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EUROTRANSPORTE 116

Revista Eurotransporte n.º 116 - tudo sobre o transporte profissional, logística, aftermarket e mobilidade

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euro<br />

Transporte<br />

R E V I S T A<br />

2020 | N.º <strong>116</strong> | Maio/Junho | Bimestral | Director: Eduardo Carvalho | Preço Cont.: 3,50 Euros<br />

<br />

<br />

iVECO<br />

S-WAY NP<br />

GÁS PARA<br />

LONGO CURSO<br />

DAF CF HÍBRIDO<br />

Camião com futuro<br />

MAN LION’S CITY 18E<br />

Potência eléctrica<br />

euro<br />

Transporte<br />

NISSAN<br />

e-NV200 XL VOLTIA<br />

Maior e mais eficiente<br />

E s p e c i a l v e í c u l o s a g á s e m P o r t u g a l


SUMÁRIO<br />

ENTREVISTA<br />

Julien da Ponte é o CEO da GSVI<br />

e não tem nenhum problema em<br />

assumir que a empresa fundada pelo<br />

seu pai há 32 anos, é muito<br />

mais do que uma simples<br />

distribuidora de camiões<br />

novos e usados da<br />

marca DAF.<br />

O actual “homem<br />

forte” do Grupo,<br />

revelou em entrevista<br />

à Eurotransporte, a<br />

estratégia da empresa que<br />

lidera para o mercado nacional<br />

e internacional, assim como o<br />

rumo que pretende para a GSVI<br />

em termos futuros.<br />

CONSULTÓRIO DE SEGURANÇA<br />

Infelizmente não se alcançou, durante este período<br />

de crise, as “zero” mortes resultantes dos acidentes<br />

rodoviários, tal como “prognosticava” o nosso<br />

colaborador no seu último artigo publicado na revista<br />

Nº115. Segundo os últimos dados disponibilizados pela<br />

ANSR, o número de acidentes rodoviários e com vítimas<br />

reduziu cerca de 70%, e até mais, se nos referirmos a<br />

colisões ou atropelamentos.<br />

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO<br />

O confinamento obrigatório durante a pandemia de<br />

COVID-19 colocou muitos em teletrabalho. Muitas<br />

profissões viram que afinal o teletrabalho funciona<br />

bastante bem sem prejudicar a eficácia operacional.<br />

TEMA DE CAPA<br />

O camião S-Way NP (Natural Power) da Iveco, vem<br />

para substituir o Stralis NP. Com um acenar de adeus<br />

ao Stralis, o mundo dá as boas vindas ao camião a gás<br />

natural (GNC e GNL) da marca italiana que se baseia na<br />

excelente performance sustentável da gama de pesados<br />

da Iveco.<br />

HÍBRIDOS<br />

O DAF CF Hybrid, desenvolvido para ser conduzido com<br />

zero emissões em áreas urbanas, oferece uma faixa<br />

muito mais longa, graças à recente tecnologia diesel<br />

ultra-limpa.<br />

EMPILHADORES<br />

Quer seja no comércio electrónico, no sistema de<br />

fornecimento “Just in Sequence” ou nas linhas de<br />

produção, as exigências e necessidades são cada vez<br />

maiores. A Linde atenta à realidade do sector, apresenta<br />

sempre soluções, desta feita, com os seus empilhadores<br />

de contrapeso H20 e H35.<br />

SUPLEMENTO<br />

MAIS <strong>EUROTRANSPORTE</strong><br />

A vida no Planeta, tal como se<br />

nos apresenta, começa a ser<br />

insustentável, complicada e,<br />

sobretudo, pouco ecológica.<br />

Para tal, muito contribui o sector<br />

automóvel que, através da queima<br />

euro<br />

Transporte<br />

S U P L E M E N T O M A I S<br />

+<br />

FIGurA +<br />

de combustíveis nada ecológicos<br />

assume uma grande fatia da “roda<br />

da poluição”. Chegou, pois, a hora do Gás Natural assumir<br />

a sua importância na pegada ecológica.<br />

MT Transporte Transporte <br />

euro<br />

Transporte<br />

1


editorial<br />

euro<br />

Transporte<br />

R E V I S T A<br />

Director<br />

Eduardo de Carvalho<br />

Editor<br />

José Costa<br />

Os Outros Heróis<br />

2 Transporte<br />

euro<br />

text0 josé costa<br />

editor<br />

e<br />

m tempos de adversidade existe sempre, individual ou colectivamente, quem se destaque.<br />

Ora nos dias que temos vivido e que continuamos infelizmente a viver, na luta<br />

contra a pandemia da Covid-19, tem sido constantemente referido, e muito bem<br />

acrescento eu, a prestação dos profissionais das áreas da Saúde (médicos, enfermeiros,<br />

auxiliares e demais funcionários hospitalares) e Forças e Serviços de Segurança, cujo<br />

trabalho tem sido enaltecido.<br />

Todos eles heróis, paladinos da vida humana, permaneceram e permanecem na linha da<br />

frente no combate a este flagelo do Coronavírus, salvando vidas. Nunca será, pois, demais<br />

realçar pública e particularmente o seu trabalho.<br />

Contudo, enquanto parte da sociedade, não poderíamos excluir outros profissionais, infelizmente<br />

esquecidos, também eles importantes neste combate feroz contra um inimigo<br />

desconhecido.<br />

A estes optamos por lhes chamar de “Outros Heróis” que, afinal, deram origem a este editorial.<br />

Estamos a falar-vos dos Motoristas de veículos pesados de mercadorias, dos Operadores<br />

de plataformas de logística e dos Mecânicos de veículos auto. Todos eles, estiveram<br />

e continuam a estar, tal como os profissionais afectos à Saúde e à Segurança, sempre<br />

operacionais na linha da frente.<br />

Os Motoristas, conduziram horas a fio os seus camiões garantindo o abastecimento de<br />

bens essenciais de primeira necessidade e vitais para a vida humana. Sempre expostos à<br />

doença (alguns contraíram mesmo o vírus), como isso por si só não bastasse, este grupo<br />

de profissionais ainda teve de se debater com as novas regras de circulação agravadas<br />

com as constantes alterações de país para país. Mesmo assim e apesar de todas as vicissitudes,<br />

nunca deixaram o motor do seu camião “arrefecer”, conduzindo-o até ao destino<br />

final a partir do ponto de carregamento. O nosso obrigado pelo profissionalismo e, sobretudo,<br />

pela coragem como o fizeram.<br />

Carregamentos esses que, não fossem as mulheres e homens operadores das plataformas<br />

logísticas, também sempre operacionais, não seriam possíveis. Estes abnegados profissionais<br />

estiveram sempre à altura das responsabilidades preparando e carregando os<br />

milhares de veículos pesados que encostaram aos seus cais, neste tempo especial de pandemia.<br />

