12.01.2013 Views

CaixaWoman#13

CaixaWoman#13

CaixaWoman#13

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

N.º 13 | TRIMESTRAL | PRIMAVERA | 2012<br />

ENTREVISTA<br />

Marta<br />

Crawford<br />

analisa a<br />

sexualidade<br />

dos casais<br />

CURTO-CIRCUITO<br />

A CHEGADA DO<br />

SEGUNDO FILHO<br />

EXPERIÊNCIA PRÓPRIA<br />

Aprender<br />

a envelhecer<br />

de forma ativa<br />

PAULA MOURA PINHEIRO<br />

"ESPERO QUE A<br />

CRISE FAÇA EMERGIR<br />

NOVOS VALORES"<br />

PÉS NA TERRA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL HI FASHION CORPO & ALMA LAR, DOCE LAR INVESTIR EM MIM<br />

COMPORTAMENTO<br />

CASAIS<br />

SEPARADOS<br />

PELA CRISE


A Caixa Woman vai<br />

continuar a marcar<br />

as nossas vidas<br />

A capacidade de nos reinventarmos, de cairmos e de nos voltarmos a levantar é,<br />

provavelmente, a maior arma que os nossos pais nos deram (ou não), utilizável em todas<br />

as circunstâncias da vida. Os psicólogos chamam-lhe resiliência, um termo emprestado<br />

da Física que remete para a propriedade de alguns materiais se dobrarem sem quebrar,<br />

e o conceito foi adotado, em primeiro lugar, para referir crianças que, apesar do ambiente<br />

adverso em que cresciam, eram capazes de “dar a volta”, transformando-se em adultos<br />

equilibrados e persistentes. Depois, os psicólogos foram alargando escopo do termo,<br />

para incluir todos aqueles que demonstram uma capacidade acrescida de sobrevivência<br />

psicológica a uma catástrofe pessoal, a uma guerra ou a um tsunami, por exemplo. Ou às<br />

consequências mais dramáticas de uma crise económica e social como aquela que, hoje,<br />

vivemos. Porém, atualmente, aplicamo-lo a todos os que conseguem suportar a adversidade<br />

e tirar partido dela.<br />

Porque ser resiliente não significa que não se sintam e chorem as contrariedades e as perdas,<br />

que não se lancem as mãos à cabeça quando a casa (ou o emprego) vai pelo ar, soprada<br />

por um qualquer lobo mau (como na história d’Os Três Porquinhos), nem que o coração<br />

não se parta aos bocadinhos porque perdermos um amor, enfrentamos um divórcio<br />

ou, mais terrível, a morte de alguém querido. Nem tão-pouco que não passemos por períodos<br />

negros, por dentro e por fora, em que, muito sinceramente, só temos vontade de perguntar<br />

“porquê a mim” e de nos compararmos a patinhos feios, de quem ninguém gosta.<br />

Ser resiliente quer antes dizer que fazemos tudo isso, mas, mesmo assim, continuamos a<br />

acreditar que há caminho para lá do obstáculo e que temos o direito e o dever de encontrá-lo.<br />

E se o direito a parece qualquer coisa de que podemos abrir mão, o dever de implica<br />

uma obrigação que não pode ser iludida, uma obrigação para connosco próprios, mas<br />

também para com a nossa família, o nosso país e o nosso planeta. Por isso, é-nos permitido<br />

mergulhar no luto, concedermo-nos uns momentos em que temos pena de nós próprios,<br />

mas, depois, há uma voz interior que nos diz um “já chega, agora toca a andar para<br />

a frente” e nos impele a continuar.<br />

Foi este o espírito da revista Caixa Woman ao longo dos últimos anos. Chegar às nossas<br />

leitoras e contagiá-las com a energia de um novo projeto, indo ao encontro das suas preocupações,<br />

dando-lhes exemplos de mulheres que conjugaram a palavra resiliência nas<br />

suas vidas pessoais e profissionais, encontrando pistas para nascer de novo. No dia em<br />

que anunciamos que esta edição fecha o ciclo da revista em papel e inicia o reforço da<br />

sua presença on-line, procurando caminhos adaptados aos tempos em que vivemos, queremos<br />

agradecer a quem esteve sempre connosco e pedir-vos que nos procurem em<br />

www.caixawoman.pt Porque o segredo desta alquimia está em continuar.<br />

Isabel Stilwell<br />

EDITORIAL<br />

Caixa Woman 3


48<br />

72<br />

84<br />

108<br />

PÉS NA TERRA<br />

N.º 13 | PRIMAVERA 2012<br />

6 Tentações.<br />

8 Holofote. Áurea brilha nos palcos.<br />

10 Experiência própria. O Ano Europeu do<br />

Envelhecimento Ativo.<br />

16 Confissões. À conversa com Paula Moura Pinheiro.<br />

20 Crónica de Vasco Prazeres.<br />

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL<br />

24 Comportamento. Casais separados pela crise.<br />

28 Entrevista. Marta Crawford fala de relacionamentos<br />

a dois.<br />

34 Causa. Vestimos a camisola da Dress for Success.<br />

36 Um dia diferente. Redescobrimos Lisboa em duas rodas.<br />

38 Crónica de Isabel Leal.<br />

HI FASHION<br />

44 Desafio. São precisos dois para dançar o tango?<br />

48 Moda. Tendências a adotar nesta primavera.<br />

58 Crónica de Ana Campos.<br />

CORPO & ALMA<br />

64 Saúde. A prevenção do cancro do colo do útero.<br />

68 Curto-circuito. A chegada do segundo filho.<br />

72 Beleza. Ideias luminosas para a nova estação.<br />

78 Crónica de Carolina Silva.<br />

LAR, DOCE LAR<br />

84 Decoração. Baralhar e voltar a decorar a casa.<br />

90 Ficha técnica. As soluções da Edinteriores.<br />

92 Avental dos famosos. As viagens gastronómicas<br />

de Ljubomir Stanisic.<br />

98 Crónica de Cristina Belo.<br />

INVESTIR EM MIM<br />

100 Mealheiro. Compras de supermercado à distância.<br />

102 Mulher Caixa Woman. O testemunho da cliente<br />

Maria Amélia Nascimento.<br />

104 Vencedora. O rosto bem sucedido da Pelcor.<br />

106 Serviços Caixa. Novo Caixadirecta on-line.<br />

107 Iniciativas. Ano Europeu do Voluntariado em balanço.<br />

108 Fuga. Um paraíso chamado Martinhal Beach Resort.<br />

110 Mundo Verde. O exemplo ecológico da Caixa.<br />

112 Experiências. Conclusões da conferência Cuidar<br />

de Nós, Cuidar do Nosso Bebé


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

PÉS NA TERRA E OLHOS NAS ESTRELAS<br />

Cor de<br />

esperança<br />

A Natureza. Sempre ela.<br />

Agora que a primavera chega,<br />

troque o ar condicionado do<br />

escritório pelas pausas ao ar<br />

livre. Recarregue baterias e<br />

renove inspirações. A vida terá<br />

certamente outra leveza assim.


10 TENTAÇÕES<br />

DÉLIBÁB<br />

Quando: 31 de março.<br />

O quê: Música no Grande Auditório<br />

da Culturgest, em Lisboa.<br />

A voz do brasileiro Vitor Ramil<br />

e o violão do argentino Carlos<br />

Moscardini dão vida a um trabalho<br />

intitulado Délibáb. São 12 milongas<br />

(ritmo comum ao Rio Grande do<br />

Sul, Uruguai e Argentina) que<br />

Ramil construiu a partir de poemas<br />

do argentino Jorge Luís Borges e<br />

do brasileiro João Cunha Vargas.<br />

LUÍSA SOBRAL<br />

Quando: 13 e 14 de abril.<br />

O quê: Concerto na Sala Suggia,<br />

na Casa da Música, no Porto,<br />

e no Grande Auditório do CCB, em Lisboa.<br />

Luísa Sobral apresenta The Cherry on My<br />

Cake em dois espetáculos agendados<br />

para a Casa da Música, no Porto, e para<br />

o Grande Auditório do Centro Cultural<br />

de Belém, em Lisboa.<br />

6 Caixa Woman<br />

1<br />

Katinka Bock<br />

Quando: até 13 de maio.<br />

O quê: Exposição na<br />

Galeria 2 da Culturgest.<br />

Matérias tão comuns como o barro,<br />

a madeira, o metal ou o tecido estão na<br />

origem dos trabalhos de Katinka Bock.<br />

A austeridade dos materiais contrasta com<br />

a energia criativa das esculturas desta<br />

alemã nascida em Frankfurt, em 1976.<br />

Dez bons motivos para sair<br />

da sua zona de conforto. A arte<br />

renova-se a cada expressão<br />

e está viçosa neste início<br />

de primavera. TEXTO DE RUI FARIA.<br />

ZONA LETAL, ESPAÇO VITAL<br />

Quando: até 14 de abril.<br />

O quê: Exposição no m|i|mo, em Leiria.<br />

O Museu da Imagem em Movimento/<br />

Município de Leiria, m|i|mo, mostra<br />

a exposição Zona Letal, Espaço<br />

Vital, integrada no projeto de<br />

itinerância da Coleção da Caixa<br />

Geral de Depósitos, que vai já na<br />

sua terceira edição.<br />

4 2<br />

3 COLDPLAY<br />

5<br />

Quando: 18 de maio.<br />

O quê: Concerto no Estádio do Dragão, no Porto.<br />

Depois da presença no Optimus Alive 2011,<br />

os Coldplay estão de regresso a Portugal<br />

para um concerto no Estádio de Dragão.<br />

O alinhamento gira em torno de Mylo Xyloto,<br />

o seu quinto disco de originais, que entrou<br />

diretamente para o primeiro lugar do top<br />

de vendas em 17 países, incluindo Portugal.


AURORA<br />

Quando: 11 de maio.<br />

O quê: Jazz no Grande<br />

Auditório da Culturgest,<br />

em Lisboa.<br />

O arrojo de Sara Serpa, talento<br />

do jazz, tem como parceiro de<br />

viagem o piano de Ran Blake,<br />

um compositor que tem<br />

contribuído para a afirmação<br />

da chamada Third Stream.<br />

10<br />

AND_LAB<br />

Quando: de 1 a 3 de junho.<br />

O quê: Dança no Pequeno Auditório<br />

da Culturgest, em Lisboa.<br />

Integrado no festival Alkantara, o projeto<br />

de João Fiadeiro e e Fernanda Eugénio<br />

é apresentado como uma série de<br />

“paradigmas que nos tiram da ‘zona<br />

de conforto’ e nos colocam em estado<br />

de abertura ao desconhecido”.<br />

PANOS<br />

Quando: de 18 a 20 de maio.<br />

O quê: Teatro no Pequeno Auditório da Culturgest, em Lisboa.<br />

6A sétima edição de PANOS – Palcos Novos, Palavras Novas<br />

junta, na Culturgest, a nova dramaturgia ao teatro escolar<br />

e juvenil. Dois inéditos de Pedro Mexia e Alex Cassal, e uma<br />

peça traduzida do projeto Connections, do National Theatre, de<br />

Londres, foram ensaiadas por mais de 30 grupos de todo o país.<br />

7<br />

89Bicharada<br />

Big Bang<br />

Quando: 25 e 26 de maio.<br />

O quê: Teatro no Grande Auditório<br />

da Culturgest, em Lisboa.<br />

Philippe Quesne/Vivarium Studio regressa<br />

à Culturgest para “evocar uma explosão<br />

gigantesca como teoria fundadora ou uma<br />

simples onomatopeia da banda desenhada”,<br />

refere o programa.<br />

Quando: até 20<br />

de maio.<br />

O quê: Exposição<br />

no Museu Rafael<br />

Bordalo Pinheiro,<br />

em Lisboa.<br />

Bicharada é uma<br />

exposição monográfica sobre a<br />

obra de Teresa Cortez, inspirada na<br />

temática dos animais, que surgem<br />

em esculturas, azulejos ou até em<br />

pratos ou potes. Está patente ao<br />

público na área de exposições<br />

temporárias do Museu Rafael<br />

Bordalo Pinheiro, em Lisboa.<br />

Caixa Woman 7


HOLOFOTE<br />

Busy (for me) foi um dos temas mais rodados<br />

nas rádios e esteve oito semanas seguidas no<br />

top de vendas nacionais. O que Áurea não sabia,<br />

ao designar assim o single do seu álbum<br />

de estreia, é que seria este o seu estado.<br />

A tour de apresentação ainda não acabou,<br />

mas já se anuncia um novo trabalho.<br />

8 Caixa Woman<br />

Ocupada<br />

em ser feliz<br />

TEXTO DE RITA LÚCIO MARTINS.<br />

Já passou um ano e meio desde que<br />

Áurea lançou o seu álbum de estreia<br />

e a sensação é a de que ainda não parou<br />

para respirar. Quase uma centena<br />

de concertos e showcases, com passagens<br />

pelos coliseus de Lisboa e do<br />

Porto, e direito a um São Jorge completamente<br />

esgotado, várias atuações<br />

em programas televisivos e de rádio,<br />

uma sucessão de entrevistas e alguns<br />

prémios, como o Globo de Ouro como<br />

Melhor Intérprete Individual, atribuído<br />

em Maio passado, ou o galardão atribuído<br />

pelos MTV Europe Music Awards,<br />

na categoria de Best Portuguese Act.<br />

Tudo graças a Áurea, álbum de estreia<br />

homónimo, do qual Busy (for me) foi o<br />

single mais entoado. Pois, não restam<br />

dúvidas, Áurea tem estado mesmo ocu-


pada. A trabalhar, é certo,<br />

mas também a ser<br />

feliz, até porque, para<br />

ela, as duas coisas são<br />

indissociáveis. “Em termos<br />

profissionais, a minha<br />

vida mudou muito.<br />

Felizmente, temos tido<br />

imenso trabalho, tive o<br />

prazer de cruzar-me<br />

com pessoas fantásticas<br />

e cresci muito, pessoal<br />

e profissionalmente.<br />

2011 foi, sem dúvida,<br />

um ano muito enriquecedor,<br />

uma verdadeira<br />

bênção na minha vida.”<br />

Quem a vê no palco,<br />

percebe porque se sente<br />

abençoada. É evidente<br />

que tem um dom.<br />

Tão óbvio que é difícil<br />

acreditar que não tenha feito isto a vida<br />

inteira, tais são o seu talento e a sua capacidade<br />

performativa, mas a verdade é<br />

que a música, sendo uma das suas<br />

maiores e mais antigas paixões, não fazia<br />

mesmo parte dos seus planos mais<br />

sérios. Apesar das heranças familiares<br />

(o pai era músico amador e o irmão<br />

acompanhava-a à guitarra em tardes<br />

depois do liceu), os planos de Áurea<br />

passavam pela representação e foi<br />

com esse objetivo bem traçado que se<br />

inscreveu no curso de Teatro da<br />

Universidade de Évora (ela é natural de<br />

Santiago do Cacém). “Foi o meu grande<br />

amigo e compositor Rui Ribeiro quem,<br />

já na universidade, me acordou verdadeiramente<br />

para este destino e, nessa<br />

altura, os meus pais e o meu irmão<br />

apoiaram-me a 100% em todas as minhas<br />

decisões.”<br />

Tudo o resto parece ter surgido naturalmente,<br />

como o seu talento ou a<br />

mania de cantar descalça. “Essa necessidade,<br />

ou hábito, surgiu na altura em<br />

que cantava no Templários Bar, em<br />

Lisboa. Ainda tentei fazer os primeiros<br />

concertos de saltos altos, mas depressa<br />

percebi que me sentia bem mais confortável<br />

se os tirasse. Então, a partir daí,<br />

nunca mais cantei calçada.”. A sua (e a<br />

nos sa) atenção fica toda concentrada na<br />

voz, intensa, com claras influências da<br />

música soul, mas é quase impossível não<br />

registar um cuidado especial com a imagem,<br />

assumidamente sexy. “Tenho a liberdade<br />

para escolher as roupas e ma-<br />

ESPONTÂNEA<br />

quilhagens de que mais gosto ou considero<br />

mais adequadas às situações.<br />

No palco, aproveito para explorar mais o<br />

meu lado feminino, usando vestidos longos<br />

ou curtos, saias e maquilhagens<br />

mais carregadas. Já no dia-a-dia, uso<br />

roupa mais prática.” Em qualquer dos<br />

casos, percebe-se bem que se sente<br />

confortável com os seus 24 anos. É por<br />

isso que, antes de subir ao palco, repete<br />

um gesto, que funciona como celebração.<br />

“Eu e as minhas meninas dos<br />

coros, a Patrícia Antunes e a Patrícia<br />

Silveira, fazemos sempre um brinde com<br />

um cálice de vinho do Porto. É um ritual<br />

nosso... Especial!” E se é verdade que já<br />

beberam muitos cálices no último ano,<br />

mais certo ainda é que tiveram muitas<br />

razões para celebrar.<br />

Nova<br />

Iorque<br />

Charlize<br />

Theron<br />

● A sua banda sonora do momento: “O último disco de James<br />

Morrison, The Awakening.”<br />

● O livro que tem na mesa-de-cabeceira: “O livro de código, estou<br />

a tirar a carta de condução.”<br />

● Um destino de férias: “Nova Iorque.”<br />

● Um truque para relaxar: “Um passeio pela praia resolve muita<br />

coisa.”<br />

● Uma referência de estilo: “Charlize Theron.”<br />

● A última compra que fez: “Uma estante para casa.”<br />

● O que traz sempre na sua carteira: “B.I.”<br />

Caixa Woman 9


Elixir da<br />

eterna juventude<br />

NO ANO EUROPEU DO ENVELHECIMENTO ATIVO E DA SOLIDARIEDADE<br />

ENTRE GERAÇÕES, FOMOS SABER DE QUE FORMA PODEMOS VIVER MAIS<br />

E MELHOR. FALÁMOS COM UMA PROFESSORA DE GINÁSTICA, UMA MÉDICA<br />

E UMA INVESTIGADORA, E COMPREENDEMOS QUE, APESAR DAS DIFERENÇAS<br />

NOS MÉTODOS E NOS OBJETIVOS, SÃO UNÂNIMES NA POSIÇÃO: UM ESTILO<br />

DE VIDA SAUDÁVEL É A MELHOR FORMA DE RETARDAR A AÇÃO DO TEMPO.<br />

TEXTO DE PAULA CRISTÓVÃO SANTOS. FOTOGRAFIA: JOÃO CUPERTINO E FRANCISCO PARAÍSO.


Formada em Comunicação e Gerontologia, a fundadora dos ginásios<br />

Vivafit não tem medo de envelhecer. “O envelhecimento<br />

da minha atitude só depende de mim”, diz a sempre bem disposta<br />

Constance Ruiz. “É da minha responsabilidade fazer<br />

exercício regularmente, comer bem e ser feliz. Penso que esse<br />

é o melhor investimento que posso fazer em mim mesma.<br />

Espero continuar em forma e saudável, e penso que isso vai<br />

ajudar-me a lidar com os desafios que vou tendo vida fora.” Esta<br />

mulher de 44 anos é o derradeiro exemplo do “faz o que eu digo<br />

e faz o que eu faço”. Exercício regular, boa alimentação e oito<br />

horas diárias de sono não serão o segredo para a sua eterna<br />

juventude mas a explicação da energia que lhe permite<br />

continuar a abrir ginásios a um ritmo avassalador. É dela o original<br />

conceito de um treino em circuito, feito num espaço com<br />

acesso exclusivo de mulheres que podem assim treinar de forma<br />

mais descontraída e relaxada. “Temos sócias de todas as<br />

idades, desde adolescentes a senhoras de oitenta anos.” A ela<br />

juntou-se o marido, Pedro Ruiz, outro adepto da vida saudável<br />

e cofundador do negócio. Foi ele quem lhe deu o input empresarial<br />

necessário para transformar uma aposta de risco num<br />

exemplo de sucesso. Hoje, são já 65 os ginásios Vivafit espalhados<br />

por todo o país, o que representa 70% da quota de mercado.<br />

E não ficam por aqui. “Tencionamos expandir o negócio<br />

CONSTANCE RUIZ<br />

“O envelhecimento da minha atitude só depende de mim.”<br />

EXPERIÊNCIA PRÓPRIA<br />

para Singapura, Índia, Uruguai e Chipre”, explica Constance.<br />

Formada pelo American College of Sports Medicine, pela<br />

Aerobica Fitness Association of America e pelo Pilates Institude,<br />

Constance tem ainda várias habilitações dos programas<br />

Les Mills. Mais do que uma profissão, o exercício físico é a sua<br />

religião, uma filosofia de vida que segue sem grandes sacrifícios.<br />

“Os benefícios do exercício são sempre os mesmos, quer<br />

se tenha 20, 30, 40 ou 50 anos. O impacto é a longo prazo,<br />

mas, no que diz respeito ao envelhecimento, nota-se um retardar<br />

de doenças e incapacidades”, diz a mulher que tem 44 anos<br />

no BI. Sim, ao vivo é outra coisa. “Atualmente, um estilo de vida<br />

inativo é prejudicial até para os mais idosos, porque provoca<br />

perda de força, equilíbrio, flexibilidade e resistência.” Está<br />

comprovado que as mulheres acima dos 50 anos que praticam<br />

exercício de forma regular tendem a viver mais anos e a sofrer<br />

menos problemas cardíacos. E se provas fossem precisas,<br />

Constance só precisava olhar para as suas salas de treino para<br />

encontrar exemplos concretos. “Lembro-me imediatamente<br />

de uma senhora na casa dos 50 anos que sofria de uma depressão<br />

e que tomava vários comprimidos por dia. Depois de<br />

ter passado a fazer exercício regularmente nos ginásios Vivafit,<br />

deixou a medicação, já não está deprimida e está visivelmente<br />

mais magra e fortalecida.” Por dentro e por fora.<br />

Caixa Woman 11


Compreender o funcionamento e o comportamento das células<br />

ajuda a perceber porque razões deixam elas de funcionar,<br />

levando ao aparecimento de doenças. É essa a missão<br />

de Cláudia Almeida. A investigadora descobriu um mecanismo<br />

de regulação do tráfego das proteínas existentes nas células<br />

do corpo humano que pode ajudar significativamente no<br />

tratamento de doenças como a de Alzheimer e publicou-o,<br />

com grande impacto, em julho de 2011, na revista Nature Cell<br />

Biology. “Trata-se da identificação de um mecanismo molecular<br />

essencial para o funcionamento do Aparelho de Golgi.<br />

O Aparelho de Golgi modifica e distribui produtos celulares,<br />

desde hormonas a proteínas ligadas à digestão celular ou fatores<br />

de crescimento, e o seu mau funcionamento está ligado<br />

a doenças tão variadas como cancro e doença de<br />

Alzheimer. Ao conhecer o mecanismo responsável pelo ordenamento<br />

das moléculas pós-Golgi, é mais fácil perceber os<br />

problemas por detrás destas patologias”, explica a investigadora,<br />

atualmente a trabalhar no Instituto Curie, em Paris, laboratório<br />

que desenvolve um importante trabalho na área do<br />

tráfego intracelular.<br />

Licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da<br />

Universidade de Lisboa, em 1999, Cláudia começou a interessar-se<br />

pelas neurociências no momento em que iniciou os<br />

seus estudos de mestrado e de doutoramento, em Nova Iorque.<br />

“Durante o mestrado, comecei a ler bastante sobre demências<br />

e morte neuronal, e fiquei com vontade de perceber melhor<br />

o que se passava a nível celular. No trabalho de doutora-<br />

12 Caixa Woman<br />

CLÁUDIA ALMEIDA<br />

“Gostaria de descobrir algo que permitisse ajudar as pessoas.”<br />

mento, debrucei-me essencialmente sobre as alterações iniciais<br />

que os neurónios sofrem na doença de Alzheimer, muito<br />

antes de ocorrer a morte das células, com a ideia de que,<br />

se perceber a sequência de eventos que levam ao desenvolvimento<br />

da doença, poderá ser mais fácil encontrar um tratamento<br />

eficaz. A noção de que existem muitas pessoas a sofrer<br />

de doença de Alzheimer para as quais não existem<br />

tratamentos eficazes tem sido uma motivação.”<br />

A investigadora defende que o estilo de vida é fundamental<br />

como estratégia antienvelhecimento. “Com certeza que uma<br />

alimentação equilibrada, exercício físico acompanhado de atividade<br />

intelectual enriquecedora, juntamente com o equilíbrio<br />

emocional de uma vida em família são fatores determinantes<br />

sobre o envelhecimento humano.” Ainda assim, e apesar de<br />

todas as medidas preventivas que possam adotar-se, há que<br />

antecipar todos os cenários possíveis e é aí que a Ciência pode<br />

fazer a diferença na qualidade de vida das sociedades.<br />

O aumento do conhecimento permitirá desenvolver novas terapias<br />

que, se tivermos em conta o rápido envelhecimento das<br />

populações, serão cada vez mais importantes. “Utopicamente<br />

falando, gostaria de descobrir algo que permitisse ajudar as<br />

pessoas a mais curto prazo. Não a evitar o envelhecimento,<br />

mas a evitar a neurodegeneração precoce das células nervosas.”<br />

Aos 35 anos, a cientista ainda não pensa no seu próprio<br />

envelhecimento, o que não a impede de precaver o futuro.<br />

“Tento ser feliz e aproveitar bem todas as oportunidades, talvez<br />

seja essa a minha estratégia.”


Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da<br />

Universidade do Porto, Zaida de Aguiar Sá Azeredo é doutorada<br />

em Saúde Comunitária pelo Instituto de Ciências<br />

Biomédicas Abel Salazar e Mestre em Gerontologia Social<br />

Aplicada pela Universidade de Barcelona. Médica de Clínica<br />

Geral desde 1982, dá aulas e palestras em temas relacionados<br />

com Saúde Comunitária, Gerontologia e Geriatria. O seu interesse<br />

pela área não é recente. Pelo contrário, surgiu no início<br />

de uma carreira que se adivinharia longa e bem recheada, ainda<br />

na condição de bolseira, na Noruega e na Escócia. “Após o<br />

meu regresso, nunca mais deixei de interessar-me por esse<br />

tema. Fui adquirindo novos conhecimentos, atualizando outros,<br />

e sempre fazendo investigação nesta área.” Esta sede incessante<br />

de sabedoria é uma das ferramentas que utiliza para<br />

crescer profissionalmente, mas também acaba por funcionar<br />

como estratégia na sua cruzada pessoal antienvelhecimento.<br />

“Investigar é ter curiosidade e ter curiosidade significa querer<br />

ver mais além, ou seja, é caminhar em direção ao futuro.”<br />

E, acrescenta, “a investigação na área do envelhecimento é<br />

muito importante não só para melhorar o conhecimento, mas<br />

também para perceber a evolução demográfica e, consequentemente,<br />

planear serviços, perceber as relações sociais e poder<br />

gerir eventuais conflitos e entender as necessidades populacionais.<br />

A investigação é ainda muito útil para fazer um<br />

diagnóstico de situação que nos permita programar ações preventivas<br />

e de promoção. Também nesta área, procuro estar<br />

atualizada, não só lendo, mas também fazendo”. A autora do<br />

ZAIDA DE AGUIAR SÁ AZEREDO<br />

“Investigar é caminhar em direção ao futuro.”<br />

livro Um Idoso como Um Todo (Psicosoma) defende ainda que<br />

a saúde tem de ser vista numa perspetiva global, tendo em<br />

conta as suas vertentes biológica, psíquica, social e espiritual.<br />

“Estas quatro componentes devem ser trabalhadas desde que<br />

somos concebidos, embora de forma diferente para cada etapa<br />

da vida. Assim, para bem envelhecer, há necessidade de<br />

praticar exercício físico, prevenir doenças que são preveníveis,<br />

modificar comportamentos não salutogéneos (hábitos alimentares,<br />

evitar tabagismo, alcoolismo e consumo de drogas<br />

ilícitas, fazer uma higiene do sono com horas suficientes de<br />

sono e em condições ambientais adequadas, etc.), procurar<br />

ter uma vida social ativa e diversificada e, finalmente, desenvolver<br />

o potencial que todos temos no nosso interior, o chamado<br />

self-empowerment.” É precisamente o respeito por estas<br />

regras que lhe permite ter uma vida ativa e equilibrada aos<br />

64 anos. “Procuro ter uma boa dieta, utilizar a marcha como<br />

exercício físico, dispensando o carro, e a natação; em frente<br />

ao computador, tento ter luminosidade e uma postura corretas.<br />

Não fumo e raramente bebo. Penso que sou uma pessoa<br />

tranquila, com sistemas de coping eficazes, não olho para o<br />

passado, a não ser para obter lições para o futuro; vivo o presente<br />

com alegria e sempre olhando para o futuro, isto é, sempre<br />

com projetos a curto, médio e longo prazos. Leio muito,<br />

observo a Natureza e as pessoas, sobretudo as mais velhas,<br />

que me vão dando constantes lições de vida; meditando sobre<br />

elas, procuro desenvolver as minhas capacidades.”<br />

Resumindo, vive. E bem.<br />

Caixa Woman 15


CONFISSÕES<br />

Antes<br />

de entrar para a<br />

SIC, Paula Moura<br />

Pinheiro escreveu para o<br />

Semanário, para o Expresso<br />

e para a Marie Claire. Hoje,<br />

apresenta o programa de cultura<br />

Câmara Clara, transmitido<br />

nas noites de domingo no<br />

segundo canal da<br />

RTP.


