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NOTAS<br />

RECEITA<br />

FEDERAL<br />

Foto: divulgação<br />

As paralisações dos auditores fiscais da Receita Federal iniciadas no final de 2021 afetaram quase a totalidade<br />

(96%) de 186 empresas consultadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os problemas mais recorrentes<br />

são relativos ao desembaraço de mercadorias, inspeções e documentação, mas alguns operadores do comércio exterior<br />

também sofreram com atraso na entrega de exportações, interrupção da produção e cancelamento de contratos.<br />

Entre as exportadoras afetadas pela paralisação, o problema mais recorrente citado é lentidão no desembaraço<br />

das mercadorias (70,3%), seguido por demora nas inspeções das cargas (37,8%) e custos adicionais de armazenagem<br />

de cargas em função dos atrasos nas alfândegas (34,2%). Nesse grupo, 23,4% das empresas registram atrasos na<br />

entrega de mercadorias a clientes no exterior, 3,6% tiveram de interromper a produção e 1,8% precisaram cancelar<br />

contratos. Quanto às importadoras impactadas pela greve, a lentidão no desembaraço das mercadorias também é o<br />

principal problema (65,1%), seguido por custos adicionais de armazenagem de cargas (41,9%) e demora na inspeção<br />

das cargas (31%). Nessa categoria, 7,8% tiveram de interromper a produção e 4,7% tiveram contratos cancelados.<br />

Outras dificuldades registradas foram atraso na entrega de mercadorias aos clientes, custos adicionais associados<br />

à logística e movimentação das cargas, maior rigidez nas inspeções das cargas e no uso dos canais de verificação,<br />

exigência de mais documentos, depreciação das cargas, suspensão da operação de embarque e lentidão na concessão<br />

das Declarações de Trânsito Aduaneiro.<br />

A consulta foi feita entre 17 a 24 de janeiro e entre 31 de janeiro a 4 de fevereiro. Das 186 empresas respondentes,<br />

36% exercem tanto atividades de exportação quanto de importação.<br />

Além dos problemas listados, o movimento de greve tem também prejudicado o avanço da agenda de facilitação<br />

e modernização do comércio exterior brasileiro ao comprometer o desenvolvimento de programas estruturantes e<br />

prioritários para a indústria, como o OEA (Operador Econômico Autorizado) e o Portal Único de comércio exterior,<br />

ambos em processo de implementação.<br />

Algumas empresas relataram à CNI que a emissão de novas certificações no Programa OEA foi suspensa. O certificado<br />

de operador de baixo risco concedido pelo programa traz benefícios como maior agilidade e previsibilidade<br />

das cargas nos fluxos do comércio internacional, com consequente diminuição dos custos de transação relativos à<br />

atividade aduaneira.<br />

54 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2022

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