Para eles vai também a nossa lembrança e reconhecimento.<br />

Finalmente referir o grupo de operários que, através da sua prestação, mantiveram a circular<br />

os camiões pelas estradas do Velho Continente. São eles os Mecânicos auto que<br />

desempenharam as suas missões em condições especiais e particularmente bastante<br />

difíceis.<br />

A todos, a Eurotransporte pela caneta do seu editor, não poderia deixar passar sem vos<br />

lembrar o quão importantes foram, agradecendo publicamente a vossa prestação não<br />

tendo nenhuma dúvida em vos chamar de os “Outros Heróis”.<br />

Chefe de Redacção<br />

Cátia Mogo<br />

Redacção<br />

Ana Filipe<br />

Ana Rita Moura<br />

Marta Clemente<br />

Direcção de Comunicação e Marketing<br />

Nuno Francisco<br />

Publicidade<br />

David Pereira da Silva<br />

José Afra Rosa<br />

Margarida Nascimento<br />

Assinaturas<br />

Fernanda Teixeira<br />

Colaboradores<br />

António Macedo; Bruno Oliveira ;<br />

Filipe Carvalho e Frederico Gomes<br />

EDITORA INVESPORTE,<br />

EDITORA DE PUBLICAÇÕES<br />

Edição, Redacção e Administração<br />

R. Maria Pimentel Montenegro, 5B<br />

1500-439 Lisboa<br />

Telefone: 215914293<br />

Email: eurotransporte@invesporte.pt<br />

Web: www.eurotransporte.pt<br />

Propriedade<br />

Eduardo de Carvalho<br />

Registo ERC: Nº 123724<br />

Impressão<br />

Monterreina – Área Empresarial Andalucia -<br />

28320 Pinto Madrid – Espanha<br />

Distribuição<br />

VASP – DISTRIBUIDORA<br />

DE PUBLICAÇÕES, SA.<br />

Media Logistics Park – Quinta do Grajal<br />

Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém<br />

Tiragem média: 30.000 Exemplares<br />

Depósito legal: Nº 159585/00<br />

Estatuto Editorial: http://www.eurotransporte.<br />

pt/noticia/38/565/estatuto-editorial-e-lei-datransparencia/


RECUPERE<br />

A CONFIANÇA.<br />

REINICIE<br />

O SEU NEGÓCIO.<br />

Como seu fiel e sólido parceiro, a IVECO está ainda mais próxima de si neste momento, o que pode<br />

significar muito para a sua empresa e para o seu futuro. Estamos prontos para lhe fornecer todo o apoio<br />

de que necessita para reiniciar o seu negócio e para o gerir adequadamente. Porque, enquanto todos<br />

olhamos para a frente, ninguém deve ser deixado para trás.<br />

#WeAreUnstoppable


BREVES<br />

Por toda a Europa, a DAF Trucks está a lançar uma versão exclusiva do XF superior: a Unity Edition.<br />

Esta versão exclusiva disponibiliza especificações para agradar ao máximo dos condutores reduzindo ao<br />

mesmo tempo os custos operacionais do operador graças ao contrato standard de 36 meses de reparação<br />

e manutenção.A Unity Edition é um camião extraordinário para uma indústria de excelente desempenho<br />

num momento desafiador. Os camiões especiais como a Space Cab e a Super Space Cab estão<br />

disponíveis. Estão equipados com motor PACCAR MX-13, líder na indústria, com baixo consumo de<br />

combustível, que fornece 480 hp (355kW) e 530 hp (389kW) e está disponível em tractor e em configurações<br />

rígidas. O XF Unity Edition é caracterizado pelo design específico de cada país. As cores nacionais<br />

estão presentes na grelha e espalham-se sobre a cabine e os espelhos “Brilliant White”, não existem dúvidas<br />

sobre a base deste grande camião. O camião XF é o local ideal para qualquer condutor trabalhar, viver e dormir.<br />

As especificações da Unity Edition variam de acordo com o mercado e incluem necessariamente o assento<br />

do motorista da Luxury Air, o colchão de beliche inferior Xtra Comfort de 15 centímetros de profundidade, o<br />

sistema de controlo climático mais luxuoso e o impressionante frigorífico da DAF como padrão. Para o máximo<br />

conforto de condução este XF Unity Edition também é equipado com o Predictive Cruise Control, entre outros.<br />

Inclui um contrato Care + Manutenção de 3 anos garantindo o máximo de tempo de atividade e tranquilidade.<br />

E, a pedido do cliente, é possível obter um contrato de reparação e manutenção Full Care a um preço muito<br />

competitivo. Para o condutor, o XF Unity Edition vem com um voucher PACCAR Parts que pode ser utilizado na<br />

aquisição de uma vasta seleção de artigos de merchandise. O DAF XF Unity Edition está disponível nos concessionários<br />

DAF em vários países europeus. As especificações variam de acordo com o mercado.<br />

Sendo um dos principais players do mercado de Veículos Comerciais há 90<br />

anos, a Citroën desvenda todos os detalhes do seu furgão compacto 100%<br />

eléctrico: o novo Citroën ë-Jumpy. No seguimento do C5 Aircross SUV Hybrid<br />

e do Ami, a marca prossegue a sua ofensiva de “electrificação para todos”,<br />

que resultará no lançamento de seis modelos electrificados ainda este ano.<br />

O novo ë-Jumpy integra a estratégia da Citroën ”Inspired by Pro”, que concebe<br />

soluções feitas à medida para responder às expectativas dos clientes profissionais.<br />