A conversa começa como todas as conversas devem começar,<br />

pelo princípio, nas raízes e na infância, mas, depois, passeia-se,<br />

parando aqui e ali, correndo para a frente e voltando<br />

repentinamente para trás. A família é praticamente toda da Beira<br />

Baixa, mas Paula nasceu em Coimbra, em 1964, onde a mãe<br />

era estudante universitária. Aluna de Direito, a mãe de Paula<br />

dava nas vistas porque “era das poucas mulheres no curso e,<br />

sobretudo, porque, entretanto, se casara e tivera duas crianças<br />

sem ter parado de estudar”, conta. A confirmá-lo a caricatura<br />

no livro de fim de curso, em que Paula lá está, com a irmã,<br />

“apêndices” de uma mãe orgulhosa por ter sido capaz de conciliar<br />

maternidade e carreira, como mais tarde usaria dizer-se.<br />

E não há perigo de esquecer as suas “origens” porque é frequente<br />

cruzar-se, na sua vida profissional, com colegas da mãe,<br />

juristas ou advogados, que lhe garantem que andaram com ela<br />

ao colo. Não num sentido figurado, mas porque, de facto, passavam<br />

noites a estudar em casa dos Moura Pinheiro, lugar bem<br />

mais confortável do que as mesas dos cafés gelados.<br />

“Uma ironia poética”, comenta, a rir, convicta de que as memórias<br />

das “capas e batinas, e as imagens difusas da reitoria<br />

da universidade mais antiga do país” ajudaram, de algu-<br />

PAULA MOURA PINHEIRO<br />

“Espero que a crise<br />

faça emergir<br />

novos valores.”<br />

Paula Moura Pinheiro fala de uma forma apaixonada e ficamos com<br />

a certeza de que nada lhe é indiferente. A subdiretora de programação<br />

do segundo canal da RTP e apresentadora do Câmara Clara<br />

é uma mulher de causas e de crenças. O talento é uma delas.<br />

TEXTO DE ISABEL STILWELL. FOTOGRAFIAS DE PEDRO BETTENCOURT.<br />

ma forma, à sua paixão pelos livros, pela escrita e pelo prazer<br />

de saber mais.<br />

Se admite que o ambiente universitário a terá contagiado precocemente,<br />

faz questão de frisar que foi da mãe que herdou o<br />

raciocínio dedutivo, o gosto pela argumentação, o rigor e o vocabulário.<br />

“Cresci com uma mãe que diz coisas tão extraordinárias<br />

como ‘está um céu plúmbeo’. Ninguém fala assim”, diz,<br />

entre gargalhadas. Não admira, constata, que, em criança, de<br />

vez em quando, a olhassem como se observa uma criança precoce,<br />

que usa palavras maiores do que ela. Estranhava os olhares<br />

porque, para ela, aquelas “eram palavras domésticas, de casa”.<br />

A verdade é que, ainda hoje, a mãe é implacável com<br />

qualquer erro gramatical, como Paula lembra a si mesma de<br />

cada vez que escreve ou está “no ar”, ou seja, a trabalhar.<br />

Felizmente é, também, a primeira a elogiar quando “está bem<br />

feito”. Quanto ao pai, era um contraste. Rindo, descreve-o.<br />

“O meu pai era a festa, o gosto pela vida. Perfume Paco Rabanne,<br />

óculos Ray-Ban e sempre o barulho do gelo a chocalhar no copo<br />

de whisky. Gostava de automóveis e de caçar. E gostava de<br />

música: Otis Redding, Marvin Gaye.”<br />

Depois de uma passagem de dois anos por Luanda, a família<br />

Caixa Woman 17


assenta em Lisboa, meses depois do 25 de Abril. Paula tem,<br />

então, nove anos e acaba de passar de uma escola de freiras,<br />

onde fez a Primária, para a escola pública, e tudo lhe parece<br />

estranho. Como reagiu à Revolução dos Cravos? À pergunta,<br />

responde com hesitação, como que à procura das<br />

palavras certas. “Acho que o que vivi foi uma alegoria do que<br />

aconteceu ao país. A minha vida era absolutamente regrada,<br />

havia horas para tudo, a ordem familiar não era contestada e,<br />

de um ano letivo para o outro, o mundo dos adultos enlouqueceu.<br />

De repente, estava tudo tão intensamente ocupado<br />

com outra coisa, a discutir a situação política do país, envolvidos<br />

em agitações familiares também intensas, que nos deixavam<br />

fazer coisas que nunca nos eram permitidas.”<br />

Suspeita que foi toda uma geração que sentiu o mesmo e<br />

confessa que demorou algum tempo a recuperar do embate,<br />

a que correspondeu também a separação dos pais. Mas, aos<br />

poucos, habituou-se à escola<br />

caótica, a uma realidade<br />

mais livre e até ao facto de<br />

o pai ter partido para o Brasil,<br />

onde, depois, voltou a casar,<br />

e de ter ficado em Lisboa,<br />

com a mãe, que também refez<br />

a sua vida. O que sabe é<br />

que, quando deu por isso,<br />

era tempo de entrar para a<br />

faculdade. Estava segura de<br />

que queria seguir Direito, ser<br />

jurista como a mãe, mas ainda<br />

hoje não sabe explicar bem porque é que, no último minuto,<br />

preencheu o impresso de acesso indicando o curso de<br />

Comunicação Social, na Universidade Nova de Lisboa, como<br />

primeira opção. Num primeiro round, o Jornalismo ficou a ganhar,<br />

mas, mais tarde, voltaria ao Direito.<br />

Logo que acabou o curso, foi convidada por um dos seus professores<br />

para fazer crítica de Artes Visuais num jornal e conta<br />

a experiência com tanta vivacidade e entusiasmo que surpreende<br />

quando acaba por dizer que odiou, embora reconheça<br />

que teve uma função “pedagógica, mas dolorosa”. Desse tempo,<br />

recorda que, com a mesma certeza com que se imaginara<br />

a estudar Direito, recusou sequer tentar um estágio na RTP.<br />

Acreditava que o seu futuro ia ser para sempre a escrita, na<br />

imprensa. E “morria de medo com a ideia de ter de enfrentar<br />

uma câmara”. Hoje, habituados como estamos à naturalidade<br />

com que nos fala na televisão, custa a acreditar, mas de<br />

tal forma estava decidida que o seu caminho se fez pelos jor-<br />

18 Caixa Woman<br />

"É muito raro em Portugal<br />

as pessoas dirigirem<br />

convites para cargos de<br />

confiança a alguém com<br />

quem não têm já uma<br />

relação pessoal.”<br />

nais Semanário e Expresso, onde descobriu o gozo da reportagem,<br />

e, pouco depois, pela revista Marie Claire, para a qual<br />

fez reportagens e entrevistas. E é aí que conhece Maria Elisa<br />

Domingues, numa altura em que Maria Elisa estava envolvida<br />

na conceção e no lançamento da SIC. É ela quem insiste<br />

com a Paula para tentar a televisão. À proposta de Elisa, Paula<br />

disse: “Nem morta!” Com a intensidade que a caracteriza. Mas<br />

a inteligência do argumento de Maria Elisa levou-a a pensar<br />

duas vezes. “Disse-me que uma coisa era experimentar e não<br />

gostar; outra, muito diferente, seria nunca chegar a experimentar<br />

por medo. Achei que tinha razão e fico a dever-lhe o<br />

convite e o conselho.” Fez os testes, ficou aprovada e foi convidada<br />

a ficar e, como a própria diz, “aqui estou”. Pelo caminho,<br />

ficaram na nossa memória programas como Sexo Forte,<br />

O Pecado Mora Aqui e O Senhor que se Segue, todos na SIC.<br />

Ou Ligações Perigosas e GLX, na RTP1, e Falatório e Livres e<br />

Iguais, na RTP2. Desde 2005, todos os domingos, às 22h30,<br />

na RTP2, o Câmara Clara,<br />

que Paula fundou, edita e<br />

apresenta, é um dos raros<br />

momentos em que a televisão<br />

não esquece os livros, a<br />

arte e a cultura.<br />

Com intensa atividade no<br />

mundo da imprensa, da televisão<br />

e da rádio, Paula foi<br />

equilibrando a vida profissional<br />

com o seu papel de mãe<br />

de dois filhos. “Nunca é fácil<br />

conciliar as coisas satisfatoriamente, sobretudo quando se é tão<br />

ligada aos miúdos, como sou, e, ao mesmo tempo, se tem uma<br />

curiosidade imensa sobre o mundo, como a que sinto.” Já em<br />

2003, inscreve-se no Instituto Europeu da Faculdade de Direito<br />

da Universidade de Lisboa e faz uma pós-graduação em Direito<br />

Comunitário. “Porque gosto muito de política, não a política partidária,<br />

mas de história e filosofia políticas”, explica, e da história<br />

da União Europeia em particular. “Percebo que, para a grande<br />

maioria das pessoas, é uma grande maçada e percebo que<br />

o seja porque o edifício institucional e de funcionamento da<br />

União é muito complexo, mas sentia uma necessidade irreprimível<br />

de compreendê-lo, para perceber o que estava em jogo.”<br />

No fim da pós-graduação, em mais uma coincidência “poética”,<br />

a Representação do Parlamento Europeu em Lisboa abre<br />

um concurso para jornalistas para produzir um livro “que explicasse<br />

ao cidadão comum o que estava em jogo no Tratado<br />

Constitucional Europeu. O tratado acabou por não vingar, co-


mo todos sabemos, mas o livro, Portugal no Futuro da Europa,<br />

foi publicado com algumas alterações relativamente ao projeto<br />

original. E, a pretexto do livro, a jornalista, com um entusiasmo<br />

que contagiaria qualquer leigo, explica história da União<br />

Europeia, dos ideais do federalismo, em que acredita veementemente,<br />

acabando por confessar que “sou uma grande<br />

entusiasta do projeto da União Europeia e preocupa-me muito<br />

que esteja tão mal entregue a uma geração de dirigentes<br />

políticos que, claramente, não está à altura da ambição que<br />

levou à construção daquilo que acho que é a maior aventura<br />

de engenharia política desde a fundação da federação norte-<br />

-americana. Tenho muita pena, espero que a crise faça emergir<br />

novos líderes e novos valores. Gostaria muito que isto funcionasse<br />

como oportunidade”. E, deste comentário sério, segue<br />

para uma gargalhada, rematando, “eu sei que as pessoas<br />

acham que eu sou maluca, mas a emergência da União é, para<br />

mim, uma história comovente”.<br />

Nada disto é por acaso... Paula Moura Pinheiro não é um<br />

acaso. Assume-se como católica e explica que o seu interesse<br />

pela política e pelo jornalismo são “instrumentais”, no sentido<br />

em que se sente obrigada a servir a comunidade. Assume<br />

que ser católica a obriga a um determinado comportamento<br />

como cidadã e jornalista. E não pretende fugir das suas obrigações,<br />

ainda que esteja consciente de que muitos “acham<br />

que aquilo que faço é irrelevante. Uma coisa é haver quem<br />

não aprecie o meu estilo, mas, quanto ao mérito dos meus<br />

objetivos, aí, a conversa é outra. Por esses objetivos de serviço<br />

à comunidade, eu bato-me, é aí que me inscrevo”.<br />

Depois de dois anos sem fazer televisão e a trabalhar como<br />

freelancer na imprensa e na rádio, recebe um surpreendente<br />

convite de Jorge Wemans para ser subdirectora da RTP2.<br />

Para Paula, a surpresa foi mesmo total. “Eu nem nunca tinha<br />

tomado um café com o Jorge Wemans e achei isso extraordinário,<br />

nunca poderei esquecer-me disso. É muito raro<br />

em Portugal as pessoas dirigirem convites para cargos de<br />

confiança a alguém com quem não têm já uma relação pessoal.”<br />

Para além de tudo isto, afirma que “ser convidada para<br />

a minha estação de televisão favorita, aquela que eu sempre<br />

consumira como espectadora, era um privilégio incrível<br />

e, por isso, aceitei”.<br />

Aceitou um emprego, mas também um desafio. “Eu pertenço<br />

à geração dos que apanharam a privatização das televisões<br />

e entrei nessa onda. Já dentro da televisão, apanhei a<br />

outra revolução, a da emergência da TV Cabo e a da afirmação<br />

da Internet. Tenho consciência de que me foram dados<br />

viver momentos extraordinários no audiovisual.”<br />

Apesar do orçamento pequeno e das dificuldades inerentes,<br />

Paula afirma que o que mais gosta na direção de Jorge<br />

Wemans “é o investimento indiscutível, sem precedentes<br />

(e os números não me deixam mentir), no documentário. Gosto<br />

muito de estar ligada, através desta direção, ao nascimento<br />

de uma nova geração de cineastas, de documentaristas portugueses…<br />

Uma geração cheia de gente muito boa. Todos os<br />

meses, vemos coisas aliciantes. Ainda que as dificuldades sejam<br />

imensas… O dinheiro que há para isto é estupidamente<br />

pouco para o talento que há em Portugal”.<br />

Caixa Woman 19


PERDIDOS E ACHADOS<br />

VASCO PRAZERES<br />

Médico e sexólogo<br />

20 Caixa Woman<br />

Um beijo na<br />

Praça do Município<br />

A noite tinha acabado de chegar, trazendo<br />

ainda mais frio. Lado a lado, um homem<br />

e uma mulher jovens atravessavam<br />

a Praça do Município, que, àquela hora,<br />

se encontrava quase vazia. Conversavam.<br />

Ao passarem junto do pelourinho,<br />

abrandaram o passo, suspenderam as<br />

palavras, olharam-se num silêncio intenso<br />

durante segundos e, sem pararem, colaram<br />

as bocas durante um breve instante. Em<br />

nenhuma outra parte dos corpos tiveram<br />

algum contato. A velocidade da caminhada<br />

tornou a aumentar, mas o silêncio<br />

que antecedera o encontro dos lábios<br />

manteve-se até chegarem à Rua do Arsenal.<br />

Só nessa altura, retomaram o diálogo.<br />

Ao observador involuntário, que seguia no<br />

mesmo trajeto uns metros atrás, pareceu<br />

que as palavras se haviam tornado mais<br />

serenas, mais açucaradas, e que os ombros<br />

dos intervenientes estavam agora mais<br />

próximos, tocando-se de vez em quando.<br />

Foi nessa altura que a sensação de déjà vu<br />

o assaltou. Não demorou muito a<br />

estabelecer a associação de ideias. Aquele<br />

beijo tratava-se de uma réplica, ao vivo,<br />

da célebre fotografia, do início da década<br />

de 50, de Robert Doisneau, Le baiser de<br />

l’Hotel de Ville. O cenário era semelhante,<br />

tratava-se do largo da câmara municipal<br />

de uma grande cidade; os protagonistas,<br />

também, um homem e uma mulher, ambos<br />

jovens, que se deslocam lado a lado<br />

e que, a dada altura, se beijam enquanto<br />

caminham. Na fotografia que correu mundo,<br />

o tom era o da celebração de uma Paris<br />

renascida, liberta do pavor da ocupação<br />

nazi. No furtivo beijo que agora presenciara,<br />

o observador percebeu a cumplicidade<br />

de quem aceita construir algo de novo, de<br />

quem estabelece um pacto de cumplicidade<br />

para o caminho que vai ser percorrido.<br />

Exatamente no mesmo local em que,<br />

cem anos antes, havia sido proclamado<br />

um novo regime, rumo ao futuro.<br />

Mais tarde, ao subir a Rua do Alecrim, no<br />

momento em que se deparou com a estátua<br />

de Eça de Queiroz, com a célebre epígrafe<br />

de A Relíquia (“Sobre a nudez forte da<br />

verdade, o manto diáfano da fantasia.”), o<br />

nosso observador não pôde deixar de pensar<br />

que as conclusões tiradas do quadro vivo que<br />

O único beijo que é dado<br />

com o pensamento<br />

no passado é o da<br />

despedida! Mesmo esse,<br />

traz sempre um fio<br />

condutor para o futuro.<br />

presenciara antes não passavam de mera<br />

ficção. Não, a perceção que tivera só podia<br />

estar certa. O único beijo que é dado com<br />

o pensamento no passado é o da despedida.<br />

Mesmo esse traz sempre um fio condutor<br />

para o futuro. Porém, naquele beijo, não<br />

houvera qualquer sinal de adeus. Tinham<br />

continuado a caminhar, lado a lado, rumo ao<br />

carro que os esperava. Contudo, a realidade<br />

não se consegue perceber sem uma pitada de<br />

fantasia. Pois se até a estátua do Eça, que se<br />

encontra ali, no Largo do Barão de Quintela,<br />

não passa de uma réplica da original…


VEMOS O FUTURO<br />

COM OUTROS OLHOS.<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

O melhor grupo financeiro<br />

português em sustentabilidade.<br />

2.600 toneladas/ano de redução de CO2. 590 toneladas/ano de resíduos reciclados/ano.<br />

6 GWh/ano de redução de consumo de energia. 278.000 participantes em ações de literacia<br />

financeira. 33.000 horas de voluntariado realizadas por colaboradores. Reduzimos o nosso<br />

impacte no ambiente, investimos no apoio e na inovação social e promovemos um crescimento<br />

económico sustentável. Para nós, sustentabilidade é um compromisso real com o planeta<br />

e o futuro das gerações.<br />

The New Economy Sustainable Finance Awards reconhece o desempenho sustentável da CGD<br />

e do seu Grupo Financeiro.<br />

sustentabilidade.cgd.pt Sustentabilidade na Caixa. Com Certeza.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL<br />

SINTA-SE BEM NA SUA PELE<br />

Nova atitude<br />

A crise não é desculpa para tudo.<br />

Uma boa auto-estima é essencial para<br />

atravessar com maior segurança estes<br />

tempos conturbados. Aprenda a<br />

valorizar-se, em todos os papéis<br />

da sua vida.


COMPORTAMENTO<br />

Famílias<br />

separadas<br />

pela<br />

Nunca como hoje a emigração portuguesa foi tão qualificada.<br />

E as saídas vão aumentar. Em 2011, os portugueses<br />

inscritos no Eures, o portal europeu de mobilidade profissional,<br />

eram 46.223, um número que mais do que duplicou em<br />

apenas dois anos. Esta novidade das altas qualificações traz<br />

outra consigo: a dificuldade de reagrupamento familiar. Quando<br />

os dois membros do casal têm carreiras que valorizam, é difícil<br />

que um prescinda do que já conseguiu, ou da posição que<br />

mantém, para começar do zero num país de acolhimento.<br />

Muito antes de Souto de Moura ter ganho, em 2011, o mais<br />

alto prémio internacional de Arquitetura, o Pritzker, e de ter<br />

declarado, na cerimónia de entrega do galardão, que “o caminho,<br />

para a arquitetura portuguesa, é emigrar”, já João<br />

Almeida, 42 anos, arquiteto, se tinha feito à estrada. Ou melhor,<br />

ao corredor aéreo para Luanda. É desde Luanda que me<br />

responde à entrevista, via Internet, e começa por dizer que<br />

“o Skype é a melhor invenção dos últimos tempos, mesmo<br />

se, aqui, não funciona sempre”. João emigrou em 2008, cansado<br />

de um país sem perspetivas. “Não me saíam trabalhos<br />

bons. Tinha a sensação de estar a marcar passo e resolvi ar-<br />

24 Caixa Woman<br />

crise<br />

SÃO ARQUITETOS, ENGENHEIROS, MÉDICOS, FISIOTERAPEUTAS,<br />

INVESTIGADORES, TÉCNICOS QUALIFICADOS, PROFESSORES QUE, HOJE,<br />

EMIGRAM E DEIXAM A FAMÍLIA PARA TRÁS. SERÁ O FUTURO MELHOR?<br />

TEXTO DE CARLA MACEDO.<br />

riscar.” Tinha uma filha com um ano e a necessidade de oferecer-lhe<br />

um bom futuro financeiro falou mais alto. “Vejo a<br />

minha filha crescer pelo Skype. Como o fuso horário é o mesmo,<br />

jantamos juntos, sempre com o portátil em cima da mesa.”<br />

Foi uma decisão fácil? “Não foi, nem está a ser”, responde<br />

Teresa Almeida, 41 anos, mulher de João, que está<br />

connosco em conferência. “Para quem fica, é sempre mais<br />

difícil”, acrescenta. “Ainda ponderámos ir todos quando a situação<br />

do João ficou estabilizada, mas não tenho a certeza<br />

de que seja o melhor sítio para crescer.” Ser professora do<br />

Ensino Básico não lhe abre as oportunidades. “Sabe quanto<br />

é que um professor ganha por lá?”<br />

Paulo Rodrigues, 38 anos, escolheu outro destino, a Suíça,<br />

há menos de um ano. Encontro-o no princípio de janeiro, quando<br />

ainda goza as férias de Natal. Tem um sorriso de orelha a<br />

orelha e diz-me que as condições de trabalho no seu país de<br />

acolhimento são muito boas. “As de trabalho, as de vida. É um<br />

país muito organizado, as pessoas cumprem as regras à risca,<br />

é um lugar muito confortável.” Paulo tinha uma empresa


A procura por<br />

uma vida melhor leva<br />

os casais a tomarem a<br />

difícil decisão de viverem<br />

separados, muitas vezes<br />

sem perspetivas<br />

claras para o<br />

reencontro.


de refrigeração que, apesar de ter trabalho, não tinha liquidez.<br />

“Eu não conseguia cobrar. Houve gente que me deu a<br />

palavra de honra em como pagava a tempo e, até hoje, não<br />

vi dinheiro nenhum. Quando a palavra de honra não vale nada…”<br />

Aceitou o convite para ingressar uma equipa de técnicos<br />

de frio e, profissionalmente, não podia estar mais contente.<br />

“Agora, só me falta a família. Onde eu moro, imagino<br />

a minha filha crescer, mas a Rita não quer ir.” Ironia das ironias,<br />

a mulher de Paulo conseguiu finalmente uma colocação<br />

definitiva no ensino público. Com 36 anos, esta professora<br />

do 2.º Ciclo, andou dez anos letivos a mudar de escola.<br />

“Estou a fazer um mestrado em Pedagogia, tenho finalmente<br />

colocação e parece-me absurdo abdicar de tudo isto agora.<br />

Não valorizo mais a profissão do que o amor, do que a<br />

família, mas queria uma vida tranquila há muito tempo. Se<br />

eu for para a Suíça, são mais dez anos à procura de um posto<br />

de trabalho decente, verdade?”<br />

Quando os dois membros do casal têm<br />

carreiras que valorizam, é difícil que um prescinda<br />

do que já conseguiu para começar do zero.<br />

Luísa Andrade também ficou em Portugal, mas por outros<br />

motivos. “O meu marido sentia-se a estagnar e eu sempre<br />

lhe disse que fosse, que continuasse a estudar. Não podemos<br />

sentir que estamos estagnados aos 30 anos.” O até<br />

então médico de Medicina Familiar integrou, em 2011, uma<br />

equipa de pesquisa de Fisiopatologia e Tratamento da Dor<br />

em Madrid, depois de um longo processo de candidatura.<br />

“Eu engravidei durante o processo. E, como não conhecemos<br />

ninguém por lá, preferi ficar junto dos meus pais, para<br />

me ajudarem com o bebé. Estou arrependida de tudo. Não<br />

lhe devia ter dito para ir, não quando pensávamos em engravidar.<br />

Fui leviana. Estar longe do amor da minha vida, ainda<br />

para mais numa altura destas, não é fácil.” Quanto ao futuro,<br />

afirma que “vou deixar o meu filho crescer um pouco.<br />

Depois, vou tentar ir ter com o Rafael, até porque não tenho<br />

um vínculo profissional, sou advogada a recibos verdes, mas<br />

não sei muito bem o que vou fazer profissionalmente. O desemprego<br />

em Espanha está nos 20%.”<br />

Virgínia Lopes, 33 anos, diretora, para Portugal e países<br />

lusófonos, de uma multinacional, também não consegue antever<br />

o futuro. “A minha vida está cheia de ironias. Conheci o<br />

26 Caixa Woman<br />

Rui quando eu vivia em Barcelona e ele, no Porto. Namorámos<br />

anos à distância, com visitas frequentes. Eu consegui trazer a<br />

minha empresa para Lisboa, depois de subir a pulso na hierarquia.<br />

Estabeleci-me aqui para estar perto dele e da minha<br />

mãe. O Rui conseguiu um emprego aqui, começámos a construir<br />

a nossa vida e, agora, foi viver para Barcelona.” O agora<br />

é quatro anos depois de terem começado a viver juntos, é cinco<br />

meses depois de terem comprado um apartamento, é no<br />

momento em que pensavam aumentar a família. Visivelmente<br />

abalada pela nova situação, explica-me que, se pudesse voltar<br />

atrás, voltava e não deixava que Rui Martins, 37 anos, enge-<br />

FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.


nheiro informático com uma especialização em marketing online,<br />

se fosse embora. “Para a área dele, não há trabalho em<br />

Portugal.” Rui recebeu apenas uma proposta para Braga, com<br />

um ordenado de 900 euros brutos. “Achei indecente, mas,<br />

agora, vejo-me a ter vinte anos outra vez e não me apetece.<br />

Acho que mais valia ter esperado por uma oportunidade aqui.<br />

Ou ficava só eu a trabalhar, não sei. Estou farta de aviões, de<br />

casas partilhadas.” Quando lhe pergunto se não há possibilidade<br />

de juntar-se ao namorado em Barcelona, responde que,<br />

“como Portugal está tão afetado pela crise, a minha empresa<br />

tem planos para mim no Brasil. Não sei o que vou fazer”.<br />

CARTÃO CAIXA FLOW<br />

Para facilitar a realização de<br />

transferências internacionais num<br />

formato simples, rápido e com<br />

custos reduzidos, a Caixa<br />

disponibiliza os cartões pré-pagos Caixa Flow.<br />

As transferências são efetuadas por dois ou<br />

mais cartões com acesso ao mesmo saldo: um<br />

cartão principal para quem é cliente da Caixa com<br />

conta à ordem domiciliada e para ser usado em<br />

Portugal (e também no estrangeiro) e um ou mais<br />

cartões adicionais (no máximo três) para o o(s)<br />

familiar(es) que se encontra(m) no estrangeiro.<br />

Todos os cartões acedem e contribuem para<br />

o mesmo saldo disponível. O ou os cartões<br />

adicionais podem efetuar pagamentos ou<br />

levantamentos fora de Portugal até ao limite<br />

do saldo disponível, sem custos adicionais se<br />

estiverem na Zona Euro ou a custos reduzidos<br />

fora da mesma.<br />

Informe-se numa agência da Caixa<br />

ou em www.cgd.pt<br />

Caixa Woman 27


ENTREVISTA<br />

28 Caixa Woman<br />

MARTA CRAWFORD<br />

“A intimidade<br />

pode ser o maior<br />

antidepressivo.”<br />

Numa altura em que a palavra “crise” mina a disposição dos casais,<br />

a terapeura explica que é preciso repensar as relações a dois. Em muitos<br />

casos, nem são precisas mudanças drásticas. Basta aprender<br />

a comunicar. E voltar a namorar.<br />

TEXTO DE RITA LÚCIO MARTINS. FOTOGRAFIA DE JOÃO CUPERTINO.<br />

As pessoas procuram-na para falar de dificuldades nos relacionamentos<br />

ou especificamente de problemas sexuais?<br />

Depende. Como, além de sexóloga, também sou terapeuta familiar,<br />

as pessoas procuram-me quando há problemas no casamento,<br />

sejam eles de que tipo forem. Alguns queixam-se<br />

dos sogros, outros falam de problemas relacionados com os<br />

filhos, outros questionam-se se ainda se gostam. Em muitos<br />

casos, noto que existe uma grande dificuldade de comunicação<br />

e é aí que o terapeuta pode intervir. Há pessoas que me<br />

procuram porque estão com problemas na relação, mas sentem<br />

que ainda amam e que, por isso, vale a pena fazer um investimento<br />

numa terapia; outros até podem ter dúvidas em<br />

relação ao amor, mas são tão bons sócios, dão-se tão bem<br />

que procuram reacender esse lado mais sentimental e, por<br />

último, há os casais em que a sexualidade já não está a funcionar<br />

bem, seja por ejaculação precoce, falta de desejo,<br />

o que for. Nesse caso, é preciso procurar o que está na origem<br />

do problema, o que motiva essa repetição.<br />

Como se processa então esse acompanhamento?<br />

Na maior parte dos casos, vem um primeiro, individualmente,<br />

normalmente aquele que se sente mais queixoso. Quem<br />

tem algum problema, poderá também ter mais dificuldade em<br />

pedir ajuda. Mas também há muitos casos de casais que sentem<br />

essa necessidade em conjunto, sentem que a vida caiu<br />

numa rotina, que há coisas, no relacionamento ou na sexualidade,<br />

que podem ser melhoradas. Nem todos os casais que<br />

me aparecem no consultório são casais em final de curso.<br />

Normalmente, vejo-os de quinze em quinze dias. Quando percebo<br />

que a situação é pacífica, peço-lhes que venham juntos.<br />

Faço essa avaliação e, depois, apresento uma proposta<br />

terapêutica. Isso pode acontecer logo na mesma consulta ou<br />

na segunda. Agora, também por causa desta crise, tento não


"A terapia<br />

demora seis ou sete<br />

sessões e a ideia é dar<br />

competências ao casal para<br />

que possa enfrentar as<br />

diferentes situações com<br />

as quais vai deparar-se<br />

ao longo da vida."


