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BALCAO Ed 173

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CADERNO BALCONISTA AUTOMOTIVO<br />

45<br />

Pela paridade de gêneros<br />

Silvana da Solidade Almondes, compradora na<br />

Braskape e Kohara, em São Paulo (SP), começou<br />

no setor em 1996, por curiosidade. “Eu trabalhava<br />

com moda de luxo e queria mudar. Uma amiga me<br />

indicou para ser telemarketing na RPR MOTOSHOP<br />

(meu segundo emprego), que hoje faz parte do<br />

grupo Comolatti. Permaneci lá por 14 anos, passando<br />

por todos os setores da empresa até chegar ao de<br />

compras. Eu tive um grande mestre a quem devo<br />

muito, o Sr. Wilson R. Molina, que me ensinou quase<br />

tudo que sei hoje”.<br />

De lá para cá, muita coisa mudou. “A forma de<br />

trabalhar e como as mulheres hoje são vistas. E<br />

o mais importante, respeitadas no mercado. No<br />

início (televendas) os próprios clientes agiam com<br />

desconfiança, pediam para falar com vendedores<br />

homens, faziam brincadeiras e piadinhas que hoje<br />

seriam encaradas de outra forma, tive muitas vezes<br />

que me impor e provar a minha capacidade, sofri<br />

muito preconceito no início”.<br />

Em sua opinião, o maior desafio é qualificar mais<br />

mulheres para o setor automotivo e em toda cadeia de<br />

produção. “Ainda existe preconceito e competitividade<br />

entre os gêneros, principalmente na questão de<br />

salários. Nós ganhamos menos que o sexo oposto.<br />

Continuamos a ter que provar que somos capazes”. O<br />

lado bom é que tem mulheres em todos os setores,<br />

inclusive mecânicas que colocam a mão na massa.<br />

“O fato de ter mais mulheres nas lojas e oficinas dá<br />

um certo conforto às outras mulheres que frequentam o<br />

ambiente. Hoje temos muitas clientes mulheres seja em<br />

oficina ou consumidora final. Elas pesquisam na internet<br />

e vêm com as fotos das peças, isso é ótimo”, conclui.<br />

Mais presença feminina<br />

Há quase 21 anos, Renata de Oliveira Grasson<br />

trabalha na Auto Peças Rey Maco Cham, em Bragança<br />

Paulista (SP). Hoje ela ocupa o cargo de gerente<br />

Comercial. “Quando eu entrei no ramo de autopeças,<br />

não foi uma opção minha, mais porque eu era muito<br />

jovem e queria fazer algo para eu ter as minhas coisas,<br />

sem ter que ficar pedindo para os meus pais. Como o<br />

meu pai era muito amigo do proprietário da empresa,<br />

ele conseguiu que eu entrasse nessa autopeças que<br />

estou há quase 21 anos e tenho um prazer imenso<br />

por isso”.<br />

Para chegar onde está, Renata passou por muitas<br />

etapas dentro da empresa. “Umas coisas eu posso<br />

dizer: não foi nem um pouco fácil. Hoje, eu lidero uma<br />

equipe com 22 pessoas, sou respeitada e admirada<br />

pelos meus colegas de trabalho”. E os desafios são<br />

vários. “Dentre os mais relevantes, é sempre ser firme<br />

e coerente nas minhas decisões, sempre buscando o<br />

melhor para a minha equipe”.<br />

Ela também comenta que a presença das mulheres<br />

no ramo de autopeças teve um aumento significativo,<br />

“tanto como clientes que vêm até a loja, como as que<br />

trabalham com peças”, e que conciliar a vida pessoal<br />

com a profissional já faz parte. “Faz tanto tempo que<br />

trabalho nesse ramo que consigo muito bem conciliálas.<br />

Sempre me organizo para que tudo saia conforme<br />

o planejado, não gosto de tomar decisões em cima<br />

da hora, por isso, costumo planejar o meu dia sempre<br />

antes de ir para o trabalho”.

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