enaltecer o empenho e competência
da equipa de “alpinistas” contratada
pelo empreiteiro para montar
os cabos e o tabuleiro da ponte. Houve
também as dificuldades já referidas,
inerentes à mudança de localização e
solução de fundações, devido a características
do solo não esperadas.
Quanto ao aspeto mais positivo será
quando vir centenas ou milhares de
pessoas a divertirem-se ao atravessar a
ponte.
— M.S. — Os visitantes dos Passadiços
de Paiva, têm outra via, para
visitar de perto Garganta do Paiva
e a Cascata das Aguieiras, sem necessidade
de passar a maior ponte
suspensa?
FB: Têm as mesmas possibilidades que
tinham antes da construção da ponte.
— M.S. — Muito se tem publicado,
escrito e alertado, para se visitar
esta ponte. Mas nem sempre
a informação de que ainda se encontra
encerrada é dita. Pode ser
prejudicial para este seu projecto?
FB: Como já disse, o projecto, entendido
como empreendimento, não
ACTUALIDADE
é meu nem é minha a informação que
tem sido divulgada. Pelo que sei, poderá
haver informação incompleta mas
nunca vi uma informação falsa dizendo
que que a ponte já está aberta ao público.
Acredito que algumas pessoas que
tentaram passar a ponte sem sucesso fiquem
aborrecidas e já não voltem mas
também acredito que as imagens reais
da ponte sejam, para a maioria, um incentivo
para voltarem.
— M.S. — O que tenho lido sobre
esta sua obra, aconselham a que a
visita, seja feita na presença de um
guia e sob reserva. Poderá condicionar
o turista, ao não compreender
que há medidas de segurança
que têm de ser respeitadas?
FB: Não há medidas de segurança
especiais a respeitar. Pessoas com vertigens
ou enjoos devido aos balanços
devem evitar passar a ponte. Para as
restantes basta que não se pendurem
nas guardas laterais, tal como acontece
nas varandas dos edifícios altos. Note-
-se que as guardas foram desenhadas de
forma a dificultar a sua subida ou permanência
sobre o corrimão.
— M.S. — Como tem vivido todo
este tempo na expectativa que a
data da inauguração chegue? Será
ainda este ano?
FB: A data de inauguração, conforme
já referi, está condicionada, sobretudo,
pela evolução da pandemia. Há que
aguardar com a mesma resignação com
que se aguarda o fim do confinamento.
— M.S. — Confirmou-me que já
passou na sua ponte, várias vezes.
Que sente a cada passo que dá
nela? Tem noção do que esta ponte
possa deixar, para os nossos jovens?
FB: Infelizmente, sinto menos do que
gostaria. É evidente que sinto orgulho
pelo projecto mas, quando passo começo
a verificar o funcionamento das
juntas, dos parafusos, dos cabos e de
outros pormenores técnicos. Não tenho
desfrutado muito da vista do vale
do Paiva. Como conheço a segurança
da ponte não sinto os efeitos da adrenalina,
o que é uma pena.
Em relação aos jovens e aos visitantes
de qualquer idade, espero que desfrutem
mais do que eu e que seja uma
aventura que recordem para toda a
vida.
12 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
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CRÓNICA
colados, à dança de adquirir algo fácil,
para comer.
Mas eles não se alimentam só de nozes.
Os de cor cinzento-escuro, comem
também insectos, caracóis,
ovos de aves e até outros animais,
quando o alimento preferido escasseia.
Sabiam que um esquilo de tamanho
normal, come cerca de meio quilo de
comida por semana? De uma inteligência
fantástica, estes simpáticos
animais, chegam a fazer buracos falsos,
com o propósito de enganarem
o ladrão, que tente roubar-lhes a comida.
Em pleno centro de Arosa, temos
um maravilhoso lago, que nos faz
lembrar o famoso repuxo de Genebra
na pontinha do lago Léman.
O Obersee, podem vê-lo na fotografia,
nesta altura, totalmente congelado.
Ainda no centro da cidade podemos
pousar o olhar no Eissporthalle,
onde se disputa o famoso campeonato
de hóquei no gelo.
Na pista ao ar livre e em dias de sol,
com sorte podemos contemplar o
deslizar dos patins de alguns patinadores
profissionais e amadores.
Outras actividades são possíveis,
para quem não gosta das altitudes.
Uma visita ao Parque onde estão os
ursos, não esquecer o EIchhörnliweg
( onde vivem os esquilos ) um passeio
com o trenó puxado por elegantes
cavalos, o Seilpark, ou seja o parque
de cordas, onde pode por há prova, a
sua destreza, agilidade e basicamente
a sua coragem.
Muitas opções para ocupar o seu dia.
Não se arrependa de passar as suas
férias na Suíça, explore este País, que
é lindo de morrer.
V MARIA DOS SANTOS
Foi num Sábado à noite que
depois de ver as tradicionais
notícias, com 90% da imagem
da vacina, me pus a
pensar onde ir, para recuperar
o discernimento normal.
Certo, que como muito de vocês,
este stress psicológico causado pelo
confinamento, deixamos algo abatidos
e sem saber o que fazer, porque
também não somos muitos, a gostar
dos passeios em montanhas.
Decidi ir então até Arosa.
Uma cidade algo escondida nos confins
da província dos Grisões.
Confesso que apesar de esta ser uma
das regiões por mim, pouco explorada,
fiquei imensamente feliz, por a
ter descoberto.
É uma cidade com cerca de quarenta
e três quilómetros quadrados, e faz
fronteira com várias províncias, sendo
a mais conhecida, Davos.
Já muito perto de Arosa, encontro
um grupo de fotógrafos, com objectivas
enormes, pus imediatamente o
pé no travão. A minha Canon estava
do meu lado direito, pronta para o
“tiro” fotográfico.
Ali estava o famoso Viaduto de Landwasser
e nem sequer me tinha informado,
que me podia cruzar com
ele. Esperei cerca de meia hora,
para fazer o clique com a passagem
do comboio. Mas estava tanto frio,
que não resisti e fiquei apenas com a
foto do monumento.
Mas voltarei para o clique desejado,
claro, no próximo Verão.
Arosa é uma cidade turísticas. Os
caminhos invernais traçados ao pormenor
para grandes passeios, construídos
ao lado das pistas de Ski,
conferem-lhe um fascínio desportivo,
aos que procuram belas paisagem
e sobretudo ar puro, quiçá, se possa
dizer nesta altura, lufada de ar límpido.
Arosa é tudo isto.
As imponentes paisagens, muito variadas,
deixam-nos de coração cheio.
Pude ver como a nuvem de pó de
areia, que passou pela Suíça, vinda do
Sahara deixou um profundo traço na
alvura da neve que caiu a seguir.
Ficou uma paisagem tipo tiramisu.
De facto impressionante.
Arosa proporciona inúmeros trajectos
onde podemos ver: muitas
variedades de passarinhos, veados e
sobretudo esquilos, cinzentos escuro
e tipo avermelhado, que com um
pouco de paciência, nos vêm comer à
mão. Roubar uma noz aqui e ali, faz
com que os esquilos, ligeiros, hábeis
e simpáticos, deixem os adultos e sobretudo
os mais pequenos de olhos
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SAÚDE
Cãibras - Muskelkrampf
O que é isso? - O que fazer para aliviar a dor
V ZUILA MESSMER (*)
As cãibras são contracções rápidas,
involuntárias e dolorosas de um ou
mais músculos, que podem aparecer
em qualquer parte do corpo e em
qualquer momento do dia ou da noite,
mais frequente em pessoas que
não possuem condicionamento físico
adequado. Saiba que, a maioria dos
grandes grupos de músculos funcionam
de forma voluntária, ou seja, relaxam
ou contraem-se de acordo com
o comando da pessoa.
As razões pelas quais esses espasmos
(contracções) ocorrem continua em
estudos. Uma das pesquisas concluiu
que pode ter origem nervosa, portanto,
com característica neuro-muscular,
influenciadas por factores que hiper-excitam
os nervos que estimulam
os músculos.
Geralmente as cãibras não são graves,
duram menos de 10 minutos, porém
se a dor durar mais do que esses minutos,
for muito intensa, surgir mais
de uma vez por dia, e ainda aparecer
edema (inchaço), vermelhidão no local
e sentir fraqueza no músculo após
a crise, se aconselha procurar o médico
e informá-lo, a fim de identificar
a causa, pois pode ser problema que
requeira tratamento.
Causas mais comuns e
sugestões de cuidados
Nas grávidas, as cãibras podem ser
causadas pelo aumento do peso, sobrecarga
e stresse nos músculos. A
pressão do bebé em desenvolvimento
também pode influir sobre os nervos
e vasos sanguíneos, causando alterações
circulatórias, em especial nos
membros inferiores (pernas e pés), favorecendo
ao surgimento de edemas(
inchaços) e cãibras.
> O acompanhamento médico é
obviamente essencial nesse caso
-Desequilíbrio nas substâncias químicas.
Existem vários minerais presentes
no organismo, entre eles o sódio,
potássio, magnésio, lactato, ferro,
zinco, iodo, fósforo e cálcio. Cada
um desempenhado função específica
de suma importância para o metabolismo,
destacando-se à contracção e
relaxamento dos músculos. Quando o
nível de um ou mais desses elementos
caem, pode surgir cãibras. A diminuição
de cálcio e potássio é comum em
mulheres grávidas.
> Recomenda-se uma alimentação
variada, rica em vitaminas e
sais minerais.
Banana, abacate, abacaxi, figo, amêndoas,
castanha de caju, ameixas, laranja,
amendoim, uvas passas, maçã,
melancia, morango, pêssego, pêra,
tâmaras, pistache Vegetais de folhas
verdes escuras - couve, rúcula, espinafre,
agrião, feijão, lentilhas, alcachofras.
Grão-de-bico, batata com casca,
beterrabas. Cereais integrais (aveia,
arroz integral…).Frutos do mar e muitos
outros.
- Anemia. Decorrente da deficiência
de vitamina B e ferro no sangue.
> Aconselha-se dieta rica em vitamina
B e ferro - com espinafre,
lentilhas, feijão, fígado...
- Circulação sanguínea e baixo teor
de oxigénio. Problemas circulatórios
podem acarretar redução do aporte
sanguíneo na musculatura, consequentemente
diminuição do teor de
oxigénio nas células, induzindo espasmos,
um grande causador de cãibras
nas pernas.
> Sugere-se respirar profundamente.
Enchendo várias vezes
o peito de ar logo ao perceber o
sintoma. Massajar a área afectada
para melhorar a circulação e
oxigenação.
- Desidratação. A presença das cãibras
pode ser sinal de desidratação leve ou
moderada. Mais comum quando se
está em ambiente muito quente, se
transpira muito e por longo tempo.
Também sofre influência quando se
está em tratamento com determinados
remédios que favorecem a diurese
(urina), havendo portanto maior
perda de líquidos pelo organismo.