esticar demasiado este processo.<br />

As pessoas estão ansiosas<br />

e precisam de respostas<br />

logo no início... E, depois, o<br />

fator financeiro também pesa.<br />

A terapia demora seis ou sete<br />

sessões e a ideia é dar compe -<br />

tências ao casal para que possa<br />

enfrentar as diferentes situações<br />

com as quais vai de -<br />

parar-se ao longo da vida.<br />

É importante que ambos estejam comprometidos com a terapia,<br />

que acreditem nela. Por exemplo, há casos em que, no<br />

início da terapia, proíbo que avancem para sexo, para passar<br />

para mim essa responsabilidade de não acontecimento sexual,<br />

mas também para baixar a ansiedade, porque sou eu<br />

que não permito. Por outro lado, recomendo outras experiências:<br />

o voltar à carícia, o redescobrir o corpo, o redescobrir<br />

o outro. O objetivo é que a pessoa se sinta bem nas mãos<br />

do outro, porque, se isso não acontecer, não pode haver desejo<br />

sexual.<br />

Isso é recuperável?<br />

Sim. As pessoas entram em ciclos viciosos, é muito comum.<br />

Vejo essa repetição nos casais que acompanho. Em muitos<br />

casos, as mulheres deixam de ter gestos carinhosos para<br />

não alimentar a ideia de que vai haver sexo. E, quanto mais<br />

elas se afastam, mais eles as procuram. Isto era o mais comum<br />

no passado; hoje, já há muitos casos de homens que<br />

não têm desejo sexual pelas mulheres e há mulheres para<br />

quem o sexo é realmente importante. São mulheres que se<br />

sentem bem com o corpo, para quem a sexualidade é uma<br />

coisa descontraída, que até encaram o sexo como uma forma<br />

de alimentar outras áreas, porque lhes traz satisfação,<br />

prazer e energia. Claro que a intensidade do desejo pode diminuir,<br />

há fatores externos que podem interferir com a disponibilidade,<br />

como o trabalho, os filhos. De facto, no início,<br />

a excitação pode ser maior. Conheço muitos casos de mulheres<br />

que nunca tinham tido um orgasmo e que investiram<br />

muito no início de novas relações. Há o fator novidade, estão<br />

num processo de sedução, de descoberta do corpo do<br />

outro... Claro que não é preciso ter sempre um orgasmo,<br />

mas nunca ter também não é bom.<br />

BILHETE DE IDENTIDADE<br />

Licenciada em Psicologia, na área de Clínica,<br />

pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada,<br />

Marta Crawford é especializada em Sexologia<br />

Clínica. Apresentou os programas televisivos<br />

AB Sexo (na TVI, em 2005 e 2006) e Aqui Há<br />

Sexo (na TVI 24, em 2009), e publicou os<br />

livros Sexo sem Tabus (2006), Viver o Sexo<br />

com Prazer. Guia da Sexualidade Feminina<br />

(2008) e Diário Sexual e Conjugal de um Casal<br />

(2011), todos publicados pela Esfera dos Livros.<br />

É terapeuta sexual na Clínica do Homem<br />

e da Mulher, em Lisboa.<br />

Porque é que isso acontece?<br />

Pode ter a ver com situações<br />

anteriores, com o facto de serem<br />

muito contidas ou incapazes<br />

de se deixarem ir na relação,<br />

por nunca se terem<br />

masturbado durante a adolescência<br />

e não conhecerem<br />

bem ou não se sentirem bem<br />

com o seu corpo. Ou seja, há<br />

várias situações que podem<br />

fazer com que a mulher não se deixe ir, não se entregue<br />

e fique quase como uma espectadora do que está a acontecer.<br />

O orgasmo é precisamente o contrário, é o deixar-<br />

-se ir, o não controlar. Aquelas mulheres que são muito<br />

organizadas e controladoras sofrem frequentemente desta<br />

situação, ainda que não haja uma obrigatoriedade em<br />

que assim seja. Outras vezes, têm vergonha do corpo e,<br />

quando isso acontece, não se podem entregar, com medo<br />

de sentirem ridículas.<br />

O ridículo não existe nestas situações?<br />

Não, mas há muita gente a sentir-se ridícula e a preocupar-<br />

-se com outras questões, mais acessórias, como se estão gordas,<br />

se têm pelos, e não com a envolvência da própria relação.<br />

Também pode ter havido uma situação anterior, uma relação,<br />

uma desconfiança que explique uma maior contenção<br />

e a dificuldade em ter orgasmos. Há aqui vários condimentos<br />

que podem dificultar o orgasmo e o desconhecimento do próprio<br />

corpo é um dos principais. Por isso é que recomendamos<br />

a masturbação, é uma coisa importante.<br />

Ao longo de toda a vida?<br />

Sim. A necessidade de masturbação, mesmo quando existe<br />

uma relação sexual satisfatória, é perfeitamente normal e<br />

positiva. Masturbar alivia a tensão. Só é negativa quando se<br />

substituiu uma coisa pela outra. A dificuldade no relacionamento<br />

pode explicar que a pessoa recorra à masturbação,<br />

porque está sozinha, não é avaliada, não tem de debater-se<br />

com ansiedade. Quando as relações dão prazer, a procura<br />

de intimidade pode ser o maior antidepressivo, a grande vitamina.<br />

Intimidade significa poder viver livremente numa relação<br />

íntima, deixar de estar oprimido pelos pensamentos,<br />

ser capaz de libertar-me, de orientar o outro naquilo que me<br />

Caixa Woman 31


dá mais prazer, de fazer o que me dá mais prazer.<br />

Não se corre o risco de ficar focado apenas no próprio prazer?<br />

É preciso ser egoísta no sexo. A pessoa tem de sentir que tem<br />

direito ao seu prazer. A capacidade de sonhar, de imaginar,<br />

de criar cenários com o parceiro ou parceira é boa, faz bem,<br />

aumenta a excitação, a proximidade. Claro que as rotinas desgastam<br />

a relação, fazem com que se perca a vontade. Os homens<br />

excitam-se mais facilmente, têm um orgasmo mais fácil,<br />

focam-se mais depressa. A mulher tende a pensar no<br />

trabalho, na roupa que ainda não pôs na máquina, nos filhos,<br />

no dia seguinte. Quando chega à cama, não tem vontade.<br />

Como se pode contrariar isso?<br />

É importante descobrir momentos, estratégias que sirvam de<br />

corte entre as atividades do<br />

dia-a-dia e a intimidade.<br />

Pode ser um banho, um NÃO ESQUECER!<br />

chá, um copo de vinho. É<br />

importante pensar nisso ao<br />

longo do dia. Se o tema sexualidade<br />

não me ocorre ao<br />

longo de todo o dia, é difícil<br />

que, ao fim do dia, quando<br />

finalmente tenho um<br />

momento para mim, vá ser<br />

esse o meu pensamento. É<br />

preciso criar essa disponibilidade,<br />

caso contrário, é óbvio que a pessoa vai preferir ver<br />

televisão ou dormir. Basta lembrar as sensações da última<br />

vez em que se fez sexo, trocar umas mensagens carinhosas<br />

durante o dia, imaginar o que gostaria que acontecesse, ou<br />

seja, criar espaços para pensar sobre sexualidade. Se isso<br />

acontecer, a disposição ao fim do dia será completamente<br />

diferente. Quando uma mulher não tem vontade, não tem de<br />

forçar; mas, se nunca tem vontade, então, tem um problema.<br />

As pessoas não têm de estar sempre dispostas.<br />

Não tem, portanto, de haver qualquer tipo de sacrifício?<br />

A partir do momento em que a sexualidade se torna num sacrifício<br />

fica com perna curta. O sacrifício tem que ser medido,<br />

limitado. Se 50% de uma relação é um frete, é provável<br />

que, no mês seguinte, a percentagem já seja muito maior.<br />

E, daí a não ter paciência para sexo, vai apenas um passo.<br />

Os casais não falam sobre isto, às vezes, nem no início das<br />

32 Caixa Woman<br />

l O diálogo é fundamental porque cria intimidade;<br />

l É imprescindível criar essa capacidade<br />

comunicante desde o início da relação;<br />

l O elogio alimenta a relação;<br />

l É importante mimar a relação durante o dia,<br />

através de mensagens, por exemplo;<br />

l Aproveitar a rede de relações para deixar os<br />

filhos e criar espaços exclusivos para o casal.<br />

relações. É mais importante que se fale, desde o início, do que<br />

se faça tudo. Só assim se pode construir uma relação sólida.<br />

Uma relação feliz sem uma componente sexual saudável é<br />

impossível?<br />

É difícil, mas há várias formas de sexualidade. É essa a grande<br />

aprendizagem. A intimidade não é só coito, passa pelo beijo,<br />

pela carícia, pela massagem, pela capacidade de o casal<br />

conseguir conjugar as suas necessidades, umas até mais<br />

afetivas ou mais relaxantes, com a sexualidade. Umas vezes,<br />

isso pode traduzir-se em sexo com orgasmo, em outras, pode<br />

ser apenas sexo oral, masturbação ou carícias. Quando<br />

estes comportamentos são considerados, pelos dois elementos<br />

do casal, tão importantes como a relação coital, não<br />

há a sensação de que estamos<br />

a fazer festinhas<br />

apenas com o objetivo de<br />

chegar a algum lado, porque<br />

elas são valorizadas<br />

por si só. A única forma de<br />

isto acontecer é através do<br />

diálogo, da criação de estratégias<br />

em conjunto. Se<br />

não conseguirem fazer isso<br />

sozinhos, falem com um<br />

terapeuta.<br />

O discurso dos técnicos<br />

aponta sempre na tentativa de salvar o casamento. Não há<br />

casamentos que não devem ser salvos?<br />

Se a pessoa sente que não tem mais para dar, deve aproveitar<br />

esse momento de clarividência. Vejo muitos casais que persistem<br />

no erro. Eu não posso dizer-lhes isso (quem sou eu para<br />

determinar o fim de uma relação?), mas posso ajudá-los a<br />

chegarem a essa conclusão. A terapia pode ajudar a tornar<br />

mais clara alguma coisa que já está no íntimo. Claro que, às<br />

vezes, é difícil tomar a decisão, a vida até está bem organizada,<br />

mas falta qualquer coisa. E o nosso dever é procurar a felicidade.<br />

As pessoas sentem essa urgência da felicidade, têm<br />

menos facilidade de resistir à dor, ao mau estar, e tentam procurar<br />

soluções muito rapidamente, às vezes, aqui no gabinete.<br />

É importante que ponham em causa aquilo que está muito bem<br />

organizado nesta procura de ser feliz. Claro que essa decisão<br />

envolve riscos, mas tudo na vida é assim.


CAUSA<br />

Sucesso de<br />

saltos altos<br />

Na Dress for Success Lisboa, uma equipa<br />

de voluntários trabalha para ajudar mulheres<br />

em busca de um emprego. Mais do que oferecer<br />

roupa, partilham-se conselhos e trocam-se<br />

histórias de vida. TEXTO DE LAURA PATRÍCIO.<br />

Sete segundos. É neste curtíssimo espaço<br />

de tempo que se formam as chamadas<br />

“primeiras impressões”. Mais ou<br />

menos o tempo que levou a ler estas<br />

duas frases. Surpreendida? E se, a isso,<br />

acrescentarmos que, nesse mesmo período,<br />

o cérebro humano é capaz de<br />

produzir, rapidamente, 11 decisões acerca<br />

da pessoa com quem nos confrontamos?<br />

O nível de escolaridade, o nível<br />

económico, a credibilidade, o profissionalismo<br />

e a confiança são alguns dos<br />

campos em que, por vezes sem nos<br />

apercebermos, acabamos por “rotular”<br />

aqueles que conhecemos pela primeira<br />

vez. Quem o afirma é Jorge Freitas, orador<br />

e treinador de comunicação, e autor<br />

do livro 7 Segundos, mas não faltam estudos<br />

vindos dos quatro cantos do mundo<br />

sobre o mesmo tema e com a mesma<br />

conclusão: as primeiras impressões<br />

são mesmo decisivas.<br />

E se agradar a um colega ou cair nas<br />

boas graças dos vizinhos pode ser importante,<br />

ser capaz de produzir uma<br />

boa primeira impressão numa entrevis-<br />

34 Caixa Woman<br />

ta de emprego é fundamental.<br />

Segundo dados divulgados pela União<br />

Europeia, em dezembro de 2011, Portugal<br />

tinha a terceira pior taxa de desemprego<br />

da Zona Euro, com 13,6% da sua população<br />

ativa desempregada. Números assustadores<br />

que assumem contornos ainda<br />

mais expressivos quando se analisa o<br />

desemprego no feminino, historicamente<br />

sempre mais elevado do que o masculino:<br />

13,9%. Geralmente, este seria o ponto em<br />

que fecharia a revista, suspiraria um “que<br />

horror” e agradeceria por ter um empre-<br />

go – se fizer parte do grupo dos empregados,<br />

claro. Ou não. Pelo menos, não se<br />

for como Fernanda Machado, fundadora<br />

e diretora executiva do projeto Dress for<br />

Success Lisboa.<br />

Se o nome Dress for Success (DFS)<br />

não lhe é estranho, não é por acaso.<br />

Primeiro, porque a fonética se prende ao<br />

ouvido e, em segundo lugar, porque<br />

Oprah Winfrey, a rainha do entretenimento,<br />

é uma das madrinhas do projeto nos<br />

Estados Unidos. Foi através do programa


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

de Oprah, aliás, que Fernanda conheceu<br />

o DFS e as primeiras impressões não poderiam<br />

ter sido melhores. A missão da<br />

DFS é promover a independência económica<br />

das mulheres, ao garantir-lhes aconselhamento<br />

profissional, uma rede de suporte<br />

e ferramentas de desenvolvimento<br />

de carreira que as ajudem a ter sucesso,<br />

tanto no trabalho, como na vida pessoal.<br />

E, no centro de tudo isto, está uma coisa<br />

muito simples: roupa. Oferecida por mulheres<br />

para mulheres. De quem já não a<br />

utiliza ou precisa dela para quem não tem<br />

o que vestir numa entrevista e nos primeiros<br />

tempos de trabalho.<br />

Entusiasmada com a ideia, Fernanda<br />

candidatou-se para trazer o projeto para<br />

Lisboa. Dois anos e muitos obstáculos depois,<br />

a Dress for Success Lisboa abriu portas,<br />

a 31 de janeiro. Na loja, cedida pela<br />

Freguesia de S. José, a tinta ainda pode<br />

ser fresca, mas já há histórias para partilhar.<br />

“Ainda não tínhamos aberto portas<br />

quando ajudámos a primeira mulher. Era<br />

uma jovem com poucos recursos financeiros<br />

que precisava de roupa apropriada<br />

para uma entrevista e que não tinha como<br />

adquiri-la. Surgiu ainda no meio das obras<br />

de remodelação do espaço, com caixotes<br />

de roupa… Claro que abrimos a porta e<br />

ajudámos”, recorda Fernanda. Porque a<br />

ideia é ajudar mulheres que precisem de<br />

facto e que estejam em busca de emprego,<br />

a DFS tem um protocolo com várias instituições:<br />

centros de emprego, Alto Comis -<br />

sariado para a Imigração e Diálogo Inter -<br />

cultural, centros nacionais de apoio ao<br />

imigrante, empresas de recursos humanos<br />

e departamentos de recursos humanos<br />

das empresas. No entanto, “qualquer mulher<br />

ativamente à procura de emprego,<br />

DRESS FOR SUCCESS<br />

LISBOA<br />

www.dressforsuccess.org/lisbon<br />

Calçada do Moinho de Vento, 3, 1.º<br />

1169-114 Lisboa<br />

desde que devidamente comprovada a entrevista”,<br />

pode recorrer à DFS.<br />

Mais do que roupa (um conjunto para a<br />

entrevista e, em caso de sucesso, um pacote<br />

de cinco a sete conjuntos que podem<br />

ser combinados para servir nos primeiros<br />

tempos num emprego), o que se oferece<br />

a estas mulheres é o poder de acreditarem<br />

nelas mesmas. “A roupa é o primeiro<br />

passo para a implementação do nosso<br />

trabalho junto das mulheres. Para além<br />

disso, temos vários programas que ajudam<br />

as mulheres a crescer no seu posto<br />

de trabalho e a nível pessoal e familiar. Ao<br />

prepararmos o exterior destas mulheres,<br />

tentamos melhorar a sua autoconfiança,<br />

dando-lhes ferramentas de preparação<br />

para a entrevista”, quando falar, como responder<br />

às perguntas, o que o possível<br />

empregador espera delas, conhecer um<br />

pouco melhor a empresa a que estão a<br />

candidatar-se… Tudo isto são pontos que<br />

a DFS trabalha com estas mulheres.<br />

Só que, se conseguir um emprego é uma<br />

batalha ganha, mantê-lo e progredir na<br />

carreira, em consonância com uma vida<br />

pessoal harmoniosa, é uma guerra que<br />

também é preciso saber vencer. Também<br />

aqui a DFS dá uma ajuda. No Programa<br />

de Desenvolvimento Profissional (Profes -<br />

sional Women’s Group), partilham-se ferramentas<br />

ao nível da informática, da gestão<br />

pessoal e de tempo, das finanças<br />

pessoais e de outros campos, de modo<br />

a aumentar as possibilidades de crescimento<br />

num posto de trabalho. A ideia é<br />

estabelecer com estas mulheres uma relação<br />

duradoura, tanto que é comum ver<br />

antigas candidatas a tornarem-se voluntárias<br />

e oradoras nos eventos, partilhando<br />

A Caixa Geral<br />

de Depósitos<br />

aliou-se<br />

à Dress<br />

For Sucess<br />

na sua causa,<br />

tendo<br />

promovido<br />

uma<br />

campanha<br />

de recolha<br />

de peças<br />

de roupa.<br />

as suas histórias de vida. “A Dress for<br />

Success é isso mesmo: uma contadora<br />

de histórias de mulheres.”<br />

Para quem quer ajudar, as possibilidades<br />

são muitas: doar roupa (a Caixa Geral de<br />

Depósitos concluiu, no fim de janeiro, a<br />

primeira campanha dentro da empresa),<br />

voluntariar-se e, claro, espalhar a notícia<br />

de que a Dress for Success Lisboa chegou<br />

e está pronta a ajudar. Gestos muito simples<br />

que podem mudar a vida de muitas<br />

mulheres. E a de quem ajuda também.<br />

Caixa Woman 35


UM DIA DIFERENTE<br />

Lisboa em<br />

duas rodas<br />

Redescobrir Lisboa num passeio de bicicleta<br />

pode ser o caminho para um dia bem passado<br />

em família ou para um alegre convívio de<br />

amigos. Basta aceitar o desafio da Rent a Fun,<br />

uma empresa que aluga bicicletas, algumas<br />

das quais com motor elétrico... TEXTO DE RUI FARIA.<br />

CLÍNICA<br />

DA BICICLETA<br />

A BKEclinic é um serviço<br />

da Rent a Fun que pode<br />

ajudar a fazer a manutenção<br />

da sua bicicleta, reparar a<br />

sua moutain bike após aquele<br />

trambolhão que a deixou em<br />

mau estado ou até recuperar<br />

qualquer velocípede que<br />

a família possa ter mantido<br />

esquecido durante anos.<br />

Passear de bicicleta é, ao mesmo tempo,<br />

uma forma divertida e salutar de<br />

partir à descoberta de uma cidade como<br />

Lisboa. É certo que a capital tem fama<br />

pelas suas sete colinas e os menos<br />

musculados podem achar a ideia demasiado<br />

radical, mas, como para tudo<br />

na vida, há uma solução. Neste caso,<br />

chama-se Rent a Fun, uma empresa sedeada<br />

no castiço bairro de Alfama, que<br />

aluga bicicletas convencionais, mas também<br />

equipadas com motores elétricos,<br />

para minorar o esforço do passeio, que<br />

pode demorar meio dia ou um dia inteiro,<br />

a percorrer bairros antigos ou a partir<br />

para locais bem mais distantes.<br />

Os interessados podem escolher os<br />

seus próprios caminhos ou pedalar em<br />

passeios acompanhados por guias, que


O VANTAGENSCAIXA ESTÁ CADA VEZ MAIS<br />

PERTO DOS SEUS CLIENTES<br />

Os clientes da Caixa podem aceder ao VantagensCaixa, em<br />

qualquer altura, com aquele que é o equipamento que tem ganho<br />

cada vez mais relevância na vida de cada um de nós, o telemóvel.<br />

O processo teve início com o iPhone, atendendo à quantidade de<br />

adeptos deste modelo da Apple, e brevemente irá ser alargado<br />

ao sistema operativo Android, da Google.<br />

No iPhone, a aplicação VantagensCaixa pode ser descarregada<br />

gratuitamente através da Apple Store.<br />

Neste momento, poderá selecionar no seu cartão Caixa Woman,<br />

por georreferenciação, todos os parceiros onde poderá utilizar<br />

o seu cartão perto de si e usufruir de todos os benefícios<br />

associados, sendo ainda possível limitar a pesquiza por<br />

categoria de parceiros e por região.<br />

ajudam a manter o ritmo mais adequado<br />

a cada grupo, visto que conhecem os<br />

melhores locais para as paragens necessárias<br />

para retemperar forças, seja<br />

numa esplanada, num café ou até num<br />

restaurante.<br />

FOTOGRAFIA: PEDRO SAMPAYO RIBEIRO.<br />

SUGESTÕES NÃO FALTAM<br />

Os interessados podem escolher o seu<br />

próprio passeio. Aproveitar as bicicletas<br />

para partir à descoberta dos becos e vielas<br />

de Alfama, visitar as suas igrejas ou<br />

pura e simplesmente vaguear sem destino<br />

ou aproveitar as sugestões criadas<br />

pela equipa, jovem e dinâmica, que gere<br />

a Rent a Fun e que propõe desafios<br />

bem interessantes.<br />

O programa mais emblemático talvez seja<br />

o Go 7 Hills, que percorre alguns dos mais<br />

belos miradouros da cidade, muitos já quase<br />

esquecidos, como o da Senhora do<br />

Monte, que surge sobranceiro à Mouraria;<br />

o Jardim do Torel, de onde podemos deixar<br />

o olhar perder-se ao longo da Baixa,<br />

descobrir o Arco da Rua Augusta e ver o<br />

rio; ou o Miradouro do Monte Agudo, que<br />

espreita a zona norte da cidade, do alto da<br />

Penha de França. Qualquer um destes locais<br />

tem a sua beleza a qualquer hora do<br />

dia, mas todos ganham um especial encanto<br />

ao pôr-do-sol, quando a noite chega<br />

e, com ela, a cidade se ilumina, o que<br />

justifica um passeio diferente, que os seus<br />

promotores apelidaram de Go Lx by Night.<br />

Os mais gulosos podem optar pelo Go<br />

Tejo, que segue ao longo do rio, no seu<br />

curso a caminho do Atlântico, já que a<br />

meta está localizada nos pastéis de<br />

Belém, ou ainda optar pelo Go Taste, que<br />

visita velhos cafés da cidade, as tascas<br />

e os sabores, como o do pastel de bacalhau<br />

ou até a ginjinha.<br />

RENT A FUN<br />

O aluguer de um bicicleta elétrica custa seis euros por hora,<br />

20 euros por meio dia (das 13 às 20 horas) ou 29 euros o dia inteiro<br />

(das 9 às 20 horas). Para os diversos programas disponíveis,<br />

o melhor é contactar a Rent a Fun, embora os mais procurados<br />

sejam os seguintes: Go 7 Hills, o passeio pelos miradouros de<br />

Lisboa (com a duração três horas por 27 euros); Go Lx by Night,<br />

Lisboa ao pôr-do-sol (três horas e um quarto por 25 euros);<br />

Go Tejo, até Belém (duas horas e meia por 24 euros); Go Taste,<br />

passeio por locais e sabores da cidade (três horas e 45 minutos<br />

por 38 euros); Go Green, pelo Parque de Monsanto (três horas<br />

e meia por 28 euros).<br />

Rua Cais de Santarém, 34, Alfama (entre o Campo das Cebolas<br />

e o Chafariz de Dentro). Tel. 92 414 2785/21 888 81 29<br />

www.rent-a-fun.com<br />

Caixa Woman 37


PÚBLICO E ÍNTIMO<br />

ISABEL LEAL<br />

Psicóloga clínica<br />

38 Caixa Woman<br />

Primavera<br />

Mesmo que o Sol no céu, brilhe, que<br />

as andorinhas comecem a chegar, que os<br />

dias de praia sejam já, além de possíveis,<br />

saborosos, parece quase mal andar de<br />

sorriso afivelado, ter os ombros erguidos,<br />

as costas direitas e a testa sem franzidos.<br />

Parece quase mal não ter um ror de<br />

queixas a apresentar, não aproveitar o mais<br />

insípido mote para desfiar um imenso<br />

rosário de desconfortos, não dizer mal, a<br />

eito, de tudo o que nos rodeia e diz respeito.<br />

Parece que o país, que, há anos, estava de<br />

tanga, agora está mesmo nuzinho e que,<br />

por tal, devemos envergonhar-nos da nossa<br />

impudica nudez. Devemos esconder a cara,<br />

imbuirmo-nos do clima de ruína e<br />

mostrarmo-nos decentemente<br />

compungidos e tristonhos.<br />

Para alguns, mergulhar de cabeça na<br />

desgraceira é mais do que fado, é estilo de<br />

vida, e ter como pretexto uma crise<br />

reconhecida internacionalmente, com todos<br />

os condimentos devidos, é um momento<br />

áureo, culminando sucessivos anúncios<br />

de cataclismos próximos, castigadores<br />

do nosso desatino e da nossa leviandade.<br />

Para esses, há, em fundo, um “eu bem te<br />

avisei”, um “eu já te tinha dito”, que, mesmo<br />

que inúteia ou falseados, permitem<br />

o estranho consolo do ter razão.<br />

Para outros, no entanto, o que se passa<br />

à sua volta não consegue transpor os<br />

pequenos muretes defensivos, habilmente<br />

tecidos como recursos pessoais, que<br />

permitem que a vida de cada um não seja<br />

um mero espelho do mundo circundante,<br />

da baixa política ou da alta finança.<br />

Consegue viver-se em sociedade, viver-se<br />

com menos dinheiro e com menos objetos,<br />

ter, algures, um sentimento de perda<br />

ou de desilusão, experimentar sensações<br />

de maior insegurança e, ainda assim,<br />

apreciar o que há para apreciar.<br />

As boas notícias, nos tempos em que<br />

Consegue viver-se<br />

em sociedade, viver-se<br />

com menos dinheiro e<br />

com menos objetos, ter,<br />

algures, um sentimento<br />

de perda ou de<br />

desilusão, experimentar<br />

sensações de maior<br />

insegurança e, ainda<br />

assim, apreciar o que<br />

há para apreciar.<br />

as noticias parecem todas más, são as que<br />

nos permitem perceber que se consegue<br />

sempre descobrir zonas de conforto e<br />

bem-estar, mesmo no meio de adversidades.<br />

Quando se consegue construir redutos<br />

íntimos onde que o que conta é quem se<br />

é e o que se partilha com quem se aprecia<br />

e gosta, o que vai acontecendo como pano<br />

de fundo da nossa existência não passa<br />

de cenários. Uns melhores do que outros,<br />

mas, em todo o caso, cenários que não<br />

têm a força de nos impedir de receber<br />

a primavera que chega.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

Tempo de<br />

arriscar<br />

As tendências da estação apontam na<br />

direção de uma mulher feminina e disposta<br />

a experimentar. Deixe-se contagiar pela<br />

energia da moda e aposte no prazer<br />

de fazer uma coisa pela primeira vez.<br />

HI FASHION ESPELHO MEU, ESPELHO MEU...


BARÓMETRO<br />

LANVIN<br />

42 Caixa Woman<br />

Saco em pele,<br />

¤ 200 p.ap.,<br />

Coccinelle.<br />

Saco em pele,<br />

preço sob<br />

consulta, CH<br />

Carolina<br />

Herrera.<br />

CARTEIRAS<br />

Carteira em pele,<br />

¤ 225, Bimba & Lola.<br />

Carteira com alça<br />

em metal, ¤ 22,95,<br />

New Yorker.<br />

MAIS-VALIAS<br />

Sandálias<br />

em camurça,<br />

¤ 89 preço<br />

aproximado<br />

(pap), Aldo.<br />

Sapatos em<br />

pele, ¤ 29,95,<br />

Stradivarius.<br />

SAPATOS<br />

Sapatos<br />

em camurça,<br />

¤ 79,90, Zilian.<br />

MIU MIU<br />

Sandálias<br />

em pele<br />

metalizada,<br />

¤ 60,<br />

Patrizia<br />

Pepe.


LOUIS VUITTON<br />

PULSO<br />

Pulseira em metal com<br />

cristais, ¤ 20 pap, Aldo.<br />

Pulseiras<br />

em resina,<br />

¤ 49,95 cada,<br />

Uterqüe.<br />

Pulseira<br />

em corrente<br />

metálica, ¤ 40,<br />

Purificación<br />

García.<br />

Relógio com<br />

bracelete em pele,<br />

¤ 120, Massimo Dutti.<br />

OS ACESSÓRIOS BASE PARA COMPLETAR OS LOOKS<br />

E ACRESCENTAR DETALHES FEMININOS AOS DIAS DE CALOR.<br />

Bandolete<br />

em metal,<br />

¤12,99,<br />

Mango<br />

Touch.<br />

Óculos de sol,<br />

¤ 149 pap,<br />

Max & Co.<br />

ROSTO<br />

Travessa<br />

em metal,<br />

¤ 65,<br />

Max & Co.<br />

DONNA KARAN<br />

Colar<br />

em resina,<br />

¤ 5, Primark<br />

Aproveite para usar o seu cartão Caixa Woman. Conheça as marcas parceiras em www.vantagenscaixa.pt


DESAFIO<br />

Lição de<br />

TANGO<br />

É o título de um filme obrigatório. É o nome da escola criada pelos campeões<br />

europeus de tango, no Porto. E é a nossa proposta para apaixonar-se.<br />

Pela vida. Preparadas para uma lição de tango?<br />

A aula começa em Lisboa. Há uma bailarina de dança<br />

contemporânea que acaba de chegar e faz tempo com<br />

aquecimentos. Anunciam-se mais passos no soalho de<br />

madeira, alguns pela primeira vez. Dois casais assomam<br />

também nas escadas, mas apenas elas passam da porta.<br />

Há quem diga que são precisos dois para se dançar o<br />

tango. Elena Gonzalez diz o contrário. “As mulheres<br />

seguem e os homens lideram. Estes workshops têm precisamente<br />

como objetivo trabalhar a parte feminina e técnica,<br />

explicando às mulheres como ‘seguir’ e acompanhar<br />

bem.” Mas não só. “Em Buenos Aires, o homem está<br />

preocupado em agradar à mulher. Na Europa, esta cultura<br />

foi-se perdendo um pouco e ele acaba por estar sobretudo<br />

concentrado nos passos. O que fazemos aqui é lembrar<br />

o nosso par de que não somos apenas a parte que<br />

falta para completar o passo, mas que também temos algo<br />

a dizer.” Por isso, aos domingos, no Tango LAB, é dia de<br />

tango só para elas. Bem longe vão os tempos em que esta<br />

dança estava apenas reservada aos homens dos subúrbios<br />

de Buenos Aires. Por ser considerada obscena a proximidade<br />

entre homens e mulheres, o tango começou por estar<br />

circunscrito aos bordéis, mas a dança massificou-se,<br />

44 Caixa Woman<br />

TEXTO DE PAULA CRISTÓVÃO SANTOS.<br />

nomeadamente na alta sociedade, quando os emigrantes<br />

argentinos a introduziram em Paris, chegando, assim,<br />

num ápice à Europa. Elena ensina tango há cerca de quatro<br />

anos em Portugal, no Tango LAB, que criou juntamente<br />

com Tom Weber. Conheceram-se em Buenos Aires,<br />

numa dança. Elena, natural da Patagónia, estava na capital<br />

da Argentina a aperfeiçoar a técnica. Tom Weber, físico<br />

de profissão, estava em trabalho. Ela só falava espanhol.<br />

Ele só sabia francês. Nessa noite, só comunicaram “em<br />

tango”. E, ao longo da vida, tem sido este o ponto de equilíbrio<br />

a dois. Tom veio trabalhar para Lisboa, para a área<br />

da Imunologia. Elena seguiu-lhe os passos. “Decidi que<br />

queria partilhar o tango argentino tradicional. Não aquele<br />

que se prende com as grandes exibições, mas o tango<br />

mais social, que privilegia o movimento à rigidez de uma<br />

estrutura.” Elena defende uma escola de tango com mais<br />

enfoque no movimento do que na aprendizagem de passos.<br />

“O passo básico começa com um passo do homem<br />

atrás. Imaginemos que estamos numa sala cheia de pessoas<br />

e que este passo não é exequível. O homem fica perdido<br />

porque está preso a uma sequência. E o tango não<br />

é isso, o tango é improviso.” Daí Tango LAB.


Nascido<br />

em Buenos<br />

Aires, o tango<br />

começou por ser uma<br />

dança exclusivamente<br />

reservada aos homens,<br />

mas, hoje, traduz-se no<br />

perfeito equilíbrio<br />

e na fusão de dois<br />

corpos.


PASSOS A NORTE<br />

Afinal, o que é o tango? “Costuma dizer-se, no meio tanguero,<br />

que o tango é um sentimento triste que se baila.<br />

Para mim, o tango é a expressão corporal e musical da<br />

nossa alma. Toda a intensidade e a diversidade dos temas<br />

de tango permitem ao bailarino exprimir, em cada<br />

momento, o que lhe vai na alma, que, às vezes, pode ser<br />

tristeza, outras vezes, alegria, melancolia, saudade,<br />

amor…”, conta Alexandra Baldaque, portuguesa e campeã<br />

europeia de tango em 2011, que, juntamente com<br />

Fernando Jorge, fundou, no Porto, a escola Lição de<br />

Tango (nome que vem do filme/musical Tango Lesson).<br />

“É um prémio e um momento que vão ficar guardados<br />

para sempre nos nossos corações. Para mim, foi o reconhecimento<br />

de dezasseis anos de trabalho e de dedicação<br />

ao tango argentino”, conta. Alexandra recorda uma paixão à<br />

primeira vista. Pouco tempo depois de fazer um workshop<br />

de tango, lembra-se de ter assistido ao espetáculo Tango<br />

Passion, no Coliseu do Porto, e de ter dito para si mesma:<br />

um dia, ainda vou estar daquele lado. Assim foi. Quando<br />

“O abraço entre o homem<br />

e a mulher deve ser intenso,<br />

por isso, tem de haver<br />

proximidade.” ALEXANDRA BALDAQUE<br />

voltou ao coliseu, foi como bailarina e para mostrar o que<br />

tinha descoberto e aprimorado nas suas viagens pela<br />

Europa. “O tango é diferente de todas as outras danças,<br />

é muito mais intenso”, considera, mas também pode ser<br />

mais difícil. “Demora o seu tempo a aprender e a interiorizar,<br />

principalmente para os homens. É necessário ter<br />

a paciência suficiente para esperar, pois só ao fim de<br />

alguns anos o aprendiz se sente capaz de improvisar e de<br />

retirar o prazer que resulta do tango.”<br />

Tentar não custa. Por isso, pedimos o passo básico, para começar,<br />

nem que seja para ensaiar lá em casa, em frente ao<br />

46 Caixa Woman<br />

espelho. Uma espécie de aula à distância com a campeã europeia<br />

de tango. “O tango baseia-se sobretudo no abraço,<br />

o elemento central do tango. As figuras não têm um papel principal.<br />

O abraço entre o homem e a mulher deve ser intenso,<br />

por isso, tem de haver proximidade. Esse contacto é estabelecido<br />

na zona do peito e todo o baile é ‘comandado’ pelo homem,<br />

que procura passar as suas marcas através do peito. O passo<br />

básico começa com o homem a executar um pequeno passo<br />

para trás com a sua perna direita; depois, um passo ao lado,<br />

com a esquerda; direita em frente; esquerda em frente; e junta<br />

a direita à esquerda. A mulher faz a mesma figura com a res-


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

petiva inversão dos pés e, quando o homem junta a direita à<br />

esquerda, a mulher cruza a sua esquerda pela frente da direita.<br />

Depois, o homem avança com a perna esquerda, dá um passo<br />

ao lado com a direita e junta a esquerda à direita. O mesmo<br />

para a mulher na posição inversa. Este é o passo básico, que<br />

contempla oito tempos, correspondentes a meia frase musical.”<br />

Preparada para dançar uma milonga ou o famoso Libertango<br />

do compositor Ástor Piazzolla? Talvez não. “Costuma dizer-se<br />

que, no tango, uma figura aprende-se em cinco minutos, mas<br />

caminhar demora uma vida inteira.” Alexandra concorda, mas<br />

tem bons exemplos para nos pôr a caminhar na direção certa.<br />

Embora Jennifer<br />

Lopez e Richard<br />

Gere (em Shall<br />

We Dance?) ou<br />

ONDE APRENDER:<br />

● Tango LAB, Lisboa<br />

Contacto: 91 620 05 53<br />

http://tangolablisboa.blogspot.com<br />

● Lição de Tango, Porto<br />

Contacto: 93 600 78 83<br />

www.licaodetango.com<br />

Al Pacino (em Per fume de Mulher) estejam entre os nomes<br />

mais imediatos, a professora prefere destacar Osvaldo Zotto,<br />

“porque caminhava como um felino”, e Carlos Gavito, “porque<br />

conseguia imprimir intensidade. Nas senhoras, Guillermina<br />

Quiroga, bailarina excecional, que, apesar da sua estrutura pequena,<br />

se torna enorme em palco, e Geraldine Rojas, porque<br />

respira tango”. Inspire-se!<br />

Caixa Woman 47


TENDÊNCIAS<br />

Vestido<br />

em seda<br />

e renda,<br />

¤ 253,<br />

Twin Set.<br />

48 Caixa Woman<br />

Vestido<br />

em seda,<br />

¤ 180 preço<br />

aproximado<br />

(pap),<br />

Elisabetta<br />

Franchi.<br />

Vestido em<br />

chiffon bordado<br />

a lantejoulas,<br />

¤ 581, By<br />

Malene Birger.<br />

GUCCI<br />

Colar em<br />

seda com<br />

missangas,<br />

¤ 10,95, Zara.<br />

ANOS 20<br />

A vida boémia inspira os<br />

vestidos e os tops sedutores,<br />

onde os bordados e as<br />

aplicações são essenciais.<br />

NOVAS BASES<br />

As principais tendências para o Verão moldam-se<br />

a todas as personalidades femininas.<br />

Clutch em<br />

seda e metal,<br />

¤ 90 p. ap.,<br />

Tosca Blu.<br />

Anel em<br />

metal,<br />

¤ 10,99,<br />

Mango.<br />

Relógio<br />

em metal,<br />

¤ 210 pap,<br />

Miss Sixty.<br />

Sandálias<br />

em pele,<br />

¤ 120 pap,<br />

Aldo.<br />

Top em seda<br />

bordada com<br />

canutilhos,<br />

¤ 199, Hoss<br />

Intropia.<br />

Vestido em chiffon<br />

com lantejoulas<br />

bordadas, ¤ 200,<br />

Guess by Marciano.<br />

Sapatos em pele<br />

envernizada,<br />

¤ 139,90, Geox.<br />

Vestido em<br />

chiffon de<br />

seda, ¤ 74,95,<br />

Sisley.<br />

Brincos em<br />

metal e resina,<br />

¤ 4, Primark.