Esta versão 100% eléctrica do Jumpy oferece aos profissionais diversas<br />

soluções concretas para os desafios de mobilidade em meios urbanos, mas também<br />

em zonas fora das cidades graças a uma autonomia que permite assegurar<br />

a maioria das deslocações. O ë-Jumpy permitirá que todos os empresários desempenhem<br />

as suas actividades ao mesmo tempo em que participam na transição<br />

energética. Sem cedências nas prestações que contribuem para o sucesso<br />

do Jumpy, o novo ë-Jumpy confere uma nova dimensão ao conforto e aumenta a<br />

serenidade dos profissionais no que respeita à autonomia e serenidade graças à<br />

possibilidade de assegurar a maioria das tarefas quotidianas e à opção de duas<br />

baterias para 230 km no ciclo WLTP, equipado com bateria de 50 kWh ou para<br />

330 km no ciclo WLTP, equipado com bateria de 75 kWh.<br />

No conforto, a ausência de vibrações e de ruídos e grande fluidez de movimentos,<br />

proporciona um prazer de condução em modo eléctrico, enquanto a<br />

tranquilidade de utilização, liberdade de acesso às zonas regulamentadas com<br />

limitações de emissões de CO2, volume de carga útil idêntico ao das versões térmicas<br />

e custos de utilização reduzidos, são uma realidade.<br />

O novo ë-Jumpy chegará aos concessionários no segundo semestre deste ano e<br />

será acompanhado por versões 100% eléctricas do Jumper, no final do ano, e do<br />

Berlingo Van no próximo ano. Assim, a partir de 2021, a totalidade da gama de<br />

comerciais Citroën contará com uma oferta eléctrica em complemento de motores<br />