Quando há desidratação significante,
além da cãibra surgi outros sintomas
característicos, como boca seca, sede
frequente, diminuição da quantidade
de urina e cansaço.
> Tomar bastante água. Cerca de
2 litros ou 8 copos por dia, pois
é fundamental para a saúde, ao
bom funcionamento, manutenção
e equilíbrio do organismo.
- Excesso de exercícios físicos. Ocasiona
sobrecarga da musculatura e
consumo excessivo dos minerais, oxigénio
e água pelos músculos. A cãibra
é possível surgir até durante os
exercícios ou algumas horas depois.
Situação similar acontece quando se
fica parado por muito tempo em uma
mesma posição, e os músculos sem
movimento.
> Hidratar-se bem, antes e durante
a prática dos exercícios.
O grau e número de exercício
devem ser aumentados gradualmente
dia-a-dia, dando tempo
para corpo adaptar-se
- Medicamentos. O uso de certos
medicamentos utilizados no tratamento
de diversos problemas de
saúde podem desencadear espasmos
musculares como efeito colateral. Um
dos mais conhecidos são os diuréticos,
bronco-dilatadores (usados para
asma), os utilizados no Alzheimer,
hipertensão, colesterol, osteoporose
e cancro.
- Doenças. Algumas delas, como a
miopatia (disfunção na musculatura),
diabetes, alcoolismo, doença de
Parkinson, renais, da tiróide e fígado,
desencadeiam cãibras
As partes do corpo mais propensas
as cãibras são os pés, mãos, pescoço,
abdómen e pernas. Nestas, mais precisamente
nos músculos anteriores
e posteriores da coxa, sendo as panturrilhas
( batata das pernas), o local
mais acometido.
Medidas para aliviar as
dores das cãibras
Na medida do possível, as pessoas
devem se cuidar, evitando as causas
e seguindo as sugestões de cuidados
descritos, pois evitam e ou minimiza
crises. Além disso, recomenda-se,
em especial aos de vida sedentária,
sessões de alongamentos musculares
frequentes, até mesmo para os praticantes
de exercícios, antes e depois de
realizá-los.
Quando os espasmos acontecem, deve-se
rapidamente tentar reverte-los,
alongando o membro afectado até que
a dor intensa e cãibra desapareçam.
Em seguida fazer leve massagem no
músculo e aplicar compressas quente,
a fim de relaxar, reduzir ou evitar dor
e a inflamação do músculo afectado.
Quando a cãibra ocorrer na frente
da coxa, ficar de pé e dobrar a perna
afectada para trás, segurando-a no pé
e mantendo-a nessa posição até que o
espasmo desapareça.
Se for trás da coxa: sentar no chão
com as pernas esticadas e dobrar o
corpo para a frente, tentando tocar
com os dedos das mãos, as pontas dos
pés.
Cãibra no pé: Se os dedos ficarem
virados para baixo, pôr um pano no
chão, os pés sobre ele (pano) e puxar o
topo do pano para cima. Manter essa
posição por 1 minuto. Outra opção é
sentar com a perna esticada e segurar
a ponta dos pés com as mãos, puxando
os dedos na direcção contrária à
cãibra.
- Na Panturrilha ( batata da perna) :
Ficar de pé a cerca de 1 metro de uma
parede mantendo os pés apoiados no
chão. Inclinar o corpo para frente, o
que provocará um alongamento da
panturrilha.
Outra opção: Sentar no chão com a
perna esticada e pedir a outra pessoa
para empurrar a ponta do pé em direcção
ao corpo. Deverá permanecer
em qualquer uma dessas posições até
a dor desaparecer
- Cãibra no abdómen ( barriga): Deitar
de barriga para baixo, colocar as
mãos no chão e empurrar o tronco do
corpo para trás até os braços ficarem
estendidos. Permanecer nessa posição
por 1 minuto. Se for no lado da
barriga: ficar de pé, esticar os braços
por cima da cabeça, entrelaçar
as mãos, depois dobrar o tronco
para o lado contrário da cãibra.
- Nos dedos das mãos: Colocar
a mão aberta sobre uma mesa, e
segurar o dedo com cãibra e levantá-lo
da mesa. Outra opção
é segurar com a mão sã, todos
os dedos da mão com cãibra,
e elevá-los. Permanecer até a
contracção passar.
Atenção: A ocorrência
de cãibras durante a noite
é muito comum, e atinge
cerca de 50% das pessoas
acima dos 50 anos.
Os membros inferiores
são os mais afectados.
As causas costumam ser
as já conhecidas, embora
haja casos idiopáticos,
em que por mais que se
pesquise, não se identifica
a origem. Todavia
se concluiu ser mais
frequente em pessoas
que possuem história
familiar de cãibras, caracterizando
a hereditariedade.
SAÚDE
Como profilaxia recomenda-se
15 minutos
de alongamento ou praticar
bicicleta ergométrica antes de
dormir. Preferência por alimentos ricos
em cálcio e magnésio. Manter boa
hidratação durante o dia. Evitar o sedentarismo.
Na cama, deixar o lençol
solto, sem prendê-lo, mantendo assim
os pés livres, sem forçar sua flexão ou
extensão, o que favorece a ocorrência
de contracções involuntárias.
Saiba, que não é de imediato que os
alongamento trazem resultados. Será
necessário alguns dias e práticas diárias
para o músculo adquirir resistência
às contracções involuntárias.
Enfim, existem inúmeros recursos
de prevenção e cuidados, porém há
situações clínicas específicas que influenciam
espasmos, consequentemente
devem ser avaliados e tratados
pelos especialistas.
Cuidem-se bem. Saúde para
todos !
(*) INFORMAÇÃO / AGRADECIMENTO
Devido a „decisões” relacionadas a sua vida particular, Zuila
Messmer informa que no futuro, não poderá, „dar continuidade à
elaboração dos artigos saúde para a revista CLZ”.
Lamenta o sucedido, dizendo que a „vida é assim, repleta de imprevistos
e decisões” e deseja a todos, „sucessos”, e principalmente
„SAÚDE!”
A Direcção do CLZ/Lusitano, agradece o apoio dado durante os
anos que esteve connosco e deseja à Zuila, êxitos, saúde e vida
longa muito feliz. Obrigado Zuila!
16 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
17
CRÓNICA
CRÓNICA
Comunicação social:
epidemia
da pandemia
V COSTA GUIMARÃES 1
Meu amigo, não posso
vender-lhe a garrafa de
água. É a lei que temos.
Foi a resposta do dono de
um restaurante ao trabalhador
que encomendou
um cozido à portuguesa
e uma garrafa de água.
Não posso vender-lhe,
aqui. Se quiser, entrego-
-lhe a comida na empresa
ou em casa e aí, sim, até
lhe posso levar uma pipa
de vinho — respondeu o
dono do restaurante.
Eu ouvi com as minhas orelhinhas
que a terra há-de comer.
Todos sabemos que o agravamento
das condições económicas e sociais
devido à pandemia deu ao populismo
terreno fértil para continuar a cres-
1 Jornalista, ex-director do jornal
Correio do Minho
cer. A resposta deve passar pela compreensão
e combate às desigualdades
sociais, para evitar o sentimento de
“orfandade”. Esta cena do “take-
-away” é inacreditável mas é verdade.
Em Braga, em Portugal, na Europa.
Há dias tropecei numas histórias engraçaditas.
Uma delas dava conta de
um jovem que, ao visitar uma casa
para alugar, perguntou à agente imobiliária
para que lado era o Norte. Ele
não queria que o sol o acordasse todas
as manhãs.
A agente perguntou ao possível cliente:
— O sol nasce no Norte?
O cliente respondeu: — o sol nasce a
Nascente (aliás, daí o nome) e que há
muito tempo que isso acontece.
A rapariga limitou-se a responder:
Eu não estou actualizada a respeito
destes assuntos.
Estamos a falar de gente que vota,
não?
É verdade que a pandemia revelou as
falhas e esquecimentos do sistema de
protecção social. Para o futuro, esperamos
que algumas das medidas de
emergência adoptadas podem servir
de referência para as soluções permanentes.
Existem muitas pessoas que trabalham
a recibos verdes, informais, com
carreiras instáveis ou independentes.
Veja-se só a desgraça que se abateu
sobre técnicos de som e de luz, de
trabalhadores de concertos que montam
os palcos onde depois brilham as
estrelas e outros profissionais deste
sector das artes e dos espectáculos.
Foi preciso o choque repentino e generalizado
da pandemia para que a
fragilidade financeira destes trabalhadores
perante crises ou simples contrariedades
pessoais, passasse a ser
vista como um problema a resolver.
Mas depois da resposta de emergência
dada pelo sistema de protecção
social nos últimos meses, através
principalmente de medidas de carácter
extraordinário e independente,
fica a dúvida neste país dos netos únicos,
em que temos de olhar para os
avós.
A maior esperança de vida foi uma
bela conquista dos últimos 40 anos.
Mas a descida da mortalidade não
compensa a diminuição constante da
natalidade nos últimos 40 anos.
Vamos a outra historieta, antes da
verdadeira história. Numa pizzaria,
vi um homem a pedir uma pizza (um
disco de massa fermentada de farinha,
coberto com molho de tomate e
os ingredientes variados que incluem
algum tipo de queijo, carnes preparadas
ou defumadas e ervas, tudo assado
em forno) para levar para casa.
O empregado perguntou se ele preferia
que a pizza fosse cortada em quatro
ou em seis pedaços.
Uns segundos depois, respondeu: —
corte em 4 pedaços porque não tenho
fome suficiente para comer seis pedaços.
Regresso atrás, ele também vota!
No entanto, a nossa comunicação ignora.
Não sei como será nos outros países
na Europa, mas em Portugal, as televisões
e rádios falam de “task force”
na campanha de vacinas, os debates
estão enxameados de doentes com
“morbilidade” que devem ser os primeiros
e os telejornais anunciam que
hoje foram efectuadas 1700 inoculações.
Depois aparecem os virologistas
a falar do RT e os infecciologistas
mimam-nos com as dúvidas sobre a
resiliência.
Alguém que esteja a comunicar —
jornalistas, em primeiro lugar — se
lembra que está a falar para octogenários
ou nonagenários, quantas vezes
analfabetos, que vivem nos sítios
mais inóspitos deste país?
Inóspitos? — Não é palavra que um
jornalista use. A palavra quer dizer
“pouco acolhedor” ou de “difícil acesso”
ou inabitável.
Todos deviam ter dois dedos de testa
para usar outras palavras, a saber:
morbilidade — relação entre o número
de casos de uma doença e o total
de indivíduos de uma população, num
dado momento; e a “task force”? —
uma força temporária com uma missão
especial, sob um comando unificado.
Que bem dirão uns, mas outros ainda
estão a tentar perceber o que é o RT.