Vestido em<br />

chiffon de<br />

seda, ¤ 195,<br />

Purificación<br />

García.<br />

Chapéu em palha,<br />

¤ 80 pap, Tosca<br />

Blu.<br />

Camisa em<br />

chiffon, ¤ 14,90,<br />

Primark.<br />

Saia em seda<br />

e pele, ¤ 158,<br />

Karen Millen.<br />

Saia em<br />

seda, ¤ 138,<br />

Karen<br />

Millen.<br />

Carteira em<br />

pele, ¤ 195,<br />

Bimba & Lola.<br />

Sandálias<br />

em pele<br />

envernizada,<br />

¤ 119, Geox.<br />

Vestido em<br />

seda e chiffon,<br />

¤ 89, Caramelo.<br />

Óculos de sol,<br />

preço sob consulta,<br />

Longchamp.<br />

PRADA<br />

Écharpe em<br />

algodão e<br />

seda, ¤ 578,<br />

Etro, no<br />

Espace<br />

Cannelle.<br />

Fato de banho em licra,<br />

preço sob consulta,<br />

Calzedonia.<br />

ANOS 50<br />

A cintura marcada é<br />

obrigatória em qualquer dos<br />

looks que visitam esta década<br />

de contraste, seja com saias<br />

mais rodadas, seja com<br />

saias ultrajustas.<br />

Camisola em<br />

malha de seda,<br />

¤ 220 p. ap., CH<br />

Carolina Herrera.<br />

Vestido em<br />

seda, ¤ 99,<br />

Guess Jeans.<br />

Caixa Woman 49


Vestido em<br />

algodão,<br />

preço sob<br />

consulta,<br />

Carolina<br />

Herrera.<br />

50 Caixa Woman<br />

Vestido<br />

em algodão,<br />

¤ 250 pap,<br />

CH Carolina<br />

Herrera.<br />

Blusa em<br />

chiffon,<br />

¤ 19,95,<br />

H&M.<br />

Vestido em<br />

tweed de<br />

algodão,<br />

¤ 199,<br />

Caramelo.<br />

Carteira em<br />

pele, ¤ 215,<br />

Max & Co.<br />

ANOS 60<br />

Linhas direitas e construções<br />

simples são as bases das peças<br />

mais minimalistas inspiradas<br />

nestes anos de mudança.<br />

Colar em<br />

metal,<br />

¤ 19,95,<br />

Zara.<br />

Cinto em pele e<br />

metal, ¤ 5, Primark.<br />

Camisola em<br />

algodão, ¤ 39,95,<br />

Massimo Dutti.<br />

Vestido em<br />

seda, ¤ 203,<br />

By Malene<br />

Birger.<br />

MOSCHINO CHEAP & CHIC<br />

Vestido em<br />

seda, ¤ 299,<br />

Hugo.<br />

Top em seda.<br />

¤ 135, Gérard<br />

Darel.<br />

Sandálias em<br />

pele, ¤ 79,95,<br />

United Colors<br />

of Benetton.


Saia em algodão<br />

estampado, ¤ 34,95,<br />

H&M.<br />

Carteira em<br />

pele e metal<br />

gravado,<br />

¤ 320,<br />

Patrizia<br />

Pepe.<br />

ÉTNICO<br />

Os estampados são obrigatórios<br />

e podem misturar-se entre si<br />

sem esquecer os acessórios<br />

repletos de aplicações e<br />

materiais naturais.<br />

Carteira<br />

Amalfi, em<br />

pele, ¤ 435,<br />

Furla.<br />

Top em<br />

algodão, ¤ 65,<br />

Pepe Jeans.<br />

BURBERRY PRORSUM<br />

Pulseiras<br />

em madeira<br />

e metal, ¤ 4,<br />

Primark.<br />

Cinto em pele entrançada,<br />

¤ 5,99, Parfois.<br />

Sandálias em pele, ¤ 89,90, Zilian.<br />

Vestido em<br />

seda estampada,<br />

¤ 349, Boss<br />

Black.<br />

Colar em<br />

metal,<br />

¤ 35,99,<br />

Mango<br />

Touch.<br />

Camisola em algodão,<br />

¤ 15, C&A.<br />

Cinto em algodão estampado,<br />

¤ 95, Gérard Darel.<br />

Écharpe<br />

em algodão<br />

estampado,<br />

¤ 29,90,<br />

Salsa.<br />

Túnica<br />

em chiffon,<br />

¤ 36,<br />

Glüen.<br />

Caixa Woman 51


Vestido em<br />

seda, ¤ 435,<br />

By Malene<br />

Birger.<br />

Sandálias<br />

em camurça,<br />

¤ 69,90,<br />

Zilian.<br />

52 Caixa Woman<br />

Vestido em<br />

seda com<br />

lurex, ¤ 300,<br />

Caramelo.<br />

Colar em<br />

metal com<br />

cristais,<br />

¤ 300,<br />

Swarovski.<br />

CHANEL<br />

Vestido em chiffon<br />

de seda, preço sob<br />

consulta, Miguel Palácio<br />

para Hoss Intropia.<br />

Cinto em cordoné,<br />

¤ 4, Primark.<br />

Calções em<br />

bordado inglês de<br />

algodão, ¤ 49,95,<br />

Massimo Dutti.<br />

OCEANOS<br />

Os diferentes tons de azul<br />

e as sobreposições de tecidos<br />

relembram as curvas das<br />

ondas. Os acessórios com<br />

temas marítimos são também<br />

essenciais.<br />

Vestido em<br />

chiffon, ¤ 64,95,<br />

Sisley.<br />

Chapéu em<br />

palha, ¤ 29,<br />

Miss Sixty.<br />

Top em<br />

veludo,<br />

¤ 129,<br />

Uterqüe.<br />

Calças em algodão<br />

estampado, ¤ 60,<br />

Pepe Jeans.<br />

Carteira em<br />

gravada, ¤ 9,<br />

Primark.


T-shirt em<br />

algodão bordado,<br />

¤ 130, Gérard<br />

Darel.<br />

Vestido<br />

em algodão<br />

brocado,<br />

¤ 29,95, H&M.<br />

54 Caixa Woman<br />

Vestido<br />

em algodão<br />

bordado,<br />

¤ 408, Guess<br />

by Marciano.<br />

Top em<br />

algodão<br />

bordado,<br />

¤ 85, Pepe<br />

Jeans.<br />

Blusa em<br />

algodão,<br />

¤ 79,<br />

Levi’s.<br />

LOUIS VUITTON<br />

ROMANCE<br />

As rendas estão de volta<br />

para sublimar a arte<br />

do romance. Delicadas<br />

e sempre muito femininas,<br />

potenciam silhuetas etéreas<br />

e repletas de detalhe.<br />

Cinto em pele, ¤ 9,5, C&A.<br />

Colete em croché, ¤ 210,<br />

Hoss Intropia.<br />

Écharpe<br />

em renda,<br />

¤ 29,95, Zara.<br />

Vestido em<br />

renda com<br />

sombra em<br />

seda, ¤ 375,<br />

Purificación<br />

García.<br />

Saia em renda,<br />

¤ 14,90, New Yorker.<br />

Vestido em<br />

organza, ¤ 246,<br />

Max & Co<br />

Vestido em<br />

algodão<br />

bordado,<br />

¤ 392, By<br />

Malene<br />

Birger.


1001 IDEIAS<br />

56 Caixa Woman<br />

Calças em<br />

algodão e pele,<br />

¤ 135, Max & Co.<br />

Casaco<br />

em algodão,<br />

¤ 303,<br />

Guess by<br />

Marciano. Carteira em pele,<br />

¤ 29,99, Parfois.<br />

ESSENCIAIS<br />

AS PEÇAS-CHAVE FUNDAMENTAIS EM QUALQUER GUARDA-ROUPA NESTE VERÃO<br />

PODEM SER A BASE PARA TODOS OS LOOKS.<br />

Camisola<br />

em malha<br />

de algodão,<br />

¤ 140,<br />

Gérard Darel.<br />

Casaco em<br />

algodão,<br />

¤ 39,95, H&M.<br />

Blusão em<br />

camurça, ¤ 438,<br />

Karen Millen.<br />

Calções em<br />

algodão,<br />

¤ 114, Guess.<br />

Calças<br />

em ganga,<br />

¤ 120,<br />

Diesel.<br />

Camisa em<br />

algodão, ¤ 89,<br />

Caramelo.<br />

Vestido<br />

em algodão,<br />

¤ 220, Gérard<br />

Darel.


Top em<br />

algodão,<br />

¤ 195,<br />

Purificación<br />

García.<br />

Blazer<br />

em algodão,<br />

¤ 378, BCBG<br />

Max Azria.<br />

Sapatos<br />

em pele,<br />

¤ 349, Hugo.<br />

Calças em<br />

algodão,<br />

¤ 19,95, H&M.<br />

Trench-coat<br />

em algodão,<br />

preço sob<br />

consulta,<br />

CH Carolina<br />

Herrera.<br />

Vestido<br />

em malha<br />

jersey,<br />

¤ 128, Hoss<br />

Intropia.<br />

Usufrua das vantagens de cartão nas marcas parceiras.<br />

PARCERIA CAIXA E LOJA DAS MEIAS<br />

A Caixa e a Loja das Meias celebraram uma parceria<br />

que permite às clientes titulares dos cartões<br />

de crédito Caixa Woman (1) beneficiarem do<br />

fracionamento das suas compras sem a cobrança<br />

de juros. As clientes Caixa Woman já podem optar,<br />

no ato da compra, por fracionar o pagamento das<br />

suas compras realizadas em qualquer Loja das<br />

Meias em 2, 5 e 8 meses sem juros, bastando<br />

apenas que indiquem a modalidade de pagamento<br />

pretendida à lojista. Para acederem a esta parceria,<br />

as clientes necessitam apenas de efetuar<br />

o pagamento das suas compras com o cartão<br />

de crédito Caixa Woman, não existindo qualquer<br />

adesão prévia.<br />

Esta funcionalidade também se encontra disponível<br />

nas lojas Marc by Marc Jacobs Chiado e Porto, com<br />

as mesmas modalidades de pagamento disponíveis.<br />

(1) TAEG de 23,7%, para um montante de ¤ 1.500, com reembolso<br />

a 12 meses, à TAN de 20,75%.<br />

Vestido em<br />

seda, ¤ 160,<br />

Twin-Set.<br />

Blusa<br />

em seda,<br />

¤ 85 p.ap.,<br />

Stefanel.<br />

Casaco em<br />

malha de<br />

algodão,<br />

¤ 49,99,<br />

Mango.


BASTIDORES<br />

ANA CAMPOS<br />

Stylist<br />

58 Caixa Woman<br />

Nova atitude<br />

A moda desde sempre refletiu as mudanças<br />

e as aspirações sociais. Se a história<br />

separava estas vontades de forma<br />

geográfica, hoje, os designers espelham<br />

uma sociedade global, onde as memórias<br />

coletivas são transversais. Assim,<br />

as grandes inspirações foram décadas<br />

em que as mulheres tiveram um papel<br />

chave nas mudanças sociais e em que<br />

se destacaram pela elegância,<br />

sempre muito feminina.<br />

O final dos anos 20 foi marcado pelos<br />

contornos boémios de uma vida social<br />

em que as mulheres participavam<br />

de forma ativa, mostrando-se cada vez<br />

mais determinadas no seu papel. Com<br />

essa atitude, chegaram também o glamour<br />

e a sensualidade dos vestidos fluidos,<br />

recuperados para esta estação. Já os anos<br />

50 foram outra das inspirações revisitadas<br />

e nas suas mais variadas vertentes, desde<br />

os anos de glamour da Alta-Costura, onde<br />

se destacaram nomes como Christian Dior<br />

ou Cristóbal Balenciaga, às recatadas donas<br />

de casa que, após os anos conturbados<br />

da Segunda Guerra Mundial, tinham<br />

as suas vidas dedicadas à família e que se<br />

vestiam com regras de rigor de conjugação<br />

de cores e de formas, sem esquecer<br />

a rebeldia da juventude, que começa<br />

a misturar as suas roupas com as peças<br />

de trabalho (como os casacos de ganga),<br />

sempre com uma certa sensualidade.<br />

Além destas décadas do século passado,<br />

observaram-se outras inspirações mais<br />

conceptuais. Neste verão, assistimos ao<br />

desfilar dos elementos da Natureza, em<br />

particular do tema oceanos, com todos<br />

os seus mitos e formas. Esta tendência<br />

traduz-se pela reprodução da vida marítima,<br />

seja pela representação em estampados,<br />

como pela recriação do seu movimento,<br />

com a sobreposição de tecidos leves<br />

e fluidos, ou ainda pela aplicação<br />

de materiais mais brilhantes, como<br />

as paillettes, que lembram as sereias.<br />

Numa época global, as influências das<br />

diferentes etnias surgem também como<br />

Os designers<br />

escolheram para base<br />

das suas coleções<br />

inspirações em que<br />

a mulher acaba por<br />

ser sempre o centro<br />

das atenções.<br />

apontamentos de estampados, de tecidos<br />

mais artesanais ou mesmo aplicações<br />

de tecidos ou missangas, o que dá um<br />

novo élan a todas as coleções.<br />

No final das semanas dos desfiles de moda,<br />

uma grande conclusão surgiu na cabeça<br />

dos editores: os designers escolheram<br />

para base das suas coleções inspirações<br />

em que a mulher acaba por ser sempre o<br />

centro das atenções, pela sua feminilidade<br />

ou pela sua atitude. Talvez seja este<br />

o primeiro reflexo de que vivemos tempos<br />

de mudança e de que existem formas<br />

concretas de superar as dificuldades.<br />

A História dá-nos esse exemplo.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

CORPO & ALMA<br />

ENCONTRE O MELHOR QUE HÁ EM SI<br />

Novo olhar<br />

O bem-estar começa no interior.<br />

Adote, por isso, todas as estratégias<br />

para uma existência equilibrada,<br />

saudável e feliz. Depois, sucumba<br />

aos caprichos da vaidade<br />

e descubra as tendências que<br />

se alinham para este verão.


SAÚDE<br />

CALORIAS<br />

NÃO SÃO TODAS IGUAIS<br />

É tido como seguro que, quanto mais<br />

calorias ingerimos, mais peso ganhamos,<br />

mas um estudo coordenado por George<br />

Bray e publicado na revista oficial da<br />

Associação Médica Americana, a Jama,<br />

refere que ingerir poucas proteínas<br />

conduz a um aumento de gordura em<br />

detrimento da massa muscular, logo,<br />

a uma redução da capacidade de queimar<br />

calorias em repouso. Por oposição, um<br />

regime alimentar com 15 a 20 por cento<br />

de calorias aumenta a massa muscular<br />

e melhora o metabolismo. Este estudo foi<br />

levado a cabo pela equipa do Pennington<br />

Biomedical Reserach Center, de Baton<br />

Rouge, em Los Angeles, nos EUA.<br />

62 Caixa Woman<br />

Lactância reduz risco<br />

cardiovascular<br />

Uma criança amamentada pela<br />

mãe durante os primeiros três<br />

meses de vida vê reduzido<br />

em 6% o risco de problemas<br />

cardiovasculares na<br />

adolescência, afirma um<br />

estudo realizado pelo Instituto<br />

Karolinska, de Estocolmo, e por<br />

investigadores da Universidade<br />

de Granada. A pesquisa<br />

envolveu um universo de 1.025<br />

crianças com nove e dez anos<br />

e 971 adolescentes com 15<br />

e 16 anos, mostrando que<br />

aqueles que foram alimentados<br />

com leite materno apresentam<br />

melhores valores aeróbicos, de<br />

pressão arterial, de colesterol<br />

e reduzidos níveis de infeções.<br />

APRENDER PARA<br />

VIVER MELHOR<br />

Informações simples que podem fazer<br />

toda a diferença quando o que está<br />

em causa é o seu bem-estar.<br />

Trabalhar por turnos pode causar diabetes<br />

Segundo investigadores da Escola de Saúde Pública<br />

da Universidade de Harvard, nos EUA, as mulheres que<br />

trabalham por turnos correm vários riscos. Além da incidência<br />

de divórcios e da prevalência de transtornos digestivos<br />

e cardiovasculares, há evidências do risco da ocorrência<br />

de diabetes do tipo 2. A investigação, coordenada por Frank<br />

Hu e publicada na revista PLoS Medicine, acompanhou um<br />

universo alargado de enfermeiras, concluindo que o risco<br />

de diabetes estava relacionado com as rotações dos turnos,<br />

aumentando em 5% no caso de quem trabalhava à noite<br />

durante um ou dois anos e passando de 20% para 40%<br />

se o trabalho por turnos atingia períodos de dez a 19 anos.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

INSÓNIA PODE PROVOCAR<br />

GRAVES RISCOS DE SAÚDE<br />

Investigadores publicaram na revista<br />

Lancet um estudo que aponta para<br />

a urgência no tratamento de distúrbios<br />

do sono, tanto mais que a insónia<br />

pode levar ao aparecimento de<br />

problemas de depressão, diabetes<br />

e hipertensão. Os dados recolhidos<br />

por uma equipa coordenada por<br />

Charles Morin, da Universidade de<br />

Laval, no Quebeque, Canadá, e Ruth<br />

Benca, da Universidade de Wisconsin,<br />

nos EUA, permitiram concluir que<br />

quem apresenta distúrbios do sono<br />

corre um risco cinco vezes superior de<br />

vir a sofrer de ansiedade ou depressão,<br />

enquanto se duplica a possibilidade de<br />

insuficiências cardíacas e diabetes.<br />

ENCARNADO PODE<br />

INIBIR O APETITE<br />

Um grupo de psicólogos<br />

da Universidade de<br />

Basileia, na Suíça, notou<br />

que a utilização de pratos<br />

vermelhos reduz o apetite<br />

comparativamente ao que<br />

acontece com os brancos.<br />

Num estudo que envolveu<br />

mais de uma centena de<br />

pessoas, foram servidas<br />

saladas em pratos<br />

encarnados, azuis e brancos, e quem foi servido em pratos<br />

encarnados comeu cerca de metade dos restantes, o que levou<br />

os investigadores a concluir que a cor pode inibir o apetite,<br />

embora considerem que são necessários mais estudos para<br />

confirmar esta teoria.<br />

Menino ou menina?<br />

Resposta no sangue<br />

Jama, o Journal of American<br />

Medical Association, divulgou um<br />

estudo coordenado por Stephanie<br />

Devaney, do National Institute of<br />

Health, de Bathesda, Maryland,<br />

nos EUA, que garante que a<br />

resposta sobre o sexo de um<br />

bebé pode ser dada por um teste<br />

sanguíneo da mãe logo após a<br />

sétima semana de gravidez e com<br />

uma margem de erro de 5%.<br />

O teste funciona como um radar<br />

capaz de individualizar no sangue<br />

da grávida os traços de ADN do<br />

feto, permitindo identificar a<br />

presença do cromossoma Y ou X.<br />

O DESGOSTO MATA<br />

Um estudo realizado ao longo de cinco anos e publicado na revista<br />

Circulation, da American Heart Association, concluiu que a perda de um<br />

ente querido aumenta significativamente o risco de enfarte. As 24 horas<br />

que se seguem ao falecimento são as de maior risco, mas ele mantém-se<br />

pelo menos ao longo de um mês. O stress psicológico e a angústia<br />

provocam alterações na tensão arterial, mas também insónias e perdas<br />

de apetite. São estas alterações metabólicas que afetam o coração.<br />

Caixa Woman 63


As idas<br />

regulares ao<br />

médico e os exames<br />

da especialidade são<br />

fundamentais para<br />

a prevenção da<br />

doença.


SAÚDE<br />

Prevenir<br />

é o melhor<br />

remédio<br />

Em Portugal, todos os dias morre uma mulher<br />

vítima de cancro do colo do útero, diagnóstico que,<br />

por ano, 900 mulheres são forçadas a enfrentar.<br />

Números que a prevenção pode mudar. Uma<br />

receita que não custa mais do que idas regulares<br />

a um especialista... E a vacinação, com uma<br />

proteção quase total. TEXTO DE CARLA MARINA MENDES.<br />

Não é uma doença de novas ou tãopouco<br />

de velhas. Afeta mulheres de todas<br />

as idades, transformando, todos os<br />

anos, 900 portuguesas em doentes.<br />

Contas feitas, por dia, morre uma mu -<br />

lher, incapaz de resistir à força da<br />

doença. Porque os nú meros falam por<br />

si, a máxima é simples: mais vale prevenir.<br />

E não é preciso muito mais do que<br />

as idas regulares a um especialista e<br />

exa mes que permitem identificar atempadamente<br />

o problema.<br />

Chama-se PVH, o mesmo é dizer papiloma<br />

vírus humano. E embora existam<br />

mais de uma centena destes vírus à nossa<br />

volta, a maioria dos quais inofensivos<br />

para um sistema imunitário que consegue<br />

levá-los de vencida, poucos sabem<br />

que o responsável por este tipo de cancro<br />

pode estar presente, tanto nos homens,<br />

como nas mulheres, sem se fazer notar.<br />

São, em bom rigor científico, dois, mais<br />

conhecidos pelo número, o 16 e o 18,<br />

aqueles que conseguem provocar a<br />

doença ou alterações pré-cancerosas<br />

que podem evoluir para tal. E, à seme -<br />

lhança do que acontece com outros vírus<br />

da mesma família, também com estes<br />

o contacto é frequente. No entanto, em<br />

cerca de 90% dos casos, o inimigo é<br />

eli minado do organismo naturalmente.<br />

O pe rigo reside nos restantes 10%.<br />

Caixa Woman 65


Alexandra Cordeiro, ginecologista no<br />

Hospital dos Lusíadas, confirma. “A infeção<br />

pelo papiloma vírus humano é uma<br />

infeção sexualmente transmissível que a<br />

maioria dos indivíduos consegue eliminar.”<br />

Então, como se explica que uma minoria<br />

não o consiga? A resposta não é simples.<br />

De acordo com a especialista, “a persistência<br />

da infeção pelo PVH, essencial para<br />

o desenvolvimento de cancro, depende<br />

não só do estado imunitário da mulher<br />

aquando do contacto com o vírus, mas<br />

também do genótipo do PVH”. Ou seja,<br />

de acordo com as informações hoje disponíveis,<br />

fruto dos avanços da ciência,<br />

“sabemos que alguns tipos do vírus, denominados<br />

de alto risco, têm maior probabilidade<br />

de persistir e causar cancro.<br />

Em particular, os PVH 16 e 18 são responsáveis<br />

por 75% dos cancros do colo<br />

do útero. Por outro lado, o tabagismo aumenta<br />

o risco de persistência da infeção”.<br />

SILÊNCIO QUE PODE SER FATAL<br />

É muitas vezes silencioso. O que significa<br />

que, embora infetada, a pessoa pode não<br />

saber que o está, o que dá um grande<br />

protagonismo à citologia, ou Papanicolau,<br />

um exame que cabe às mulheres fazer<br />

de forma regular. “É uma medida preventiva<br />

que permite identificar precocemente<br />

mulheres com lesões pré-ma -<br />

lignas do colo, tratá-las e, dessa forma,<br />

reduzir significativamente a hipótese de<br />

progressão para doença invasiva/cancro”,<br />

explica a médica. Embora sem capacidade<br />

para identificar o vírus, o teste<br />

deteta alterações nas células, sendo a<br />

única maneira de verificar se existem<br />

lesões no útero, o que, por sua vez,<br />

permite uma ação atempada no combate<br />

à doença. Lesões que, quando diagnosticadas<br />

a tempo, podem ser tratadas.<br />

E esta é uma forma de prevenção que<br />

começa cedo. Segundo Alexandra Cor -<br />

deiro, “as recomendações internacionais<br />

atuais determinam que se realize a cito -<br />

66 Caixa Woman<br />

SINAIS DE ALERTA<br />

Ainda que, por norma, seja<br />

silencioso, quando instalado,<br />

o vírus pode causar sintomas,<br />

os quais devem servir de<br />

alerta. A dor no decorrer<br />

das relações sexuais, um<br />

corrimento vaginal anormal<br />

ou ainda uma hemorragia<br />

vaginal sem explicação são<br />

sinais que devem levar<br />

a uma consulta médica.<br />

logia entre os 21 e os 65 anos”. No entanto,<br />

“até aos 30 anos, pelo maior risco<br />

de infeção com o PVH, a citologia deve<br />

ser anual”. Depois de passada a barreira<br />

dos 30, “e após três citologias consecutivas<br />

negativas, pode eventualmente passar<br />

a realizar-se a cada dois a três anos”.<br />

Porém, a prevenção não passa apenas<br />

pela ida ao médico. Esta pode ser também<br />

conseguida, “mediante a modificação<br />

dos hábitos sexuais, nomeadamente<br />

a redução do número de parceiros sexuais<br />

e a utilização do preservativo”.<br />

Depois, há ainda a vacinação.<br />

PROTEÇÃO EM FORMA DE VACINA<br />

Está disponível, embora para alguns seja<br />

difícil fazer frente ao seu preço. Contudo,<br />

a vacina contra as infeções pelo PVH ajuda<br />

a reduzir o risco, evitando, segundo os dados<br />

mais recentes, 90% das infeções nos<br />

seis anos seguintes à sua aplicação.<br />

E provada está também a sua eficácia em


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

mulheres dos nove aos 26 anos. “A vacinação<br />

permitirá a redução da prevalência<br />

da infeção pelos PVH incluídos, nomeadamente<br />

o 16 e o 18, e, conse quente mente,<br />

uma diminuição a médio prazo do aparecimento<br />

de lesões pré-malignas do colo e,<br />

a longo prazo, do número de casos de cancro<br />

do colo”, salienta a médica. E embora<br />

a recomendação atual do Plano Nacional<br />

de Vacinação seja a sua aplicação a todas<br />

as adolescentes entre os dez e os 13 anos,<br />

“a Sociedade Portu guesa de Ginecologia<br />

recomenda adicionalmente a vacinação das<br />

mulheres entre os 18 e os 26 anos”.<br />

Uma vantagem que se estende agora até<br />

às mulheres mais velhas, já que a vacina<br />

passou a ser recomendada a todas as<br />

mulheres até aos 45 anos, de acordo<br />

com as novas orientações da Agência<br />

SEGURO CAIXA WOMAN<br />

É um seguro de vida criado para mulheres com idades entre os 20<br />

e os 50 anos para proteção em caso de doença grave do foro feminino.<br />

Em caso de diagnóstico positivo, o Seguro Caixa Woman entrega-lhe<br />

metade do capital para que possa, com todo o conforto, selecionar<br />

os médicos e tratamentos que achar mais convenientes. Também para<br />

a apoiar em todas as situações, terá sempre garantido o acesso a uma<br />

segunda opinião médica pela reconhecida rede mundial Best Doctors.<br />

Este seguro garante pagamento do capital seguro, até 100 mil euros<br />

(em caso de morte), e, caso haja diagnóstico de doença grave feminina,<br />

é antecipado 50% do capital seguro, para que não se preocupe com mais<br />

nada a não ser com a sua saúde. Mais detalhes em www.caixawoman.pt.<br />

O Seguro Caixa Woman é um produto da Companhia de Seguros Fidelidade Mundial, S.A.,<br />

comercializado através da Caixa Geral de Depósitos, S.A., na sua qualidade de mediador<br />

de seguros. A Caixa Geral de Depósitos, S.A., doravante apenas CGD, pessoa coletiva<br />

n.º 500960046, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, com o<br />

capital social de ¤5.150.000.000,00, com sede na Avenida João XXI, n.º 63, 1000-300<br />

Lisboa, solicitou, em 19 de Setembro de 2007, a sua inscrição no Instituto de Seguros<br />

de Portugal, na categoria de Mediador de Seguros Ligado, nos Ramos de Seguros de Vida<br />

e Não Vida, encontrando-se registada sob o n.º 207186041. Os dados da CGD, enquanto<br />

Mediador de Seguros, estão disponíveis e podem ser consultados no sítio do Instituto<br />

de Seguros de Portugal (www.isp.pt). A CGD, enquanto mediador, não tem poderes para<br />

celebrar contratos de seguro em nome do Segurador, nem assume a cobertura dos riscos.<br />