térmicos eficientes. J.C.<br />

4 Transporte<br />

euro


ALeasePlan, líder nacional no mercado<br />

de car-as-a-service e soluções<br />

de mobilidade, sabe que os<br />

seus clientes estão a começar a voltar à<br />

estrada, após um longo período de confinamento<br />

devido ao Covid-19, e que a<br />

segurança das pessoas é uma prioridade,<br />

nomeadamente no que respeita à<br />

desinfeção dos veículos após qualquer<br />

intervenção (troca de pneus, manutenção,<br />

colisão etc.).<br />

Assim, e de forma a deixar os clientes<br />

tranquilos quanto ao cumprimento das<br />

normas da Direção Geral da Saúde, a<br />

LeasePlan estabeleceu um acordo com<br />

a sua rede preferencial de oficinas que<br />

garante aos clientes que os seus veículos<br />

são desinfectados após uma intervenção,<br />

sem qualquer custo, desde que<br />

o agendamento seja realizado na rede<br />

de oficinas preferencial, através dos canais<br />

digitais da empresa: App LeasePlan Portugal,<br />

site oficinafacil.leaseplan.pt ou, em alternativa, pelo<br />

e-mail servico.cliente@leaseplan.com ou contacto<br />

com a LeasePlan através da linha de Apoio ao Cliente<br />

e ao Condutor: 800 20 42 98.<br />

Para que tudo corra bem e não surjam surpresas<br />

de última hora, os clientes devem contactar sempre<br />

primeiro a LeasePlan antes de agendarem a sua<br />

intervenção para se certificarem de que<br />

utilizam a rede preferencial de oficinas<br />

e, dessa forma, evitam custos de desinfeção<br />

do veículo.<br />

Todos os fornecedores preferenciais conhecem<br />

os protocolos sanitários e quais<br />

as precauções adicionais de higiene que<br />

devem ter, como o uso de luvas e a desinfeção<br />

de chaves, volante e alavanca<br />

de mudanças, assim como o uso de coberturas<br />

nos bancos.<br />

“Esta é uma época muito especial em<br />

que empresas têm de estar alerta para<br />

as preocupações dos clientes e preparar<br />

respostas eficazes que lhes dêem segurança.<br />

Ao garantirmos a desinfecção dos<br />

veículos após as intervenções estamos<br />

não apenas a assegurar que as normas<br />

da DGS estão a ser cumpridas, como a<br />

tranquilizar os clientes que precisam de<br />

se deslocar com os seus veículos à oficina.<br />

Na LeasePlan acreditamos que todos temos um<br />

papel activo na maximização da segurança dentro<br />

da nova normalidade”, refere Pedro Pessoa, Diretor<br />

Comercial da LeasePlan Portugal.<br />

Apoiado num sucesso comercial que soma mais de<br />

195.000 unidades produzidas desde o seu lançamento<br />

em 2016, o Peugeot Expert apresenta-se,<br />

agora, com uma nova proposta para o segmento dos<br />

furgões compactos, equipada com motor 100% eléctrico.<br />

Exemplo perfeito da filosofia “power of choice”<br />

da marca, o Peugeot e-Expert dispõe de dois níveis de<br />

autonomia que garantem até 330 km no ciclo WLTP;<br />

três comprimentos (Compacto, Standard e Longo); capacidade<br />

de reboque de 1.000 kg; carga útil de 1.275<br />

kg e, finalmente um volume de carga idêntico ao da<br />

versão térmica.<br />

Versátil em todas as situações e adaptado a todas as<br />

profissões, com um espaço de trabalho que facilita as<br />

actividades diárias, tecnologia embarcada e um visual<br />

forte, o novo e-Expert da marca francesa permite o<br />

acesso aos centros das cidades sem quaisquer restrições,<br />

mantendo todas as qualidades originais do Expert,<br />

sem cedências e agora com zero emissões.<br />

O início de comercialização do novo Peugeot e-Expert<br />

na Europa e consequentemente em Portugal, está<br />

agendado para o segundo semestre de 2020.<br />

euro<br />

Transporte<br />

5


ENTREVISTA<br />

“Queremos liderar o mercado<br />

com a DAF”<br />

Julien da Ponte lÍder da GSVI conta<br />

com a tecnologia da Stratio<br />

Julien da Ponte é o CEO da GSVI e não tem<br />

nenhum problema em assumir que a empresa<br />

fundada pelo seu pai há 32 anos, é muito mais<br />

do que uma simples distribuidora de camiões<br />

novos e usados da marca DAF. O actual “homem<br />

forte” do Grupo, revelou em entrevista à<br />

Eurotransporte, a estratégia da empresa que<br />

lidera para o mercado nacional e internacional,<br />

assim como o rumo que pretende para a<br />

empresa em termos futuros.<br />

text0 josé costa<br />

6 Transporte<br />

euro


<strong>EUROTRANSPORTE</strong> - Qual é a missão do Grupo<br />

GSVI?<br />

JULIAN da PONTE - A GSVI é muito mais do que<br />

uma apenas uma empresa de distribuição de camiões<br />

novos e usados da marca DAF, o nosso<br />

grande foco é na capacidade de poder prestar o<br />

melhor serviço possível para os nossos clientes.<br />

Temos como objectivo sermos uma empresa reconhecida<br />

que inspira confiança nos clientes e<br />

nos fornecedores, uma empresa de qualidade<br />

que vende veículos de qualidade em conjunto com<br />

serviços de pós-venda de nível elevado.<br />

Que estratégia tem em mente para a expansão<br />

do Grupo a nível internacional, nomeadamente<br />

para Portugal?<br />

Internacionalmente o desenvolvimento vai estar<br />

sempre ligado a uma forte aposta nos serviços<br />

que complementam a venda de camiões. Naturalmente<br />

que temos como ambição vender mais e<br />

melhores camiões em mais países. Por um conjunto<br />

de circunstâncias familiares e de ligação sentimental,<br />

Portugal é uma das nossas apostas mais<br />

fortes e queremos ser o líder no futuro enquanto<br />

distribuidor da marca DAF. Vamos apostar cada<br />

vez mais na expansão e desenvolvimento de serviços<br />

de pós-venda, assim como desenvolver o<br />

renting como estratégia para crescer.<br />

Mercado francês é 15 vezes maior<br />

Os mercados português e francês requerem diferentes<br />

estratégias. Quais são as principais<br />

diferenças?<br />

Em Portugal trabalha-se muito para a exportação<br />

e mais de metade do negócio vem dos serviços<br />

associados ao pós-venda. O mercado francês<br />

oferece muito mais potencial, talvez até porque<br />

é 15 vezes maior, o que faz que as empresas em<br />

Portugal tenham de lutar mais para obter os mesmos<br />

níveis de rentabilidade. Estamos a adaptar<br />

as nossas estratégias para as diferentes realidades<br />

de modo a ser possível obter o mesmo tipo de<br />