Honra lhe seja feita, o Secretário de
Estado da Saúde, António Sales, até
ensinou os jornalistas como deviam
escrever, mas quase ninguém aprendeu:
indicador que define o grau de
transmissibilidade de infecção (RT)
do vírus.
Agora com a vacinação surgiu outro
enigma: vamos perguntar aos 78 mil
idosos dos nossos lares: já foram inoculados?
Eu tenho receio de algumas
respostas. A resposta ao enigma é: —
já foram vacinados?
A pandemia multiplicou medos e, em
muitos casos, agigantou-os. Um dos
receios é o de comunicar de forma
simples, clara e directa.
Mas nem sempre o medo é mau. Ter
medo também nos protege quando é
preciso reagir a uma ameaça. Muitos
podem até já ter vencido o medo do
coronavírus, mas há novos medos a
pairar, um deles é a incapacidade de
comunicar de forma clara.
Estamos a falar de pessoas que votam.
Os assessores de comunicação deviam
treinar bem com os ministros.
Porque não cumprem o seu dever? Dá
trabalho? Claramente.
Às vezes, a vendedora, o comprador
do apartamento e o rapaz que foi
comprar uma “pizza” inoculam-me
tanta desilusão como o discurso escuro
e redondo de jornalistas e ministros.
Uma pandemia nunca vem só.
Estou com tanto medo de ser inoculado
com a incompetência de ser
vítima de um RT, numa “pizzaria” de
uma “task force” num cérebro inóspito
pouco resiliente. Já agora, resiliente
significa capacidade de recuperar
após uma derrota ou de superar situações
de crise, adversidade ou infortúnio.
Fiquem bem, meus afortunados!
18 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
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AGENDA
ABRIL
2021
Informações MAPS
Queridos leitores, a pandemia do
coronavírus ainda não acabou. O
requisito de máscara aplica-se em
muitos lugares no espaço público.
O Conselho Federal recomenda
que você fique em casa e reduza o
contato com outras pessoas. Mantenha
uma distância de pelo menos
1,5 m de pessoas fora de sua
casa, lave as mãos regularmente e
use uma máscara de proteção nos
transportes públicos. Você pode
encontrar uma visão geral das medidas
atuais em vários idiomas em
www.stadt-zuerich.ch/coronavirus.
Informe-se antes de ir a um evento.
Apesar de tudo, a equipe MAPS
deseja a você muita diversão!
01.04.2021 (Quinta-feira)
Museu
O «Kulturama» transmite conhecimentos
gerais e científicos sobre as
pessoas de uma forma que seja compreensível
para todos. Você e toda
a sua família podem aprender fatos
emocionantes e fascinantes de forma
lúdica. A atual exposição especial
tem o ouvido como temática. Ter–
dom 13:00–17:00. Com KulturLegi
CHF 8.– (em vez de CHF 12.–). O
escritório da MAPS sorteia 2×2 entradas
para o Kulturama. Basta ligar
para: 044 415 65 89 ou escrever um
e-mail para: maps@aoz.ch.
02.04.2021 (Sexta-feira)
Pintar ovos de Páscoa
A Páscoa está chegando e os ovos de
Páscoa coloridos não podem faltar.
Junto com sua família, você pode colorir
ovos de Páscoa com frutas vermelhas,
beterraba ou repolho roxo.
Na Páscoa você os esconde no jardim,
na varanda ou no apartamento
e sua família ou amigos vão procurá-
-los.
03.04.2021 (Sábado)
Fogo da Páscoa
O fogo é um símbolo do calor e nos
ilumina. Hoje no «jenseits» você
acende o fogo tradicional da Páscoa
junto com outras pessoas. Para fazer
isso, você pode se registar por e-mail
em info@jenseitsimviadukt e seleccionar
um intervalo de uma hora entre
19:00 e 23:00. Participação grátis.
Fazer pomada de ervas
As pomadas estão entre os remédios
mais antigos do mundo. Durante o
sábado de aventuras, você pode fazer
sua própria pomada de ervas no
«Wildnispark Zürich». Uma oferta
educativa para adultos e famílias.
14:00–16:00. CHF 5.–.
04.04.2021 (Domingo)
Faça você mesmo pesto
de alho selvagem
A primavera é a estação do alho selvagem.
Você pode encontrar alho
selvagem em muitas florestas e você
mesmo pode colhê-lo. Você pode
criar muitas coisas com o alho selvagem
colhido. Por exemplo, você
mesmo pode fazer pesto de alho
selvagem. É muito fácil e delicioso.
Certifique-se de escolher a planta
certa e informe-se na página www.
naturschutz.ch.
05.04.2021 (Segunda-feira)
Museu
Os museus estão abertos novamente.
Em www.zuercher-museen.ch você
encontrará uma visão geral de todos
os museus de Zurique. Por exemplo,
você pode visitar o «Museum
Rietberg» e ver a exposição sobre
arqueologia em Honduras ou você
pode navegar na colecção online e
descobrir muitas obras, como estátuas
de Buda. Ter–dom 10:00–17:00.
Qua 10:00–20:00. Entrada livre para
pessoas com N/F-Ausweis ou KulturLegi
(em vez de CHF 18.–).
06.04.2021 (Terça-feira)
Mães e pais cantam com
crianças
Você e seus filhos gostam de cantar?
Todas as terças-feiras, os pais encontram-se
com os filhos para cantarem
juntos. O curso é direccionado a pais
e filhos com pouco conhecimento da
língua alemã. A entrada é possível a
qualquer momento. Inscrições em
077 532 79 79 ou gz-gruenau@gz-zh.ch.
09:30–10:30. CHF 5.– para residentes
na cidade de Zurique (em vez de
CHF 10.–).
07.04.2021 (Mittwoch)
Ler juntos
Você gosta de histórias e poesias?
Você gosta de ler? A «Pestalozzi Bibliothek
Zürich» convida todos os
interessados a lerem juntos todas
as quartas-feiras. Você pode fazer
perguntas e debater as histórias e
os poemas. O evento acontece no
«Zoom». 14:00–15:30. Participação
grátis.
08.04.2021 (Quinta-feira)
Karaoke em casa
No «YouTube» há um grande número
de canções de karaoke com legendas
para cantar junto. Faça seu próprio
show com a sua família ou para ela.
Por exemplo, você pode cantar a música
«Perfect» de Ed Sheeran. Grátis.
09.04.2021 (Sexta-feira)
Dicas de jardim em Abril
Abril é a época perfeita para plantar
ervas ou semear batatas, cenouras
e alfaces. Você pode plantá-las no
jardim ou na varanda. Observe algumas
dicas e truques no site a seguir e
desfrute do seu próprio canteiro de
flores.
11.04.2021 (Domingo)
Performance de ópera
A „Opernhaus Zürich“ apresenta
óperas avulsas em seu site. Dê uma
olhada descubra a sua ópera favorita.
Por exemplo, você pode assistir
«Ein deutsches Requiem» de Johannes
Brahms até dia 06.08. Há mais
óperas disponíveis na transmissão ao
vivo. Grátis.
12.04.2021 (Segunda-feira)
Consertar bicicletas
Você tem uma bicicleta e gostaria
de consertá-la? Toda segunda-feira
na oficina de bicicletas da «GZ Bachwiesen»,
você mesmo pode consertar
e fazer a manutenção da sua
bicicleta com a ajuda de um mecânico.
Há uma vasta gama de ferramentas
e peças de reposição. Inscrições
em www.eventfrog.ch/Velowerkstatt.
17:00–19:00. CHF 5.–. Custos eventuais
de material serão cobrados adicionalmente.
14.04.2021 (Mittwoch)
Exposição (até 15.08)
Harald Naegeli é um grafiteiro de
Zurique internacionalmente conhecido.
Na década de 1970 ele
desenhou seus personagens em vários
muros da cidade. Além disso,
ele também criou outras obras gráficas.
Você pode vê-las no «Musée
Visionnaire». Qua–sex 11:00–17:00.
Qui 13:00–20:00. Sáb–dom 11:00–
17:00. Com KulturLegi CHF 5.–
(em vez de CHF 10.–).
15.04.2021 (Quinta-feira)
Workshop sobre o tema
“mal-estar“
Você às vezes se sente desconfortável
ou inquieto? Neste workshop,
você aprenderá por que às vezes
nos sentimos desconfortáveis e
como você pode lidar com isso.
O workshop acontecerá em duas
partes. O primeiro local ainda é secreto
e será comunicado no dia do
evento. Para a segunda parte você
se reunirá para uma troca de ideias
e conclusão do projecto no «jenseits
IM VIADUKT». Inscrições no
website. 19:30–21:30. Contribuição
espontânea.
17.04.2021 (Sábado)
Acção de limpeza na cidade
Gostaria de contribuir para uma
Seebach mais limpa? Em pequenos
grupos, recolha lixo para que Seebach
fique a brilhar. 14:00-16:00.
Gratuito.
GZ Seebach. Hertensteinstr. 20.
Tram 14 oder Bus 40/75/742/768 bis
„Seebach“.
http://www.gz-zh.ch/gz-seebach/programm/
18.04.2021 (Domingo)
Conserva de legumes
Ao preparar legumes em conserva,
pode aumentar a sua durabilidade.
Além disso, os legumes em conserva
são saudáveis e têm um sabor
ainda melhor. Basta seguir os cinco
passos simples em www.veganevibes.de
e desfrutar dos legumes por
si preparados com uma salada ou
uma peça de carne.
http://www.veganevibes.de/gemuese-fermentieren-in-5-einfachen-s-
chritten-v-gf/#wprm-recipe-con-
tainer-5604
20.04.2021 (Terça-feira)
Jogo do elástico
Lembra-se de jogar ao elástico na
sua infância? Trata-se de um divertido
jogo de movimento para crianças
e adultos. Precisa apenas de
uma fita de elástico com 3 metros
de comprimento, 2 amigos e já está!
Encontre movimentos simples para
praticar na página da «Gummitwist
Community Schweiz». Experimente-os
com alguns amigos.
http://www.gummitwist.ch/gummitwist-
-figuren/
23.04.2021 (Sexta-feira)
Noite de jogos online
Quer passar um divertido serão
com os seus amigos, mas não pode
devido à pandemia? Participe no
jogo do Stop («Stadt Land Fluss»)
online e convide todos os amigos
que desejar. Pode usar as categorias
já indicadas ou até acrescentar outras.
Gratuito.
http://www.stadtlandfluss.cool
24.04.2021 (Sábado)
Feira da ladra
Gostaria de negociar, trocar, comprar
ou vender? Junte os artigos e
brinquedos de que já não precisa,
leve uma manta para os expor, uma
cadeira de fechar para se sentar e
apareça no centro comunitário
«GZ Seebach». Aqui pode vender as
suas coisas ou apenas passear pela
feira da ladra. 10:00-16:00. Participação
gratuita.
GZ Seebach. Hertensteinstr. 20.
