Educação Museal e Acessibilidade
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Marcas e vestígios: relatos de
experiências em mediações na oficina
“Fósseis: do mar à conquista da terra”
Introdução
Suely Ribeiro Monteiro, Henrique Sena Guimarães Lopes, David Bruno Silva,
Guilherme Borges Leão e Luana P. de O. Rodrigues Trindade
O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade,
importante corredor cultural da cidade de Belo Horizonte. Aberto ao público em
2010, contando com um importante acervo mineral e valendo-se de dispositivos tecnológicos
digitais como sua principal linguagem expográfica, o Museu propõe abordagens múltiplas
acerca do universo da mineração e da metalurgia, desvelando duas das principais atividades
econômicas de Minas Gerais, com determinante impacto em sua formação sociocultural.
A instituição conta com um núcleo educativo responsável pelo atendimento ao público,
que tem como diretriz atuar proativamente na divulgação e popularização da ciência e
da tecnologia, fortalecendo laços identitários e valorizando a diversidade.
Alinhado a tais premissas, o museu realizou em 2019 a exposição “Fósseis: do mar à
conquista da terra” (Figura 1) com o intuito de difundir o conhecimento científico sobre o
valioso patrimônio paleontológico brasileiro. As diretrizes de acessibilidade universal nortearam
a sua curadoria de acervo e o seu projeto expográfico, bem como as ações educativas
construídas para a sua mediação. Dentre tais atividades, foi desenvolvida uma oficina
acessível de produção de réplicas de fósseis, de mesmo título da exposição.
Este artigo possui o objetivo de relatar as experiências dos educadores deste museu
nos processos de elaboração e de realização desta oficina junto aos visitantes. Para
tal construção, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os educadores, consultas
a relatórios de atendimentos e demais documentos afins ao projeto. Todo este processo
foi embasado na Matriz FOFA (forças, oportunidades, fraquezas, ameaças) (GOMIDE;
SCHÜTZ; CARVALHO; CÂMARA, 2015).