SCMedia News | Revista | Novembro & Dezembro 2023
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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NOVEMBRO - DEZEMBRO <strong>2023</strong><br />
transporte”. O responsável destaca ainda o<br />
recente mandato do governo “ao regulador<br />
dos seguros para apoio técnico à criação<br />
de um sistema de cobertura do risco de<br />
fenómenos sísmicos”. A nível local, o esforço<br />
concentra-se na sensibilização da população.<br />
NA PRÁTICA, QUAL É A TEORIA?<br />
De acordo com António Araújo Correia,<br />
as zonas de maior perigosidade sísmica<br />
são o Algarve, Alentejo, e a zona da Área<br />
Metropolitana de Lisboa, desde as Caldas da<br />
Rainha até Setúbal, e ainda o arquipélago dos<br />
Açores. Já no que respeita ao risco sísmico, que<br />
tem em conta a exposição das populações,<br />
edifícios e outras infraestruturas, danos e<br />
perdas associadas, as regiões de maior risco<br />
são a Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve<br />
e os Açores.<br />
Em entrevista à SIC Notícias sobre o impacto<br />
de um sismo em Portugal, Carlos Sousa<br />
Oliveira, professor de engenharia sísmica,<br />
afirma que o país “não está preparado (…).<br />
Basta-nos um sismo no Vale do Tejo, de uma<br />
magnitude de 6 ou 6,5 para termos problemas<br />
graves”, tendo inclusive destacado Vila<br />
Franca e Azambuja até Lisboa como zonas de<br />
risco, sendo que as duas primeiras acolhem<br />
várias infraestruturas industriais e logísticas.<br />
A reportagem destaca a importância da<br />
resiliência de algumas infraestruturas vitais,<br />
como a proteção civil, escolas e hospitais.<br />
No entanto, os centros logísticos localizados<br />
naquelas zonas, e que asseguram bens de<br />
primeira necessidade, também devem merecer<br />
alguma atenção, bem como o próprio curso da<br />
cadeia de abastecimento. Se ocorrer um sismo<br />
em Portugal que danifique não só o parque<br />
edificado mas também infraestruturas para<br />
prestar ajuda às populações, como estradas,<br />
ferrovias, portos e aeroportos, pode tornar-se<br />
um grande problema. O especialista do LNEC<br />
esclarece que “os edifícios industriais têm<br />
características estruturais que os distinguem<br />
claramente do edificado habitacional/escritórios<br />
no que concerne ao comportamento sísmico”.<br />
Ressalva que, ainda assim, “devem ser alvo<br />
de análise específica e não seria correto fazer<br />
extrapolações do risco destas infraestruturas<br />
com base em estudos que apenas consideram<br />
edifícios correntes”. Relativamente aos portos e<br />
aeroportos, que podem ser afetados por vários<br />
riscos naturais, segundo o responsável, “o LNEC<br />
tem dado apoio a diversas entidades no sentido<br />
de fornecer matrizes de apoio à decisão aos<br />
seus responsáveis, para a prevenção e mitigação<br />
de riscos”.