Tram 14 oder Bus 40/75/742/768 bis
„Seebach“.
http://gz-zh.ch/gz-seebach/
27.04.2021 (Terça-feira)
A vida dos Sans-Papiers
Quer saber mais sobre a vida de
pessoas sem autorização de residência
em Zurique? Quatro imigrantes
ilegais contam as suas histórias,
que pode descobrir num
circuito por Zurique. Comece por
exemplo junto da «Reformierte Citykirche
Offener St. Jakob» e daí
para os outros três sítios. Pode ler
as histórias em cartazes facilmente
identificáveis e encontrar os vários
locais na seguinte página de internet.
Kirchgemeindehaus St. Jakob.
Stauffacherstr. 10.
Tram 2/3/8/9/14 bis „Stauffacher“
oder S4/S10 bis „Zürich Selnau“.
http://www.zuerichunbezahlbar.ch/
events/bildung/diverses/postenlauf-von-sans-papiers/
28.04.2021 (Mittwoch)
Exposição sobre os direitos
das mulheres (até
18.07.)
Há 50 anos as mulheres alcançaram
o direito de voto na Suíça. Até
então, houve uma dura e longa luta
pelos direitos das mulheres na Suíça.
O «Landesmuseum» dedica uma
exposição ao tema. Descubra mais
sobre esta história com 200 anos.
Ter-qua/sex-dom 10:00–17:00. Qui
10:00–19:00. Entrada com KulturLegi
CHF 5.– (em vez de CHF
10.–).
Landesmuseum. Museumstr. 2.
S-Bahn bis „Zürich Hauptbahnhof“,
Tram 4/11/13/14 oder Bus 46
bis „Bahnhofquai/HB“.
http://www.landesmuseum.ch/
frauenrechte
30.04.2021 (Sexta-feira)
Evento científico para
jovens
Uma vez por mês decorre o evento
«Nachtaktiv», no qual alunos
universitários apresentam temas
científicos de forma acessível e divertida.
Cada evento é dedicado a
um tema específico. Hoje o tema é
o vestuário. Há bebidas e snacks.
Para jovens entre os 16 e os 25 anos.
19:00-22:30. Participação gratuita.
Museum für Gestaltung. Ausstellungsstr.
60.
Tram 4/6/13 bis „Museum für Gestaltung“.
http://www.nachtaktiv.live
http://www.creativelabz.ch/nachtaktiv-museum-fuer-gestaltung/
20 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
21
DO NOSSO CANTINHO, PARA O VOSSO CANTÃO
Um cheirinho do meu
novo livro
V ARAGONEZ MARQUES
Por aqui, a pandemia acalmou e ando tão
farto de falar sobre esse assunto, que resolvi
este mês oferecer, como um cheirinho de
leitura, um capítulo do meu novo livro “A
Taberna de Avelino Camejo” a sair dentro
de dias, publicado obviamente por Filigrana
Editora.
Boas Leituras!
...
14. Cobarde de amor.
João sabia finalmente o que fazer. Fechou a porta
devagar para que não acordasse Beatriz e evitou,
entrar no quarto de Preciosa, que dormia com o
seu marido.
Falariam dele sim, mas não pelo real sucedido e o
tempo, tudo apagaria.
Foi o primeiro a entrar na taberna de Avelino Camejo:
- Bom dia!
- Por aqui tão cedo Senhor João? Que lhe ponho?
-Nada Avelino, tenho aqui um garrafão vazio
de água do Luso e gostava que mo enchesses de
aguardente, daquela tua, da boa, do alambique
que escondes no sótão e não podes vender ao
balcão.
-É uma chatice ter que servir aguardentes em garrafa
para os copos dos clientes, garrafas com marcas,
mas cujo líquido é como os melões. Coisas da
lei e a puta das multas vão até ao encerramento
da casa.
- Mas podes vender-me cinco litros? É para oferecer
a uma amiga que vou visitar.
- Amiga? E amiga de bom gosto, porque não há
como a minha aguardente. Porque pensa que sai
tanto “sol e sombra” aqui na casa?
Avelino não fez mais perguntas e com um funil,
encheu-lhe a garrafa, deixando-lhe a parte de
cima cheia de pequenas pérolas que lhe garantiam
a qualidade e referiu-o:
- Pérolas para uma amiga vejam que rico colar...
– e apontou com o dedo o cimo transparente do
garrafão de plástico, enquanto lhe enroscou a
tampa.
- Um colar de pérolas.
- Tenha cuidado Senhor João que amigas na sua
idade são um problema.
- Não a vejo há muitos anos, conheci-a em África,
ainda novo, no tempo da guerra, nunca mais pensei
ter contacto com ela, até porque é feia - riu-
-se - encontrei necessidade de a ver depois destes
anos todos e quis o destino que a encontrasse por
acaso.
Um dia disse que me encontraria e parece que o
adivinhou. Bem, para lhe dizer a verdade, fui eu
que lhe marquei o encontro.
- De África...é branca ou preta?
- Preta, amiga e fiel, daquelas que não nos esque-
cem nunca e são capazes de nos dar
conforto até à eternidade. Vivi com
ela dezoito meses em Angola, noite e
dia, na caserna e no mato.
Pagou e despediu-se.
- Até logo Avelino que lá mais pela
tarde nos veremos.
Deixou o garrafão no jipe e foi a pé
até à loja dos chineses.
-Bom dia, precisava de fazer um estendal
para a roupa, uma amiga que me
pediu, tem cordas e molas da roupa?
- Sim e ter estendal já feito, grande e
pequeno, desmancha e arruma, quer
ver?
- Não, quero ser eu a fazer.
- Tem rolo de três, cinco e dez metros.
- Quero um de dez metros que o
quintal é grande.
- Cor?
- Pode ser azul, que é a cor do céu, e
molas?
- Ter sacos com doze mas cores de
mistura, não pode “escoler”. Pode ser
“amalelo”, “vermelo”, Azul, misturado,
sacos de doze.
- São também dois sacos com molas...
- Eu não sair do balcão, há na segunda
fileira.
Foi assim que João foi buscar a corda
plástica e as molas, já meio aborrecido
com o chinês que nada fazia sem
ser indicar os caminhos, mas sem largar
a caixa registadora que guardava
o dinheiro e as poucas faturas que
fazia, aprendendo as manhas de fugir
ao fisco na mesma proporção e rapidez
com que aprendeu a língua lusa.
Olhava os espelhos redondos como o
dos cruzamentos das ruas que tinha
colocado, nos cantos superiores da
loja, tecnicamente e cirurgicamente,
de onde, vigiava todas as prateleiras.
João colocou a corda plástica e as molas
no balcão e pediu para pagar.
- Prego não quer?
- Não, tenho em casa.
- Quer saco?
- Sim.
- Tem que pagar saco à parte.
- Não, guarde a merda do saco, levo
na mão!
Raio de Chinês!
-Não precisa falta educação, não quer
não quer - e praguejou em chinês.
Levou as compras, meteu-se no jipe e
foi até à courela, arrendada a Avelino
e onde havia bastantes coisas já feitas
e muitas trazidas, entre elas, os porcos
com pocilgas feitas e o trator verde
com garagem das alfaias acabada.
Vigas de madeira e folhas de zinco.
Tirou o cadeado do portão, abriu-o
e meteu dentro também o jipe, junto
da palha e dos utensílios agrícolas.
Fechou depois ambas as portas e
meteu a tranca de pinho no interior,
encaixada nas albardas aparafusadas
às vigas onde estavam depositadas,
e muito mais seguras, apesar da fechadura
e do cadeado exterior que
trouxe para dentro, pendurado da
corrente e colocou sobre um banco
de três pernas feito de um sobreiro..
Uma tranca, sempre foi uma tranca.
Trancadas, as portas eram muito mais
seguras e invioláveis.
Ali, só poderia entrar quem ele autorizasse.
Sentou-se num fardo de palha, deitou
num copo de plástico a aguardente
do Avelino, bebeu um e dois e três e
ficou e ficou e foi ficando à espera da
amiga, talvez para ganhar força para
esse encontro que sabia ter que se
realizar.
Repassou-lhe a vida dos últimos anos
enquanto os sentidos lhe iam turvando
os pensamentos e as memórias.
LITERATURA
Deixou no jipe as molas da roupa
quando foi buscar a corda azul cor de
céu, o único que precisava mesmo do
chinês.
Subiu à roda traseira do trator verde
e passou-a por cima da trave onde foram
assentes as folhas de zinco.
Puxou ambas as partes, fez uma argola
numa delas por onde passou a outra
ponta. Cortou-a com um isqueiro
aceso, depois de lhe tirar as medidas
necessárias. Baixou do trator. Esticou-a
e atou-a ao gancho do reboque.
Subiu à roda grande novamente, primeiro
pelo degrau de subida, passou
o corpo pelo lado das mudanças e colocou
os dois pés sobre o banco onde
tantas vezes Preciosa esteve sentada.
Do banco um primeiro pé sobre o
grande guarda lama verde, depois
o outro. Alargou a argola grande e
meteu-a na cabeça. Olhou a trave, a
seguir, acompanhou com a vista a ligação
ao reboque e meteu o dedo no
pescoço experimentando com a outra
mão o fechar e abrir do colar.
Meteu a mão no bolso da camisa, tirou
um cigarro, acendeu-o e começou
a fumar.
Sabia que a amiga negra chegaria
quando o cigarro acabasse.
Assim foi, atirou a pirisca e deu um
passo em frente, dois ou três movimentos,
até que a amiga morte chegou.
Silêncio.
Deixou de baloiçar e ali ficou em linha
reta, os olhos curiosamente abertos,
os pés a trinta centímetros do
chão.
Para ele, tudo tinha terminado.
Já não ouviu o cão, alentejano de cabeça
enorme, que começou a ladrar
sem parar, da parte de fora do portão
fechado.
1984 - 2021
37anos
Centro Lusitano de Zurique
Centro Lusitano de Zurique
22 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
23
SAÚDE
A Canábis na Epilepsia
Nova revista em papel
sobre canábis já
nas bancas
V SORAIA TOMÁS (*)
Definida pela Organização Mundial
de Saúde como um «transtorno
neurológico crónico que atinge pessoas
de todas as idades», a Epilepsia
afecta mais de 50 milhões de pessoas
em todo o mundo. Em Portugal,
estima-se que existam cerca de 50
mil pessoas com esta doença. O papel
que o Sistema Endocanabinóide
desempenha na génese da Epilepsia
providencia a base farmacológica
que deve fomentar a investigação do
uso de canabinóides exógenos, como
os fitocanabinóides produzidos pela
planta da canábis, no tratamento
desta patologia. A Epilepsia é uma
perturbação do sistema nervoso caracterizada
por uma predisposição
duradoura para gerar crises epilépticas
e pelas consequências neurobiológicas,
cognitivas, psicológicas e
sociais.
