Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Por Paiva Netto
Jacobinos, guilhotina e a
esquecida Fraternidade
Rio de Janeiro RJ BR
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
Ao responder à jornalista portuguesa
Ana Serra, em 19 de setembro de
2008, sobre qual foi meu objetivo ao
escrever Reflexões da Alma e lançálo
em terras lusitanas, afirmei que, a
princípio, atender os amigos que me
solicitaram a publicação de algumas
das minhas experiências no decorrer
de todos esses anos, relatadas em reuniões
administrativas, discursos e
palestras, na mídia escrita e eletrônica,
no Brasil, em Portugal e em outras
partes do mundo. Procurei, então,
modestamente compartilhar isso, imprimindo
em letras lições dispostas
no caminho de todos os que querem
aprender algo que a existência terrestre
e espiritual sempre tem a ofertarnos.
Necessária se torna a concepção de
que uma decisiva mudança deva brotar
primeiro na Alma de todos nós. A principal
chave do sucesso, no transcorrer
do terceiro milênio, resume-se em
cuidar do Espírito, reformar o ser humano,
pois assim tudo será aperfeiçoado,
tendo como luzeiro a tantas vezes
menoscabada Fraternidade Universal,
referida em último lugar no tripé ideológico
da Revolução Francesa — 1º
Liberdade, 2º Igualdade e 3º Fraternidade
—, logo devidamente esquecida,
resultando no que se sabe: depois de
cortar a cabeça dos que consideravam
adversários, os jacobinos passaram a
guilhotinar-se entre si próprios. Nem o
infrene Robespierre (1758-1794) escapou.
Terror atrai terror, quando não
superterror. O famoso poeta francês
Victor Hugo (1802-1885), talvez versando
sobre o tema, proclamava que
— o que se deve derramar, em vez de
sangue, para fecundar o campo em
que germina o futuro dos povos são
as ideias.
Exato!
40 Atração_ maio de 2022