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CaixaWoman#13

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ENTREVISTA<br />

28 Caixa Woman<br />

MARTA CRAWFORD<br />

“A intimidade<br />

pode ser o maior<br />

antidepressivo.”<br />

Numa altura em que a palavra “crise” mina a disposição dos casais,<br />

a terapeura explica que é preciso repensar as relações a dois. Em muitos<br />

casos, nem são precisas mudanças drásticas. Basta aprender<br />

a comunicar. E voltar a namorar.<br />

TEXTO DE RITA LÚCIO MARTINS. FOTOGRAFIA DE JOÃO CUPERTINO.<br />

As pessoas procuram-na para falar de dificuldades nos relacionamentos<br />

ou especificamente de problemas sexuais?<br />

Depende. Como, além de sexóloga, também sou terapeuta familiar,<br />

as pessoas procuram-me quando há problemas no casamento,<br />

sejam eles de que tipo forem. Alguns queixam-se<br />

dos sogros, outros falam de problemas relacionados com os<br />

filhos, outros questionam-se se ainda se gostam. Em muitos<br />

casos, noto que existe uma grande dificuldade de comunicação<br />

e é aí que o terapeuta pode intervir. Há pessoas que me<br />

procuram porque estão com problemas na relação, mas sentem<br />

que ainda amam e que, por isso, vale a pena fazer um investimento<br />

numa terapia; outros até podem ter dúvidas em<br />

relação ao amor, mas são tão bons sócios, dão-se tão bem<br />

que procuram reacender esse lado mais sentimental e, por<br />

último, há os casais em que a sexualidade já não está a funcionar<br />

bem, seja por ejaculação precoce, falta de desejo,<br />

o que for. Nesse caso, é preciso procurar o que está na origem<br />

do problema, o que motiva essa repetição.<br />

Como se processa então esse acompanhamento?<br />

Na maior parte dos casos, vem um primeiro, individualmente,<br />

normalmente aquele que se sente mais queixoso. Quem<br />

tem algum problema, poderá também ter mais dificuldade em<br />

pedir ajuda. Mas também há muitos casos de casais que sentem<br />

essa necessidade em conjunto, sentem que a vida caiu<br />

numa rotina, que há coisas, no relacionamento ou na sexualidade,<br />

que podem ser melhoradas. Nem todos os casais que<br />

me aparecem no consultório são casais em final de curso.<br />

Normalmente, vejo-os de quinze em quinze dias. Quando percebo<br />

que a situação é pacífica, peço-lhes que venham juntos.<br />

Faço essa avaliação e, depois, apresento uma proposta<br />

terapêutica. Isso pode acontecer logo na mesma consulta ou<br />

na segunda. Agora, também por causa desta crise, tento não

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