A CGD, enquanto mediador de seguros ligado não tem poderes de cobrança, pese embora<br />

enquanto instituição bancária possa executar as operações próprias desta atividade,<br />

designadamente, as operações de débito em conta ou transferência bancária autorizadas<br />

pelo respectivo titular.<br />

Europeia do Medicamento, feitas com base<br />

em estudos que comprovam a eficácia<br />

deste produto na imunidade de mulheres<br />

mais maduras. No entanto, esclarece a<br />

ginecologista, “a recomendação da vacinação<br />

no grupo etário 26-45 anos deve<br />

ser individualizada”.<br />

PASSAR A PALAVRA<br />

“A prevenção é possível! Passa a Palavra.<br />

Antes que seja tarde.” O slogan da campanha<br />

da Liga Portuguesa Contra o<br />

Cancro para combater a doença invadiu o<br />

país há dois anos. A infeção por PVH tornou-se<br />

protagonista de spots na televisão,<br />

nos jornais e na rádio, o que lhe conferiu<br />

uma notoriedade que, segundo Alexandra<br />

Cordeiro, não se perdeu. “Penso que a<br />

mulher portuguesa está cada vez mais<br />

sensibilizada para esta problemática.<br />

Em particular, desde o aparecimento da<br />

vacina profilática que é crescente a busca<br />

de informação sobre este cancro tão prevalente<br />

e quais as estratégias de prevenção”,<br />

estratégias que configuram a melhor<br />

forma de evitar que mais mulheres<br />

façam parte das estatísticas negras do<br />

cancro do colo do útero.<br />

PROTEÇÃO QUASE TOTAL<br />

São cerca de 20 os tipos<br />

de PVH que podem causar<br />

doenças graves e cancro.<br />

A vacina disponível no<br />

mercado é chamada de<br />

tetravalente, o mesmo é dizer,<br />

é capaz de criar defesas<br />

contra quatro tipos de PVH,<br />

que são, ao todo, responsáveis<br />

por 90% dos carcinomas do<br />

colo do útero e por 90%<br />

das verrugas genitais.<br />

Caixa Woman 67


A sabedoria<br />

conquistada com<br />

o primeiro filho traz<br />

mais tranquilidade,<br />

o que permite tirar ainda<br />

mais partido da<br />

experiência da<br />

maternidade.<br />

Ana, Rute, Marta e Maria são mães pela<br />

segunda vez e, mesmo sem terem essa<br />

intenção, contribuíram, em 2010, para a<br />

ligeira recuperação do saldo natural que<br />

se verificou em Portugal nesse ano.<br />

Em 2010, registou-se um aumento de<br />

nascimentos por mulher em idade fértil.<br />

O índice sintético de fecundidade regressou<br />

ao valor de 2008, isto é, a 1,37 filhos<br />

por mulher entre os quinze e os 49 anos,<br />

depois de 2009 ter sido o pior ano de<br />

sempre, desde que há registos demográficos<br />

no país. Mesmo se os valores<br />

são muito insuficientes para repor o número<br />

de indivíduos da população portuguesa<br />

e o aumento face ao ano anterior<br />

for pequeno, o facto é que nasceram<br />

mais crianças e que, em 2010, aumentou<br />

o número de filhos por mulher. Há razões<br />

para ter esperança de que o número de<br />

casais portugueses com mais do que um<br />

filho aumente mais? Ainda é muito cedo<br />

para pensar assim. Antes disso, vale a<br />

pena apontar as vantagens e as desvantagens<br />

de ter dois filhos, quer do ponto<br />

CURTO-CIRCUITO<br />

A chegada do<br />

segundo filho<br />

O QUE É QUE ACONTECE AOS PAIS DO PRIMEIRO<br />

PARA O SEGUNDO FILHO? PORQUE É QUE UMA<br />

EXPERIÊNCIA TANTAS VEZES DIFÍCIL, COMO<br />

O SÃO OS PRIMEIROS TEMPOS DE VIDA DE<br />

UM BEBÉ, É REPETIDA POR ALGUNS CASAIS?<br />

TEXTO DE CARLA MACEDO.<br />

de vista da Psicologia e da Pediatria, como<br />

simplesmente da perceção das mães.<br />

“O meu segundo filho é muito mais calmo<br />

do que o primeiro.” A frase é repetida<br />

pelas quatro mães entrevistadas, que relembram<br />

a chegada do primeiro bebé como<br />

esgotante. “Eu não podia ouvir a Sara<br />

a chorar que começava a chorar também.<br />

Ia a correr sempre que a ouvia.<br />

Quando ela tinha oito meses, resolvemos<br />

que tinha de habituar-se a confortar-se<br />

sozinha e deixámo-la na cama, a chorar.<br />

A resolução durou uma noite. Nessa noite,<br />

chorou ela e chorei eu.” Estas palavras<br />

são de Ana Ferreira, 41 anos, assistente<br />

social, e têm eco nas de Marta Borges,<br />

35 anos, professora. “Eu não descansava<br />

com medo da morte súbita. Cheguei a<br />

sonhar que o Vicente tinha parado de<br />

respirar e acordei-o porque não o ouvia.”<br />

Rute Gaspar, 32 anos, bancária, e Maria<br />

Catalão, 33 anos, gestora de compras no<br />

setor alimentar, acrescentam que o cansaço<br />

próprio, e dos maridos, que participaram<br />

em todas as tarefas desde o pri-<br />

Caixa Woman 69


meiro dia, levaram a discussões conjugais<br />

quase diárias. “Houve uma altura em que<br />

comecei a questionar se devíamos mesmo<br />

estar juntos”, conta Maria.<br />

Tudo normal. É a crise documentada<br />

pela Psicologia. Alexandra Chumbo tem<br />

quatro filhos, de seis, cinco e três anos,<br />

e um de nove meses, mas é como psicóloga<br />

clínica e presidente da Associação<br />

Família e Sociedade que dá esta entrevista.<br />

Explica que “a Psicologia estuda a<br />

ideia idealizada do primeiro bebé e, em<br />

terapia familiar, estudamos as crises.<br />

A primeira crise é o casamento e a segunda<br />

é o nascimento do primeiro filho.<br />

As pessoas normalmente não associam<br />

esta coisa tão boa de ter um filho a uma<br />

crise na família e é, de facto, uma crise,<br />

porque vem destabilizar muitíssimo a vida<br />

de duas pessoas adultas e independentes,<br />

autónomas, que geriam o seu<br />

tempo. Vem um bebé, uma coisa pequenina,<br />

amorosa, que as pessoas idealizam<br />

e, depois, ele não se porta tão bem como<br />

nos anúncios. É um ser completamente<br />

dependente e não é possível ao casal fazer<br />

o mesmo tipo de vida. A dinâmica e<br />

a estrutura familiar não podem manter-<br />

-se com o nascimento do primeiro filho.”<br />

Então, por que razão ter o segundo?<br />

Porquê arriscar passar por todos os medos,<br />

todas as inseguranças, todo o cansaço<br />

outra vez? Rute ri-se e explica.<br />

“Eu sei que parece que detesto ser mãe<br />

quando falo dos primeiros tempos do<br />

Miguel. A lembrança mais marcante ainda<br />

é, sem dúvida, o cansaço. Mas ser<br />

mãe também é uma coisa maravilhosa.<br />

Eu queria voltar a sentir aquela coisa instintiva<br />

do amor que nunca tinha sentido<br />

antes. Havia qualquer coisa de animal<br />

em mim, que estava muito mais à flor da<br />

pele e que, agora, está a repetir-se.” Ana,<br />

Marta e Maria apontam outras razões.<br />

Oriundas de famílias grandes, nunca se<br />

imaginaram apenas com um filho. Acre -<br />

70 Caixa Woman<br />

ditam que as crianças beneficiam da presença<br />

de irmãos nas suas vidas. Maria,<br />

que é a segunda de quatro irmãs, refere<br />

que, “mesmo quando somos adultas, é<br />

muito bom saber que podemos contar<br />

com as nossas irmãs para tudo”.<br />

O risco foi recompensado, já que todas<br />

estas mulheres referem que os seus segundos<br />

filhos são mais tranquilos, dormem<br />

mais horas, choram menos. Maria<br />

refere que, “aos 14 meses da Luísa, eu<br />

não estava nada parecida com o que estou<br />

hoje, aos 14 meses do Afonso. Não<br />

tenho olheiras, não me sinto terrivelmente<br />

cansada, à beira da loucura. A Luísa só<br />

dormiu uma noite completa quase a fazer<br />

dois anos.” Mas são mesmo as crianças<br />

que são tão diferentes ou será que a mudança<br />

se operou nos pais?<br />

A psicóloga Alexandra Chumbo explica.<br />

VANTAGENS CARTÃO MY BABY<br />

O nascimento de um filho é um acontecimento único, é uma época<br />

de alegria, mas também de mudança, que implica alterações na<br />

gestão familiar.<br />

Para ajudar os pais na gestão do orçamento com as despesas<br />

do bebé, antes e depois do nascimento, a Caixa tem o cartão<br />

pré-pago My Baby, uma ajuda fundamental para os pais.<br />

Vantagens do cartão:<br />

● Cartão multibanco recarregável, para a gestão independente<br />

(eficaz e controlada) das despesas. Validade de três anos, para<br />

separar as despesas mesmo na primeira fase de vida do bebé;<br />

● Pode ser carregado e consultado no multibanco e na Caixadirecta<br />

on-line. Possibilidade de agendar o carregamento para os pais<br />

prepararem o orçamento e pouparem desde logo;<br />

● Permite receber transferências da família e dos amigos através<br />

das referências multibanco inscritas no cartão;<br />

● Segurança acrescida e ideal para compras na Internet;<br />

● Vantagens exclusivas nos hospitais HPP Saúde (por exemplo, oferta<br />

da estadia para acompanhamento no internamento por parto);<br />

● Descontos em parceiros de interesse para os pais e bebé<br />

(atualmente 158 parceiros);<br />

● Oferece a primeira Coleção de Moedas de Euro do bebé na abertura<br />

da conta poupança CaixaProjecto (limitada ao stock existente).<br />

Informe-se numa agência da Caixa ou em www.cgd.pt.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

“O nascimento de um filho é sempre<br />

uma crise, mas o nascimento do primeiro<br />

aparece como crise mais destacada.<br />

A rotina do casal adaptada a receber<br />

uma criança em casa já está montada.<br />

Quando já passámos por um acontecimento,<br />

já aprendemos e, portanto, já sabemos<br />

gerir as variadas situações que<br />

aparecem sempre. O segundo é mais<br />

fácil do que o primeiro porque nós já estamos<br />

preparados para o receber. Se<br />

bem que há sempre exceções.”<br />

É por isso que diminuem os telefone -<br />

mas para o pediatra, as idas às urgências,<br />

os medos do choro inconsolável.<br />

Maria do Céu Machado, diretora do<br />

Serviço de Pediatria do Hospital de Santa<br />

Maria, explica que “a menor ansiedade<br />

dos pais, porque têm mais experiência,<br />

dá segurança” aos bebés. “A atenção excessiva<br />

e a resposta ao mínimo choro ou<br />

exigência levam a que a criança não adquira<br />

resiliência, ou seja, que não adquira<br />

capacidade para aceitar as contrarieda-<br />

des e, por isso, a criança faz uma cena<br />

perante uma pequena situação adversa.”<br />

Há também a noção de bola de neve envolvida<br />

na tranquilidade dos segundos filhos.<br />

Quando o bebé chora e os pais não<br />

sabem porquê, ficam ansiosos e passam<br />

essa ansiedade ao bebé, que chora mais<br />

"O segundo é mais fácil<br />

do que o primeiro porque<br />

nós já estamos preparados<br />

para o receber." ALEXANDRA CHUMBO<br />

e os pais ficam mais ansiosos, etc., etc.<br />

Alexandra Chumbo refere que “parece<br />

haver uma tendência para, à medida que<br />

a família vai aumentando, os bebés sejam<br />

cada vez mais calminhos. Arrisco-me a<br />

dizer que a experiência dos pais e a descontração<br />

que já têm influência muitíssimo,<br />

mas depende também da personalidade<br />

dos envolvidos nos processos”.<br />

Já Maria do Céu Machado alerta para<br />

o risco da descontração total. “Claro que<br />

a experiência e a informação melhoram<br />

o nosso desempenho, mas, depois, há<br />

tendência para se cair no outro extremo<br />

e não ligar nenhuma; acontece com o<br />

terceiro ou quarto filho. Por vezes, é perigoso,<br />

pois passam despercebidas situações<br />

que requeriam intervenção.”<br />

E, para além dos primeiros anos de vida,<br />

há vantagem em ter dois filhos? Em crescer<br />

com um irmão ao lado? A psicóloga<br />

Alexandra Chumbo refere que “os pais de<br />

um filho só têm a tarefa da educação dificultada.<br />

Podem ser pessoas com muito<br />

bom senso, mas o facto de terem apenas<br />

um filho faz com que, inevitavelmente, centrem<br />

tudo muito nele e a aprendizagem de<br />

valores humanos, como a generosidade, a<br />

paciência, a amizade, é muito mais difícil<br />

de trabalhar. Os pais de um só filho relatam-me<br />

muitas vezes, em consulta, que as<br />

crianças têm muita dificuldade em perceber<br />

que não podem ser sempre as primeiras<br />

em tudo ou serem sempre os que ganham.”<br />

Quando há mais filhos numa<br />

família, o que é que muda? “É mais fácil<br />

praticar a bondade, a justiça, porque há<br />

mais gente, há mais hipóteses de conflito.”<br />

Confirmam-no as pa-<br />

lavras de Marta. “Um<br />

dia, a subir as escadas<br />

do prédio, o Vicente<br />

estava a portar-se tão<br />

mal... Foi um filme para<br />

chegar a casa e lembro-me<br />

perfeitamente<br />

de entrar pela porta a<br />

pensar: estás mesmo a precisar de um irmão.<br />

Felizmente, eu já estava grávida. Claro<br />

que, hoje, com cinco anos, ainda faz muitas<br />

exigências de ajudas, mas, se eu tenho o<br />

mais novo, o João, ao colo, ele percebe<br />

que não pode ser. E é muito bonito vê-los<br />

juntos agora. O João quer imitar o irmão<br />

em tudo e o Vicente ajuda-o muitas vezes<br />

e ajuda-me muito a mim.”<br />

Caixa Woman 71


Pó<br />

iluminador<br />

Metéorites,<br />

Guerlain.<br />

BELEZA<br />

VISUAIS<br />

PRIMAVERIS<br />

COM OS PRIMEIROS RAIOS DE SOL, CHEGAM-NOS AS TENDÊNCIAS<br />

DAS PASSERELLES INTERNACIONAIS PARA A PRIMAVERA/VERÃO DE 2012.<br />

CORES DOCES CONTRASTAM COM OS TONS NÉON, CABELOS FOFOS E<br />

VOLUMOSOS COM VISUAIS MOLHADOS E ETÉREOS. É UMA BELEZA<br />

SIMPLES MAS REQUINTADA, COLORIDA E ILUMINADA, PARA REPRODUZIR<br />

EM TODAS AS OCASIÕES. TEXTO DE CAROLINA SILVA.<br />

72 Caixa Woman<br />

ARMANI<br />

Blush Horizon<br />

e Illusion<br />

d’Ombres,<br />

ambos<br />

Chanel.<br />

Peles iluminadas<br />

Esqueça a pele mate, não<br />

interessa para esta primavera.<br />

Opte por uma luminosidade<br />

natural, escolha o iluminador como<br />

produto estrela e aplique-o por<br />

cima da base nas maçãs do rosto,<br />

no nariz e um pouco por cima do<br />

lábio superior. Para os dias em<br />

que excessos não lhe interessam<br />

e em que tudo o que quer é sair<br />

de casa com um aspeto impecável,<br />

pele natural, uniforme e iluminada,<br />

as tendências aprovam-no. Se<br />

quiser um detalhe mais brilhante,<br />

faça como em Emilio Pucci e Elie<br />

Saab, onde vimos requintados<br />

olhos com sombras douradas.<br />

Base Flower<br />

Perfection, Bourjois.<br />

Anti-Frizz<br />

Suave e Liso,<br />

Panténe.<br />

Super<br />

Dust,<br />

L’Oréal.<br />

Máscara<br />

suavizante Suave<br />

& Macio, Herbal<br />

Essences.<br />

ENTRELAÇADAS<br />

Românticas e suaves, as tranças continuam<br />

a ser uma presença forte nas tendências<br />

de cabelos. Os cabelos entrançados em nós<br />

molhados, adornados com pérolas em<br />

Chanel e tranças em espiga em Valentino,<br />

ou perfecionistas, a cobrir todo o couro<br />

cabeludo, em Alexander McQueen, foram<br />

alguns dos visuais mais elaborados.<br />

VIVIENNE WESTWOOD/PANTENE


MAYBELLINE<br />

TOQUES DE COR<br />

Tonalidades néon e graffiti nos lábios<br />

ou nos olhos fundem-se nas peles nude.<br />

A aposta é em pequenos toques de cor: olhos<br />

verde relva misturado com azul turquesa em<br />

Vivienne Westwood Red Label; lábios azul<br />

metálico em Mary Katrantzou; ou vermelho-<br />

-sangue em Katie Gallagher. Para os adeptos<br />

de maquilhagem ousada e revigorante, as<br />

cores fortes continuam em voga este ano.<br />

1. Lipgloss Neon Nude, Bobbi Brown. 2. Le Prisme Yeux, no tom<br />

Quatuor, Givenchy. 3. Verniz da coleção de verão, Nails 4’Us.<br />

1<br />

3<br />

2


3<br />

1<br />

2<br />

ROMANCE DE VERÃO<br />

Alguns estilistas optaram pelo regresso de um look anos 20,<br />

requintado e açucarado. Em lábios rosa mate, carteiras azul<br />

mar, cabelos etéreos com aspeto de nuvem e unhas em tons<br />

pastéis são elementos conjugados com os vestidos leves e<br />

volumosos desta estação. Mostram-no desfiles como o de<br />

Jeremy Scott, onde as modelos, com bochechas e lábios rosas<br />

e sardas pintalgadas nas maçãs do rosto, pareciam verdadeiras<br />

bonecas. Em Giles, esta tendência traduziu-se nos lábios<br />

ruborizados, em tom de morango, assim como em Issey Miyake.<br />

1. Candy Face Ombres 5 Lumières, no tom Nº13, Yves Saint Laurent. 2. Shimmering<br />

Cream Eye Color, no tom Pale Shell, Shiseido. 3. Extra Repair Foundation, Bobbi Brown.<br />

JEREMY SCOTT/M.A.C.


Gloss<br />

d’Armani<br />

100,<br />

no tom<br />

Marron,<br />

Giorgio<br />

Armani.<br />

NIVEA<br />

Aerate 08,<br />

mousse<br />

texturizant<br />

e, Redken.<br />

Tendertone Lip Balm FPS 12,<br />

no tom Hot’n’Spicy, M.A.C.<br />

Lip balm, no tom Passion<br />

Berry, The Body Shop.<br />

LÁBIOS COLORIDOS<br />

É a cor no seu expoente máximo,<br />

alegre e divertida. Lábios intensos,<br />

em tons de carmim, coral e canela,<br />

revelaram-se mais originais do que<br />

os vistos nas estações anteriores.<br />

Volumosos e hidratados, com<br />

texturas rugosas e brilhantes,<br />

tiveram grande destaque em<br />

desfiles como Anna Sui, Prabal<br />

Gurung e Donna Karan. Não<br />

coloque de parte os tons naturais,<br />

claro. Esses nunca saem de moda.<br />

Joli<br />

Rouge,<br />

no tom<br />

Poppy<br />

Red,<br />

Clarins.<br />

Shimmering<br />

Rouge, no tom<br />

Temptress,<br />

Shiseido.<br />

Root Lifter<br />

Sensation, Nivea.<br />

Mega Whip<br />

texturizante, Tigi,<br />

na RR Center.<br />

Cabelos volumosos<br />

Domesticar cabelos volumosos é um problema para<br />

muitas mulheres. Agora, podem rejubilar de alegria<br />

já que, nesta estação, o volume regressa nas suas<br />

mais variadas formas. Repletos de textura, rígidos<br />

ou repletos de movimentos, vários desfiles exibiram<br />

modelos com volumosos penteados. Em D&G, os<br />

cabelos fofos e flexíveis foram o centro das<br />

atenções e, em Fendi, o volume foi ao seu extremo<br />

em penteados elevados, num estilo anos 60.<br />

DONNA KARAN/M.A.C.<br />

Laca<br />

Volume<br />

Creation,<br />

Panténe.<br />

Shampoo Fructis Solto<br />

e Brilhante, Garnier.<br />

Caixa Woman 75


FRANKIE MORELLO/M.A.C.<br />

76 Caixa Woman<br />

Verniz,<br />

Anny.<br />

Verniz Cook,<br />

no tom AlFredo,<br />

M.A.C.<br />

UNHAS VERSÁTEIS<br />

Não há regras para as cores<br />

de unhas durante os próximos<br />

meses. Regressam as unhas<br />

em formato amendoado e as<br />

tonalidades são as mais<br />

variadas. Tons doces e pastéis<br />

de rosa e azul, inspirados nos<br />

macarons Ladurée, podem<br />

usar-se metalizados ou<br />

simplesmente glossy. A paleta<br />

cítrica do amarelo ao verde e<br />

os tons terras do bege ao<br />

castanho não ficam de fora.<br />

Quase tudo é permitido, desde<br />

que usado com atitude.<br />

Khol Noir, Make Up For<br />

Ever, na Sephora.<br />

Eyepencil,<br />

Giorgio Armani.<br />

Olhos geométricos<br />

Esta estação, na sua nécessaire, não deverão faltar<br />

os eyeliners em tons coloridos para os dias e as<br />

noites estivais e o tradicional preto para os<br />

clássicos smoky eyes. Além da cor, nos desfiles<br />

internacionais, sombras traçadas em linhas retas<br />

e definidas marcam o olhar. Em Richard Nicoll,<br />

pequenos retângulos negros no canto exterior dos<br />

olhos davam um lift ao olhar enquanto em Emporio<br />

Armani, as formas retangulares se estenderam<br />

a toda a pálpebra superior. As sobrancelhas<br />

destacam-se, uma vez mais, essencialmente<br />

quando conjugadas com uma pele clean e saudável.<br />

Metallic Eye<br />

Shadow, Make<br />

Up Factory.<br />

Verniz, no tom<br />

Water Lily,<br />

Christian Dior.<br />

Verniz,<br />

no tom<br />

April,<br />

Chanel.<br />

Touche<br />

Éclat,<br />

Yves<br />

Saint<br />

Laurent.<br />

Recourbe Cils,<br />

Chanel.<br />

CHANEL<br />

Verniz<br />

Paradox<br />

Collection,<br />

Mavala.


M. KATRANTZOU/M.A.C.<br />

2<br />

1<br />

3<br />

REFLEXOS MARINHOS<br />

Nas unhas, no rosto e nos cabelos, a água foi um elemento<br />

presente em vários desfiles. Em Proenza Schouler, tanto o<br />

rosto como o cabelo emanavam um aspeto atlético e saudável,<br />

enquanto em Damir Koma, um traço no canto inferior do olho<br />

destacou-se com um tom de azul céu. Em Louise Gray,<br />

o eyeliner azul mar na pálpebra superior conferiu um ar<br />

divertido ao olhar. São visuais desportivos e simultaneamente<br />

elegantes que conjugam a frescura dos rostos repletos<br />

de hidratação, com pormenores radiantes de azul.<br />

1. Écrin 4 Couleurs, no tom Les Aqua, Guerlain. 2. Gloss Color Fever,<br />

no tom Green Petal, Lancôme. 3. Verniz Colour&Go, Essence.


FEIRA DAS VAIDADES<br />

78 Caixa Woman<br />

Boas práticas<br />

Janeiro. “Ano novo, vida nova”. Amontoa-<br />

-se uma panóplia de resoluções tomadas<br />

com profunda convicção sobre vários,<br />

mas, no primeiro dia do ano, é certo<br />

e sabido que a coisa já começa a correr<br />

para o torto e as promessas se tornam<br />

simples sombras do que poderiam ter<br />

sido. Ao acordar tarde, juntam-se os<br />

ataques de gula e de sedentarismo,<br />

práticas comuns, aliás, a uma grande<br />

percentagem dos portugueses, que<br />

o justificam com desculpas pouco<br />

convincentes. E aquela energia do final<br />

do ano começa a desaparecer com o<br />

regresso ao trabalho, os dias mais frios e<br />

a noção de que as resoluções não estão<br />

a ser cumpridas. É um ciclo vicioso, com<br />

altos e baixos. Recentemente, li sobre o<br />

mais deprimente dia do ano. Chama-se<br />

“Blue Monday” e está estabelecido na<br />

terceira segunda-feira de janeiro. Sim,<br />

também me interroguei: mas não são<br />

blue todas as segundas-feiras? Voltando<br />

ao tal dia, sobre o qual li um artigo<br />

assinado por um psicólogo no jornal<br />

The Guardian, ele vem na sequência<br />

de “janeiro ser uma longa ressaca<br />

pós-Natal”. Ao que parece, esta segunda-<br />

-feira em particular foi selecionada<br />

através de um cálculo efetuado entre<br />

dívida, motivação, tempo, necessidade<br />

de agir e outras variáveis arbitrárias<br />

impossíveis de quantificar. Ora, tentando<br />

contrariar as probabilidades, decidi que<br />

seria a altura certa para passar da teoria<br />

à prática. Reuni várias amigas, criei uma<br />

página no Facebook e gerou-se um<br />

grupo dedicado à prática de exercício<br />

físico ao ar livre. Uma espécie de “<br />

mexe-te sem gastar um tostão”, com<br />

convívio à mistura e um pouco de cultura.<br />

As arestas ainda estão a ser limadas, mas<br />

o convite foi recebido com entusiasmo.<br />

Começámos precisamente numa<br />

segunda-feira de lua cheia em Lisboa,<br />

e nem o frio ou o cansaço causado por<br />

um longo dia de trabalho superaram<br />

a motivação. Dois dedos de conversa<br />

e risos pelo meio inutilizaram o iPod<br />

durante a caminhada e a fabulosa<br />

paisagem tornou tudo ainda mais fácil.<br />

Não tardou a que surgissem outras ideias,<br />

foram-se juntado outros curiosos e<br />

nasceram novas propostas de atividades,<br />

Reuni várias amigas,<br />

criei uma página no<br />

Facebook e gerou-se<br />

um grupo dedicado<br />

à prática de exercício<br />

físico ao ar livre.<br />

desde o trekking urbano por zonas<br />

bairristas de Lisboa a passeios na praia<br />

(enquanto durar este fantástico tempo<br />

de inverno) aos fins de semana,<br />

terminando no objetivo inicial de praticar<br />

regularmente jogging. Um boost de boa<br />

disposição é quase imediato e a sensação<br />

de promessa cumprida é extremamente<br />

satisfatória. Na realidade, o pouco tempo<br />

disponível não nos permite fazer as<br />

“passeatas” que desejaríamos, mas,<br />

enquanto durar, é a melhor maneria de<br />

combater as crises financeira e moral<br />

destes primeiros meses. Pelo menos<br />

até os dias ficarem mais quentes.<br />

RAMOS.<br />

CARLOS<br />

CAROLINA SILVA<br />

Jornalista FOTOGRAFIA:


OS SEUS CARTÕES CAIXA WOMAN<br />

ESTÃO CHEIOS DE DESCONTOS.<br />

E PARA SABER QUAIS SÃO NÃO<br />

PRECISA DE UM 6º SENTIDO,<br />

BASTA IR A VANTAGENSCAIXA.PT.<br />

CAIXA WOMAN<br />

A lista onde tem descontos e vantagens só por apresentar os seus Cartões Caixa Woman<br />

é infindável. E está sempre a aumentar. É por isso que deve consultar habitualmente<br />

www.vantagenscaixa.pt. Lá fica a saber quais são as lojas e serviços que lhe dão benefícios,<br />

descontos, vantagens e também tudo o que os seus Cartões Caixa Woman têm para lhe oferecer.<br />

Siga-nos também em facebook.com/vantagenscaixa e em facebook.com/caixawoman.<br />

Cartão de Crédito Caixa Woman: TAEG de 23,7%, para um montante de €1.500, com reembolso<br />

a 12 meses, à TAN de 20,75%.<br />

Utilize o crédito de forma responsável e não consuma acima da sua capacidade financeira.<br />

Saiba mais em www.saldopositivo.cgd.pt<br />

www.caixawoman.pt<br />

caixadirecta 707242424<br />

24 horas por dia<br />

todos os dias do ano Na Caixa. Com Certeza.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

LAR, DOCE LAR DAQUI, NÃO SAIO!<br />

Mundo meu<br />

Faça da sua casa o seu templo.<br />

Seja através de pequenas<br />

remodelações, de alterações<br />

cromáticas ou apostando numa<br />

mudança radical. O importante<br />

é que o seu espaço lhe traga<br />

felicidade, segurança e paz.


SHOPPING<br />

Candeeiros de<br />

teto, ¤ 27, Muuto,<br />

na Poeira.<br />

Candeeiro de<br />

mesa Loft, preço<br />

sob consulta,<br />

Jielde.<br />

Cesto para papéis<br />

Kids Animals,<br />

¤ 15,99, Zara Home.<br />

82 Caixa Woman<br />

Poul Pava, arte em fotografia,<br />

¤ 169, na BoConcept.<br />

Tapete em juta,<br />

¤ 79,99, Zara Home.<br />

Brinquedo Eames<br />

Elephant, em<br />

plástico, ¤ 202,<br />

Charles & Ray<br />

Eames, Vitra,<br />

na Paris Sete.<br />

Malas Kids Huellas,<br />

¤ 9,99 e ¤ 12,99,<br />

Zara Home.<br />

Baloiço em<br />

madeira e lã,<br />

¤ 320, Danish<br />

Crafts.<br />

Armário em<br />

madeira Stuva,<br />

¤ 133,99, Ikea.<br />

Cavalo em acrílico,<br />

¤ 29, BoConcept.<br />

Pratos em<br />

porcelana,<br />

¤ 28/cada,<br />

Donna Wilson.


Mobile de<br />

andorinhas, ¤ 13,<br />

Flenttend, na<br />

Smallable.<br />

Era uma vez<br />

O universo encantado da infância continua a inspirar-nos<br />

pela vida fora. Cores suaves e formas repletas de<br />

imaginação são tudo o que é preciso para continuar<br />

a sonhar, todos os dias. POR DIANA BASTOS.<br />

Cómoda em<br />

madeira<br />

Calamobio<br />

(edição limitada),<br />

¤ 12.078,<br />

Zanotta, na<br />

Quarto Sala.<br />

Almofada em algodão My Best<br />

Friend Poppy, ¤ 43, Designers Guild.<br />

Banco em bambu,<br />

¤ 79,99, Zara Home.<br />

Alfabeto<br />

em tecido,<br />

¤ 14/cada letra,<br />

Anthropologie.<br />

Tapete em<br />

lã Little<br />

Owl, ¤ 238,<br />

Designers<br />

Guild.<br />

Relógio de parede<br />

Butterfly, preço sob<br />

consulta, Susanne<br />

Philippson.<br />

Baloiço em<br />

madeira, ¤ 139,<br />

Playsam.<br />

Aproveite para usar o seu cartão Caixa Woman. Saiba tudo em www.caixawoman.pt<br />

Cadeira de baloiço<br />

RAR, ¤ 492, Charles<br />

& Ray Eames, Vitra,<br />

na Paris Sete.


DECORAÇÃO<br />

EXPIRE E INSPIRE-SE<br />

Se a sua casa é o seu templo, o seu cadeirão favorito será o seu trono.<br />

Lugar de tomada de decisões ou de puro relaxe, tem de ser confortável<br />

e refletir o seu estilo. POR DIANA BASTOS.