Nos últimos anos, o CBD (canabidiol)
tem-se revelado como uma
arma terapêutica extremamente
importante no combate aos efeitos
devastadores da Epilepsia. As suas
propriedades anti-convulsivantes,
aliadas à reduzida toxicidade para
o organismo, tornaram este canabinóide
numa ferramenta valiosa no
controlo de crises epilépticas refractárias
a outros medicamentos.
Vários estudos comprovam também
as propriedades neuro-protectoras
do CBD, que reduzem a hiperexcitabilidade
neuronal e preservam, desta
forma, as capacidades cognitivas,
reduzindo a progressão dos danos
causados no sistema nervoso devido
a convulsões repetidas.
(*) Enfermeira
Leia o artigo completo em Cannareporter.eu
Foto: D.R. | Shutterstock
Foto: D.R. | Cannadouro
80,8% dos Franceses são a favor da
legalização da canábis recreativa
V LAURA RAMOS
V MARGARITA CAR-
DOSO DE MENEZES
O primeiro número da Cannadouro
Magazine chegou
às bancas em Portugal com
o início da Primavera e é
dedicado às sementes. Para
João Carvalho, director da
revista, a Cannadouro Magazine
vem “transmitir aos
leitores informação que
permita uma utilização mais
consciente e informada da
planta da canábis, numa
perspectiva anti-proibicionista.
“Sabendo-se que em
Portugal existem mais de
500 mil pessoas que utilizam
canábis regularmente,
o público alvo da revista é
todo aquele que utiliza ou
tem interesse na canábis em
todas as suas vertentes: terapêutica,
medicinal, industrial,
cultural e recreativa”,
afirma.
Promovida pela Associação
Cultural sem fins lucrativos
Cannadouro, responsável
pela Feira Internacional do
Cânhamo, que se realiza
anualmente na Alfândega do
Porto, a nova revista marca,
desde o Nº1, a sua trajectória
definindo o lema “Rumo
à legalidade da canábis”.
Cânhamo
CannaCasa oferece curso
sobre como obter autorização
para plantar cânhamo.
V LAURA RAMOS
Plantar cânhamo industrial não tem
de ser um bicho de sete cabeças. A
CannaCasa – Associação do Cânhamo
Industrial, criou um mini-curso,
gratuito, que explica as várias fases
para obter a autorização de cultivo de
cânhamo e como começar o processo
de autorização junto das entidades
competentes em Portugal. O curso
está disponível em CannaCasa.pt e
organiza-se em cinco módulos, que
cada pessoa pode fazer consoante a
sua disponibilidade: História, Legislação,
Requisitos para Instrução do
Pedido, Entidades Fiscalizadoras e
Controladoras e Documentação.
O curso foi criado pelo Vice-Presidente
da CannaCasa, António João
Costa, que o disponibilizou para que
seja simples e acessível a todos começar
a apostar nesta cultura secular.
“Estamos a atravessar obstáculos e
impedimentos que não fazem qualquer
sentido e só se formos muitos é
que mudamos o futuro desta cultura
com tanto potencial no nosso país”,
referiu.
“O fim de um tabu?”, perguntou o Le Monde, ao
noticiar que a esmagadora maioria dos Franceses é favorável
à legalização da canábis para fins recreativos.
Mais de 250 mil pessoas participaram num inquérito
parlamentar de informação e 80,8% manifestou-se a
favor de uma autorização de consumo e produção em
regime legislativo e 86% concordou com a possibilidade
de auto-cultivo.
O inquérito foi lançado pelo Parlamento Francês a 13
de Janeiro e terminou a 28 de Fevereiro. Em pouco
mais de seis semanas, 253.194 pessoas participaram
numa consulta online aos cidadãos sobre a legalização
da canábis recreativa. De acordo com os resultados,
80,8% dos inquiridos concorda com a autorização
para o consumo e produção de canábis num quadro
regulamentado por lei, afirmaram fontes parlamentares
à AFP. Além disso, 13,8% afirma ser a favor da
descriminalização dessa droga, cujo uso é proibido
em França. Em contrapartida, 4,6% diz ser favorável ao
reforço das sanções e apenas 0,8% concorda com a manutenção
do enquadramento legal em vigor.
Leia estes e outros artigos em
www.cannareporter.eu
Foto: D.R. | Zamnesia.fr
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25
LIVROS
“Na Asa do Vento”
de Carmindo de Carvalho acaba de sair
Onde comprar:
http://bit.ly/3sahrjd
P.V.P.: 13,00€
Paulo Freixinho é autor
de Palavras Cruzadas desde
1990. Começou por
ser desenhador gráfico,
na revista Play, colaborou
com a Agência Feriaque
(colaboração que resultou
em milhares de passatempos).
Presentemente, divide
o seu tempo entre as
publicações para as quais
cria Palavras Cruzadas
(Público, Jornal de Notícias,
Jornal de Angola, A Voz de
Trás-os-Montes, as Selecções
do Reader’s Digest, o Almanaque
Bertrand e também para o
Lusitano de Zurique), as suas
plataformas online e o Clube
de Palavras Cruzadas
dirigido a escolas e bibliotecas.
Aos 40 anos tornou-se Leitor
e dedica-se ao prazer
Sobre o livro: De pensamento livre e
crítico, Carmindo Carvalho mantém
uma relação de respeito e de prazer com
a poesia e, sem peias nem grilhetas, as
suas palavras desassombradas e insubmissas
atravessam não só o que é belo na
natureza, mas também o que é polémico
e controverso na vida. “Na Asa do Vento”
é uma produção poética de grande força
sugestiva, mas sobretudo, toca o leitor
pelo sentimento de inconformismo, pela
oposição à violência e à arrogância, pela
defesa da liberdade e do incontornável
direito à indignação.
Sobre o autor: Nasceu em Nagosa,
Moimenta da Beira, a 1.11.1955. Em 1966
concluiu o ensino básico. Foi camponês,
trabalhador à jorna em trabalhos diversos
e operário na construção civil. Com
dezasseis anos foi para Lisboa (a grande
Selva!). Trabalhou como vigilante numa
escola privada e posteriormente como
“Palavras Cruzadas 2015-2020”
de ler autores lusófonos.
Aos 45 voltou à música. É
baixista da banda Bon Sauvage,
banda que já gravou
dois discos.
Acaba de editar “Palavras
Cruzadas 2015-2020” e escolheu
100 Palavras Cruzadas
para comentar, contar
histórias ou curiosidades,
segredos e pequenas histórias,
numa edição para
guardar.
Conduzindo este livro
como uma conversa, o autor
reserva uma surpresa
para o final, com 10 especialíssimas
Palavras Cruzadas,
originais e exclusivas
(e para guardar).
A estrutura deste livro desenvolve-se
ao longo de
cinco anos, em que o autor
revela um profundo conhecimento
da palavra escrita
e uma admirável tensão entre
o rigor e a fluidez que
deve ter um exercício de
Palavras Cruzadas.
O plural de refrão, a diferença
entre mandato e
mandado ou entre solarengo
ou soalheiro, são apenas
alguns exemplos da riqueza
empregado num hospital psiquiátrico.
Em 1985 emigrou para a Suíça. Depois de
trabalhos vários, fixou-se numa fábrica
de tubagens metálicas. Durante uma dezena
de anos abraçou a vida associativa.
Com paixão, deu muito do seu tempo e
da sua “pele” desempenhando cargos vários.
A necessidade da escrita surgiu-lhe
tarde, já depois dos trinta anos. Recusando
escrever para a gaveta, entrega ao vento,
a leva dos seus trabalhos pelos cantos
do mundo e alguns (umas centenas) já foram
publicados em publicações diversas.
Cumpriu o serviço militar na Marinha.
Ao seu serviço viajou por vários países.
Irrequieto, permanentemente inconformado,
munido de uma forte curiosidade
e cedendo a vários impulsos deixou-se
levar e em serviço ou lazer, com muito
prazer, pisou já cerca de vinte países. É
casado, tem três filhas, seis netos e vive
em Lagoa-Algarve, Portugal.
que as Palavras Cruzadas
significam. Coincidência,
ou não, o seu autor, Paulo
Freixinho, assume que foi
mau aluno a português e
que isso o incentivou a saber
mais sobre palavras.
Onde comprar:
https://bit.ly/2PeM2xo
P.V.P.: 9,99€
Direito a subsídio
de desemprego
com desemprego
parcial
DANIEL BOHREN
X faz limpezas durante a semana em
casa de sete pessoas particulares e ao
fim-de-semana ainda num escritório.
Trabalha no total 35 horas por semana
e ganha com isso Fr. 1’050 por semana.
Durante as férias nenhum dos
empregadores lhe paga férias. Agora
uma empregadora, para quem trabalhava
8 horas por semana e com
quem ganhava Fr. 240 ilíquidos por
mês, rescindiu. X vive com um filho
menor. Pergunta: Tem direito a subsídio
de desemprego?
X tem direito a subsídio de desemprego,
se satisfizer as seguintes condições:
1. Ela ultrapassou a idade
para o fim da obrigação da frequência
escolar de acordo com
o direito cantonal (no Cantão
de Zurique, após o 16.º ano de
idade).
2. Ela vive na Suíça.
3. Ela registou-se como desempregada.
4. Ela pagou nos dois anos
que antecederam o desemprego
durante pelo menos 1 ano
contribuições para o seguro de
desemprego.
5. Ela procura um emprego
a tempo inteiro ou pelo menos
uma compensação das oito horas,
que perdeu.
Nem toda a perda de trabalho devido
a rescisão dá direito a um subsídio
de desemprego. A perda de trabalho
tem de comportar pelo menos dois
dias de trabalho durante 2 semanas.
Uma vez que X trabalhou 35 horas
por semana, parte-se para o cálculo
do dia de trabalho sempre de cinco
dias de trabalho por semana, ou
seja, um dia de trabalho da X abrange
o quinto de 35 horas semanais quer
dizer 7 horas por dia. O facto de X
trabalhar em certos dias mais do que
7 horas diárias e noutros menos e de
trabalhar 6 e não 5 dias por semana
não é decisivo. Tendo X perdido um
trabalho com oito horas por semana,
a perda em duas semanas de trabalho
comporta mais de 2 dias de trabalho
inteiros. Esta condição para receber
prestações do fundo de desemprego
é preenchido. Mas tal não é ainda suficiente,
para que a perda de trabalho
der direito a prestações. Adicionalmente
a perda de vencimento tem de
ser também superior a 20% do vencimento
segurado.
O montante de vencimento segurado
é calculado com base nos seis ou 12
meses antes da perda do emprego. X
ganhou nos seis meses antes da perda
do emprego Fr. 1’050 por semana e
perdeu com a perda do emprego um
vencimento semanal de Fr. 240, quer
dizer 22,8 % do seu vencimento, tendo
assim direito a uma compensação
pelo desemprego.
