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Alberto Kenji Yamabuchi - Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro

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teoricamente dificultaria a explicitação <strong>de</strong> conflitos <strong>de</strong>ssa natureza em meio à<br />

convivência <strong>de</strong>nominacional.<br />

• Decorrente da primeira dificulda<strong>de</strong> acima exposta, o problema <strong>de</strong> se trabalhar<br />

com uma misoginia não <strong>de</strong>clarada, mas manifestada <strong>de</strong> forma dissimulada<br />

nos lugares significativos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r da Convenção. Da mesma forma, a<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>monstrar a interdição <strong>de</strong> mulheres no campo da produção<br />

<strong>do</strong> conhecimento entre os batistas. Como exemplo, o silêncio <strong>de</strong> Reis Pereira<br />

em relação ao saber <strong>de</strong> Betty <strong>de</strong> Oliveira durante to<strong>do</strong> o <strong>de</strong>bate.<br />

• Betty Antunes <strong>de</strong> Oliveira não vê o seu questionamento público da posição<br />

oficial <strong>do</strong>s batistas quanto ao marco inicial relaciona<strong>do</strong> com as influências<br />

<strong>do</strong>s movimentos feministas <strong>de</strong> sua época. A pesquisa, no entanto, percebeu<br />

que o contexto sociopolítico daqueles anos favoreceu a visibilização das<br />

mulheres no <strong>do</strong>mínio público masculino. A dificulda<strong>de</strong> foi a <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar<br />

que efetivamente a pesquisa<strong>do</strong>ra foi influenciada, em alguma medida, pela<br />

i<strong>de</strong>ologia feminista.<br />

• O preconceito <strong>de</strong> gênero não é facilmente <strong>de</strong>monstrável em meio a uma<br />

comunida<strong>de</strong> como a <strong>do</strong>s batistas, que julga <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r direitos e privilégios<br />

iguais a homens e mulheres, através <strong>de</strong> seus discursos e princípios religiosos.<br />

Por isso, procurou-se <strong>de</strong>monstrá-lo a partir da observação e análise <strong>do</strong>s<br />

discursos e práticas elabora<strong>do</strong>s pela histórica <strong>do</strong>minação masculina entre os<br />

batistas.<br />

• Da mesma forma, a violência <strong>de</strong> gênero também não po<strong>de</strong> ser facilmente<br />

<strong>de</strong>nunciada em ambiente supostamente <strong>de</strong>mocrático e igualitário, até porque<br />

suas vítimas geralmente não a percebem como tal. Em vista <strong>de</strong>ssa<br />

dificulda<strong>de</strong>, optou-se por comparar o tratamento privilegia<strong>do</strong> que a<br />

Convenção dispensou a Reis Pereira na publicação <strong>de</strong> seu livro em 1982 e o<br />

<strong>de</strong>scaso com respeito à obra <strong>de</strong> Betty <strong>de</strong> Oliveira em 1985, para evi<strong>de</strong>nciar<br />

caso <strong>de</strong> preconceito e violência <strong>de</strong> gênero.<br />

A pesquisa procurou pistas na parte <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong>ste trabalho, que pu<strong>de</strong>ssem<br />

favorecer a análise <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate sobre o marco inicial batista a partir da mediação <strong>de</strong><br />

gênero.<br />

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