Por Euza MissanoJESUSACALMA A TEMPESTADEAracaju SE BRPalestrante Espírita, Membro do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) - Bittencourt SampaioMuitas vezes nos perdemos no deserto denós mesmos, por tempo exíguo que criamos epela velocidade das transformações externas,sem o correspondente apelo à reforma íntimado necessário; não lapidamos nosso espírito evivemos no falso controle das emoções, dominandouma coragem que não se apresenta deforma gratuita porque cobra do cristão fidelidadee compromisso.A agenda de intenções segue a rotina dosdias sem a percepção do espaço necessário paraa pausa diária, para o pensar e concretizar oaprendizado real com as lições das circunstânciasque são postas. Aceitamos entrar no barco comJesus, mesmo sabendo que sofreríamos com asadversidades causadas pela forte tempestadeconhecida, mas somos responsáveis pelo soterramentodo bem em nós, deixando Jesus adormecer.O lago de Genesaré é conhecido pelas constantese previsíveis tempestades, e os discípulospescadores tinham conhecimento da suafrequência, assim como nós somos sabedoresque não passaremos do berço ao túmulo semturbulências quando entramos no barco com Jesus.Contudo existe um ponto de convergênciaque nos tranquiliza a alma: Jesus entra primeirono barco e Ele mesmo se posiciona no lugar a-propriado, na popa, onde se encontra o leme decondução.Entramos no barco simbólico da vida com oprocesso reencarnatório e assumimos a possibi-lidade de passarmos pelas turbulências do marda vida. O problema é que colocamos Jesus paradormir. Logo Ele, que está na condução do leme,oferecendo direcionamento seguro ao barco; e,no momento da tempestade, inquietamo-noscomo crianças surpreendidas pelo infortúnio, poissabemos que não daremos conta sozinhos.Assim como fizeram os discípulos, cuidamosde nos aproximar e despertar Jesus no leme, eEle, com a sua misericórdia infinita, acalma atempestade interna, a que foi capaz de reduzir anossa fé com a inquietude dos sentimentos, paraque possamos, com os nossos esforços renovados,acalmar a tempestade externa.A fidelidade é a causa mais importante danossa aliança com Deus. Não podemos perdera concretude dessa força motivacional que nosconduzirá, junto com a paz de consciência, à felicidadepossível na Terra. Quando raiar a novaaurora em nossos corações, a fidelidade estarápacificada e não mais teremos tantas inquietações,fruto da nossa pouca fé e a certeza deque a presença do Cristo, em nosso barco, produziráuma felicidade perene, incapaz de adormecero amor e produzir o sono da alma.Ele é modelo e guia. Precisamos modelarJesus para que possamos despertar as potênciasdivinas em nós. Somente assim Ele nos conduziráa águas tranquilas, pois, conforme o Salmista,“ainda que eu andasse pelo vale da sombra damorte, não temeria mal algum, porque Tu estáscomigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam”.32 Atração_ maio de 2022
Atração_ maio de de 2022 33