Edição de Julho e Agosto 2021
Edição de Julho e Agosto 2021 Nºs 277 e 278
Edição de Julho e Agosto 2021
Nºs 277 e 278
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MEMÓRIA
Morreu o Neno
Fiquei triste!
MARIA JOSÉ PRAÇA
Era sobrinho de uma Colega, Amiga que também
partiu cedo...
Através dela os meus Alunos convidaram-no e o
Neno acedeu e visitou-nos.
Respondeu a perguntas, deu autógrafos, ofereceu
bolas e arbitrou um jogo que engendrou com os
miúdos para lhes explicar as regras...
Os garotos ficaram felizes e hoje, ao ouvirem a
notícia, hão-de sorrir para o Céu!
A Vida é isto,
é o momento
”O problema para mim não existe...
Existe a solução.
Porque a vida é isto, é o momento.
Eu tenho que viver, eu tenho que ser feliz...
Eu vim ao mundo para ser feliz.
Nós todos viemos para ser felizes.”
NENO
O Neno.
Quem Era (aquela que
eu amo) – Neno
ANTONIO MANUEL RIBEIRO ( UHF)
Passaram quatro dias sobre o desaparecimento
físico de um companheiro da arte musical (Luís
Duarte) e eis que outra notícia chega sobre a morte
súbita de um homem que juntou à alegria de jogar
futebol a vontade de subir aos palcos e cantar.
Tudo está (e bem) a ser dito sobre este coração grande
com um sorriso do tamanho do sol nascente. Deixo-vos a
minha pequena estória com o Neno.
A meio da década de ’90, estávamos nós na multinacional
discográfica BMG, recebi uma chamada do Pedro Oliveira
(director de marketing) a pedir-me que escrevesse
uma canção original para o Neno – ia gravar finalmente
um disco.
Sabia do apreço que ele tinha por Júlio Iglésias (que também
foi guarda-redes do Real Madrid) a quem se chegou
a juntar em palco no estádio do Bessa e mais tarde no
estádio da Maia. Pensei no ambiente romântico que se
pretendia e escrevi a canção “Quem Era (aquela que eu
amo)”. Enviei a maqueta para o Ramon Galarza, que fez a
orquestração e produziu o CD do estúdio TCHA TCHA
TCHA.
Um dia, o Neno ligou-me para me agradecer e combinou-
-se uma viagem musical a Cabo Verde, que acabou por
não acontecer. Há meia dúzia de anos voltámos a estar
juntos num espectáculo colectivo de apoio a uma corporação
de bombeiros do Norte, necessitados de todas as
ajudas para suprirem os meios que as chamas reduzem a
cinzas. O abraço e o sorriso eram a revelação humana de
um viajante que honrou a vida. Palmas para o homem que
voou entre os postes e deu voz à canção.
Lusitano de Zurique - Julho/Agosto 2021 | www.cldz.eu
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