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SCMedia News | Revista | Julho & Agosto 2022

A revista dos profissionais de logística e supply chain.

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JUL & AGO <strong>2022</strong><br />

na sua cadeia de abastecimento todos os<br />

anos. Nem todas estas interrupções podem ser<br />

previstas, mas uma gestão cuidadosa do risco<br />

protegê-lo-á contra uma queda ou derrapagem<br />

total face a acontecimentos imprevistos.<br />

Recentemente, numa conferência<br />

internacional, David Shepherd, director global<br />

de parceiros estratégicos e risco na LSEG<br />

explicava que “o ritmo do risco está a mudar.<br />

Esta não é a primeira vez que enfrentamos<br />

perturbações e não será a última. Os planos<br />

de contingência serão importantes para<br />

navegar nestes desafios. E aqueles que forem<br />

os mais rápidos a reagir ao risco ganharão uma<br />

vantagem competitiva”.<br />

O fabricante e vendedor de vestuário<br />

desportivo Nike é um excelente exemplo de<br />

como, no que diz respeito à resiliência da<br />

cadeia de abastecimento, a gestão de risco<br />

pode salvar vidas.<br />

Quando rebentou a pandemia de COVID-19,<br />

a Nike respondeu rapidamente utilizando<br />

tecnologia de identificação por radiofrequência<br />

(RFID) para seguir os seus produtos ao longo<br />

da cadeia de abastecimento. A empresa<br />

também utilizou dados preditivos para evitar<br />

a acumulação de stocks, à medida que as<br />

vendas eram transferidas da loja física para<br />

a loja online, reduzindo assim o impacto do<br />

encerramento repentino das lojas.<br />

Como resultado, as vendas da Nike na<br />

China caíram apenas 5% - um valor menor<br />

em comparação com as reduções de vendas<br />

muito mais elevadas que foram registadas por<br />

outras marcas.<br />

Estes são tempos inéditos e sem precedentes<br />

para a cadeia de abastecimento global. É,<br />

portanto, crucial que as empresas tomem<br />

medidas para construir a sua resiliência,<br />

preparando-se para ameaças à cibersegurança,<br />

finanças, operações e reputação, aconselha a<br />

McKinsey.<br />

A TECNOLOGIA E A AGILIDADE<br />

Enquanto a resiliência consiste em ser capaz de<br />

sobreviver, resistir, face a desafios inesperados,<br />

a agilidade depende da resposta das empresas à<br />

mudança com adaptabilidade.<br />

Num mundo em que as exigências dos<br />

consumidores estão em constante mudança,<br />

é importante que as empresas e as suas<br />

marcas possam corresponder às necessidades<br />

dos clientes. Isto implica alterar a cadeia<br />

de abastecimento onde for necessário - por<br />

exemplo, mudando para uma plataforma<br />

predominantemente online quando as vendas<br />

na loja são suscetíveis de diminuir, como fez a<br />

Nike durante a pandemia.<br />

No âmbito de uma mesa redonda durante o<br />

84.º Inland Transport Committee, Tom Bartman,<br />

da McKinsey, defendeu que a automação é<br />

uma forma de as empresas poderem responder<br />

aos efeitos da atual escassez de mão de obra<br />

e estrangulamentos globais na cadeia de<br />

abastecimento internacional.<br />

“Isto não é uma coisa fácil de ultrapassar”,<br />

sublinhou. E, de facto, os executivos que<br />

integravam o painel estão a concentrar os<br />

seus esforços em dois pontos. O primeiro é em<br />

torno da automatização das suas cadeias de

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