DIREITO
Se X não tivesse a seu cargo filhos menores
ou adultos em formação profissional
e assim obrigações alimentares,
então a perda de vencimento não
teria de ser superior a 20%, mas mesmo
a 30%, para ter direito a subsídio
de desemprego. Neste caso não teria
direito a subsídio de desemprego.
Partamos do princípio de que X tivesse
perdido um local de trabalho
junto de um empregador, para quem
tivesse apenas trabalhado 7 no lugar
de 8 horas por semana e ganhava só
Fr. 210 por semana nu lugar de Fr.
240 no exemplo acima. Teria assim
também uma perda de trabalho de
dois dias de trabalho inteiros em
duas semanas porque um dia de trabalho
de X dura 7 horas como calculamos
acima. Neste caso a perda de
vencimento seria apenas 20% e já
não superior a 20%. Ela assim não teria
direito a subsídio de desemprego.
Partamos agora do princípio, de que
X perder três meses mais tarde mais
um local de trabalho com 3 horas por
semana e perde assim um vencimento
de CHF 90. Neste caso teria uma
perda de vencimento de CHF 300,
a saber CHF 210 devido à primeira
rescisão e CHF 90 devido à segunda
rescisão, o que equivaleria a uma
perda de 31% de vencimento. X teria
agora – depois de perder o segundo
local de trabalho - direito a um subsídio
de desemprego, a saber apenas,
se se tiver registado como desempregada
após a primeira rescisão, satisfazendo
também as regras de controlo,
por exemplo, a comprovação da entrega
de candidaturas a novos locais
de trabalho.
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27
AGRICULTURA
AGRICULTURA
Conheça 7 exemplos de adubos
naturais que pode usar na sua horta
4. Turfa
É cara e pouco proveito traz à terra porque se desintegra
com demasiada rapidez e tem fraco teor nutritivo. O
seu uso também é desaconselhável sob o ponto de vista
ecológico.
O agricultor tem ao seu dispor uma grande variedade de adubos naturais. Grande parte deles são
gratuitos, caso não levemos em consideração o tempo despendido na sua preparação e transporte.
V ROSA MOREIRA 1
Outros adubos naturais são muito baratos, e alguns
ainda, geralmente os que se vendem em sacos podem ser
bastante dispendiosos. Infelizmente, nem todas as pessoas
tem a possibilidade de ter um estábulo nas redondezas
ou dispõe de espaço suficiente para armazenar grandes
quantidades de material. Nestes casos, os agricultores
necessitam de grandes quantidades de material, e por
isso necessitarão de comprar o produto à medida que for
sendo necessário. Conheça neste artigo 7 exemplos de
bons adubos naturais que pode usar na sua horta.
1. Estrume do curral
Este é um dos adubos naturais mais utilizados. O estrume
do curral possui a vantagem de fazer crescer a terra, além
de fornecer ao mesmo nutrientes essenciais. O estrume
pode ser de qualquer tipo de gado, embora aquele que
exista em maior quantidade seja o estrume de cavalo.
O estrume pode ser obtido na maioria dos estábulos e
muitos ficam satisfeitos por se verem livres daquilo que
lhe fornecerão de graça, desde que se encarregue de o ir
lá buscar.
Alguns agricultores não gostam do estrume quando ele é
misturado com aparas de madeira em vez de palha. No
entanto, vale a pena ter em mente que o primeiro é
mais isento de ervas daninhas, e uma vez bem curtido e
empilhado, revela-se excelente não só para misturar na
terra como para fazer a adubação à superfície.
É importante salientar que todos os tipos de estrume
devem ser empilhados pelo menos, seis meses antes de
serem usados. Quando estiver pronto, deve perder o seu
cheiro nauseabundo.
2. Composto da horta
Todos os agricultores e horticultores deviam experimentar
reciclar a maior quantidade de desperdícios da sua própria
horta e cozinha. Essencialmente, trata-se apenas, de
seguir o exemplo da natureza, em que as folhas e os caules
se formam na Primavera e morrem no Outono, caindo no
chão e, finalmente apodrecendo para voltarem de novo a
entrar nas plantas enquanto nutrientes.
Na horta, alguns elementos são retirados durante este
ciclo, nomeadamente os legumes e frutos, mas mesmo
assim, os restantes deveriam ser reciclados tanto quanto
possível. Este tipo de composto não é difícil de se fazer
e naturalmente, é absolutamente gratuito. Caso tenha
disponibilidade de espaço, use vários caixotes para que
haja sempre algum disponível. Excepto tenham sido
utilizadas sementes de ervas daninhas ou plantas doentes,
o composto é seguro para funcionar como condicionador
da terra e como adubo.
3. Húmus
O húmus é um adubo de terra natural. É fácil de fazer
e não custa dinheiro. Use apenas húmus feito pelas suas
próprias mãos; nunca apanhe nos campos, porque isso
prejudica o equilíbrio das florestas e empobrece a terra.
5. Composto de cogumelos
Está frequentemente disponível ao nível local por causa
das quintas de produção de cogumelos. Este composto é
relativamente barato, especialmente se for comprado em
grandes quantidades.
É sobretudo, usado nas zonas ornamentais do jardim,
mas também tem utilidade na horta, se for bem curtido.
É particularmente útil em solos ácidos porque contém
calcário.
6. Desperdício industrial vegetal
Várias indústrias produzem desperdícios orgânicos
que podem ser úteis na jardinagem. Os desperdícios de
lúpulo utilizado na indústria de alimentos preparados
foram desde sempre os favoritos para quem consegue
obtê-los. Agora, importa-se cascas de coco, que são
muito bons como adubo de terra. Há vários produtos
disponíveis em toda a parte. Deixe-os curtir bem antes
de os utilizar.
7. Adubo verde
Algumas colheitas podem ser produzidas simplesmente
para voltarem a serem cavadas, a fim de melhorar a condição
e estrutura de um terreno. São particularmente úteis em
solos leves que foram deixados vazios por uma temporada,
por exemplo, no Inverno. O adubo verde pode ser semeado
no início do Outono, para ser cavado na Primavera. Em
alternativa, se plantar espécies de crescimento rápido, pode
usá-las sempre que a terra fique disponível para o efeito,
durante a estação de crescimento.
Nota: evite deixar o adubo verde florir e criar sementes,
senão regenerar-se-á por si próprio. A maioria da folhagem
e caules pode ser usada no caixote de composto.
Algumas das culturas que podem ser usadas como adubo
verde:
• favas; • azevém; • tremoços; • mostarda; • trevo;
• Joio de Inverno;
Gostou destes exemplos? Já usa algum destes adubos
naturais na sua horta? Caso ainda não os use é uma boa
altura para começar!
Rosa Moreira Criadora e Gestora de Conteúdos Agrícolas
F acientistaagricola - macientistaagricola.pt
Como fazer húmus?
Nota: o estrume de curral deve ser deixado em pilha num monte
até ter perdido o cheiro e terminar a decomposição.
1 www.acientistaagricola.pt - geral@acientistaagricola.pt
Utilize quatro estacas enterradas no solo com um arame
estendido à volta como um local perfeito para produzir
húmus. Limite-se simplesmente a deixar lá para dentro as
folhas, à medida que elas forem caindo das árvores. Pode
demorar até dois anos até que se decomponham e, quando
o processo tiver concluído, o que inicialmente parecia um
monte enorme ficará reduzido a uma pequena camada.
Adicione húmus à terra ou use-o para adubar à superfície.
Geralmente é ácido e pode ser utilizado para reduzir a
alcalinidade do solo. O húmus das agulhas de pinheiro é
particularmente ácido.
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6. Revolução dos (...), nome pelo
qual ficou conhecida a revolução que
derrubou o Governo durante a madrugada
de 25 de abril de 1974.
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7. O regime antes do 25 de Abril era
uma (...).
Silva António Filipe
9. O que não havia antes do 25 de
Abril.
11. Nesse dia especial, era um País
Heinrich novo a acreditar Stutz-Strasse em 2 novos dias. Tel: 043 817 34 60
8902 13. Continente Urdorf onde os soldados Natel: 076 396 65 77
portugueses estavam em Guerra para
tentarem manter as colónias
silva.automobile@bluewin.ch
de Portugal.
14. (...) Afonso, autor de ‘Grândola
Vila Morena’, a segunda canção que
passou na rádio, foi o sinal (senha)
de saída dos quartéis.
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Verticais:
Silva António Filipe
4. Salgueiro (...), um dos heróis da
Revolução de Abril e um dos seus
1. O 25 de Abril foi uma Revolução símbolos.
Militar comandada por (...).
Heinrich 2. Em festa, Stutz-Strasse tomou conta 2 das ruas Tel: 043
5. Estavam
817 34 60
cheias de presos políticos
(pessoas que tinham ideias diferentes
396 das 65 77 ideias do Governo).
8902 gritando Urdorf a palavra LIBERDADE! Natel: 076
3. O Povo deu-lhes cravos silva.automobile@bluewin.ch
e eles puseram
os cravos nos canos das suas principal conjunto de Leis do Pais.
6. Surgiu depois do 25 de Abril e é o
espingardas e as espingardas ficaram
caladas.
8. O mês no qual se comemora a
Liberdade, em Portugal.
Silva Automobile
PALAVRAS CRUZADAS 2015-2020
Silva António Filipe
Heinrich Stutz-Strasse 2
8902 Urdorf
Paulo Freixinho, acaba de lançar o
livro PALAVRAS CRUZADAS 2015-
2020 uma compilação de mais de 100
Tel:
dos
043
melhores
817 34 60
passatempos criados entre
076 2015 396 e 65 2020 77 para o seu website.
Natel:
silva.automobile@bluewin.ch
10. Com o 25 de Abril de 1974 começou
uma nova forma de vida em
Portugal, é uma palavra com origem
na Grécia, significa: poder do povo.
12. ’25 de (...)’, livro de Alexandre
Honrado, com ilustrações de Maria
João Lopes, que deu origem a este
passatempo.
Soluções na página 35 8
Preço:
€9,99 + portes de envio
Encomendas:
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www.palavrascruzadas.pt
30 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
31
PORTUGAL VISTO DE FORA
PATRIMÓNIO
CASO PARA
PERGUNTAR:
SÓ
AGORA?
The world’s 20 best soups | CNN Travel
V ZÉ-ANTÓNIO PIMENTA DE
FRANÇA (*)
– A CNN descobriu a excelência
do caldo verde.
Caso para perguntar:
Só agora? (**)
Convido-vos a que partamos deste
simples caso, uma insignificância,
certamente, para uma reflexão mais
abrangente.
Os Portugueses não sabem o que
têm nem o que valem. Só quando os
de fora os reconhecem e aplaudem é
que se dão conta. Mas esquecem-se
depressa disso e rapidamente voltam
ao choradinho da perene auto-lamentação.
Um dia somos os maiores, mas
dura pouco, no dia seguinte voltamos
a ser os piores...