Almofada com<br />

contas em<br />

madeira, ¤ 116,<br />

Diane von<br />

Fürstenberg.<br />

Almofada em<br />

algodão, preço<br />

sob consulta,<br />

BoConcept.<br />

Cómoda em<br />

madeira, preço<br />

sob consulta,<br />

Anthropologie.<br />

Jarra em<br />

terracota, ¤ 34,<br />

Area Store.<br />

Mala coffee table em pele e tecido,<br />

preço sob consulta, Andrew<br />

Martin, na Occa Home.<br />

Conjunto de<br />

toalhas de banho,<br />

desde ¤ 16,<br />

Missoni Home.<br />

Bule em vidro<br />

soprado Push<br />

Me Please,<br />

¤ 270, Mariage<br />

Frères.<br />

FORMAS ORGÂNICAS, MATERIAIS NATURAIS E INSPIRAÇÕES ÉTNICAS.<br />

Taça em alumínio<br />

martelado, artigo feito<br />

à mão, ¤ 59, Area Store.<br />

SINAIS DE QUE O MUNDO É A NOSSA CASA, DENTRO E FORA DE PORTAS.<br />

Pote lacado<br />

para chá, ¤ 25,<br />

e taças em<br />

porcelana<br />

pintada, ¤ 140,<br />

Mariage Frères.<br />

Cadeirão com<br />

estrutura em<br />

cana de rota<br />

escurecida,<br />

¤ 145, Area<br />

Store.<br />

GLOBETROTTER<br />

Tapete em<br />

pele Hacienda,<br />

¤ 399, Zara<br />

Home.<br />

Suporte para<br />

livros Jette,<br />

¤ 29,99,<br />

Zara Home.<br />

Jarra em<br />

vidro, ¤ 68,<br />

Anthropologie.<br />

Manta em lã com pega em<br />

pele, ¤ 220, Anthropologie.<br />

Manta em lã, ¤ 264,<br />

Missoni Home.<br />

Cadeira<br />

em<br />

madeira,<br />

¤ 550,<br />

Gervasoni,<br />

na Quarto<br />

Sala.<br />

Caixa Woman 85


86 Caixa Woman<br />

Lanterna em<br />

vidro e pele,<br />

¤ 889, Ralph<br />

Lauren Home.<br />

Armário em<br />

madeira, preço<br />

sob consulta,<br />

Boca do Lobo.<br />

Garrafa em<br />

vidro, ¤ 29,99,<br />

Zara Home.<br />

Cadeira com<br />

braços em<br />

faia, ¤ 119,<br />

Area Store.<br />

Cinzeiro em madeira<br />

e metal, ¤ 307, Ralph<br />

Lauren Home.<br />

MEN’S CLUB<br />

Caixa de incenso<br />

em madeira<br />

lacada, ¤ 178,<br />

Fornasetti, em<br />

Amara.co.uk<br />

A DECORAÇÃO VIVE DE TENDÊNCIAS, MAS HÁ SEMPRE PEÇAS<br />

QUE SOBREVIVEM À MODA. INVISTA NA INTEMPORALIDADE.<br />

Mesa<br />

de apoio<br />

Overdied,<br />

¤ 495, Diesel,<br />

na Quarto Sala.<br />

Poufs em pele,<br />

¤ 1.671,<br />

Quarto Sala.<br />

Manta em<br />

mohair, ¤ 209,<br />

Designers Guild<br />

Pedra Domino,<br />

em madeira,<br />

¤ 29/cada,<br />

BoConcept.<br />

Pouf em pele e tachas, ¤ 790, Area Store.<br />

Candeeiro de teto<br />

em metal, preço sob<br />

consulta, Mooori.<br />

Almofada<br />

em algodão,<br />

¤ 69,<br />

BoConcept.<br />

Copos em<br />

vidro, ¤ 5,99<br />

e ¤ 2,99,<br />

Zara Home.<br />

Mesas de<br />

apoio/bancos<br />

Shape, desde<br />

¤ 559,<br />

Viccarbe.


Caixas<br />

em<br />

cartão<br />

e metal,<br />

¤ 9,99,<br />

Ikea.<br />

Cadeira em<br />

madeira lacada<br />

Peg, ¤ 344,40,<br />

Tom Dixon, na<br />

Poeira.<br />

TANGERINE TANGO<br />

Sofá-cama Sleeper,<br />

preço sob consulta,<br />

Bensen.<br />

Módulo de<br />

arrumação Malm,<br />

¤ 49,99, Ikea.<br />

Almofada em<br />

algodão, ¤ 59,<br />

BoCopncept.<br />

Almofada em<br />

linho, ¤ 19,99,<br />

Zara Home.<br />

HÁ UMA NOVA COR A ANIMAR A PALETA DA PRIMAVERA. QUENTE,<br />

VIVA E DIVERTIDA, BEM À IMAGEM DA NOVA ESTAÇÃO.<br />

Cesto em<br />

feltro, ¤ 49,<br />

BoConcept.<br />

Mesa de<br />

apoio em<br />

madeira<br />

pintada e<br />

entalhada à<br />

mão, ¤ 109,<br />

Area Store<br />

Banco em<br />

madeira lacada<br />

Offcut, ¤ 215,25,<br />

Tom Dixon,<br />

na Poeira. Candeeiros Fluoro, ¤ 658,05<br />

cada, Tom Dixon, na Poeira<br />

Máquina<br />

de café,<br />

preço sob<br />

consulta,<br />

Bugatti.<br />

Saiba mais detalhes sobre o cartão Caixa Woman em www.caixawoman.pt<br />

Candeeiro<br />

de mesa<br />

Miss Sissi,<br />

¤ 102,<br />

Flos.<br />

Mesas de apoio Small<br />

Wire, desde ¤ 576,<br />

Zanotta, na Quarto Sala.<br />

Peixe decorativo<br />

em cerâmica,<br />

¤ 79, Area<br />

Store.<br />

Saco em<br />

seda com<br />

lavanda,<br />

¤ 12,<br />

Je Vous<br />

En Prie.


FICHA TÉCNICA<br />

Decorador<br />

saído da caixa<br />

Democratizar o acesso à decoração e a um<br />

designer de interiores é a missão da Edinteriores,<br />

o primeiro atelier on-line, também pioneiro<br />

da Box Decor. TEXTO DE CRISTINA BELO.<br />

A minha primeira Box Decor foi a pensar<br />

no meu filho de dez anos. Escolhi<br />

a opção Kids para ter um projeto de<br />

quarto renovado à medida da sua pré-<br />

-adolescência e da área pequena, que<br />

exigia uma melhor organização do espaço.<br />

Com todo o know-how de anos<br />

a trabalhar numa revista de decoração,<br />

até poderia dar conta do recado, mas<br />

esta caixa, a um custo acessível, ainda<br />

por cima revertível na execução do projeto,<br />

prometia ser a solução ideal.<br />

Chegou pelo correio e vinha cheia de<br />

boas surpresas: uma simbólica almofadinha<br />

de cheiro, um Lilli teabag caddy,<br />

da Koziol, a apresentação de todos os<br />

parceiros da Edinteriores e um folheto<br />

com o passo-a-passo para ativar a Box<br />

no site. A aventura tinha começado e<br />

o entusiasmo crescia. Rapidamente,<br />

preenchi os formulários, concluí a ativação<br />

e aguardei o contacto para a visita<br />

ao quarto. Após os dois dias prometidos,<br />

recebi o telefonema para<br />

agendar o encontro e a designer, sorridente,<br />

devidamente identificada com<br />

o seu crachá do atelier, e uma Tas -<br />

chelino carregada de catálogos apareceram<br />

à minha porta à hora combinada.<br />

Depois de tirar medidas, observar<br />

90 Caixa Woman<br />

o ambiente existente e conhecer o<br />

Simão, a visita ficou concluída, com<br />

a promessa de o projeto chegar dali<br />

a dez dias à minha caixa de correio,<br />

desta vez, virtual. Agora, sim, começava<br />

a ficar ansiosa, no bom sentido.<br />

Foi em 2007 que Joana Beirão, CEO<br />

da Edinteriores, fundou aquele que seria<br />

o primeiro atelier on-line de arquitetura<br />

e decoração. Não se gaba de ter<br />

sido pioneira, mas reconhece que es-<br />

tava isolada no mercado. “Apostei naquilo<br />

em que acreditava, um serviço<br />

que ajudasse as pessoas a realizar decorações,<br />

e usei a Internet porque percebi<br />

que era um recurso versátil e acessível,<br />

para algo moderno e tecnológico.”<br />

Joana, formada em Arquitetura de<br />

Interiores, acredita que, por esta via, democratizou<br />

o serviço de decoração.<br />

“Antes, as pessoas tinham de pagar<br />

cem vezes mais e convinha conhece-


UMA CAIXA, TRÊS PASSOS<br />

1. Ativar a Box Decor em www.edinteriores.com:<br />

l Crie a conta de cliente;<br />

l Faça login e insira o código de ativação dentro da box;<br />

l Responda ao questionário.<br />

2. Agendar a visita do designer Edinteriores:<br />

rem alguém se precisassem de ajuda;<br />

agora, com o nosso portal e os designers<br />

com discurso acessível e profissionalismo,<br />

é possível ter um serviço adaptado<br />

a cada um.” Em 2011, lança a Box<br />

Decor, um conceito em tudo semelhante<br />

aos kits experiência que vieram revolucionar<br />

o mercado. O atelier Edin -<br />

teriores associa-se a trinta empresas<br />

e 128 marcas, credibilizando um serviço<br />

diferenciador e abrangente, sempre<br />

com garantia de qualidade. Aqui, não<br />

se fala em projetos low cost, mas o orçamento<br />

do cliente é, sem dúvida, uma<br />

das premissas da equipa que tudo faz<br />

para geri-lo bem. Joana Beirão já foi<br />

desafiada a fazer a alteração de uma<br />

sala sem exceder os quinhentos euros<br />

e conseguiu, mas também avisa que<br />

não se conseguem fazer grandes omeletas<br />

sem ovos. “O importante para o<br />

sucesso deste processo é saber exatamente<br />

o que o cliente pode gastar” e,<br />

a seguir, jogar com o reaproveitamento<br />

de peças usadas, produtos de menor<br />

valor comercial, muita criatividade e habilidade.<br />

Depois de receber o projeto,<br />

com a memória descritiva, imagens 3D,<br />

l Aguarde o telefonema até 48 horas após a ativação da box.<br />

3. Receber o projeto de decoração:<br />

lDez dias após a visita do designer, receberá na conta de cliente<br />

no site o projeto de decoração, com memória descritiva, orçamento<br />

detalhado, imagens e filme interativo.<br />

BOX DECOR<br />

BY EDINTERIORES<br />

A Box Decor by Edinteriores<br />

oferece às titulares do cartão<br />

Caixa Woman 15% de desconto<br />

em todos os packs.<br />

Para saber qual o código<br />

promocional associado a este<br />

benefício, registe-se ou aceda<br />

à sua área pessoal em<br />

www.vantagenscaixa.pt<br />

filme interativo da nova decoração, orçamento<br />

detalhado de todos os produtos<br />

e serviços, um verdadeiro roteiro<br />

de compras, o cliente pode decidir dar<br />

continuidade sozinho, já que tem a “papinha<br />

toda feita”, mas, se quiser, também<br />

pode contratar o acompanha -<br />

mento e a montagem pela equipa da<br />

Edinteriores. A experiência diz-me que<br />

é um bom investimento e, já que chegámos<br />

até aqui, porquê parar?<br />

Num ano de grandes dificuldades e desafios<br />

para os orçamentos familiares,<br />

Joana Beirão acredita que “todos podemos<br />

tirar boa vantagem das nossas<br />

casas, deitando um olhar mais crítico<br />

para o interior e aqui está um facto que<br />

pode reverter numa oportunidade”.<br />

E assim, toda a equipa se empenha em<br />

demonstrar o impacto que um projeto<br />

de decoração personalizado pode ter<br />

na melhoria do seu dia-a-dia.<br />

Um projeto à medida por 199,90 euros<br />

inclui o serviço e será descontado na<br />

execução. Sete divisões à escolha para<br />

chegar à casa dos seus sonhos.<br />

Caixa Woman 91


AVENTAL DOS FAMOSOS<br />

Estrada fora<br />

LJUBOMIR STANISIC FEZ AQUILO QUE MUITOS PORTUGUESES NÃO<br />

CONSEGUEM: EXPERIMENTAR. O CHEF FEZ-SE À ESTRADA E FOI À PROCURA<br />

DOS SABORES MAIS GENUÍNOS DO PAÍS. E, DEPOIS, REINVENTOU-OS.<br />

1


FOTOGRAFIA: CONSTANTINO LEITE (PAPA-QUILÓMETROS).<br />

SERRA DA ESTRELA<br />

1. CAÇAROLA DE COGUMELOS<br />

COM QUEIJO DA SERRA<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

600 g tortulhos; 4 chalotas; 40 g manteiga;<br />

1 dente de alho; 2 colheres de sopa de<br />

azeite; 120 g queijo da serra amanteigado;<br />

Salsa e cebolinho q.b.; flor de sal e pimenta<br />

q.b.<br />

Preparação<br />

Numa frigideira, aquecer o azeite, adicionar<br />

as chalotas picadas e o alho laminado,<br />

juntar os tortulhos previamente limpos<br />

e cortados em cubos. Quando perderem<br />

água, adicionar 40 g manteiga e saltear,<br />

até ficarem secos e dourados. Finalizar<br />

com flor de sal e pimenta moída na hora,<br />

salsa e cebolinho picado. Misturar bem.<br />

Colocar por cima o queijo da serra amanteigado.<br />

Envol ver o queijo nos cogumelos<br />

para que derreta.<br />

ILHA DO FAROL<br />

2. ATUM LAMINADO<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

600 g atum (a parte do tarantelo); 3 cebolos;<br />

1 cebola roxa pequena; 3 colheres<br />

de sopa de azeite; 2 colheres de sopa de<br />

molho de soja; ½ lima; 20 folhas de salsa;<br />

20 folhas de coentros; 500 g flor de sal da<br />

Ria Formosa; sal e pimenta preta q.b.<br />

Preparação<br />

Dividir o tarantelo ao meio para ficar simétrico<br />

e retangular. Dentro de um recipiente,<br />

espalhar o sal, colocar os lombos<br />

e cobri-los com flor de sal misturada com<br />

raspas de lima, pimenta moída na hora,<br />

salsa e coentros picados. Deixar que esta<br />

mistura de sal cubra todo o peixe e levar<br />

ao frigorífico durante precisamente<br />

10 minutos. Tirar do frio, lavar o peixe muito<br />

bem em água corrente bem fria. Secar<br />

rapidamente com a ajuda de um pano<br />

(não pode ficar nenhuma pitada de sal no<br />

atum). Cortar em lâminas muito finas, colocando-o<br />

em escadinha sobre o prato.<br />

Dentro de uma tigela, colocar a cebola ro-<br />

O livro<br />

Foram 5.754 quilómetros, 61 horas em<br />

viagem, 23 dias fora de casa. O resultado<br />

está todo em Papa-quilómetros. Uma<br />

Caminhada pela Gastronomia Portuguesa<br />

(Casa das Letras), um livro que pretende ser<br />

uma homenagem às coisas boas da vida e,<br />

sobretudo, do país. Cada capítulo é consagrado a uma localidade<br />

do continente, onde se redescobrem os produtos mais típicos<br />

e as tradições mais genuínas. Ao mesmo tempo, Mónica Franco,<br />

que assina os textos, traça um roteiro nada óbvio, onde o passado<br />

do chef é habilmente misturado com estórias e sabores locais.<br />

Constantino Leite assina as 1.347 fotografias do livro, que conta<br />

ainda com ilustrações. O resultado é, evidentemente, delicioso.<br />

xa picada finamente, o molho de soja e<br />

o azeite. Mexer bem, colocar esta mistura<br />

sobre o atum e, por cima, o cebolo<br />

cor tado às rodelas, uma pitada de flor de<br />

sal e pimenta moída na hora.<br />

SERRA DO GERÊS<br />

3. SOPA CREMOSA DE FEIJÃO<br />

MOLEIRO COM COUVE<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

500 g feijão moleiro seco demolhado<br />

por 24 horas; 70 g pernil fumado; 70 g<br />

presunto; 1 xeróvia; 80 g bolbo aipo picado;<br />

4 folhas de couve galega; 1 cebola<br />

branca grande; 1 colher de chá de<br />

cominhos; sal q.b.<br />

Preparação<br />

Demolhar o feijão moleiro durante<br />

24 horas, mudando a água uma vez.<br />

Cozer o feijão demolhado até a água levantar<br />

fervura. Retirar o feijão. Numa<br />

panela, fazer um refogado ligeiro com<br />

as aparas de presunto e o pernil fumado<br />

bem picado. Adicionar a cebola e, logo<br />

a seguir, o feijão. Deixar cozer durante<br />

cerca de 1h15, triturar com uma<br />

varinha mágica, colocar a couve cortada<br />

em pedaços. Cortar em juliana uma<br />

parte do presunto com pouca gordura.<br />

Colocar sobre a sopa no final.<br />

2<br />

3<br />

Caixa Woman 93


DOURO<br />

4. ESTUFADO DE CABRITO<br />

E LEGUMES<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

800 g cabrito limpo e sem ossos; 1 cabeça<br />

de cabrito; 4 fatias de pão saloio de<br />

cerca de 1 cm; 2 xeróvias; 2 curgetes;<br />

2 tomates médios; 3 ramas de aipo; 3 cenouras;<br />

2 colheres de sopa de azeite;<br />

2 dentes de alho; 2 cebolas; 1 copo de vinho<br />

branco; 1 tira de casca de laranja;<br />

1 malagueta; 1 folha de louro; 1 rama de<br />

cenoura; 1 ramo de alecrim; 1 ramo de tomilho;<br />

2 rodelas de gengibre; sal e pimenta<br />

q.b.<br />

Preparação<br />

Fazer primeiro o caldo de cabrito: colocar<br />

a cabeça em água temperada com sal,<br />

meia cenoura, meia cebola e 5 grãos de<br />

pimenta preta. Deixar cozinhar até ficar<br />

saboroso, retirando sempre a espuma que<br />

se vai formando. Num tacho largo, com<br />

azeite, refogar o alho picado, a cebola, o<br />

louro, o tomate e a malagueta, até ficar<br />

bem puxado. Juntar a carne cortada em<br />

cubos e refogar com o vinho. Deixar estufar<br />

até desaparecer a água, mexendo<br />

sempre. Adicionar os restantes legumes<br />

previamente lavados e cortados em gomos.<br />

Regar com o caldo de cabeça de cabrito.<br />

Tapar o tacho e deixar estufar durante<br />

45 minutos. Numa travessa funda,<br />

colocar as fatias de pão previamente torradas<br />

e o estufado de cabrito sobre elas.<br />

94 Caixa Woman<br />

VIDAGO<br />

5. POSTA BARROSÃ<br />

COM BATATAS SALTEADAS,<br />

CENOURAS E MILHO<br />

ASSADO<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

4 bifes do lombo de vaca barrosã de 180<br />

g cada; 12 cenouras; 2 maçarocas de milho;<br />

Óleo de girassol q.b.; 20 g manteiga;<br />

2 dentes de alho; 2 hastes de tomilho; sal<br />

e pimenta q.b.. Para as batatas: 600 g<br />

batata roxa média; 2 dentes de alho; 1 folha<br />

de louro; 1 noz de manteiga; 1 fio de<br />

azeite; sal e pimenta q.b.<br />

Preparação<br />

Num tacho, ferver água temperada com<br />

sal. Colocar louro, alho com casca esmagado,<br />

azeite. Adicionar o milho e a<br />

cenoura. Retirar após 3 minutos. Usar a<br />

mesma água já temperada para a cozedura<br />

das batatas. Depois de cozidas, cortar<br />

em rodelas e saltear numa frigideira<br />

antiaderente com o azeite previamente<br />

aquecido e finalizar com uma noz de<br />

manteiga. Temperar os bifes com sal e<br />

pimenta. Numa frigideira de inox larga e<br />

aberta, com um pouco de óleo muito<br />

quente, corar os bifes de todos os lados<br />

até obter caramelização no fundo da frigideira.<br />

No fim, acrescentar 10 g de manteiga,<br />

alho e tomilho. Retirar a carne e<br />

deixar descansar num tabuleiro durante<br />

5 minutos. Servir imediatamente se gostar<br />

de bifes mal passados ou levar ao<br />

4<br />

forno até ficarem no ponto desejado.<br />

Para fazer o molho, escorrer a gordura<br />

da frigideira, colocar ao lume e acrescentar<br />

1 copo de água. Quando reduzir,<br />

acrescentar 10 g de manteiga, mexer para<br />

ligar o molho e servir sobre os bifes.<br />

SAGRES<br />

6. LULAS PICANTES COM<br />

BATATA-DOCE DE ALJEZUR<br />

Ingredientes<br />

5 lulas de 250 g cada; 1 cebola; 2 cebolos;<br />

550 g batata-doce de Aljezur; 4 dentes<br />

de alho; 1 malagueta fresca; 1 folha<br />

de louro; 1 colher de sopa de vinagre de<br />

vinho tinto; ½ chávena de azeite; Sal, pimenta<br />

e tomilho q.b.<br />

Preparação<br />

Limpar as lulas (saqueta, tripa e tinta), deixar<br />

a pele, cortar a cabeça, tirar os olhos,<br />

deixar as guelras e os tentáculos. Num tacho,<br />

colocar as batatas previamente lavadas<br />

(até tirar toda a terra). Esmagar 2 dentes<br />

de alho com casca, juntar o louro, o<br />

tomilho, o azeite e cobrir com água e temperar<br />

com sal. Quando as batatas estiverem<br />

quase cozidas, escorrer a água e deixar<br />

que sequem um pouco. Cortar as<br />

batatas em rodelas de cerca de 1 centímetro.<br />

Saltear numa frigideira com azeite<br />

bem aquecido. Deixá-las corar dos dois lados,<br />

com 1 dente de alho e tomilho. Tirar<br />

do lume e colocar no forno a 1500 Para 4 pessoas<br />

C. Na<br />

mesma frigideira, colocar a malagueta cortada<br />

em rodelas finas, mais um pouco de<br />

azeite, 1 dente de alho laminado, cebola<br />

em meia-lua. Saltear até a cebola ficar<br />

dourada. Adicionar as lulas cortadas em<br />

rodelas finas de cerca de 1 centímetro, com<br />

tentáculos e guelras. Quando começam a<br />

corar, adicionar o cebolo cortado em rodelas<br />

finas, o vinagre e tirar do lume (a lula<br />

fica boa pouco cozinhada). A frigideira<br />

usada nesta receita tem de ser grande para<br />

que as lulas não se sobreponham e não<br />

fiquem com água. Se for numa frigideira<br />

pequena, fazer em várias “rodadas”.


5<br />

6


MECO<br />

7. TORRADINHAS DO MAR<br />

Ingredientes<br />

600 g peixe-espada preto; 8 fatias de pão<br />

da Azóia; 1 molho de acelgas encarnadas;<br />

½ l azeite; 4 dentes de alho; 1 folha<br />

de louro; 1 haste de tomilho; casca de ½<br />

limão; sal e pimenta q.b.<br />

Preparação<br />

Num tacho, adicionar o azeite, o louro,<br />

3 dentes de alho com casca esmagados<br />

e o tomilho. Colocar ao lume. Deixar<br />

aquecer a cerca de 1000 Para 4 pessoas<br />

C. Colocar no<br />

azeite os filetes de peixe-espada previamente<br />

limpos e sem espinhas e temperados<br />

com sal, com muita atenção<br />

para que a temperatura do azeite não<br />

suba, durante 5 a 7 minutos. Torrar o<br />

pão. Saltear as acelgas numa frigideira<br />

com um fio de azeite e 1 dente de<br />

alho laminado. Colocar sobre o pão as<br />

acelgas e, por cima, os filetes de peixe<br />

confitados.<br />

SANTA CRUZ<br />

8. MIL-FOLHAS DE<br />

MORANGO COM MEL<br />

DE EUCALIPTO<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

250 g massa filo; ½ kg morangos; 70 g<br />

manteiga; 40 g mel de eucalipto; 3 dl<br />

natas; 2 colheres de sopa de açúcar em<br />

pó; Raspa de 1 lima; 1 colher de café de<br />

canela<br />

Preparação<br />

Derreter a manteiga num tacho, com o<br />

mel, a raspa de lima e a canela. Retirar do<br />

lume, mexer bem e reservar até que fique<br />

morna. Pincelar uma folha de massa<br />

filo com o preparado de manteiga e<br />

mel, colocar outra por cima, repetir o processo<br />

e ainda mais uma folha, repetir.<br />

Cortar em retângulos de 12 cm x 6 cm,<br />

colocar sobre papel vegetal cada retângulo,<br />

sem sobrepor, colocar papel vegetal<br />

por cima da primeira camada e, para<br />

que a folha não voe, colocar umas colhe-<br />

res nas pontas do papel. Colocar num tabuleiro<br />

e levar ao forno a 170º C até que<br />

a massa fique dourada. Bater as natas,<br />

adicionando o açúcar aos poucos, até ficarem<br />

firmes. Num retângulo de massa,<br />

colocar o chantili, por cima, os morangos<br />

previamente lavados e cortados ao meio,<br />

colocar outro retângulo de massa e repetir<br />

o processo, terminando com uma<br />

folha de massa.<br />

VIMIEIRO/ARRAIOLOS<br />

9. REQUEIJADA<br />

Ingredientes Para 4 pessoas<br />

250 g requeijão; 1 dl almece de ovelha;<br />

5 ovos; 120 g farinha; 50 g manteiga;<br />

400 g açúcar; 1 colher de café de canela<br />

em pó; Para as uvas estufadas: 1 pe-<br />

queno cacho de uvas; 4 colheres de sopa<br />

de mel; 1 ramo de alecrim<br />

Preparação<br />

Misturar o açúcar com a farinha.<br />

Acrescentar os ovos e bater muito bem<br />

até o açúcar se desfazer. Adicionar o requeijão<br />

e envolver na mistura. Ferver o<br />

almece com a manteiga. Deixar arrefecer.<br />

Juntar à mistura. Untar uma forma.<br />

Polvilhar com farinha. Despejar lá o preparado.<br />

Levar ao forno previamente aquecido<br />

até ficar dourado. Retirar, deixar arrefecer<br />

e servir com as uvas estufadas.<br />

Para as uvas estufadas: num tacho, adicionar<br />

o mel e o alecrim. Quando começar<br />

a espumar, juntar os bagos de uva<br />

sem o engaço. Mexer durante 3 ou 4 minutos.<br />

Retirar do lume, deixar arrefecer.<br />

8<br />

9<br />

Caixa Woman 97


DONA DE CASA DESESPERADA<br />

CRISTINA BELO<br />

Jornalista<br />

98 Caixa Woman<br />

Divina loucura<br />

A palavra parece piscar em néon quando<br />

lida e, ao ouvi-la, não há quem resista<br />

ao seu poder quase enfeitiçador que dita<br />

e determina hábitos de consumo em vários<br />

sectores. Falo de tendências. Agências<br />

como a Nelli Rodi e a Promostyl trabalham<br />

exclusivamente para antecipar as correntes<br />

no design, na moda e no marketing,<br />

elaborando os chamados cadernos de<br />

tendências que valem ouro, aliás, pagam-se<br />

bem, visto serem uma ferramenta poderosa<br />

que permitirá uma abordagem estratégica<br />

ao mercado. A decoração e o design de<br />

interiores também se norteiam por estas<br />

correntes e os profissionais, as marcas<br />

e as revistas são os primeiros a procurá-las<br />

para criar novos cenários e aliciar<br />

os consumidores a aderir para ficarem<br />

in na moda dentro de casa. Algumas feiras<br />

internacionais de renome são, desde logo,<br />

o local certo para recolher ideias e<br />

inspirações em antevisão, conhecer alguns<br />

dos visionários e dos projetos emergentes<br />

e planificar o trabalho dos meses seguintes.<br />

A Maison et Objet, que se realiza em Paris,<br />

em janeiro e em setembro, é um dos<br />

eventos obrigatórios, ao qual se junta<br />

o Salão Internacional do Móvel de Milão<br />

(de 17 a 22 de abril), que, no ano passado,<br />

celebrou cinquenta anos, mantendo-se como<br />

uma das mais importantes montras de design.<br />

Eu diria que visitar estes certames exige uma<br />

boa preparação física, calçado confortável,<br />

uma seleção criteriosa do que merece ser<br />

visto e um trolley para transportar todos os<br />

CD e catálogos que se vão recolhendo, pois<br />

são milhares de metros quadrados de<br />

expositores, cobrindo toda a fileira casa. Antes<br />

das novidades da primavera italiana, saciamonos<br />

com as inspirações que já chegaram de<br />

Paris. O tema forte é a “Loucura” ou o “Doce<br />

delírio”, o poder da imaginação que se afirma<br />

para dinamitar a conformidade e reacender<br />

a extravagância, a insolência e o atrevimento.<br />

O desafio consiste em sermos menos sérios<br />

e encararmos a casa como uma gruta<br />

de maravilhas, um bazar de curiosidades<br />

e divertirmo-nos em todo o processo.<br />

A arte também é redefinida neste contexto.<br />

Andamos todos a tentar ser super-originais,<br />

únicos, mas a verdade é que a maioria<br />

não vai além de lugares-comuns. A receita<br />

é a hiperpersonalização e a sua casa será<br />

sempre uma obra de arte, porque você<br />

é a única criadora, aquela que interessa.<br />

O desafio consiste em<br />

sermos menos sérios<br />

e encararmos a casa<br />

como uma gruta<br />

de maravilhas.<br />

Finalmente, e à luz do tempo alucinante<br />

em que vivemos, a casa é uma caixa de<br />

sonhos. Por isso, o convite é para explorar<br />

mundos imaginários, estranhos e<br />

tentadores, ilusões óticas, objetos<br />

sobredimensionados, realidades<br />

subvertidas... Uma experiência de doce<br />

loucura. Et voilà! Tudo isto pode parecer-lhe<br />

um pouco abstrato, codificado até, e difícil<br />

de projetar na decoração de ambientes, mas<br />

estas são as linhas mestras com que se<br />

cosem as tendências. E da próxima vez que<br />

vir um editorial de decoração numa revista<br />

ou admirar uma montra bem diferente, vai<br />

sentir o sopro da criatividade inspiradora<br />

que, afinal, não vem do Olimpo...


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

INVESTIR EM MIM<br />

QUANDO O PRAZER SE ALIA AO EQUILÍBRIO<br />

conforto<br />

Zona de<br />

Faça da organização um trunfo!<br />

Reserve no seu dia, entre todas<br />

as tarefas e compromissos,<br />

alguns minutos só para si.<br />

Funcionarão como um balão<br />

de oxigénio que lhe trará<br />

forças para tudo o resto.


MEALHEIRO<br />

Supermerc@do<br />

100 Caixa Woman<br />

em casa<br />

Fazer compras sentada no conforto do sofá<br />

é, sem dúvida, cómodo e prático, mas será<br />

mesmo mais barato? Cabe-lhe a si inteirar-se<br />

de todas as condições de serviço e promoções<br />

para fazer a escolha mais adequada.<br />

Sem garagem, sem lugar de estacionamento<br />

à porta do edifício e com vários<br />

lanços de escadas pelo meio, rapidamente<br />

aderi ao serviço de entrega de<br />

compras ao domicílio. Não há nada mais<br />

cómodo do que ter alguém que nos traz<br />

vários sacos carregados para dentro da<br />

cozinha. Na altura, a entrega estava isenta<br />

de taxa de serviço a qualquer hora,<br />

desde que o montante comprado excedesse<br />

os 100 euros. Fiquei logo fã. Da<br />

entrega das compras feitas na loja, passei<br />

à fase seguinte: comprar no supermercado<br />

on-line sem sair de casa. A primeira<br />

vez, demorei horas a criar a minha<br />

TEXTO DE CRISTINA BELO. FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.