resultados.<br />

Qual é o posicionamento do Grupo GSVI no sector<br />

dos transportes em Portugal?<br />

Somos um Grupo de distribuição responsável no<br />

Norte e Centro do País, com centros de serviços<br />

em 5 zonas (Setúbal, Alenquer, Leiria, Maia e Braga).<br />

Em Portugal começámos com 4% da quota<br />

de mercado nos primeiros anos da operação, e<br />

neste momento já contamos com 12% da quota<br />

de mercado na nossa área de actuação, com o objectivo<br />

de crescer até aos 20%.<br />

Vivemos dias difíceis no combate ao Covid-19,<br />

uma situação que obrigou a alterações significativas<br />

no sector dos transportes. Como as<br />

analisa?<br />

As nossas actividades foram fortemente afectadas<br />

e tudo ficou muito mais difícil, na prática<br />

euro<br />

Transporte<br />

7


ENTREVISTA<br />

enfrentamos os mesmos desafios dos nossos<br />

clientes, as empresas de transporte. A dificuldade<br />

inicial foi conseguir trabalhar de forma a garantir<br />

a segurança dos trabalhadores mas mantendo<br />

a capacidade de resposta às necessidades<br />

dos nossos clientes que continuaram a operar<br />

num contexto de crise muito difícil. As vendas de<br />

veículos novos decresceram muito, e os serviços<br />

associados também. Temos de nos ajustar a esta<br />

nova realidade e adoptar estratégias comerciais<br />

mais flexíveis para compensar esta situação.<br />

Manter a actividade<br />

A situação vivida em Portugal é diferente da que<br />

se vive em França relativamente à Covid-19. Como<br />

é que o Grupo se preparou para reiniciar a<br />

actividade nos dois países?<br />

Em ambos os países estruturámos a operação<br />

para as pessoas poderem estar a trabalhar remotamente.<br />

Nunca parámos por completo porque<br />

este sector teve de se manter em actividade,<br />

sentimos a obrigação de assistir os clientes ao<br />

nível de serviços. Apesar de termos diminuído o<br />

número de pessoas nos nossos centros de serviço,<br />

e com isso um grande aumento de custos, conseguimos<br />

manter o nosso compromisso com os<br />

clientes. Isso é o mais importante pois esta postura<br />

assegura que o nosso negócio vai continuar a<br />

prosperar mesmo em condições adversas.<br />

Em Portugal fechámos a área de vendas durante<br />

seis semanas e sofremos mais quebras no negócio,<br />

mas ao nível de serviço conseguimos manter<br />

a capacidade para ajudar os nossos clientes. Em<br />

França o período de isolamento está a ser maior<br />

mas sentimos grande vontade do mercado em<br />

continuar a operar sempre que possível.<br />

Que planos de contingência o Grupo GSVI tem<br />

implementados?<br />

Antes de mais e ambos os países, cumprimos integralmente<br />

todas as recomendações e regras<br />

dos respectivos governos referentes à higiene e<br />

distanciamento social. As equipas a trabalhar no<br />

terreno iam equipadas com máscaras, luvas e desinfectante,<br />

sempre afastados pelos menos dois<br />

metros. Como referi antes, as equipas de vendas<br />

ficaram a trabalhar em teletrabalho e felizmente<br />

conseguimos continuar em operação em todos<br />

os serviços de pós-venda.<br />

Stratio é parceiro importante<br />

Tem-se falado muito da adopção de tecnologia<br />

recente para fazer face aos desafios que as empresas<br />

de transporte enfrentam na actualidade.<br />

Como é que vê o papel da tecnologia neste contexto<br />

e que tipo de produtos os vossos clientes<br />

mais valorizam?<br />

Como nós garantimos a manutenção dos veículos<br />

dos nossos clientes, sabemos que para além<br />

de procurarem veículos de qualidade que a DAF<br />

assegura, querem essencialmente poder estar<br />

na estrada o máximo de tempo possível, sem períodos<br />

de inactividade. É aqui que tecnologia faz<br />

toda a diferença, e é por isso mesmo que já desde<br />

2018 os novos veículos DAF vendidos em França<br />

vêm equipados com a tecnologia da Stratio. A<br />

parceria com a Stratio vem no sentido de melhorar<br />

a nossa capacidade de prestar um serviço de<br />

excelência no apoio da manutenção, e assim aumentar<br />

a nossa competitividade para conseguirmos<br />

concretizar mais vendas. Nesta altura de<br />

Covid-19 só foi possível manter os programas de<br />

apoio aos clientes nas nossas oficinas devido à<br />

tecnologia da Stratio que permite controlar remotamente<br />

os processos de manutenção dos<br />

nossos clientes. Este é o futuro, a Stratio proporciona<br />

uma mais valia que os frotistas procuram,<br />

e que nós também pretendemos dar. Os<br />

clientes querem veículos mais fiáveis, controlar<br />

e reduzir custos de after sales e manutenção. A<br />

parceria estratégica com a Stratio é o centro da<br />

nossa aposta numa oferta com maior qualidade.<br />

Que mensagem gostaria de deixar a todos os<br />

colaboradores do grupo GSVI?<br />

Estamos a atravessar um período complicado e<br />

não sei bem o que vai acontecer para ver o futuro,<br />

mas estou convencido que a nossa capacidade<br />

de responder aos pedidos dos clientes vai<br />

assegurar o nosso crescimento futuro. Quando<br />

o meu pai fundou a empresa há 32 anos, fez<br />

sempre a aposta na qualidade de serviço, e no<br />

presente isso vai fazer toda a diferença. Todas<br />

as pessoas andam a pensar em alternativas para<br />

ajudar as empresas e os clientes, e quando é<br />

assim tudo fica mais fácil. Vamos continuar a<br />

fazer o nosso melhor. O mais importante é mantermos<br />

a confiança nos nossos colaboradores<br />

e clientes.<br />

8 Transporte<br />

euro


DAF XF UNITY EDITION<br />

Agora todos juntos<br />

Edição especial com as cores nacionais<br />

Voucher Exclusivo Paccar Parts<br />

3 anos de cobertura de serviço<br />

Por toda a Europa, a DAF apresenta uma edição especial e única do XF oferecendo a melhor qualidade<br />

e efi ciência de combustível líder do setor. Esta nova edição incorpora especifi cações que se adaptam à<br />

maioria dos condutores. Oferece custos operacionais mais baixos graças à oferta atrativa de reparação e<br />

manutenção e ao exclusivo voucher da PACCAR Parts. Entre em contato com o seu concessionário para obter<br />

mais informação e descubra que o novo XF Unity Edition, além do aspeto maravilhoso, tem muito mais para<br />

