Preparaçao para a morte - Santo Afonso Maria de Ligorio

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180 inumeráveis que me tendes alcançado. À vossa intercessão as devo. Assisti-me, Senhora minha, auxiliaime e alcançai-me a santa perseverança. PONTO III Lê-se na Vida do Padre Luís de Lanusa que, certo dia, dois amigos passeavam juntos em Palermo. Um deles, chamado César, que era ator, vendo o seu companheiro pensativo em extremo, disse-lhe: “Apostaria que te foste confessar, e por isso estás tão preocupado... Eu não quero acolher tais escrúpulos... Escuta: Disse-me um dia o Padre Lanusa que Deus me concedia ainda doze anos de vida, e que, se nesse tempo não me emendasse, morreria de má morte. Viajei depois por muitos países; sofri de diversas doenças, uma das quais me levou às portas da morte... É neste mês que se completam os famosos doze anos, e sinto-me disposto como nunca...” Após esta fala, César convidou seu amigo a ver, no sábado seguinte, a estréia de uma comédia de sua autoria... Naquele sábado, dia 24 de novembro de 1668, quando César se dispunha a entrar em cena, foi a- cometido subitamente de uma congestão e veio a morrer repentinamente nos braços de uma atriz. Assim acabou a comédia. Pois bem, meu irmão, quando o demônio, por meio da tentação, te excita outra vez ao pecado, se quiseres condenar-te podes cometer
181 livremente o pecado; mas então não digas que desejas tua salvação. Quando quiseres pecar, considera-te como condenado, e imagina que Deus dita tua sentença, dizendo: Que mais posso fazer por ti, ingrato, além do que já fiz? (Is 5,4). Já que queres condenar-te, condena-te, condena-te, pois... a culpa é tua. Dirás, acaso: onde está então a misericórdia de Deus?... Desgraçado! Não te parece misericórdia o ter-te Deus suportado tanto tempo, apesar de tantos pecados? Prostrado diante dele e com o rosto em terra, devias estar a render-lhe graças e dizendo: “Graças à misericórdia do Senhor é que não temos sido condenados” (Lm 3,2). Cometendo um só pecado mortal, incorreste em delito maior do que se tivesses calcado aos pés o primeiro soberano do mundo. E tantos e tais tens cometido que, se essas ofensas fossem feitas a teu irmão, este não as teria aturado... Deus, entretanto, não somente te esperou, mas te vem chamando muitas vezes, e oferece-te o perdão. Que mais devia fazer? (Is 5,4). Se Deus tivesse necessidade de ti, ou se o houvesses honrado com grandes serviços, poderia ter-se mostrado mais clemente contigo? Se depois disto tornastes a ofendê-lo, farias que sua divina misericórdia se trocasse em indignação e castigo. Se aquela figueira, encontrada estéril por seu dono, não desse fruto depois do ano concedido como prazo para cultivá-la, quem ousaria esperar que se
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Estampa desenhada por Sto. Afonso 2
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4 ADVERTÊNCIA IMPORTANTE SOBRE O O
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6 livros espirituais, não há nem
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16 Ó Maria, minha excelsa interces
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20 Ontem cobiçava a terra inteira;
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30 Durante a vida, nossas paixões
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36 morte, a cujo poder não há for
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38 anos e os dias que me restam de
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42 Ó Maria, Mãe da perseverança,
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44 ra da morte? Nada me restará, m
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52 Para isso, renovai meu coração
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54 mar o Beato P. M. Ávila, apóst
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56 PONTO I Os pecadores afastam a l
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58 AFETOS E SÚPLICAS Ó chagas de
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60 ção duro será oprimido de mal
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62 PONTO III Caso digno de admiraç
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64 viveu amando o pecado até àque
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66 vossa vontade até à morte. Amo
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68 ciedades, os jogos, os divertime
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78 Sêneca — que procuram senão
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80 AFETOS E SÚPLICAS O’ amado Je
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82 morte, o Senhor limpará dos olh
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86 PONTO III A morte não é soment
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92 Jesus, respondeu aos que lhe per
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98 consolar a seus devotos em sua
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100 e vossa vida por meu amor. Por
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110 quelas palavras imperiosas: Sai
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112 O tempo é um tesouro que só s
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124 Perdi a alma e vossa santa gra
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128 intercessão. PONTO III Negóci
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242 sangue preciosíssimo me infund
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246 Quantos tens cometido?... Muito
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248 AFETOS E SÚPLICAS Meu amantís
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250 espanto daquele que, vendo pela
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252 salvar. Aqui me tendes aos voss
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254 como escreve São João Crisós
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258 São Boaventura, os negociantes
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260 Por isso, o Redentor destinou o
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262 não aparteis de mim o vosso ro
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264 louco; um São Pedro Celestino,
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268 Comigo estais e permanecereis e
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270 Maria, minha esperança, meu re
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272 dos condenados e dos demônios,
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274 Com quanto ardor, desejariam os
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276 as dores que nos atribulam na t
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278 tos, contanto que não se prive
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284 nais”. AFETOS E SÚPLICAS Se
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286 guma enganosa ilusão que alivi
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288 acense — poderá ser castigad
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290 Estará sempre a morrer de ang
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292 zer?... Paciência?...” Meu D
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294 ência roerá o coração dos c
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296 Não sabeis desprezar a quem vo
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298 tigos infernais. AFETOS E SÚPL
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300 onde não existe a esperança.
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302 PONTO I Procuremos sofrer com p
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304 serviço de Cristo, acaba de mo
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306 houvesse glória, quisera amar-
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308 Como o canto do rouxinol num bo
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310 tantas vezes se apartou de vós
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312 Deus e jamais perder o Bem sobe
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314 dar o paraíso, apesar de que t
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316 Diz São João Clímaco que a o
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320 alcançará. E o apóstolo São
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324 11,9). Bastava dizer: pedi; mas
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326 porta, não poderá entrar na g
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330 da invocação dos nomes de Jes
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332 no princípio para extirpar os
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334 vimos acima. Em segundo lugar,
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