Os Portugueses nasceram e cresceram
com uma série de vantagens que
lhes advêm do simples facto de terem
nascido e crescido neste país. E não
se dão conta disso: uma certa forma
suave e amável de estar que nos é particular,
a boa comida, o clima suave,
entre milhares de outras pequenas
coisas que para nós são naturais porque
sempre as conhecemos e nunca
vivemos sem elas, por isso achamos
que existem em todo o mundo. Não
existem, quando chegamos lá fora e
lá vivemos é que nos damos conta
disso. Mas não sabemos disso e vivemos
lamentando-nos contra “este
país”, enquanto desfiamos o imenso
rol das nossas desgraças e insuficiências.
Desgraças e insuficiências que
são reais, sem dúvida, mas que também
existem lá fora, essa parte desconhecemos
- e não sabemos sequer
que desconhecemos. Por isso para
nós, Portugueses, lá fora é sempre
melhor, é lá fora que está o ideal, aqui
é sempre o lugar do poucochinho, do
insuficiente.
É bom que sejamos críticos acerbos
do nosso próprio país, é um bom
princípio para melhorarmos, não devemos
perder essa atitude. Mas também
não devemos afundar-nos nesse
poço sem fundo ao ponto de perdermos
o contacto com a realidade que
nos rodeia .
Seja qual for o tema, parece-nos que
por cá tudo corre mal e lá fora no
estrangeiro, tudo corre bem. Não é
verdade, qualquer que seja a área Portugal
está sempre em lugar invejável,
nos 10 por cento melhores, em alguns
casos mesmo no top três, como acontece
há muitos anos com a segurança
pessoal, entre outras coisas...
Muita desta atitude tão implacavelmente
autocrítica vem da falta de termos
de comparação com outros países
e outras latitudes. Vem da falta de
vida e de mundo que só anos de vida
fora de Portugal nos dão... Por isso os
que tiveram a sorte (ou azar, depende
da pe ências como as nossas qualidades
e méritos...
Eu tive essa sorte, vivi fora de Portugal
um total de nove anos em dois
países bem diferentes entre si e bem
distintos de Portugal, embora não
completamente, já que pertencem ao
mesmo macro-quadro cultural e civilizacional,
são ambos países cristãos e
ocidentais...
Isso abriu-me os olhos. Por isso costumo
dizer que todos os Portugueses
deveriam ser obrigados a passar pelo
menos dois ou três anos fora de Portugal
para se darem conta do que nos
distingue e caracteriza, tanto no plano
positivo como no negativo e assim
podermos construir um país melhor a
partir daí...
Esta atitude de eterna lamentação
negativa sem reacção não é nada criativa,
puxa-nos para baixo...
(*) CNN elegeu o caldo verde como “uma das 20 melhores
sopas do mundo”.
(**) Ex-jornalista da Agência Lusa
A calçada portuguesa
é candidata a Património
Imaterial Nacional
A calçada portuguesa ou mosaico português é o nome consagrado
de um determinado tipo de revestimento de piso
utilizado especialmente na pavimentação de passeios, de
espaços públicos, e espaços privados, de uma forma geral.
A proposta surgiu pela Associação da Calçada Portuguesa
e tem como intuito a promoção e valorização da calçada e
dos calceteiros, que se encontra “em vias de extinção”
32 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
33
PASSATEMPO
HUMOR Quem não sabe rir, não sabe viver”
Está escuro...
Uma dona de casa recebe um
homem todos os dias em casa,
enquanto o marido trabalha.
Durante esse tempo ela mete
o filho de 9 anos trancado no
armário do quarto. Um dia o
marido chega a casa e esse
homem ainda lá está. Então
ela tranca também o homem
no armário junto com o filho.
Ficaram lá um bocado, até que
o miúdo diz:
– Tá escuro aqui, não tá?
– É, está.
– Eu tenho uma bola de baseball.
– Que giro!
– Queres comprar?
– Não!
– O meu pai está lá fora!
– Quanto é que queres pela
bola?
– 30 euros.
– Toma.
Uma semana depois, o marido
torna a chegar cedo. O homem
está em casa. O miúdo
está no armário. O homem vai
para o armário.
Eles lá ficam em silêncio até
que o miúdo diz:
– Tá escuro aqui, não tá?
– É, está.
– Eu tenho uma luva de baseball.
– Que bom.
– Queres comprar?
O homem lembra-se da outra
semana…
– Claro, quanto é, é igual?
– Não... já encareceu, agora
são 100 euros.
– Pega... aqui está e cala-te.
No fim-de-semana o pai chama
o filho:
– Pega na bola e na luva e vamos
jogar.
– Não posso. Vendi tudo.
– Vendeste? Por quanto?
– 130 euros.
– Tu é maluco? Olha que não
podes enganar os teus amigos
assim. Isso é pecado e vou levar-te
já ao padre para te confessares.
Chegando à igreja, o miúdo
entra pela porta do confessionário,
ajoelha-se e fecha a
porta. Abre-se uma janelinha
e aparece o padre...
– Meu filho, não temas a
Deus, diz e Ele perdoar-te-á.
Qual é o teu pecado?
– Tá escuro aqui Padre, não
está...?
–Não! não, vais começar outra
vez com essa merda, pois não?
Calinadas
— “Nós somos humanos como
as pessoas”. - Nuno Gomes, SL
Benfica
— “Quem corre agora é o Fonseca,
mas está parado”. - Jorge
Perestrelo (relato de jogo)
— “O meu coração só tem uma
cor: azul e branco”. - João Pinto,
antigo capitão do FC Porto
— “Lá vai Paneira no seu estilo
inconfundível... (pausa) ...Mas
não! É Veloso. - Gabriel Alves
— “É trágico! Está a arder uma
vasta área de pinhal de eucaliptos”.
- jornalista da RTP
— “Um morreu e o outro está…
morto”. - Manuela Moura Guedes
— “Antes de apertar o pescoço
da mulher até à morte, o velho
reformado suicidou-se”. - testemunha
do crime
— “Quatro hectares de trigo
foram queimados. Em princípio
trata-se de incêndio. - Lídia
Moreno (Rádio Voz de Arganil)
— “O acidente foi no tristemente
célebre Rectângulo das
Bermudas”. - Paulo Aguiar (TV
Globo)
— “Os antigos prisioneiros
terão assim a alegria do reencontro
para reviver os anos de
sofrimento”. - Maria do Céu
Carmo, psiquiatra
Vida de Padre
Numa pequena aldeia do interior
do Minho, o novo padre
recebe a visita inesperada do
Arcebispo, para interar-se da
adaptação no novo Padre à pequena
aldeia.
Após um farto almoço, começam
a conversar.
- As coisas por aqui não parecem
ser muito agitadas - comenta
o Arcebispo.
- Vossa Eminência tem toda a
razão! A vida aqui é muito monótona,
mas muito agradável;
rosário, vinho, rosário, vinho...
assim a gente vai passando o
tempo...
O novo padre faz uma pequena
pausa e logo dá um berro em
direcção à cozinha:
- Rosário! Por favor traz mais
uma garrafa!
Abril 2021
Feriados e Datas Comemorativas
01 QUI Dia das Mentiras - 1º de Abril
01 QUI Dia Internacional da Diversão no Trabalho
02 SEX Sexta-Feira Santa
02 SEX Dia Internacional do Livro Infantil
02 SEX Dia Mundial da Consciencialização do Autismo
04 DOM Páscoa
04 DOM Dia Mundial do Rato
04 DOM Dia Internacional Contra as Minas Antipessoais
05 SEG Dia Nacional da Artrite Reumatóide
06 TER Dia Mundial da Actividade Física
06 TER Dia Internacional do Desporto ao Serviço do
Desenvolvimento e da Paz
07 QUA Dia Mundial da Saúde
07 QUA Dia Internacional do Castor
07 QUA Dia Internacional para Reflexão do Genocídio
de 1994 contra os Tutsi em Ruanda
08 QUI Dia Internacional do Cigano
10 SÁB Dia do Golfista
11 DOM Dia Mundial da Doença de Parkinson
12 SEG Dia Internacional do Voo Espacial Tripulado
SOLUÇÕES
13 TER Dia do Beijo
14 QUA Dia Internacional do Café
15 QUI Dia Mundial da Arte
16 SEX Dia Mundial da Voz
17 SÁB Dia Mundial da Hemofilia
18 DOM Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
22 QUI Dia Mundial da Terra
23 SEX Dia Mundial do Livro
23 SEX Dia Mundial do Escutismo
23 SEX Dia Nacional da Educação de Surdos
24 SÁB Dia Mundial do Animal de Laboratório
25 DOM Dia da Liberdade - 25 de Abril
25 DOM Dia Mundial do Pinguim
26 SEG Dia da Produção Nacional
26 SEG Dia Mundial da Propriedade Intelectual
26 SEG Dia Internacional de Lembrança do Desastre
de Chernobyl
27 TER Dia Mundial do Design Gráfico
28 QUA Dia Nacional de Prevenção e Segurança no
Trabalho
28 QUA Dia Internacional do Cão-Guia
29 QUI Dia Mundial da Dança
30 SEX Dia Internacional do Jazz
Soluções:
Horizontais:: 6. Cravos, 7.
Ditadura, 9. Liberdade, 11. Portugal,
13. África, 14. Zeca.
Datas comemorativas
Verticais:: 1. Capitães, 2. Povo,
3. Soldados, 4. Maia, 5. Cadeias,
6. Constituição, 8. Abril, 10. Democracia,
12. Abrir.
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Badenerstrasse 382, Postfach 687 | 8040 Zürich | Tel. 043 243 81 21
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34 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
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POESIA
V CARMINDO
DE CARVALHO
Olhar enamorado
Teus cabelos ondulantes
Dum loiro de ouro dourado
Beijados pelo sabor da brisa
Apetece rebolar
Como se rebola
Num campo florido!
Teus olhos olham
Com um olhar
Tão felinamente
Penetrante e arrepiante
Que mesmo assim
Apetece fitá-los sem fim!
Teus seios lembram proas!
Com a água brincando
As ondas cortando
A um afago
De mãos corajosas
Desafiam e convidam!
Todo este conjunto
Inebriante tão belo!
É tónico que rejuvenesce
Remédio que cura
Mezinha que esconjura
Males que para longe afugenta.
Tão belo quadro!
Faz concorrência
Às belíssimas pinturas
De criaturas
De pose altaneira
E desafiante!
Nas telas famosas
Cenas que fazem
Olhos esbugalhados e acordados
sonhar!
Que apelam
Ao imaginário!
E deixam os neurónios a vaguear!
19, Março, 2021
© Alfredo Cunha
V EUCLIDES
CAVACO
POESIA
Heróis de Abril
Deixem-me cantar Abril
E evocar tal heroísmo
Militar junto ao civil
Que derrubou o fascismo.
