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pada. A trabalhar, é certo,<br />
mas também a ser<br />
feliz, até porque, para<br />
ela, as duas coisas são<br />
indissociáveis. “Em termos<br />
profissionais, a minha<br />
vida mudou muito.<br />
Felizmente, temos tido<br />
imenso trabalho, tive o<br />
prazer de cruzar-me<br />
com pessoas fantásticas<br />
e cresci muito, pessoal<br />
e profissionalmente.<br />
2011 foi, sem dúvida,<br />
um ano muito enriquecedor,<br />
uma verdadeira<br />
bênção na minha vida.”<br />
Quem a vê no palco,<br />
percebe porque se sente<br />
abençoada. É evidente<br />
que tem um dom.<br />
Tão óbvio que é difícil<br />
acreditar que não tenha feito isto a vida<br />
inteira, tais são o seu talento e a sua capacidade<br />
performativa, mas a verdade é<br />
que a música, sendo uma das suas<br />
maiores e mais antigas paixões, não fazia<br />
mesmo parte dos seus planos mais<br />
sérios. Apesar das heranças familiares<br />
(o pai era músico amador e o irmão<br />
acompanhava-a à guitarra em tardes<br />
depois do liceu), os planos de Áurea<br />
passavam pela representação e foi<br />
com esse objetivo bem traçado que se<br />
inscreveu no curso de Teatro da<br />
Universidade de Évora (ela é natural de<br />
Santiago do Cacém). “Foi o meu grande<br />
amigo e compositor Rui Ribeiro quem,<br />
já na universidade, me acordou verdadeiramente<br />
para este destino e, nessa<br />
altura, os meus pais e o meu irmão<br />
apoiaram-me a 100% em todas as minhas<br />
decisões.”<br />
Tudo o resto parece ter surgido naturalmente,<br />
como o seu talento ou a<br />
mania de cantar descalça. “Essa necessidade,<br />
ou hábito, surgiu na altura em<br />
que cantava no Templários Bar, em<br />
Lisboa. Ainda tentei fazer os primeiros<br />
concertos de saltos altos, mas depressa<br />
percebi que me sentia bem mais confortável<br />
se os tirasse. Então, a partir daí,<br />
nunca mais cantei calçada.”. A sua (e a<br />
nos sa) atenção fica toda concentrada na<br />
voz, intensa, com claras influências da<br />
música soul, mas é quase impossível não<br />
registar um cuidado especial com a imagem,<br />
assumidamente sexy. “Tenho a liberdade<br />
para escolher as roupas e ma-<br />
ESPONTÂNEA<br />
quilhagens de que mais gosto ou considero<br />
mais adequadas às situações.<br />
No palco, aproveito para explorar mais o<br />
meu lado feminino, usando vestidos longos<br />
ou curtos, saias e maquilhagens<br />
mais carregadas. Já no dia-a-dia, uso<br />
roupa mais prática.” Em qualquer dos<br />
casos, percebe-se bem que se sente<br />
confortável com os seus 24 anos. É por<br />
isso que, antes de subir ao palco, repete<br />
um gesto, que funciona como celebração.<br />
“Eu e as minhas meninas dos<br />
coros, a Patrícia Antunes e a Patrícia<br />
Silveira, fazemos sempre um brinde com<br />
um cálice de vinho do Porto. É um ritual<br />
nosso... Especial!” E se é verdade que já<br />
beberam muitos cálices no último ano,<br />
mais certo ainda é que tiveram muitas<br />
razões para celebrar.<br />
Nova<br />
Iorque<br />
Charlize<br />
Theron<br />
● A sua banda sonora do momento: “O último disco de James<br />
Morrison, The Awakening.”<br />
● O livro que tem na mesa-de-cabeceira: “O livro de código, estou<br />
a tirar a carta de condução.”<br />
● Um destino de férias: “Nova Iorque.”<br />
● Um truque para relaxar: “Um passeio pela praia resolve muita<br />
coisa.”<br />
● Uma referência de estilo: “Charlize Theron.”<br />
● A última compra que fez: “Uma estante para casa.”<br />
● O que traz sempre na sua carteira: “B.I.”<br />
Caixa Woman 9