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53ª Edição_Revista ATRAÇÃO

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Por Euza Missano

JESUS

ACALMA A TEMPESTADE

Aracaju SE BR

Palestrante Espírita, Membro do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) - Bittencourt Sampaio

Muitas vezes nos perdemos no deserto de

nós mesmos, por tempo exíguo que criamos e

pela velocidade das transformações externas,

sem o correspondente apelo à reforma íntima

do necessário; não lapidamos nosso espírito e

vivemos no falso controle das emoções, dominando

uma coragem que não se apresenta de

forma gratuita porque cobra do cristão fidelidade

e compromisso.

A agenda de intenções segue a rotina dos

dias sem a percepção do espaço necessário para

a pausa diária, para o pensar e concretizar o

aprendizado real com as lições das circunstâncias

que são postas. Aceitamos entrar no barco com

Jesus, mesmo sabendo que sofreríamos com as

adversidades causadas pela forte tempestade

conhecida, mas somos responsáveis pelo soterramento

do bem em nós, deixando Jesus adormecer.

O lago de Genesaré é conhecido pelas constantes

e previsíveis tempestades, e os discípulos

pescadores tinham conhecimento da sua

frequência, assim como nós somos sabedores

que não passaremos do berço ao túmulo sem

turbulências quando entramos no barco com Jesus.

Contudo existe um ponto de convergência

que nos tranquiliza a alma: Jesus entra primeiro

no barco e Ele mesmo se posiciona no lugar a-

propriado, na popa, onde se encontra o leme de

condução.

Entramos no barco simbólico da vida com o

processo reencarnatório e assumimos a possibi-

lidade de passarmos pelas turbulências do mar

da vida. O problema é que colocamos Jesus para

dormir. Logo Ele, que está na condução do leme,

oferecendo direcionamento seguro ao barco; e,

no momento da tempestade, inquietamo-nos

como crianças surpreendidas pelo infortúnio, pois

sabemos que não daremos conta sozinhos.

Assim como fizeram os discípulos, cuidamos

de nos aproximar e despertar Jesus no leme, e

Ele, com a sua misericórdia infinita, acalma a

tempestade interna, a que foi capaz de reduzir a

nossa fé com a inquietude dos sentimentos, para

que possamos, com os nossos esforços renovados,

acalmar a tempestade externa.

A fidelidade é a causa mais importante da

nossa aliança com Deus. Não podemos perder

a concretude dessa força motivacional que nos

conduzirá, junto com a paz de consciência, à felicidade

possível na Terra. Quando raiar a nova

aurora em nossos corações, a fidelidade estará

pacificada e não mais teremos tantas inquietações,

fruto da nossa pouca fé e a certeza de

que a presença do Cristo, em nosso barco, produzirá

uma felicidade perene, incapaz de adormecer

o amor e produzir o sono da alma.

Ele é modelo e guia. Precisamos modelar

Jesus para que possamos despertar as potências

divinas em nós. Somente assim Ele nos conduzirá

a águas tranquilas, pois, conforme o Salmista,

“ainda que eu andasse pelo vale da sombra da

morte, não temeria mal algum, porque Tu estás

comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam”.

32 Atração_ maio de 2022

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