oferecer. WWW.DAF.PT<br />

A PACCAR COMPANY DRIVEN BY QUALITY


COMERCIAIS<br />

O Opel Vivaro-e é o primeiro veículo comercial<br />

totalmente eléctrico do construtor alemão e chega<br />

ao mercado na altura ideal em que a entrega de bens<br />

e serviços “zero emissões” é já indispensável<br />

em muitas áreas.<br />

text0 josé costa<br />

10 Transporte<br />

euro


Onovo modelo eléctrico da Opel a bateria, o<br />

Vivaro-e, apresenta-se disponível em três<br />

comprimentos e diversas variantes de carroçaria,<br />

permitindo que os profissionais<br />

beneficiem de uma mobilidade porta a porta<br />

sem compromissos, muito para além do “último<br />

quilómetro”. O novo modelo do construtor alemão<br />

é um VCL (Veículo Comercial Ligeiro) totalmente<br />

funcional para as empresas com maior nível<br />

de exigência, que esperam dos seus veículos<br />

uma integração perfeita nos seus processos de<br />

trabalho optimizados. Só disponível a partir do<br />

verão do presente ano (encomendas), este modelo<br />

só começará a circular nas estradas nacionais<br />

lá mais para o final do ano.<br />

Sendo tão versátil e flexível como qualquer outra<br />

versão da gama Vivaro, o Vivaro-e que é produzido<br />

na mesma fábrica e nas mesmas linhas das<br />

versões com motores diesel, apresenta-se com<br />

capacidades de carga úteis comparáveis às dos<br />

VCL com motores de combustão interna, com<br />

1.275 kg e com uma capacidade de carga útil quase<br />

tão generosa como as versões Cargo L1 2.0<br />

diesel (carga máxima de 1.405 kg).<br />

Os clientes do Vivaro-e podem eleger entre duas<br />

opções de baterias de iões de lítio, em função das<br />

suas necessidades: com 75 kWh para um máximo<br />

de 330 quilómetros de autonomia, ou, para<br />

quem faz uma utilização diária menos intensiva,<br />

com 50 kWh para uma autonomia máxima de<br />

230 quilómetros (WLTP em ambos os casos). As<br />

baterias são formadas por 27 e 18 módulos, respectivamente.<br />

Dado que a versão eléctrica a bateria<br />

estava planeada desde o início da concepção<br />

do novo Vivaro, as baterias estão alojadas<br />

sob o espaço de carga, de forma a não comprometerem<br />

a utilização.<br />

Desempenho superior<br />

Com 100 kW (136 cv) e 260 Nm de binário no sistema<br />

de propulsão eléctrica, o modelo oferece<br />

um desempenho superior à maioria dos veículos<br />

comerciais eléctricos. A velocidade máxima<br />

de 130 km/h, controlada electronicamente, permite<br />

a velocidade em autoestradas, ao mesmo<br />

tempo que preserva a autonomia. A bateria localizada<br />

sob o compartimento de carga reduz ainda<br />

mais o centro de gravidade, o que beneficia a estabilidade<br />

do Vivaro-e em curva e face aos ventos<br />

laterais, mesmo quando totalmente carregado,<br />

enquanto contribui para um maior prazer de<br />

condução.<br />

Cumprindo na perfeição a sua função de parceiro<br />

de confiança para grandes e pequenas frotas,<br />

profissionais e empresas, o Vivaro-e é tão fácil<br />

de carregar como de utilizar. Recorrendo a uma<br />

wall box, a um posto de carregamento rápido ou<br />

mesmo a um cabo de carregamento ligado a uma<br />

tomada doméstica, se necessário, todos os Vivaro-e<br />

estão preparados para diversas opções de<br />

carregamento.<br />

Utilizando um posto de carregamento público de<br />

100 kW DC, o carregamento da bateria de 50 kWh<br />

até um patamar de 80% leva cerca de 30 minutos<br />

(45 minutos se bateria de 75 kWh). A Opel<br />

oferece carregadores a bordo que asseguram<br />

que os carregamentos se realizam no mais curto<br />

espaço de tempo e que a bateria (coberta por<br />

uma garantia de 8 anos/160.000km) tenha uma<br />

vida útil longa. No mercado Português, o Viva-<br />

euro<br />

Transporte<br />

11


COMERCIAIS<br />

ro-e contará com um carregador de bordo trifásico<br />

de 11 kW ou um carregador de bordo monofásico<br />

de 7,4 kW, de série. Para tornar a utilização<br />

do Vivaro-e ainda mais fácil, o “OpelConnect”, a<br />

app “myOpel” e os “Free2Move Services”, oferecem<br />

soluções especiais para veículos eléctricos.<br />

Os serviços estão disponíveis através de apps. A<br />

função “Charge My Car” da app “Free2Move Services”<br />

permite o acesso a mais de 140.000 pontos<br />

de carregamento em toda a Europa e inclui o<br />

processo de pagamento.<br />

Com as funções de controlo remoto (e-remote)<br />

“OpelConnect”, os clientes podem utilizar os seus<br />

smartphones para verificar o estado de carga da<br />

bateria ou programar o sistema de ar condicionado<br />

e os tempos de carregamento.<br />

cidades máximas de carga de 5,8 e 6,6 m3, respetivamente.<br />

Escadas ou painéis com um máximo<br />

de 3,67 ou 4,02 m de comprimento podem ser<br />

alojados em segurança, enquanto que os numerosos<br />

espaços de arrumação no habitáculo (com<br />

travão de estacionamento eléctrico) acomodam<br />

confortavelmente os mais variados objectos de<br />

menores dimensões.<br />

Por fim, as portas laterais deslizantes e as amplas<br />

portas traseiras do Vivaro-e conferem um<br />

Um eléctrico<br />

para todas as tarefas<br />

A Opel concebeu o Vivaro-e de forma a corresponder<br />

às mais variadas necessidades dos seus<br />

utilizadores, incluindo cabine dupla, chassis-cabine<br />

e transporte de passageiros, com carga útil de<br />

até 1.275 kg e peso bruto entre 2.800 e 3.100 kg. A<br />

versão “L1” de 4,6 metros, particularmente compacta,<br />

preenche a gama entre os segmentos de<br />

furgão e de transporte de passageiros.<br />

As versões “L2” (4,95 m) e “L3” (5,30 m) têm capaacesso<br />

sem restrições à zona de carga ou ao<br />

compartimento de passageiros. Especialmente<br />