COMPR@R OU NÃO, EIS A QUESTÃO!<br />

● Brindes (algumas cadeias oferecem,<br />

ocasionalmente, produtos com as entregas);<br />

● Controlo do orçamento;<br />

● Compra mais refletida e menos impulsiva;<br />

● Taxa de entrega (o mínimo são ¤3, no horário<br />

alargado, das 8h30 às 18h30, e pode chegar<br />

aos ¤10 entre as 21h e as 22h30). Em<br />

campanhas promocionais, poderá ser gratuita;<br />

● Fator surpresa (não receber todos os produtos<br />

que foram encomendados e sem aviso prévio);<br />

● Recolha na loja (Continente Onlive Drive<br />

é o novo serviço que lhe permite levantar<br />

diretamente no seu carro em apenas cinco<br />

minutos as compras efetuadas on-line e, caso<br />

ultrapasse este tempo, é oferecida a taxa de<br />

serviço de ¤2. Só disponível no C. C. Colombo).<br />

lista de produtos e a adicioná-los ao carrinho.<br />

Ainda assim, rendi-me logo à vantagem<br />

de controlar a despesa à medida<br />

que clicava num artigo, pois via de imediato<br />

o valor total a aumentar. Além disso,<br />

em qualquer momento, é possível retirar<br />

produtos do carrinho virtual e ajustar<br />

o que podemos ou não gastar. Depois,<br />

para coroar a experiência, gravamos a<br />

dita com a lista como favorita ou outro<br />

nome que identifiquemos, por exemplo,<br />

“cabaz do mês”, e, na próxima visita ao<br />

supermercado on-line, estará memorizada,<br />

facilitando a tarefa. Até aqui, só vantagens.<br />

Contudo, no dia em que me informaram,<br />

na linha de assistência do<br />

Continente on-line, já com o carrinho virtual<br />

carregado e pronta a efetuar o pagamento,<br />

que teria de efetuar 250 euros<br />

de compras de uma só vez para ficar<br />

isenta de taxa de entrega, o meu ritual<br />

de ida ao supermercado on-line mudou.<br />

António Souto, da Deco Proteste, alerta<br />

para o facto de que “o consumidor deve<br />

estar inteirado sobre todas as condições<br />

do serviço antes de o efetuar ou, pelo<br />

menos, antes de concluir o ato de com-<br />

pra”. Logo, as indicações<br />

mais relevantes<br />

referentes à disponibilidade<br />

e ao preço<br />

do serviço no local<br />

preferido pelo consumidor<br />

devem estar<br />

bem visíveis no site,<br />

para que o consumidor<br />

não se sinta defraudado<br />

e não perca<br />

tempo em vão.<br />

Maior facilidade em<br />

controlar as compras<br />

efetuadas, facilidade<br />

de poder fazê-las a<br />

qualquer hora, comparar<br />

preços entre<br />

marcas são algumas<br />

vantagens subscritas<br />

pela Deco Proteste. “Mas, se o intuito for<br />

poupar”, acrescenta o técnico António<br />

Souto, “só compensa fazer todas e quaisquer<br />

compras de cabazes que se saldem<br />

como mais baratas do que na deslocação<br />

física a uma loja”. No mais recente<br />

estudo anual realizado aos supermercados<br />

por aquela associação, em outubro<br />

de 2011, verificou-se que, em quase todos<br />

os distritos, existe pelo menos uma<br />

loja física mais barata do que a loja virtual<br />

(considerando o custo do cabaz e taxa<br />

de entrega). Qualquer consumidor poderá<br />

aceder livremente ao simulador no<br />

site www.deco.proteste.pt para proceder<br />

à comparação de cabazes personalizados<br />

entre diversos supermercados do<br />

distrito escolhido, com a inclusão opcional<br />

das lojas on-line. Desta forma rápida,<br />

ficará a saber em que medida a utilização<br />

da loja on-line pode ou não ficar mais<br />

em conta. A Associação do Co mércio<br />

Eletrónico e da Publicidade Interativa<br />

(ACEPI) divulgou dados de que cerca de<br />

16% dos portugueses efetua com regularidade<br />

compras através do seu computador<br />

pessoal e a tendência será para<br />

crescer. Atualmente, são apenas três as<br />

cadeias que disponibilizam este serviço:<br />

Conti nente, El Corte Inglés e Jumbo.<br />

Todas oferecem ocasionalmente promoções<br />

exclusivas on-line, seja em produtos,<br />

vales de desconto, isenção de taxa<br />

de entrega, etc. Para a Deco Proteste, as<br />

campanhas e as ofertas específicas nos<br />

su permercados virtuais são tão apelativas<br />

para o consumidor gastar mais,<br />

como as que ocorrem nas próprias lojas<br />

físicas. Logo, mesmo quando é oferecida<br />

a taxa de serviço de entrega, importa<br />

avaliar se será mais interessante do<br />

que a deslocação à loja. No fim de contas,<br />

compete-nos a nós saber gerir quando<br />

uma promoção é realmente vantajosa.<br />

Mas convém recordar que tempo é<br />

dinheiro e poupa-se sempre em relação<br />

ao processo de compras<br />

tradicional.<br />

POUPE COM OS CARTÕES CAIXA WOMAN<br />

Os cartões Caixa Woman oferecem-lhe uma<br />

percentagem de retorno sobre as compras que tenha<br />

efetuado nos super e hipermercados. Basta usar os<br />

seus cartões Caixa Woman e, conforme o valor das compras efetuadas<br />

com estes cartões fora dos super e hipermercados, assim será o<br />

reembolso. Pode obter até 5% de devolução automática, que lhe é<br />

creditado trimestralmente na conta à ordem no valor máximo de ¤60.<br />

Cartão de crédito com TAEG de 23,7%, para o montante de ¤1.500, com reembolso<br />

a 12 meses, à TAN de 20,75%.<br />

Caixa Woman 101


MULHER CAIXA WOMAN<br />

Como conheceu o serviço Caixa<br />

Woman?<br />

Vi publicidade exposta num balcão da<br />

CGD, reparei na revista Caixa Woman e<br />

pareceu-me interessante terem criado<br />

um produto especificamente para mulheres;<br />

mais tarde, acabei por ficar ren-<br />

dida ao ver os cartões, criados com<br />

grande cuidado estético e ao qual só<br />

realmente uma mulher é sensível.<br />

Como foi o processo de adesão?<br />

Num dia absolutamente normal, ao deslocar-me<br />

a um balcão, perguntei sobre<br />

o que se tratava. Esclareceram-me acerca<br />

do conceito e, depois de ter sido prontamente<br />

elucidada por uma funcionária,<br />

102 Caixa Woman<br />

AMÉLIA NASCIMENTO<br />

Ganhar sem gastar<br />

mais do que o habitual<br />

Amélia Nascimento é empresária e cliente Caixa Geral de Depósitos há<br />

mais de 20 anos. Em 2010, a publicidade sobre o conceito Caixa Woman<br />

e um exemplar da revista fizeram com que aderisse aos serviços. Só por<br />

utilizar, como é hábito, os cartões de crédito e de débito Caixa Woman,<br />

ganhou, recentemente, uma viagem ao Brasil. TEXTO DE JOANA CRUZ/VIDEONOMICS.<br />

resolvi de tornar-me cliente Caixa<br />

Woman.<br />

Habitualmente, quais são os serviços<br />

Caixa Woman que utiliza?<br />

Utilizo essencialmente os pagamentos a<br />

crédito e tiro partido dos descontos oferecidos.<br />

Sou cliente da CGD há mais de<br />

“Sou cliente da CGD há<br />

mais de 20 anos e, apesar<br />

de aceder aos serviços<br />

on-line, não dispenso<br />

a ida aos balcões.”<br />

20 anos e, apesar de aceder aos serviços<br />

on-line, não dispenso a ida aos balcões.<br />

Aprecio o contacto personalizado<br />

e, a meu ver, este não deve terminar,<br />

apesar de ser essa a tendência. Em relação<br />

aos cartões de débito e de crédito,<br />

para além da utilidade comum, acho<br />

fantástico ter acesso a prémios bastante<br />

interessantes.<br />

Como teve conhecimento do concurso,<br />

promovido pela Caixa Woman, que<br />

oferecia uma viagem ao Brasil?<br />

Eu nem sabia e já estava a concorrer<br />

para uma viagem ao Brasil! Limitei-me<br />

a usar os cartões. Estas costumam ser<br />

algumas das surpresas que também fazem<br />

parte das coisas agradáveis do<br />

mundo Caixa Woman. Percebi depois<br />

que quem utilizava os serviços, entrava<br />

naturalmente no concurso. Fui convidada<br />

a deslocar-me ao meu balcão e<br />

foi lá que me deram a notícia de que tinha<br />

sido a vencedora. Fui a cliente que,<br />

entre os meses de outubro e novembro<br />

de 2011 tinha apresentado o maior valor<br />

de compras com os cartões Caixa<br />

Woman. Foi realmente uma surpresa<br />

muito agradável.<br />

Costuma estar atenta às novidades do<br />

universo Caixa Woman?<br />

Costumo ler a revista, embora não regularmente.<br />

É uma leitura muito agradável,<br />

pois tem temas muito diversos e<br />

interessantes. Claro que também já me<br />

tornei fã da página da Caixa Woman no<br />

Facebook.


Amélia<br />

Nascimento<br />

foi a cliente que,<br />

entre os meses<br />

de outubro e novembro<br />

de 2011 apresentou<br />

o maior valor<br />

de compras com<br />

os cartões Caixa<br />

Woman.<br />

Caixa Woman 103


VENCEDORA<br />

Cortiça<br />

em modo<br />

fashion<br />

Sandra Correia, CEO da Pelcor,<br />

lançou a cortiça nos mundos da moda<br />

e do design. Considerada a melhor<br />

empresária da Europa, transformou este<br />

produto tradicionalmente português num<br />

ícone de requinte. Renda-se à excelência.<br />

TEXTO DE SÓNIA GOMES COSTA.<br />

Começou por lançar um guarda-chuva<br />

em pele de cortiça em 2003 e,<br />

desde então, não parou de reinventar o<br />

visual tradicional desta matéria-prima.<br />

Sandra Correia é uma apaixonada pela<br />

cortiça e é essa força que a motiva<br />

na materialização de acessórios de moda,<br />

brindes para empresas e produtos<br />

de decoração sofisticados e contemporâneos.<br />

Mas como é que, de uma rolha<br />

de champanhe, nasce a ideia de inventar<br />

um guarda-chuva e outros objetos<br />

de design? Num período de crise ori -<br />

ginado pela produção excedente de discos<br />

de cortiça para rolhas de champanhe<br />

da Novacortiça, Sandra, na altura,<br />

gerente desta empresa algarvia, não desistiu,<br />

persistiu e acabou por ter a visão<br />

de transformar esta matéria natural<br />

“num produto de aspiração”, conta. Esta<br />

mulher ambiciosa recorda que, na pri-<br />

104 Caixa Woman<br />

meira apresentação comercial, numa<br />

feira para mulheres empresárias em<br />

Espanha, lançou um guarda-chuva totalmente<br />

produzido em pele de cortiça,<br />

exposto no stand da Novacortiça,<br />

S.A. Foi do sucesso desta peça nessa<br />

feira que nasceu a marca Pelcor,<br />

em 2003, com um catálogo de produtos<br />

inovadores para casa, escritório<br />

e acessórios de moda.<br />

A partir dali, a aposta na internacionalização<br />

da marca tem sido uma<br />

constante e a exportação para vários<br />

países, uma realidade. “Por sermos<br />

uma marca icónica, somos frequentemente<br />

convidados para representar<br />

Portugal”, diz a CEO da Pelcor, salientando<br />

a relevância da participação<br />

em diversos eventos, feiras de moda<br />

e de artigos de luxo, um pouco por to-<br />

do o mundo. Um dos momentos altos<br />

da projeção da marca aconteceu<br />

em 2009, quando a Pelcor recebeu o<br />

convite para integrar a exposição<br />

Destination: Portugal, no MoMA (museu<br />

de Arte Moderna), em Nova Iorque<br />

PELCOR<br />

A Pelcor oferece às titulares<br />

do cartão Caixa Woman<br />

os seguintes descontos:<br />

l 10% em compras em<br />

lojas Pelcor;<br />

l 10% (por pessoa) em<br />

visitas turísticas à fábrica<br />

de cortiça Pelcor, em<br />

São Brás de Alportel.<br />

Para saber mais, aceda<br />

a www.vantagenscaixa.pt


e em Tóquio. Em 2010, as peças chave<br />

da coleção Cork Your Style, a Tote<br />

Bag e a Messenger Bag foram escolhidas<br />

para representar o catálogo da<br />

coleção do MoMA naquelas duas cidades.<br />

“É uma felicidade imensa e<br />

quase indescritível ver essa publicidade<br />

pelas ruas de Nova Iorque, nas<br />

estações de metro”, confessa, com<br />

nítido orgulho. A Pelcor vê as luzes<br />

da ribalta também com os produtos<br />

que ofereceu na cimeira da NATO<br />

que decorreu em Lisboa e com a mala<br />

Love Bag Limited Edition, que assinalou<br />

o vigésimo aniversário da<br />

ModaLisboa, em 2011. “Quero que a<br />

Pelcor se torne líder nos acessórios<br />

de moda em Portugal e seja a principal<br />

marca exportadora destas peças<br />

made in Portugal”, assume a empresária,<br />

realçando que o objetivo<br />

passa por ver a marca portuguesa a<br />

representar o nosso país no mundo<br />

inteiro através “da variedade de acessórios<br />

feitos em cortiça, natural por<br />

dentro e trabalhada por fora, num<br />

material eco-friendly”. A Pelcor propõe-se<br />

desenvolver uma gama sustentável.<br />

Como tal, produz a coleção<br />

local mente, usando principalmente<br />

fábricas portuguesas, e escolhendo<br />

tecidos sustentáveis. Sandra admite<br />

que a marca procura sempre ir mais<br />

além, “aperfeiçoar o seu trabalho, a<br />

forma como apresenta os seus modelos,<br />

como comunica e procura inovar<br />

sobre as inovações, que já foram<br />

desenvolvidas por nós até hoje”.<br />

A CEO da Pelcor segue o intuito de<br />

“dar a conhecer a todo o mundo este<br />

produto feito de uma matéria-prima<br />

tão nobre e com uma tradição tão<br />

portuguesa como a cortiça, elabora-<br />

CORTIÇA PARA<br />

MULHERES<br />

COSMOPOLITAS<br />

A coleção da Pelcor<br />

traduz-se numa combinação<br />

de propostas que seguem<br />

as tendências com peças<br />

intemporais. Os artigos são<br />

pensados para mulheres<br />

cosmopolitas, que pretendem<br />

um artigo de excelência, com<br />

um design inovador e amigo<br />

do Ambiente. Além do<br />

produto ícone da marca,<br />

o guarda-chuva, a Pelcor<br />

sugere dois modelos, a Croco<br />

Maya Clutch, uma pochete<br />

em pele de cortiça a imitar<br />

pele de crocodilo, igual<br />

à oferecida a Hillary Clinton<br />

na cimeira da NATO que<br />

decorreu em Lisboa, e a Love<br />

Bag Limited Edition, que foi<br />

produzida para assinalar<br />

o vigésimo aniversário<br />

da ModaLisboa. Fruto<br />

da parceria com a Caixa<br />

Geral de Depósitos, a Pelcor<br />

oferece descontos aos<br />

titulares de vários cartões<br />

da rede CGD na compra de<br />

produtos nas lojas da marca<br />

e também desconto nas<br />

visitas à fábrica, em São<br />

Brás de Alportel, no Algarve.<br />

Guarda-<br />

-chuva<br />

do com muita qualidade e design”, e<br />

espera que cada vez mais pessoas<br />

“conheçam e recomendem a Pelcor<br />

como uma marca de excelência”.<br />

É justo afirmar que a Pelcor abre um<br />

nicho de mercado que praticamente<br />

não existia. Este espírito empreendedor<br />

de Sandra Correia acabou por ser<br />

premiado em novembro último pelo<br />

Parlamento Europeu e pelo Conselho<br />

Europeu das Mulheres Empresárias.<br />

Sandra Correia foi considerada a melhor<br />

empresária da Europa em 2011.<br />

“Receber este troféu é um grande motivo<br />

de orgulho para mim e para a<br />

Pelcor, mas é também um prémio para<br />

Portugal e, em especial, para todas<br />

as mulheres portuguesas”, revela.<br />

Quando não está a trabalhar, Sandra<br />

garante ter uma autodisciplina diária<br />

para ir ao ginásio e praticar reiki<br />

(é mestre desta terapia baseada na<br />

canalização da energia universal) e, faça<br />

chuva ou faça sol, faça frio ou faça<br />

calor, esta mulher faz-se ao mar para<br />

apanhar umas ondas com a sua prancha<br />

de bodyboard. Pode dizer-se que<br />

é, no mínimo, inspiradora.<br />

Croco Maya<br />

Clutch<br />

Love Bag<br />

Limited<br />

Edition<br />

Caixa Woman 105


SERVIÇOS CAIXA<br />

Novo Caixadirecta on-line<br />

O Caixadirecta on-line<br />

está diferente,<br />

ainda com mais<br />

funcionalidades<br />

e possibilidades<br />

de personalização.<br />

A nova imagem faz<br />

com que a utilização<br />

do Caixadirecta on-line<br />

seja mais simples<br />

e agradável.<br />

106 Caixa Woman<br />

Uma vida facilitada é uma vida mais feliz.<br />

Agora, no renovado Caixadirecta on-line,<br />

além de escolher as contas a que tem<br />

acesso, pode personalizar a página inicial,<br />

selecionar atalhos de acesso rápido<br />

às operações que utiliza mais frequentemente<br />

e navegar de forma facilitada, com<br />

menus sempre visíveis. Pode, ainda, contar<br />

com a presença permanente do seu<br />

gestor ou assistente comercial em todas<br />

as páginas do Caixadirecta on-line, que lhe<br />

garante uma assistência presente e muito<br />

útil. Sempre que necessite, envie uma<br />

mensagem segura ou solicite o contacto<br />

para obter apoio na realização de operações<br />

ou para qualquer questão relacionada<br />

com o seu património.<br />

Na área de Oportunidades, conheça as<br />

propostas selecionadas especificamente<br />

para si em cada momento, onde se incluem<br />

as Soluções Caixa Woman. Caso<br />

fique interessada, pode subs crever ou<br />

pedir o contacto do seu gestor ou assistente<br />

comercial, que lhe prestará todos<br />

os esclarecimentos necessários.<br />

Para facilitar a utilização dos diversos<br />

canais, o código de acesso de seis dígitos<br />

passa a ser comum aos serviços telefone<br />

e mobile.<br />

Navegue e redescubra o serviço<br />

Caixadirecta on-line que desenvolvemos para<br />

que continue a gerir as suas contas de<br />

forma fácil, cómoda, rápida e segura.


INICIATIVAS<br />

Missão cumprida<br />

O objetivo estava fixado nas 20 mil, mas os colaboradores e amigos da Caixa<br />

foram mais longe. Mais de 33 mil horas de trabalho solidário e envolvimento<br />

cívico ativo são o balanço positivo de 2011, Ano Europeu do Voluntariado.<br />

Sempre comprometida com causas sociais, a Caixa teve<br />

uma participação ativa no Ano Europeu do Voluntariado,<br />

que se assinalou em 2011. A meta proposta ao colaboradores<br />

era a de atingir as 20 mil horas de trabalho voluntário.<br />

Contas feitas, no encerramento do ano, contabilizam-se<br />

mais de 33 mil horas, o que é um saldo claramente positivo,<br />

animador e solidário.<br />

Às ações desenvolvidas, nas áreas da solidariedade e cidadania,<br />

nomeadamente de interação com as comunidades onde<br />

atua, como o apoio a cidadãos carenciados e/ou debilitados,<br />

somaram-se ainda as iniciativas associadas à proteção do<br />

Ambiente. Em todas elas, participaram colaboradores da Caixa,<br />

mas também familiares e amigos. Todos juntos, confirmaram<br />

que a Caixa está consciente de que o desenvolvimento sustentável<br />

implica contribuir para uma sociedade me lhor e isso<br />

só se consegue através do compromisso de boas práticas e<br />

de ética no envolvimento com a comunidade onde se insere,<br />

tanto na esfera social, como na ambiental.<br />

Além da ação de aniversário da Caixa, que mobilizou centenas<br />

de colaboradores por todo o país, das ações de limpeza<br />

de praias e de outras ações conjuntas com o Banco Alimentar<br />

contra a Fome, contámos também com a valiosa participação<br />

do Grupo de Dadores de Sangue dos Serviços Sociais da<br />

Caixa, da ANAC – Associação Nacional dos Aposentados da<br />

Caixa, da Séniamor (Lisboa e Porto), dos Delegados dos<br />

Serviços Sociais e do Banco do Tempo.<br />

A adesão foi tão expressiva e os resultados, tão animadores<br />

que os colaboradores da Caixa sentem este apelo da solidariedade,<br />

renovando agora o compromisso de resposta ativa<br />

face aos desafios que o desenvolvimento sustentável da<br />

sociedade vier a colocar.<br />

Caixa Woman 107


FUGA<br />

Banho de imersão<br />

Há hotéis com vista para o mar e há hotéis com o mar todo lá dentro.<br />

No Martinhal Beach Resort & Hotel é assim. Não há barreiras para a praia<br />

nem para a felicidade, ela desenrola-se com a suavidade de uma onda.<br />

TEXTO DE RITA LÚCIO MARTINS.<br />

108 Caixa Woman<br />

Manhã luminosa de sábado no Mar -<br />

tinhal Beach Resort & Hotel. A sala dos<br />

pequenos-almoços está quase silenciosa,<br />

com boa parte dos hóspedes presentes<br />

a preferir concentrar-se mais na vista<br />

(e na comida) do que propriamente na<br />

conversa. Olho em volta e vislumbro a minha<br />

interlocutora, de telemóvel na mão, a<br />

fotografar o mar que enquadra toda a sala<br />

do restaurante O Terraço. “Tenho de pôr<br />

esta imagem no Facebook”, explica Chitra<br />

Stern, a proprietária do hotel. Natural de<br />

Singapura, chegou ao Algarve com o marido,<br />

o suíço Roman Stern, há já onze<br />

anos, mas o encantamento ainda não se<br />

esgotou. Pelo contrário, continua maravilhada<br />

com a Praia do Martinhal, cenário<br />

de eleição onde decidiu instalar o projeto<br />

de um hotel e de uma vida.<br />

Inaugurado em abril de 2010, o hotel foi<br />

apenas a reta final de uma corrida que<br />

exigiu grande fôlego à dupla de proprietários<br />

do resort. Começaram pela construção<br />

(e venda) das 25 ville com que<br />

procuraram inaugurar um novo conceito<br />

de alojamento, pensado logo de raiz para<br />

famílias. “Qual é a piada de ir de férias<br />

sem as crianças”, questiona esta mãe de<br />

quatro filhos, todos nascidos no Algarve.<br />

E assim começou a desenhar-se o perfil<br />

de um resort que se estende por 25<br />

hectares e onde se descobrem já 155 casas<br />

e 45 ville (algumas ainda estão disponíveis<br />

para venda). Mas regressemos<br />

ao hotel, à sala voltada ao mar, decorada<br />

com peças Bordalo Pinheiro e mobiliário<br />

contemporâneo de cantos arredondados.<br />

“Tem a ver com o briefieng que demos


ao Michael Sodeau [o designer responsável<br />

pelos interiores], queríamos um espaço<br />

moderno, com peças de design, mas<br />

children friendly.” A verdade é que os interiores<br />

acabam por ser amigos de todos<br />

os utilizadores, já que oferecem aquele<br />

conforto descontraído que faz tanto sentido<br />

num lugar assim.<br />

Integrado no Parque Natural da Costa<br />

Vicentina, o hotel tem todos aqueles<br />

trunfos que marcam a diferença num<br />

hotel com cinco estrelas: peixe fresco ao<br />

almoço, degustado na esplanada do As<br />

Dunas, cozinha de autor ao jantar, servida<br />

no restaurante o Terraço, tratamentos<br />

de assinatura no Finisterra Spa<br />

e uma multiplicidade de espaços de lazer<br />

para miúdos e graúdos, playgrounds,<br />

um trampolim a céu aberto, creche, gi-<br />

COMO CHEGAR<br />

Tome a A2 em direção ao Algarve e,<br />

no final, siga pela A22 (Via do Infante)<br />

em direção a Lagos e Portimão. Deixe<br />

a A22 na segunda saída para Lagos<br />

e siga em direção a Vila do Bispo.<br />

Vire à esquerda antes da entrada na vila<br />

de Sagres, até à Praia do Martinhal.<br />

násio, bicicletas, três piscinas aquecidas…<br />

E gozar é mesmo a sua localização<br />

que o torna tão singular. Porque dormir<br />

a dois passos do mar, deste mar,<br />

terá sempre qualquer coisa de especial.<br />

À noite, porque nos embala e conforta;<br />

de dia, porque nos hipnotiza e relaxa.<br />

Para desfrutar do cenário com toda<br />

a privacidade, nada como ficar hospedado<br />

num dos beach rooms. Sim, são<br />

confortáveis, modernos, aconchegantes.<br />

E têm aquela janela, aquela varanda,<br />

aquela vista a que apetece voltar, uma<br />

e outra vez.<br />

Use o seu cartão CAIXA WOMAN e aproveite as condições especiais.<br />

MARTINHAL BEACH<br />

RESORT & HOTEL<br />

Quinta do Martinhal,<br />

Apartado 54, Sagres<br />

Tel. 282 240 200<br />

www.martinhal.com<br />

Quarto duplo a partir de ¤ 163.<br />

As clientes Caixa Woman<br />

gozam de 10% de desconto<br />

sobre a melhor tarifa BAR<br />

e 5% de desconto sobre as<br />

ofertas promocionais.


MUNDO VERDE<br />

A Caixa foi<br />

considerada pelo<br />

Carbon Disclosure<br />

Project como a melhor<br />

instituição financeira ibérica<br />

no que toca a dar resposta<br />

às exigências de uma<br />

economia de baixo<br />

carbono.


FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />

Cinco anos<br />

de Carbono Zero<br />

Cinco anos depois de lançar o programa Caixa Carbono Zero, a Caixa Geral<br />

de Depósitos é, hoje, uma das empresas portuguesas a dar melhor resposta<br />

às alterações climáticas e às exigências de uma economia de baixo carbono.<br />

TEXTO DE LAURA PATRÍCIO.<br />

Quando, em 2007, a Caixa Geral de Depósitos criou o programa<br />

Caixa Carbono Zero, no âmbito do seu projeto geral<br />

de sustentabilidade, os objetivos eram claros: diminuir ao máximo<br />

a sua pegada carbónica através da redução das emissões<br />

de gases com efeito de estufa e da compensação das emissões<br />

que não se conseguissem evitar. Cinco anos depois, a lista de<br />

tarefas levadas a cabo para cumprir este propósito é vasta e<br />

compensadora. E uma das maiores provas está nas distinções<br />

que a CGD tem vindo a receber, ano após ano, como forma<br />

de reconhecimento pelo seu esforço em construir um mundo<br />

mais verde.<br />

Tendo em conta a imensa importância que cada empresa pode<br />

ter no combate às alterações climáticas, não surpreende que<br />

existam já várias organizações dedicadas a analisar, e a premiar,<br />

o seu comportamento ambiental. O Carbon Disclosure Project<br />

(CDP), que considerou a Caixa Geral de Depósitos a melhor<br />

empresa portuguesa e a melhor instituição financeira ibérica<br />

no que toca a dar resposta às exigências de uma economia de<br />

baixo carbono, faz parte desse grupo. Sedeada em Londres, é<br />

uma organização não-governamental independente que, desde<br />

o ano 2000, trabalha para reduzir as emissões de gases com<br />

efeito de estufa e promover um consumo sustentável de água<br />

por parte das cidades e dos negócios. É também o CDP que<br />

reúne a maior base de dados a nível mundial sobre o impacto<br />

das alterações climáticas, observando, hoje, mais de 3 mil empresas<br />

e publicando, entre outros relatórios, o conceituado<br />

Carbon Disclosure Leadership Index (CDLI), onde as empresas<br />

são pontuadas de acordo com a sua política de carbono e de<br />

onde resultou a classificação da CGD, que acabou por colocar<br />

a empresa portuguesa no top 6 das melhores empresas ibé-<br />

ricas. Contudo, o CDLI não serve apenas para as empresas, é,<br />

também, uma ferramenta útil para os consumidores, cada vez<br />

mais preocupados em ligar-se a organizações empenhadas em<br />

fazer o seu papel no que toca às questões ambientais.<br />

Não é só lá fora que um crescente número de organizações<br />

se dedica a estudar e a premiar os exemplos empresariais de<br />

sustentabilidade, em Portugal, a Euronatura – Centro para o<br />

Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentado é uma das<br />

organizações mais conceituadas deste ramo, publicando, todos<br />

os anos, o reconhecido relatório ACGE, que destaca e distingue<br />

o desempenho das empresas nacionais na construção de caminhos<br />

mais sustentáveis. Também aqui a Caixa Geral de<br />

Depósitos foi distinguida. No índice ACGE 2011, a empresa foi<br />

considerada a melhor do setor financeiro e a segunda melhor<br />

do país, no total das 82 empresas avaliadas.<br />

A diminuição do consumo de energia elétrica e a aposta em<br />

fontes de energia mais limpas, a promoção de uma gestão racional<br />

da mobilidade em serviço, a redução e o encaminhamento de<br />

resíduos e a compensação de emissões, através, por exemplo,<br />

da Floresta Caixa Carbono Zero, na Tapada Nacional de Mafra,<br />

foram algumas das medidas que a CGD colocou em prática dentro<br />

deste programa. Para incentivar os seus clientes a fazerem, também<br />

eles, a diferença, a CGD criou ainda o cartão de crédito Caixa<br />

Carbono Zero, que dá ao utilizador um cash back em créditos de<br />

carbono. Lançou, ainda, o Guia Dia-a-Dia Carbono Zero, que apresenta<br />

um conjunto de boas práticas a adotar e a calculadora de<br />

Carbono Zero, que permite calcular a pegada de carbono resultante<br />

das atividades diárias. Ideias simples com resultados que,<br />

multiplicados, podem mesmo fazer toda a diferença no futuro.<br />

Caixa Woman 111


EXPERIÊNCIAS CAIXA<br />

112 Caixa Woman<br />

Oradores da manhã: De pé o pediatra Mário Cordeiro.<br />

Em baixo à direita: de pé, João Ortigão Costa,<br />

da CGD e na mesa: Eloísa da Cruz Lima, da Escola<br />

de Socorrismo da Cruz Vermelha, Violante Assude<br />

da revista A Nossa Gravidez, promotora do evento, e<br />

Teresa Abreu, pediatra. À esquerda: João Ortigão Costa,<br />

da CGD, pediatra Mário Cordeiro e Violante Assude.<br />

Conferência para mamãs<br />

Quais os cuidados a ter<br />

na primeira infância?<br />

Como preparar<br />

o futuro das crianças?<br />

A conferência promovida<br />

pelo guia A Nossa<br />

Gravidez reuniu<br />

especialistas de diferentes<br />

áreas para responder<br />

às questões das famílias.<br />

TEXTO DE CARLA MACEDO.<br />

FOTOGRAFIA DE JOÃO CUPERTINO.<br />

“Cuidar de nós, cuidar do nosso bebé”<br />

foi o tema da sétima conferência para<br />

mães e pais promovida pelas revistas<br />

A Nossa Gravidez e O Nosso Bebé. O encontro,<br />

que teve o apoio da Caixa Geral<br />

de Depósitos, decorreu no dia 13 de janeiro,<br />

no auditório da Culturgest, em<br />

Lisboa. Compareceram várias dezenas<br />

de casais com filhos pequenos e grávidas<br />

de primeira e de segunda viagens<br />

para ouvirem especialistas convidados,<br />

como Maria do Céu Machado, pediatra e<br />

diretora do Serviço de Pediatria do<br />

Hospital Santa Maria, em Lisboa, o pediatra<br />

Mário Cordeiro, Sandra Nas ci mento,<br />

a presidente da Associação para a<br />

Promoção da Segurança Infantil (APSI)<br />

ou a psicóloga clínica Marta Crawford.


