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INOVAÇÃO<br />
consumo de energia e medição da eficiência energética<br />
no contexto brasileiro.<br />
“Minha percepção é de que a digitalização é um<br />
processo sem volta para todos os setores em algum<br />
momento, já que se trata de uma ferramenta que permite<br />
maior eficiência no uso dos recursos. Caso contrário,<br />
ela não se justificaria. Isso é muito perceptível. Todos os<br />
setores em que há digitalização ficam mais competitivos<br />
e eficientes, e isso não será diferente no setor energético”,<br />
argumentou o diretor do MME.<br />
MUDANÇAS EM ALTA VELOCIDADE<br />
Pires acrescentou que os efeitos da digitalização<br />
deste setor ocorrerão em uma velocidade ainda maior<br />
do que a das telecomunicações, uma vez que têm como<br />
ponto de partida ferramentas já disponibilizadas pelas<br />
telecomunicações, tanto no âmbito residencial como<br />
comercial e industrial.<br />
“A tendência é que esse processo se dê mais rápido<br />
do que o ocorrido nas telecomunicações, até porque as<br />
telecomunicações proporcionaram a outros setores ganho<br />
de tempo. Mas tudo vai depender de um passo ainda<br />
a ser dado na modernização do setor elétrico. Acredito<br />
que, no mercado livre de energia, esse passo seja dado<br />
muito mais rapidamente porque é intrínseco à liberdade<br />
de mercado. Já no cativo, que são as distribuidoras de<br />
energia, o passo será mais lento, mas tão ou mais rápido<br />
do que a legislação permitir”, complementa o diretor do<br />
MME.<br />
Diante de tantas possibilidades, não há, segundo Pires,<br />
como deixar de se fazer um paralelo entre o processo<br />
de digitalização e o ocorrido no setor de comunicações.<br />
“Antes, havia telefones fixos e orelhões. Quando apareceram<br />
os celulares não se tinha a exata noção de onde<br />
poderíamos chegar. Ninguém imaginava que, em pouco<br />
mais de dez anos, até operações bancárias complexas<br />
seriam feitas por meio deles”, observou.<br />
Ele acrescenta que a digitalização do setor abrange<br />
não apenas consumo e oferta, mas possibilidades quase<br />
infinitas do uso de inteligência artificial para a melhoria<br />
de processos.<br />
“O consumidor passa a ser o que chamamos de<br />
prossumidor: um consumidor mais proativo que, por<br />
exemplo, pode se tornar produtor ao gerar, consumir e<br />
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