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Alberto Kenji Yamabuchi - Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro

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Lucia Guimarães, da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, <strong>de</strong>staca que a micro-<br />

história é mal compreendida, ora confundida com a história cultural, ora com a<br />

história das mentalida<strong>de</strong>s e com a história <strong>do</strong> cotidiano. Isso porque<br />

42<br />

A micro-história opera com escala <strong>de</strong> observação reduzida, exploração<br />

exaustiva <strong>de</strong> fontes, <strong>de</strong>scrição etnográfica e preocupação com a narrativa<br />

literária. Neste senti<strong>do</strong>, contempla, sobretu<strong>do</strong>, temáticas ligadas ao<br />

cotidiano <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s específicas – referidas geográfica ou<br />

sociologicamente – às situações-limites e às biografias ligadas à<br />

reconstituição <strong>de</strong> microcontextos ou <strong>de</strong>dicadas a personagens extremos,<br />

geralmente vultos anônimos, figuras que por certo passariam<br />

<strong>de</strong>spercebidas na multidão. 52<br />

Segun<strong>do</strong> Vainfas, “os recortes privilegia<strong>do</strong>s” pela micro-história “foram sempre<br />

minúsculos: a história <strong>de</strong> indivíduos, comunida<strong>de</strong>s, pequenos enre<strong>do</strong>s construí<strong>do</strong>s a<br />

partir <strong>de</strong> tramas aparentemente banais, envolven<strong>do</strong> gente comum”. 53<br />

É <strong>de</strong>ssa perspectiva, portanto, que esta pesquisa construiu a história <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate<br />

sobre o marco inicial <strong>do</strong> trabalho batista no Brasil.<br />

9. Meto<strong>do</strong>logia.<br />

9.1 Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Abordagem.<br />

Embora os especialistas possam discutir se há ou não distinção entre méto<strong>do</strong><br />

e méto<strong>do</strong>s, o méto<strong>do</strong>, no singular, significa a abordagem mais ampla na elaboração<br />

da pesquisa científica. Diz respeito à sua natureza filosófica, a razão mesma <strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> na pesquisa. É esse o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> abordagem, que, segun<strong>do</strong> Marconi<br />

e Lakatos, “engloba o indutivo, o <strong>de</strong>dutivo, o hipotético-<strong>de</strong>dutivo e o dialético” 54 .<br />

O méto<strong>do</strong> hipotético-<strong>de</strong>dutivo foi escolhi<strong>do</strong> para a elaboração <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

Esse méto<strong>do</strong> “se inicia pela percepção <strong>de</strong> uma lacuna nos conhecimentos, acerca da<br />

qual formula hipóteses e, pelo processo <strong>de</strong> inferência <strong>de</strong>dutiva, testa a predição da<br />

ocorrência <strong>de</strong> fenômenos abrangi<strong>do</strong>s pela hipótese” 55 . Como já foi afirma<strong>do</strong>, o<br />

<strong>de</strong>bate sobre as origens <strong>do</strong> trabalho batista no Brasil não foi ainda analisa<strong>do</strong> a partir<br />

da mediação <strong>de</strong> gênero como instrumento hermenêutico. Essa análise, proposta <strong>de</strong>sta<br />

52 GUIMARÃES, Lucia Maria Paschoal. Vainfas, Ronal<strong>do</strong>. Os protagonistas anônimos da história:<br />

micro -história. Revista Brasileira <strong>de</strong> História. São Paulo, v. 23, no. 45, p. 317-318, 2003.<br />

53 VAINFAS, Ronal<strong>do</strong>. Op. cit. p. 106.<br />

54 MARCONI, Marina <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logia científica.<br />

5ª. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003, p. 221.<br />

55 Id. p. 106.

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