Prestar aos bravos meu preito
Dizer-lhes Valeu a pena
Os cravos e o tema eleito
Grandola Vila Morena !...
Deixem-me clamar victória
Às nossas Forças Armadas
Pelo seu triunfo e glória
Com o povo de mãos dadas.
Que a hístória jamais olvide
Os militares de excelência
Que incutiram fim à pide
E à maldita prepotência...
Deixem-me exaltar os bravos
Do nosso Portugal novo
Da Revolução dos Cravos
Que trouxe justiça ao povo.
Dando a Abril o sentido
Com coragem e vontade
De abrir com o povo unido
As portas da liberdade !...
Escute aqui:
https://www.euclidescavaco.com/herois-de-abril
Sonho de
trapezista
O meu amigo trapezista
Exercita os músculos
Repimpado ao sol
E sonha ser bailarina de varão!
Que com grande ambição
Mostra certos dotes
De preferência ao barrigudo capitalista
Em vez do ocioso
Operário preguiçoso
Com mania de Barão.
Que certamente
Não lhe trará coisa boa
Coisa de boa gente! ...
Nem festanças de rua ou salão.
E lá terá de se esfregar no varão
Enquanto sonha
Por coisa boa, dote
Ou algum golpe de sorte.
É a vida. Uns trabalham e outros sonham! ...
16, março, 2021
©Carmindo de Carvalho
© Francisco Carrola
Militar e Capitão de Abril
2 Julho 1947 - 6 Setembro 2015
É LOGO À NOITE!
VIVA O DIA DE AMANHÃ
24 de Abril de 2014 às 10:58...
Do meu ficheiro de memórias
tiro uma pasta de entre muitas.
24 de Abril de 1974. Campo militar
de S. Margarida, hora de almoço.
Encostado ao balcão do
Bar dos Oficiais, vejo numa TV
a preto e branco (ainda não tinha
chegado a cor) um jogo do
Sporting na ex-RDA, para a Taça
das Taças. Narrador Artur Agostinho.
Sussurrando por cima do
meu ombro, o camarada Pessoa
avisa-me "É LOGO À NOITE".
Sem net nem telemóveis, a mensagem
passava de boca em boca.
Hoje 40 1 anos depois leio "Pai, Tiveste
Medo" de Catarina Gomes,
sobre a Guerra Colonial.
Parafraseando Jorge Sampaio,
"aquele passado não podia ser o
nosso futuro". Hoje "este presente
também não pode ser o nosso
futuro. Tivesse eu capacidade
escreveria outro livro, Filhos Têm
Medo?.
Lutar por aquilo que se acredita
é a forma de lidar com o medo.
VIVA O DIA DE AMANHÃ.
VIVA o 25 de Abril!
José Santos Jorge
(Comandante do Batalhão de
Cavalaria 8320/73)
1 Em 2021 são já 47 anos
36 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
37
HORÓSCOPO
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Abril
w V - JOANA ARAÚJO (*)
Carneiro
Este mês pede foco na interiorização,
na reflexão e na observação
das consequências de
seus actos ao longo dos últimos
meses. É um período em que o
importante é buscar o autoconhecimento,
o desenvolvimento
espiritual e ouvir mais a sua intuição.
A saúde física e psíquica
é também muito importante ao
longo deste mês. É um mês idealista
e sonhador, em que você
deve evitar sentimentos de culpa
e uma atitude de mártir ou de
vítima.
Touro
Amizade, amor, desenvolvimento
espiritual e conexão com
certos grupos e ideais são os
factores mais importantes deste
mês para o signo Touro. É um
momento em que você se questiona
quem são os seus companheiros
de jornada, como está
estabelecendo laços emocionais
com as pessoas, qual é o seu papel
no planeta. É também um
mês muito importante para você
cuidar de assuntos emocionais e
financeiros pendentes.
Gémeos
Este mês é um mês importante
para o signo Gémeo reflectirem
se estão conseguindo uma harmonização
entre as demandas
profissionais e os interesses
mais íntimos ligados à família
e às emoções. É um mês muito
significativo para você se envolver
mais emocional e espiritualmente
com o que faz e para perceber
onde esteve idealizando as
situações em demasia, podendo
haver ilusões ou confusões. É o
momento de seguir o chamado
da sua alma, caso o contrário,
você tende a se sentir muito insatisfeito.
Caranguejo
Espiritualidade, viagens com o
intuito de autoconhecimento,
idealismo, sonhos, participação
em cursos e workshops são
maneiras interessantes de você
canalizar sua energia ao longo
deste mês. É um momento muito
importante para você perceber
se está seguindo os seus
sonhos e os seus ideais, e onde
talvez esteja idealizando em demasia,
correndo o risco de ficar
confuso e desorientado. Siga
mais a sua intuição.
Na vida amorosa, é necessário
que haja uma profunda sintonia
espiritual com quem você ama,
que respeite as diferenças ideológicas,
mas que também busque
um entendimento mais profundo,
baseado no ensinamento
do afecto incondicional.
Leão
Este mês é para o signo Leão um
dos meses mais transformadores
de 2016, pois teremos uma
Lua Nova que será também um
eclipse no sector de transformações
emocionais. É o momento
de você perceber aquelas atitudes
e padrões que não podem
mais se repetir. É uma fase de
intenso renascimento interno,
e o foco está no reconhecimento
de como você está vivendo a intimidade,
a sexualidade e também
na resolução de pendências
financeiras.
Virgem
Relacionamento é o principal
tema deste mês ao signo Virgem,
pois teremos uma Lua Nova,
que é também um eclipse, no
sector de relações, parcerias e
associações. É um momento de
você questionar as suas atitudes
em todo tipo de relacionamento
e interacção que você estabelece
com as pessoas. Deve ter cuidado
com atitudes manipuladoras
ou com a idealização excessiva,
buscando uma relação perfeita.
Há um importante aprendizado
de uma maior compaixão e sensibilidade
em suas relações.
Balança
Está na hora de você cuidar
mais da saúde e do bem-estar,
percebendo as situações que são
nocivas ao seu desenvolvimento.
Este é um mês que haverá
um eclipse no sector de saúde e
de trabalho, pedindo para você
cuidar desses assuntos e realizar
as transformações e curas
necessárias em relação a eles. É
um momento em que pode haver
o início de um processo de
profundas mudanças na natureza
do seu trabalho e no que representa
para você ter uma vida
saudável.
Escorpião
Fortes desafios emocionais caracterizam
neste mês para o
signo Escorpião. Você tende a
estar mais sonhador e idealista,
e isso pode ser importante para
se sintonizar com as suas verdades
mais essenciais. Entretanto,
pode haver a tendência à ilusão
por um excesso de expectativas.
É um momento muito importante
para projectos criativos
e para uma expressão mais autêntica
de seus talentos e potenciais.
A amizade é também um
factor muito importante do mês
para o signo Escorpião.
Sagitário
Um novo balanço entre a vida
pessoal e profissional se faz necessário
ao signo Sagitário ao
longo deste mês. Teremos um
eclipse no seu sector familiar,
indicando a importância de
você resolver pendências de longa
data com a família. É hora de
um acerto de contas com o seu
passado em que você deve perdoar
antigos erros e buscar uma
sintonia emocional e espiritual
mais profunda com as pessoas
próximas. Isso não significa “tapar
o sol com a peneira” ou fugir
de conflitos, mas é necessário
você resolver aquilo que está lhe
incomodando.
Capricórnio
É hora de você prestar mais
atenção na sua voz interior, na
sua intuição, expressando o que
verdadeiramente pensa e sente.
Mas deve haver cuidado com a
tendência aos mal entendidos
na comunicação e na interacção
com pessoas, porque talvez
você não seja compreendido em
relação ao que de facto quer expressar,
tome cuidado com isso.
É um mês em que pode se sentir
chamado a desenvolver certos
conhecimentos e interesses, que
agregarão uma dimensão mais
espiritual ao seu quotidiano.
Aquário
O que você realmente valoriza?
Este é o grande questionamento
deste mês ao signo Aquário.
Um mês em que o foco está no
desenvolvimento de suas habilidades,
na percepção do que lhe
é prioritário em questões financeiras
e nas resoluções de antigas
pendências. É o momento de
perceber se você está agindo de
acordo com seus ideais mais importantes.
Peixes
Este mês tende a ser o mês mais
importante de 2016 para o signo
Peixes, pois teremos a Lua Nova,
que será também um eclipse no
seu signo, sinalizando um novo
momento de vida, com importantes
reflexos nos seus relacionamentos
e parcerias. É o momento
de se conectar mais com
o que lhe é sagrado e de atender
ao seu chamado interno, que se
tornará imenso ao longo do mês.
Afectivamente, teremos o ingresso
do planeta do amor em
seu signo ao longo deste mês, o
que potencializa novas atitudes
e afinidades. É um momento em
que você tende a estar mais sintonizado
com a sua verdadeira
natureza emocional.
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e legumes da época
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Seg. a Sexta. — 08h00 às 20h00
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(*) COORDENAÇÃO, RECOLHA E ADAPTAÇÃO
38 Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu Lusitano de Zurique - Abril 2021 | www.cldz.eu
39
ÚLTIMA
Aumento da idade da
reforma das mulheres
MANUEL ARAÚJO 1
O governo suíço
pretende aumentar
a idade de reforma
das mulheres na
Suíça alinhando-a
com a dos homens.
O objectivo principal desta
medida é equilibrar as
finanças da AVS, tendo já
o Conselho de Estado (Senado)
a 15 de Março, aprovado
um projecto de reforma
do Seguro de velhice,
sobrevivência e invalidez,
tal como propõe a Organização
para Cooperação e
Desenvolvimento Económico
(OCDE), desejo que o
1 com Agências
Conselho Federal há muito
tempo alimenta e pretende
pôr em prática, eliminando
assim esta lacuna do género,
nivelando a idade de referência.
Actualmente na Suíça, as
mulheres podem aposentar-se
aos 64 anos de idade,
enquanto os homens
aposentam-se aos 65, mas
crê-se que brevemente essas
diferenças de idade desaparecerão.
Na Noruega
e Islândia, por exemplo, os
pensionistas têm de trabalhar
até os 67 anos para obter
uma pensão completa.
A maioria dos países industrializados
optou por idade
da reforma idênticas, mas
na Suíça, esta é uma questão
politicamente difícil.
O Departamento Federal
de Seguro Social (AFSS)
prevê que o déficit acumulado
da AVS, se nenhuma
medida for tomada, excederá
23 biliões de francos
em dez anos. Para remediar
esta situação, o projecto de
reforma conhecido como
“AVS 21” prevê principalmente
um aumento do
imposto de valor agregado
(IVA) e de um aumento
da idade de aposentadoria
para as mulheres até os 65
anos. Com esta medida, o
governo espera alcançar
uma economia total de 10
biliões de francos entre
2023 e 2031.
Saiba mais em:
https://europa.eu
e swissinfo.ch
40
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