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CaixaWoman#13

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Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da<br />

Universidade do Porto, Zaida de Aguiar Sá Azeredo é doutorada<br />

em Saúde Comunitária pelo Instituto de Ciências<br />

Biomédicas Abel Salazar e Mestre em Gerontologia Social<br />

Aplicada pela Universidade de Barcelona. Médica de Clínica<br />

Geral desde 1982, dá aulas e palestras em temas relacionados<br />

com Saúde Comunitária, Gerontologia e Geriatria. O seu interesse<br />

pela área não é recente. Pelo contrário, surgiu no início<br />

de uma carreira que se adivinharia longa e bem recheada, ainda<br />

na condição de bolseira, na Noruega e na Escócia. “Após o<br />

meu regresso, nunca mais deixei de interessar-me por esse<br />

tema. Fui adquirindo novos conhecimentos, atualizando outros,<br />

e sempre fazendo investigação nesta área.” Esta sede incessante<br />

de sabedoria é uma das ferramentas que utiliza para<br />

crescer profissionalmente, mas também acaba por funcionar<br />

como estratégia na sua cruzada pessoal antienvelhecimento.<br />

“Investigar é ter curiosidade e ter curiosidade significa querer<br />

ver mais além, ou seja, é caminhar em direção ao futuro.”<br />

E, acrescenta, “a investigação na área do envelhecimento é<br />

muito importante não só para melhorar o conhecimento, mas<br />

também para perceber a evolução demográfica e, consequentemente,<br />

planear serviços, perceber as relações sociais e poder<br />

gerir eventuais conflitos e entender as necessidades populacionais.<br />

A investigação é ainda muito útil para fazer um<br />

diagnóstico de situação que nos permita programar ações preventivas<br />

e de promoção. Também nesta área, procuro estar<br />

atualizada, não só lendo, mas também fazendo”. A autora do<br />

ZAIDA DE AGUIAR SÁ AZEREDO<br />

“Investigar é caminhar em direção ao futuro.”<br />

livro Um Idoso como Um Todo (Psicosoma) defende ainda que<br />

a saúde tem de ser vista numa perspetiva global, tendo em<br />

conta as suas vertentes biológica, psíquica, social e espiritual.<br />

“Estas quatro componentes devem ser trabalhadas desde que<br />

somos concebidos, embora de forma diferente para cada etapa<br />

da vida. Assim, para bem envelhecer, há necessidade de<br />

praticar exercício físico, prevenir doenças que são preveníveis,<br />

modificar comportamentos não salutogéneos (hábitos alimentares,<br />

evitar tabagismo, alcoolismo e consumo de drogas<br />

ilícitas, fazer uma higiene do sono com horas suficientes de<br />

sono e em condições ambientais adequadas, etc.), procurar<br />

ter uma vida social ativa e diversificada e, finalmente, desenvolver<br />

o potencial que todos temos no nosso interior, o chamado<br />

self-empowerment.” É precisamente o respeito por estas<br />

regras que lhe permite ter uma vida ativa e equilibrada aos<br />

64 anos. “Procuro ter uma boa dieta, utilizar a marcha como<br />

exercício físico, dispensando o carro, e a natação; em frente<br />

ao computador, tento ter luminosidade e uma postura corretas.<br />

Não fumo e raramente bebo. Penso que sou uma pessoa<br />

tranquila, com sistemas de coping eficazes, não olho para o<br />

passado, a não ser para obter lições para o futuro; vivo o presente<br />

com alegria e sempre olhando para o futuro, isto é, sempre<br />

com projetos a curto, médio e longo prazos. Leio muito,<br />

observo a Natureza e as pessoas, sobretudo as mais velhas,<br />

que me vão dando constantes lições de vida; meditando sobre<br />

elas, procuro desenvolver as minhas capacidades.”<br />

Resumindo, vive. E bem.<br />

Caixa Woman 15

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