práticas, as portas laterais de correr eléctricas<br />

abrem automaticamente: basta um movimento<br />

com o pé para abrir as portas, a partir do exterior<br />

do veículo.<br />

À semelhança dos seus irmãos com motores de<br />

combustão interna, o Vivaro-e oferece uma gama<br />

ampla de sistemas de assistência ao condutor,<br />

que reforçam a segurança dos profissionais.<br />

12 Transporte<br />

euro<br />

as portas laterais<br />

gdeslizantes e as amplas<br />

portas traseiras do<br />

Vivaro-e conferem um<br />

acesso sem restrições<br />

à zona de carga ou<br />

ao compartimento<br />

de passageiros


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FURGÕES<br />

14 Transporte<br />

euro


O furgão totalmente eléctrico da Nissan para entregas urbanas<br />

será disponibilizado nalguns mercados europeus ainda este<br />

ano, naquela que é uma acção que a marca nipónica diz ser<br />

de expansão europeia. O modelo eleito foi o e-NV200 XL<br />

Voltia que apresenta algumas novidades significativas.<br />

Para o mercado português a marca nipónica ainda<br />

está a avaliar a sua possível entrada.<br />

text0 josé costa<br />

euro<br />

Transporte<br />

15


FURGÕES<br />

aNissan assegura o futuro das operações<br />

de entrega ao consumidor final com o novíssimo<br />

furgão Nissan e-NV200 XL Voltia,<br />

com volume de carga aumentado e totalmente<br />

eléctrico.<br />

Este furgão eléctrico para entregas urbanas, é<br />

uma conversão extremamente versátil com base<br />

na fiável Nissan e-NV200, que já é o modelo<br />

de emissões zero preferido dos principais prestadores<br />

de serviços de entrega ao consumidor<br />

na Europa.<br />

Com esta adição à gama, a e-NV200 XL Voltia<br />

reforça a reputação do modelo ao mesmo tempo<br />

que se apresenta como o veículo ideal para<br />

entregas urbanas em locais onde operadores<br />

e residentes apreciam o silêncio e as emissões<br />

zero. Alargando a diversidade da família do modelo<br />

e-NV200, a e-NV200 XL Voltia oferece uma<br />

carroçaria compacta e grande volume de carga.<br />

Com um espaço para carga de 8m3, o novo modelo<br />

expande o já competitivo espaço de carga<br />

da e-NV200 padrão em 90%. Este acréscimo<br />

significativo permite que as empresas realizem<br />

menos viagens em cada percurso de entregas,<br />

permitindo-lhes simplificar as operações e<br />

poupar tempo.<br />

O mais recente membro da família Nissan e-<br />

NV200 foi concebido a pensar na versatilidade<br />

e na funcionalidade. Combinando uma área de<br />

carga alongada com o amplo espaço do tejadilho,<br />

o furgão de 8m3 permite que os condutores<br />

carreguem facilmente a carga e tenham espaço<br />

para ficar de pé, assegurando maior conforto durante<br />

o trabalho. O furgão proporciona ainda elevada<br />

manobrabilidade na estrada, com um diâ-<br />

metro de viragem optimizado, transformando-o<br />

na solução ideal para as operações urbanas.<br />

credenciais de sustentabilidade<br />

A e-NV200 XL Voltia beneficia também da tecnologia<br />

do grupo motopropulsor testado e<br />

comprovado do Nissan LEAF. O modelo está<br />

equipado com a bateria de 40kWh de elevada<br />

capacidade da Nissan e um carregador CHAde-<br />

MO incorporado para capacidade de carregamento<br />

CC rápido, transformando-o na solução<br />

perfeita para entregas urbanas flexíveis. Em<br />

conjunto com o eficiente grupo motopropulsor,<br />

a tecnologia de gestão de energia inteligente da<br />

Nissan reforça ainda mais as credenciais de sustentabilidade<br />

da e-NV200 XL Voltia. O modo de<br />

condução B optimizado, associado à travagem<br />

regenerativa para recarregar a bateria em movimento,<br />

enquanto o modo ECO gere a potência<br />

de modo a conservar a capacidade da bateria,<br />

são mais valias que o modelo apresenta. Quando<br />

utilizadas em conjunto, todas estas tecnologias<br />

maximizam a autonomia para ajudar os condutores<br />

a percorrerem distâncias ainda mais<br />

longas em cada entrega.<br />

Todos os aspetos do Nissan e-NV200 XL Voltia<br />

foram concebidos para enfrentar estes desafios<br />

contínuos. O eficiente grupo motopropulsor<br />

Com esta adição à gama, a e-NV200<br />

gXL Voltia reforça a reputação<br />

do modelo ao mesmo tempo que<br />

se apresenta como o veículo ideal<br />

para entregas urbanas<br />

16 Transporte<br />

euro


Ao nível dos motores TDI, a Caddy 5<br />

está apetrechada com os<br />

gequipamentos mais limpos do mundo<br />

de emissões zero, a carroçaria compacta e o espaço<br />

de carga versátil permitem que as empresas<br />

tornem as entregas ao consumidor menos<br />

exigentes em termos de tempo e custos e mais<br />

sustentáveis.<br />

A Nissan e-NV200 desfruta de ampla popularidade<br />

desde o seu lançamento, em 2014, com<br />

42.000 unidades produzidas – das quais quase<br />

10.000 vendidas na Europa apenas em 2019 –<br />

apoiando a Nissan no seu compromisso de reduzir<br />

as emissões urbanas resultantes de operações<br />

comerciais.<br />

A e-NV200 XL Voltia será disponibilizada progressivamente<br />

nos mercados europeus, sendo<br />

os preços em cada um deles revelados<br />

aquando do seu lançamento.<br />

Para Portugal a Nissan está a actualmente<br />

a avaliar o interesse de<br />

potenciais clientes para decidir<br />

se irá disponibilizar esta<br />

versão 100% eléctrica<br />

e-NV200 no nosso mercado.<br />

euro<br />

Transporte<br />

17


COMERCIAIS FURGÕES<br />

Novo furgão da Toyota<br />

Proace City che<br />

O novo furgão compacto Toyota Proace City, vai chegar a Portugal com um custo a partir dos<br />

21.190€. Versátil, com 7 anos de garantia, a marca nipónica promete que o modelo será o parceiro<br />