e papás<br />

Ao representante da Caixa Geral de<br />

Depósitos, João Ortigão Costa, coube<br />

a apresentação do tema “Orçamen to<br />

familiar no nascimento do bebé”, que<br />

se debruçou sobre a importância da<br />

poupança ainda durante o período da<br />

gravidez e a gestão dos novos gastos,<br />

onde expôs as soluções da Caixa para<br />

as famílias em crescimento, nomeadamente<br />

as Soluções My Baby<br />

(ver caixa).<br />

Além das conferências, as famílias tiveram<br />

contacto com diversas marcas de<br />

cuidados para mães, recém-nascidos e<br />

bebés, que tinham os seus expositores<br />

no foyer do auditório. A Caixa Geral de<br />

Depósitos tinha também aí um ponto de<br />

informação financeira.<br />

De pé, João Ortigão Costa, da CGD.<br />

Na mesa, João Ortigão Costa, da CGD,<br />

Violante Assude, da revista A Nossa<br />

Gravidez, promotora do evento,<br />

a directora do serviço de Pediatria<br />

do Santa Maria, Maria do Céu Machado<br />

e Teresa Abreu, pediatra.<br />

Eloísa da Cruz Lima,<br />

da Escola de Socorrismo<br />

da Cruz Vermelha.<br />

OFERTA MY BABY<br />

As Soluções My Baby são a primeira oferta<br />

bancária pensada para apoiar futuros e<br />

recentes pais neste momento específico da<br />

vida e têm precisamente como preocupação<br />

a melhor gestão do orçamento familiar e a<br />

constituição de poupança. Mas não só. São uma oferta inovadora<br />

de produtos financeiros e vantagens que visam:<br />

● a simplificação do dia-a-dia;<br />

● a facilitação da gestão das despesas, separando-as das restantes<br />

e permitindo assim uma maior eficácia e controlo nos gastos;<br />

● a poupança para o futuro (como é que os pais podem preparar<br />

e ajudar a garantir o futuro dos filhos, incentivando a constituição<br />

da poupança desde o primeiro momento);<br />

● proporcionar vantagens em saúde e em outros parceiros.<br />

Fazendo um paralelismo com o título da conferência e que capta bem<br />

a essência das Soluções My Baby, estas destinam-se a cuidar do nosso<br />

orçamento familiar e a cuidar do futuro do nosso bebé.<br />

Informe-se numa agência da Caixa ou em www.cgd.pt<br />

Caixa Woman 113


MORADAS<br />

Accessorize – Albufeira: Algarve<br />

Shopping, lj. 0.155. Braga: Lg. Barão de<br />

São Martinho, 25/26. Carcavelos: Riviera<br />

Center, lj. 17. Coimbra: Coimbra Forum,<br />

lj. 1.42. Lisboa: C. C. Amoreiras, lj. 1139;<br />

C. C. Colombo, lj. 1010; C.C. Vasco da<br />

Gama, lj. 1.128; Pç. de Londres, 6-B;<br />

Galerias Saldanha, lj. 022. Oeiras: Oeiras<br />

Parque, lj. 1167. Porto: NorteShopping,<br />

lj. 0520; Shopping Cidade do Porto,<br />

lj. 137. Para mais informações,<br />

contactar tel. 21 386 83 60.<br />

Boss – Cascais: Av. Valbom, 9, lj. 3.<br />

Lisboa: Av. da Liberdade, 141; Galerias<br />

Saldanha, Av. Fontes Pereira de Melo,<br />

lj. 109; C. C. Amoreiras, lj. 1120. Porto:<br />

Av. da Boavista, 1541. Vilamoura: Marina<br />

Plaza, lj 57. Para mais informações,<br />

consultar www.hugoboss.com<br />

By Malene Birger – Lisboa: Rua<br />

da Artilharia 1, 51, Loja T. Porto: Lg.<br />

Capitão Pinheiro Torres Meireles, 56/61.<br />

CH Carolina Herrera – Para mais<br />

informações, contactar Global Press,<br />

tel. 21 394 40 20.<br />

Caramelo – Lisboa: Love, Av. de Roma,<br />

19-A; Mirelli, Av. de Roma, 44-B.<br />

Carrera (óculos) – Para informações,<br />

contactar Sáfilo, tel. 21 712 01 61.<br />

El Corte Inglés – Lisboa: Av. António<br />

Augusto de Aguiar, 31. Para mais<br />

informações, contactar tel. 21 371 17 00.<br />

Elisabetta Franchi – Para informações,<br />

contactar Just Fashion, tel. 22 834 69 00.<br />

Espace Cannelle – Estoril: Arcadas do<br />

Parque, lj. 12 a 14, Av. Clotilde. Para mais<br />

informações, contactar tel. 21 466 21 41<br />

ou consultar www.espacecannelle.com<br />

Fly London – Para informações,<br />

contactar tel. 253 559 140 ou<br />

info@flylondon.com.<br />

Gérard Darel – Cascais: CaiscaiShopping,<br />

lj. 64. Lisboa: R. Castilho, 69; C. C.<br />

Colombo, lj. 1081/82; El Corte Inglés. Ver<br />

Loja das Meias. Para mais informações<br />

contactar Acerto tel. 21 434 22 90.<br />

H&M – Cascais: CascaiShopping, lj. 103.<br />

Lisboa: Ed. Grandella, R. do Carmo, 42;<br />

R. Augusta. Montijo: Forum Montijo,<br />

lj. 139. Para mais informações, contactar<br />

tel. 800 200 034 ou consultar www.hm.com<br />

Hoss Intropia – Faro: Forum Algarve,<br />

lj.0.44. Lisboa: Rua Castilho, 59 A, Porto:<br />

R. José Gomes Ferreira, 254. Para mais<br />

informações, contactar André Costa<br />

& Cia., Lda., tel. 22 619 90 50/22,<br />

ou consultar www.homeless.es<br />

Lacoste –Para informações, contactar<br />

Devanlay Portugal, tel 21 112 12 12.<br />

Lanidor – Lojas em todo o país. Para<br />

informações, contactar tel. 234 630 980<br />

ou consultar www.lanidor.pt<br />

Mango – Lojas em todo o país. Para mais<br />

informações, contactar Punto Fa,<br />

tel. +34 938 602 222 ou consultar<br />

www.mango.es. Vendas pela Internet<br />

em www.mangoshop.com<br />

Massimo Dutti – Lojas em: Albufeira;<br />

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS | Av. João XXI, 63 – 1000-300 Lisboa<br />

Tel. 21 795 30 00 | Fax 21 790 50 51 | Contribuinte N.º 500 960 046<br />

As emissões de gases com efeito de estufa, geradas pela produção deste suporte, são compensadas<br />

Almada; Aveiro; Braga; Cascais; Coimbra;<br />

Faro; Funchal; Guimarães; Lisboa;<br />

Matosinhos; Oeiras; Porto; Setúbal; Vila<br />

Nova de Gaia; Viseu. Para mais<br />

informações, contactar tel. 21 881 44 00.<br />

Pandora – Para informações, consultar<br />

www.pandora-jewelry.com<br />

Patrizia Pepe – Para informações,<br />

contactar André Costa & Cia., Lda.,<br />

tel. 22 619 90 50/22.<br />

Primark –Lisboa: C.C. Dolce Vita Tejo,<br />

lj. 1006; Porto: C.C. Parque Nascente,<br />

lj. 431-518.<br />

Purificación García – Lisboa: Galerias<br />

Saldanha, Av. Fontes Pereira de Melo,<br />

42 E, lj. 1.13; Av. da Liberdade, 148.<br />

Stefanel – Lojas em: Évora; Faro;<br />

Funchal; Lisboa; Leiria; Porto; Viseu.<br />

Para mais informações, contactar<br />

Arie & Filhos, Lda., tel. 21 445 71 00.<br />

Tara Jarmon – Para mais informações<br />

contactar Acerto tel. 21 434 22 90.<br />

Tommy Hilfiger – Para informações,<br />

contactar Tommy Hilfiger Portugal,<br />

tel. 21 340 00 10.<br />

United Colors of Benetton – Lojas em<br />

todo o país. Para mais informações,<br />

contactar tel. 22 339 19 10.<br />

Uterqüe – Cascais: Cascaishopping.<br />

Lisboa: C.C. Amoreiras; C.C. Colombo;<br />

C. C. Vasco da Gama. Matosinhos: C.C. Mar<br />

Shopping; C.C. Norteshopping. Para mais<br />

informações, consultar www.uterque.com.<br />

Zilian – : Av. António Augusto de Aguiar, 35<br />

Publisher: Francisco Viana. Directora editorial: Isabel Stilwell. Editora: Rita Lúcio Martins. Copydesk: Carla Sacadura Cabral. Direcção de arte:<br />

Sofia Lucas. Pro jecto gráfico: Filipe Cruz. Colaboraram nesta revista: Ana Campos, Carla Macedo, Carolina Silva, Cristina Belo, Diana Bastos,<br />

Francisco Paraíso, Isabel Leal, João Cupertino, Joana Cruz, Laura Patrício, Paula Cristóvão Santos, Pedro Bettencourt, Rui Faria, Sónia Gomes<br />

Costa, Vasco Prazeres. Design e paginação: Filipe Cruz. Publicidade: 21 330 94 00. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo n.º 42<br />

A/B, revistas@graphexperts.pt. Produção: Cofina Media. Impressão: Lisgráfica, S.A., Estrada Consiglieri Pedroso, 90, 2745-553 Barcarena. Depósito<br />

legal: 293.357/09. Registado na E.R.C. com o n.º 125 664. Tiragem: 23 000 exemplares. Distribuição: A revista Caixa Woman é gratuita apenas<br />

para clientes Caixa Woman. Periodicidade: Trimestral.<br />

Customer Publishing Cofina Media | Presselivre – Imprensa Livre, S.A.<br />

Arruamento D à Rua José Maria Nicolau 3, 1549-023 Lisboa | Tel. 21 049 31 31 | www.cofinaconteudos.pt<br />

membro da<br />

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA<br />

PARA O CONTROLO DE TIRAGEM


15%<br />

✃<br />

¤10<br />

20%<br />

DESCONTO<br />

Em todas as atividades.<br />

BEAUTY DAY<br />

3 tratamentos de estética + massagem<br />

de relaxamento completa<br />

DESCONTO<br />

Numa refeição (sem bebidas incluídas).<br />

20%<br />

60%<br />

20%<br />

DESCONTO<br />

L’Essence Express<br />

Use o seu cartão CAIXA WOMAN para beneficiar dos descontos<br />

DESCONTOS<br />

DESCONTO<br />

No curso de Introdução à Programação<br />

Neurolinguística.<br />

DESCONTO<br />

Em todos os artigos da nova coleção.<br />

115


116 Caixa Woman<br />

✃DOURO L’ESSENCE<br />

À VELA<br />

Aproveite esta oportunidade para melhorar a sua imagem e,<br />

ao longo de duas horas, confie nas mãos dos especialistas que<br />

irão ajudá-la a perceber quais os cortes, cores e roupas que<br />

a favorecem mais e a fazem brilhar em todas as ocasiões.<br />

Oferta válida até 8 de junho de 2012.<br />

Rua Damasceno Monteiro, 60-A<br />

1170-110 Lisboa<br />

Tel. 96 341 26 42/91 022 73 15<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

LIFE TRAINING<br />

O Curso de Introdução à Programação Neurolinguística,<br />

que terá lugar nos próximos dias 27 e 28 de abril, em Lisboa,<br />

irá ajudá-la a focar-se na adoção de novas estratégias para<br />

produzir novos e melhores resultados na sua vida.<br />

Oferta válida até 30 de abril de 2012.<br />

Estrada Exterior da Circunvalação, 13.202<br />

4460-286 Senhora da Hora – Matosinhos<br />

www.lifetraining.com.pt<br />

ana.vieira@lifetraining.com.pt<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

ACCESSORIZE<br />

Venha descobrir a nova coleção de primavera/verão 2012<br />

e desfrute do desconto de 20% nas nossas lojas<br />

por todo o país. Esta oferta não é acumulável<br />

com outras promoções em vigor.<br />

Oferta válida até 8 de abril de 2012.<br />

www.accessorizeportugal.com<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

Ao sabor do vento e do rio, venha descobrir em família<br />

ou simplesmente a dois o Douro a bordo de um veleiro...<br />

Oferta válida até 8 de junho de 2012.<br />

www.douro-a-vela.pt<br />

info@douro-a-vela.pt<br />

Tel. 91 879 37 92<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

BODYCONCEPT<br />

Aproveite para cuidar de si e desfrute<br />

de uma experiência verdadeiramente única e sedutora<br />

de bem-estar completo e… Acessível.<br />

Oferta válida até 8 de junho de 2012.<br />

BodyConcept<br />

Várias clínicas em Portugal Continental e Madeira.<br />

Para beneficiar desta oferta, aceda a<br />

www.bobyconcept.pt/CGD.htm, escolha a clínica aderente<br />

mais próxima de si e faça a sua marcação.<br />

Basta depois apresentar o voucher e efetuar o pagamento<br />

com o seu cartão Caixa Woman.<br />

ROTA DAS SEDAS<br />

Venha degustar um repasto preparado pelas mãos<br />

do chef Antonio Amorim num magnífico espaço<br />

onde a história e a cultura portuguesas serão<br />

as suas principais anfitriãs.<br />

Oferta válida até 8 de junho de 2012.<br />

Rua da Escola Politécnica, 231, 1.º esq.º<br />

1250-101 Lisboa<br />

www.rotadassedas.com<br />

Tel. 21 387 44 72/96 437 63 22<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.


✃<br />

20%<br />

OFERTA de uma dose de scones<br />

Na compra de um menu (chá para dois + 1 dose<br />

de scones + compota + manteiga).<br />

¤10<br />

DESCONTO<br />

No serviço Apresentações com Impacto.<br />

1 SESSÃO<br />

De pepilação permanente ao buço<br />

ou axila + tratamento de rosto.<br />

10%<br />

20%<br />

10%<br />

DESCONTO<br />

Em todos os artigos.<br />

Use o seu cartão CAIXA WOMAN para beneficiar dos descontos.<br />

DESCONTO<br />

Sobre a tarifa BAR<br />

(melhor tarifa disponível não restrita).<br />

DESCONTO<br />

Ao almoço e em todos os cocktails feitos<br />

com produtos nacionais.


✃<br />

118 Caixa Woman<br />

BAZAAR CHIADO<br />

Na Bazaar Chiado, encontra roupa e acessórios para<br />

todas as ocasiões. Venha visitar-nos e usufrua de um<br />

desconto de 10% sobre qualquer artigo.<br />

Oferta válida até 8 de abril de 2012.<br />

Calçada do Sacramento, 25<br />

1200-393 Lisboa<br />

Tel. 21 155 00 43<br />

De segunda-feira a sábado, das 11h às 20h.<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

LONGEVITY WELLNESS RESORT<br />

MONCHIQUE<br />

Alojamento e pequeno-almoço no Longevity Wellness Resort<br />

Monchique. Oferta sujeita a disponibilidade e reserva antecipada.<br />

Necessário referir a utilização do cartão de descontos<br />

Caixa Woman no ato da reserva.<br />

Oferta válida até 8 de junho de 2012.<br />

Lugar do Montinho. 8550-232 Monchique, Algarve<br />

www.longevitywellnessresort.com<br />

Tel. 282 240 110<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

THE DECADENTE<br />

Se é uma verdadeira hedonista, então venha ao The Decadente e<br />

receba 10% de desconto ao almoço ou em todos os cocktails feitos<br />

com produtos nacionais.<br />

Oferta válida até 30 de abril de 2012.<br />

Rua de São Pedro de Alcântara, 81<br />

1250-238 Lisboa<br />

Tel. 21 346 13 81<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

BRILHANTE COACHING<br />

Confiança, segurança, eficácia em comunicação e impacto.<br />

Damos-lhe a preparação que garante que a sua<br />

apresentação será um sucesso!<br />

Oferta válida até 14 de abril de 2012.<br />

Av. da Boavista, 1588, 3.º, sala 316<br />

4100-115 Porto<br />

www.brilhantecoaching.com<br />

Tel. 22 606 32 89/96 178 01 23<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

CHÁ CLUBE<br />

Ao almoço, lanche ou jantar, venha desfrutar<br />

de uma refeição num ambiente requintado e acolhedor.<br />

Experimente os maravilhosos scones com compotas<br />

e manteiga, que chegam à mesa ainda quentes e que ligam<br />

na perfeição com um chá ou sumo acabado de espremer.<br />

Oferta válida só ao lanches até 8 de junho de 2012.<br />

Avenida da Boavista, 3477, loja 19.<br />

4100-139 Porto - Tel. 22 617 84 59<br />

chaclube@hotmail.com<br />

Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher<br />

e efetue pagamento com o seu cartão Caixa Woman.<br />

DEPILCONCEPT<br />

Experimente os serviços de depilação permanente da<br />

DepilConcept, que ainda lhe oferece um tratamento de rosto.<br />

Descobra este espaço com ofertas a preços acessíveis.<br />

Oferta válida até 8 de junho de 2012.<br />

DepilConcept<br />

Várias clínicas em Portugal Continental e Açores.<br />

Para beneficiar desta oferta, aceda a<br />

www.depilconcept.com/CGD.htm, escolha a clínica aderente<br />

mais próxima de si e faça a sua marcação. Basta depois<br />

apresentar o voucher e efetuar o pagamento<br />

com o seu cartão Caixa Woman.


MORADAS PARCEIROS<br />

MODA E ACESSÓRIOS<br />

BCBMAXAZRIA l Blossom l COCCINELLE l<br />

Colour me Beautiful l Consultório de Moda l<br />

Crocs By Kiwi l André Opticas l eLLora l<br />

Etxart & Panno l Gardenia l Glamorous l<br />

Harmour l Hope l Just For Her l KAREN<br />

MILLEN l Kiwi St. Tropez l MAX & Co. l<br />

ModaPortátil l Pelcor l Porshe Design l Spe<br />

Duci l Tela Bags l the Athlete's Foot l<br />

Domus Ópticas l In–Optic l Institutoptico l<br />

Koh & Noor l LojaGioRodrigues.com l<br />

LojaLuisOnofre.com l LojaMuu.com l<br />

LojaPauloBrandão.com l LojaReverie.com l<br />

Olhar de Prata l Óptica 1 l Optivisão l<br />

Pedralua l Stylix l Visual Center l Womb l<br />

Fuxia l Knot – Just For Kids? l Mota Oculista<br />

l LojaTenente.com l Kidshoes<br />

MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO<br />

Critério Arquitectos l Homes in Heaven l<br />

Loja do Banho l LardoceLar.com l Poeira l<br />

Porcel l Rita Santos l Roof Interior Design l<br />

Soraya l Steinwall l Superdecor l<br />

Tricana l Conceitos de Arte l<br />

AQUA – Home Solutions l ClubConforto l<br />

Tempur l Box Decor by EdInteriores l<br />

Ecochama l Espaço Libris l Stylix<br />

RESTAURAÇÃO<br />

Restaurante das Arcadas l Casa da Comida<br />

l Restaurante Eleven l Empório do Paladar l<br />

Restaurante Faz Figura l Góshò l<br />

Istofaz–se l Jardim dos Sentidos l<br />

Le Club l Restaurante Orangerie l Pérgula l<br />

Restaurante Praia do Peixe l Restaurante<br />

Refúgio D'EL Rey l Salão Brazil l<br />

Restaurante Tágide l A. Montesinho Turismo<br />

l CityGourmet l Clara Chiado l Clube<br />

da Gula l Mytable l Póvoa Dão l Amar<br />

Portugal l Barão de Fladgate l Petra Rio<br />

120 Caixa Woman<br />

Com os cartões Caixa Woman, pode usufruir<br />

de descontos e benefícios em diferentes áreas.<br />

Aproveite todas as vantagens do seu cartão.<br />

PERFUMARIA E BELEZA<br />

Emme Cabeleireiros l Jean Louis David l<br />

O Boticário l Requinte Perfumarias l<br />

Rituals l Wiñk l BodyConcept l Consultório<br />

de Moda l eLLora l Hollywood Nails l<br />

LojaTenente.com l LojaThalgo.com l Steps<br />

Relax&Fit Studio l Stylix l Saboia 713 l<br />

Luxo24 l Biothecare Estétika<br />

FLORES, JARDIM E ANIMAIS<br />

Florflor.pt l Horto do Campo Grande l<br />

LardoceLar.com l Pets, Dogs & Rock n'Roll<br />

l Reino dos Bichos l Decoflorália l<br />

Jardim Zoológico l ZOO Santo Inácio<br />

SAÚDE E BEM–ESTAR<br />

André Ópticas l Atelier de Nutrição l<br />

BodyConcept l Bodyslim l Celeiro<br />

da Memória l CliniAlba l Clinica Dentária<br />

Eduardo VII l Clinica MeiHua l Clinica Vita<br />

Centro l CliniCase l ClubConforto l CNV –<br />

Clinica Médica e Dentária l Corpos Beauty<br />

l Domus Óptica l Ergovisão l EviCare l<br />

Fisiogaspar l iCare l Institutoptico l<br />

LIPOCERO l LiveWell l Metabólica – Clinica<br />

de Gestão de Peso l Molaflex l MyMoment<br />

l Olhar de prata l Óptica 1 l Óptica 70 l<br />

Optivisão l Page Clinic l Persona l Plaza<br />

Clinic l Redenced–enfermeirosPT l<br />

Saudepontocom Centro Médico Dentário<br />

Estético l Saúde Positiva l Tempur l<br />

VeryClinique l Vip – Clinic Portimão l<br />

Uniklinic l Visual Center l 7Seven Spa<br />

Vilamoura l A Loja do Avô l Amaspa l<br />

Aquafals SPA Hotel l Arte & Fala l Brahmi<br />

Oriental Wellness l Centro do Yoga –<br />

Cascais l Centro Internacional de Surf l<br />

CH Clinic l Clinica do Sorriso l Clinicas<br />

Praestigium l Club L l Confort Keepers l<br />

Companhia Feliz l Eva Baby l Garden's<br />

SPA l Home Instead Senior Care l<br />

HPP Saúde l In–Optic l Korpo de Sonho l<br />

Lar Valor – Serviços de Apoio Domiciliário<br />

l Mamãs e Companhia l Newell spa & tea<br />

l Saúde do Pé l SerHogarsystem l<br />

SPA – Pedra da Lua l Steps Relax&Fit<br />

Studio l Stylix l Viva Fit l Woman Fit l<br />

Amar Portugal l Bebé Vida l Em Forma l<br />

Espaço Saboia 713 l Maisquecuidar.com l<br />

Sénior Residence lApoio & Companhia l<br />

beWell l Biothecare Estétika l Clinica<br />

Projecto Saúde l Clinica São Pedro l<br />

Etapas Felizes l Fisioseven l<br />

Mummy Steps l Nave Dourada<br />

SERVIÇOS E ASSOCIAÇÕES<br />

5 à Sec l A Loja do Avó l A Oficina dos<br />

Presentes l AVIS l Casaminuto l CERTIENE<br />

l Comfort Keepers l Companhia Feliz l<br />

Crioestaminal l Herts l Home Instead Senior<br />

Care l IAPA l Lar Valor – Serviços de Apoio<br />

Domiciliário l Largemind – Materiais<br />

Reciclados, Lda. l MIDAS l Retoucherie de<br />

Manuela l School Days l SerHogarsystem l<br />

Work Shop l André Ópticas l Atelier de<br />

Nutrição l Blossom l BTOC l Clinica Vita<br />

Centro l Diversão & Companhia l Domus<br />

Ópticas l In–Optic l Instanta l Institutoptico l<br />

Jardim Zoológico l Olhar de Prata l Óptica 1<br />

l Óptica 70 l Optivisão l PC Clinic l<br />

Pneuvita l SPOIL – Fotografia e Imagem l<br />

Tesourinhas l Visual Center l HPP Saúde l<br />

LardoceLar.com l NaveDourada l Ok!<br />

teleseguros l Sénior Residence l Etapas<br />

Felizes l Meia–Sombra l Mummy Steps l<br />

Polispartner l Sópneus l Twice Car Center<br />

JOALHARIA E RELOJOARIA<br />

Amojoia l Anselmo 1910 l Dara Jewels l<br />

Joalharia de S. Marcus l Koh-I-Noor l


Pedralua l LojaGilSousa.com l<br />

LojaGioRodrigues.com l Stylix l<br />

Luxo24 l Minúcias<br />

SPA'S E EXPERIÊNCIAS<br />

7Spa Vilamoura l A Vida é Bela l<br />

Amaspa l Angkor Wat Spa Room l<br />

Bamboo Garden SPA l CH Clinic l<br />

CitySpa l Essentials Prime Clinic Day SPA l<br />

Garden's Spa l Kasbah SPA l Korpo de<br />

Sonho l Le Spa l Life Paper l NeWell spa<br />

& tea l Odisseias l Spa – Pedra de Lua l<br />

Puro SPA l Ritual SPA l Spaso Zen l<br />

Spatitude l As Cascatas Golf Resort & SPA<br />

l Bodyconcept l Bodyslim l Clinica Meihua<br />

l GLAUCA l Memmo Baleeira Hotel l<br />

Monte Santo l Plaza Clinic l Silencetour l<br />

Steps l Tur in Green l VIP – Clinic Portimão<br />

l Amar Portugal l Corpos Beauty l<br />

L'Espace Santé Beauté l Aqua Day Spa<br />

VINHOS E GOURMET<br />

Clube Os Nossos Sabores l Delta Q. l<br />

Ellies Tee l Gourmet Glamour l Puros.pt l<br />

Vinho.tv l Xocoa l Adega Regional<br />

de Colares l Celeiro da Memória l<br />

Amar Portugal l Choc–o–lait<br />

HÓTEIS E VIAGENS<br />

A Flor da Rosa l A. Montesinho Turismo l<br />

Agência de Viagens BEST TRAVEL l<br />

Aquafalls SPA Hotel l Aquapura Douro<br />

Valley l ARTEH – Hotels and Resorts l As<br />

Cascatas Golf Resort & SPA l Bairro Alto<br />

Hotel l Bom Sucesso Design Resort l Casa<br />

da Eira l Casa de Assumar l Casa dos<br />

Matos l Casa Lagar da Alagoa l Casa Melo<br />

Alvim l Casal do Vale da Pedra l Casas da<br />

Lapa l Challet Fonte Nova l Convento do<br />

Espinheiro l CS Hotels Golf & Resorts l<br />

Eden Resort l Farol Design Hotel l Hotel<br />

Astória l Hotel Caminhos de Santiago l<br />

Hotel Cascais Miragem l Hotel Infante de<br />

Sagres l Hotel Lapa Palace l Hotel Lusitano<br />

l Hotel Metrópole l Hotel Praia Mar l Hotel<br />

Rural Quinta da Geia l Hóteis Bom Jesus l<br />

Hóteis Olissippo l Hóteis Real l Jerónimos<br />

8 l Memmo Baleeira Hotel l Monte da<br />

122 Caixa Woman<br />

Rosada Albergaria l Monte Prado<br />

– Hotel & SPA l Monte Santo l Mr. Travel l<br />

nH Hoteles l Ô Hotels & Resorts l<br />

Papa–Léguas l Póvoa Dão l Quinta das<br />

Lágrimas l Quinta de Guimarães l<br />

Quinta de Pêro Martins l Quinta do Casal l<br />

Quinta dos 4 Lagares l Slideln. Travel l<br />

Teamtour l Tivoli Hotels & Resorts l TUI<br />

Viagens l Vila Monte Resort l Vila Sol Spa<br />

& Golf Resort l A Vida é Bela l AVIS l<br />

Bussaco Palace Hotel l Casa da Eira –<br />

Laços de Gondomil l Curia Palace Hotel l<br />

Hertz l Hotel M'AR De AR Auqueduto l<br />

Hotel M'AR De AR Muralhas l IAPA l<br />

LardoceLar.com l Leavingtours l<br />

LojaSamsonite.com l Onyria Marinha<br />

– Edition Hotel & Thalasso l TAGUS l<br />

Amar Portugal l Yellow Hotels l Ah Villas l<br />

Dom José Beach Hotel l Hotel Jardim l<br />

Monte da Vilarinha l Quinta do Cão<br />

DESPORTO E LAZER<br />

Adventure Park l Centro internacional de<br />

Surf l Club L l Confiquatro l Dream Wave l<br />

Glauca l GoCar Tours l Jardim Zoológico<br />

de Lisboa l myGolf l Natura Algarve l<br />

Navileme l Nevada Bob's Golf l Segway l<br />

Silencetour l Steps Relax&Fit Studio l<br />

Terra Incógnita l Turn In Green l Viva Fit l<br />

West Coast l Woman Fit l Zoo Santo Inácio<br />

l A Vida é Bela l DiverLanhoso l Diversão<br />

& Companhia l Life Paper l One<br />

BuyShop.com l The Athlete's Foot l<br />

Amar Portugal l Aquafitness<br />

ELECTRÓNICA E FOTOGRAFIA<br />

Efergy l Loja 21 l Stylix l VillaStudio<br />

BÉBÉ E CRIANÇA<br />

2Kul l Diversão & Companhia l EvaBaby<br />

l Gama Rústica l Gymboree l Knot – just<br />

for kids? l Mamãs e Companhia l<br />

Tesourinhas l Womb l A Oficina dos<br />

Presentes l CliniCase l Crioestaminal l<br />

Cristina Siopa l Jardim Zoológico l<br />

Steps Relax&Fit Studio l Zoo Santo Inácio<br />

l Bebés e Crianças l Cócegas nos Pés l<br />

Dear Baby l O Girassol l Materna l<br />

Kidshoes l Mummy Steps<br />

CULTURA, ARTE E LEITURA<br />

Cinemas City l Cinemas Zon Lusomundo<br />

l Fundação CGD–Culturgest l A Loja das<br />

Maquetas l Air Nimbus l Alliance<br />

Française l Casa–Museu Dr. Anastácio<br />

Gonçalves l Escola de Música Clave<br />

e Som l IMC – Inst. Dos Museus e da<br />

Conservação l Jornal i l MNAC – Museu<br />

do Chiado l Museu Abade de Baçal l<br />

Museu da Cerâmina l Museu da Guarda l<br />

Museu da Música l Museu da Terra de<br />

Miranda l Museu de Alberto Sampaio l<br />

Museu de Arte Popular l Museu de Aveiro<br />

l Museu de Évora l Museu de Francisco<br />

Tavares Proença Júnior l Museu de<br />

Lamego l Museu dos Biscaínhos l<br />

Museu Dr. Joaquim Manso l Museu Grão<br />

Vasco l Museu José Malhoa l Museu<br />

Monográfico de Conímbriga l Museu<br />

Nacional de Arquelogia l Museu Nacional<br />

de Arte Antiga l Museu Nacional de<br />

Etnologia l Museu Nacional Machado<br />

Castro l Museu Nacional Soares dos Reis<br />

l Museu Nacional do Azulejo l Museu<br />

Nacional Teatro l Museu Nacional do<br />

Traje l Museu Nacional dos Coches l<br />

Paço dos Duques l Palácio Nacional<br />

da Ajuda l Palácio Nacional de Mafra l<br />

Palácio Nacional de Queluz l<br />

Palácio Nacional de Sintra l Restart l<br />

Paço de São Francisco l Museu de D.<br />

Diogo de Sousa l ALDEIA da TERRA l<br />

Ginásios da Educação Da Vinci l<br />

Loja das Maquetas l Atxilipu<br />

Entre em www.vantagenscaixa.pt<br />

e em www.facebook.com/vantagenscaixa. Descubra tudo o que os<br />

Cartões Caixa podem fazer por si. Vantagens na Caixa. Com Certeza.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!