ideal no momento em que as empresas mais procuram soluções de confiança.<br />

text0 josé costa<br />

18 Transporte<br />

euro


ga a Portugal<br />

euro<br />

Transporte<br />

19


FURGÕES<br />

Com uma versão de mercadorias e outra<br />

de passageiros, 2 tipos de carroçaria, 3<br />

tipos de lotação e várias combinações<br />

de motorização, a Proace City inserese<br />

no segmento dos furgões compactos, conhecida<br />

em Portugal como furgões de classe 1<br />

de portagem, ao mesmo tempo que fortalece<br />

a gama de comerciais Toyota.<br />

No momento em que todos revelam a sua resiliência<br />

para não parar devido à pandemia de<br />

Covid-19, são vários os negócios que estão a<br />

assegurar entregas diárias de serviços e produtos<br />

imprescindíveis para a vida dos portugueses<br />

e para a economia. Mais do que nunca,<br />

o tecido empresarial português, necessita de<br />

soluções de mobilidade fiáveis e versáteis.<br />

É neste contexto que a marca de confiança<br />

dos portugueses, lança em Portugal a Toyota<br />

Proace City, propondo, ao mesmo tempo, soluções<br />

competitivas de financiamento e renting<br />

para o modelo L1 1.5D Comfort 100cv.<br />

Mercadorias e passageiros<br />

Alicerçada numa versão de mercadorias e<br />

outra de passageiros, com dois tipos de carroçaria,<br />

três tipos de lotação e várias combinações<br />

de motorização/potência, na verdade,<br />

trata-se de um lançamento de uma nova gama<br />

de robustos furgões compactos, sempre classe<br />

1 de portagem, que irão reforçar a oferta de<br />

veículos comerciais ligeiros da Toyota em Portugal<br />

e complementar o furgão médio Proace<br />

A Proace tem a potência adequada<br />

à capacidade de transporte de carga<br />

e uma eficiência de combustível que<br />

go cliente apreciará no seu dia a dia<br />

20 Transporte<br />

euro


Proace é o modelo<br />

chave para a marca<br />

gjaponesa<br />

(já com provas dadas no mercado), a lendária<br />

Pick-Up Hilux e o Yaris Ecobizz.<br />

As avançadas motorizações a diesel e as suaves<br />

transmissões aliam os baixos consumos a<br />

uma elevada facilidade de condução.<br />

A Proace tem a potência adequada à capacidade<br />

de transporte de carga e uma eficiência<br />

de combustível que o cliente apreciará no seu<br />

dia a dia.<br />

Com dois motores diesel à escolha: 1.6 e 2.0 l;<br />

três níveis de potência: de 95, 115 e 120 CV; e<br />

duas transmissões: manual de 5 e 6 velocidades,<br />

há uma motorização para cada exigência<br />

de trabalho. Ao incorporar a tecnologia Stop<br />

& Start na gama, a nova Proace oferece consumos<br />

reduzidos e emissões de CO2 impressionantes<br />

a partir de 137 g/km.<br />

Baseado no novo conceito Toyota Professional,<br />

este é um modelo chave para a marca japonesa<br />

que fortalece a posição nipónica num<br />

segmento que representa 58% do mercado<br />

Motores e transmissão<br />

A proace oferece três tipos de motorização<br />

para os dois modelos Van e Service. A saber:<br />

Proace Van: Motor Diesel 1.6 l D-4D 95;<br />

Potência: 95cv; Consumo de Combustível:<br />

5,5 l/100 km; Emissões de CO2: 144 g/km;<br />

Transmissão Manual 5 velocidades.<br />

Proace Van e Proace Service:<br />

Motor Diesel 1.6 l D-4D 115; Potência:<br />

115cv; Consumo de Combustível: 5,2<br />

l/100 km; Emissões de CO2: 137 g/km;<br />

Transmissão Manual 6 velocidades.<br />

Proace Van e Proace Service:<br />

Motor Diesel 2.0 l D-4D 120; Potência:<br />

120cv; Consumo de Combustível: 5,5<br />

l/100 km; Emissões de CO2: 144 g/km;<br />

Transmissão Manual 6 velocidades.<br />

de comerciais e mantem o potencial crescimento.<br />

A Proace City oferece, 7 anos de garantia<br />

e a versatilidade que o cliente empresa<br />

procura, quer em termos de capacidade de<br />

carga e reboque, quer ao nível do desempenho<br />

e eficiência, tornando-se assim no parceiro<br />

ideal para vários tipos de negócio.<br />

Financiamento ou Renting<br />

No que toca a aquisição do modelo, a Toyota<br />

apresenta algumas soluções competitivas<br />

de Financiamento e Renting para o modelo.<br />

Desta feita, ao nível de crédito, a financeira<br />

da marca, a Toyota Financial Services, propõe<br />

149€ por mês, a uma TAEG de 6,18% (com<br />

uma entrada de 5.332,34€, no prazo de 96<br />

meses, para um montante financiado de<br />

12.275,82€). Por outro lado, a Toyota Renting<br />

Plus, propõe uma mensalidade de 230€ (mais<br />

Iva) por mês, com tudo incluído, num prazo<br />

de 48 meses com um limite máximo de 80<br />

mil kms. Com estes dois sistemas a marca<br />

japonesa pretende, também aqui, diferenciarse<br />

dos demais concorrentes que operam no<br />

mercado nacional.<br />

euro<br />

Transporte<br />

21


Serviços<br />

Reta na linha<br />

da frente<br />

Alguém afirmou com todas as letras que “os tempos são de<br />

guerra”. Palavras fortes sem dúvida e que simbolizam tudo<br />

o que pode existir de pior na sociedade mundial. Contudo,<br />

a verdade é que esta luta é desigual e dissimulada, daí a<br />

importância de todos nós cumprirmos as indicações da DGS<br />

sendo de vital importância a desinfecção dos veículos como<br />

forma de proteger os motoristas.<br />

text0 josé costa<br />

Esta “guerra” não movimenta forças militares<br />

e material bélico em cenários de conflito<br />

concreto. Ao invés acontece no nosso<br />

dia-a-dia e é contra um inimigo que não se<br />

vê, não se sente, mas que existe e está à espreita<br />

em cada esquina, em cada aperto de mão e<br />

em cada abraço. Por isso a importância das medidas<br />

de higiene e distanciamento são por demais<br />

relevantes e aqui, entra a desinfecção das<br />

cabinas dos camiões e dos autocarros daqueles<br />

que diariamente lutam contra este inimigo, ao<br />

volante de um veículo profissional.<br />

Muitas são as ofertas de empresas que operam<br />

no mercado nacional no sector da limpeza<br />

e desinfecção de veículos comerciais ligeiros ou<br />

pesados. Enquadrado na sua estratégia de “One<br />

Stop Shop” (tudo o que precisa disponível num<br />

único lugar) a Reta-Serviços Técnicos e Rent-a-<br />

Cargo, S.A., é uma delas. Contactada pela Eurotransporte,<br />

o responsável pela empresa referiu-nos<br />

que a RETA dispõe de um “conjunto de<br />

serviços adaptados às necessidades dos seus<br />

clientes”. Neste âmbito, a RETA disponibiliza entre<br />

outros “um serviço de lavagem, desinfecção<br />

e limpeza de viaturas pesadas – camião, tractor,<br />

semi-reboque e autocarro”.<br />

Para os que transportam produtos alimentares,<br />

esta empresa assegura a lavagem e desinfe-<br />

22 Transporte<br />

euro


cção das caixas de carga “de acordo com a norma<br />

HACCP, requisito obrigatório para este tipo<br />

de transporte”. Este serviço permite remover<br />

resíduos, impurezas e todo o tipo de microrganismos<br />

bacteriológicos através de agentes químicos<br />

apropriados e ou métodos físicos, de forma<br />

a prevenir a contaminação dos produtos e<br />

evitar riscos para os clientes e consumidores.<br />

Na actual situação de pandemia derivada de<br />

Covid-19, mais uma vez a RETA “procura ir ao<br />

encontro das necessidades do mercado transportador,<br />

tendo lançado mais um serviço direccionado<br />

ao combate da pandemia”. A empresa<br />

faculta um serviço de desinfecção de<br />

cabines de camião e tractor e interior de autocarros,<br />

com recurso a um produto desinfectante<br />

que “reduz de forma eficaz os vírus e bactérias<br />

em suspensão no ar e, simultaneamente,<br />

purifica-o e ambienta o veículo”. De referir, que<br />

este produto foi aprovado pela Direção Geral<br />

de Saúde (DGS) e testado por laboratórios oficiais<br />

em condições de real utilização.<br />

Para além de disponibilizar este serviço, a RE-<br />

TA está a oferecer em todas as reparações<br />

que efectua “a desinfecção da cabine do tractor<br />

ou do camião, e da zona do condutor dos<br />

autocarros”.<br />

Na actual situação de pandemia<br />

gderivada<br />

de Covid-19, mais uma vez a<br />

RETA “procura ir ao encontro<br />

das necessidades do mercado<br />

transportador”<br />

euro<br />

Transporte<br />

23


TEMA DE CAPA<br />

24 Transporte<br />

euro


Desde Julho de 2019, data em que a Iveco apresentou o seu novo camião<br />

S-Way, que a marca italiana é a primeira a colocar no mercado um veículo<br />

da gama pesada desenvolvido para proporcionar um pacote completo<br />

de recursos e serviços focados no motorista, na sustentabilidade<br />

e no nível avançado de conectividade, permitindo novos serviços<br />

personalizados a baixas emissões.<br />

text0 josé costa<br />

euro<br />

Transporte<br />

25


Novo motor de energia natural cursor 13<br />

O novo motor Cursor 13 Euro VI foi desenvolvido especificamente para o<br />

transporte internacional de longo curso. A nova geração de injectores de<br />

gás, percurso de combustível e pistões, foram projectados para oferecer<br />

a mais alta potência e binário. O Cursor 13 NP fornece a mesma potência<br />

e binário que os motores diesel Euro VI, quebrando o recorde anterior<br />

realizado pelo Cursor 9 NP com 18% mais de binário; 15% mais de energia<br />

e melhor relação potência/peso da categoria. Quanto ao desempenho do<br />

motor, este apresenta mais 40% de eficiência energética, desde o binário<br />

até ao ponto de potência máximos; 2.000 Nm às 600 rpm; mudança de<br />

velocidades limitadas em condições montanhosas; re-acelerações fortes;<br />

460 hp às 300 rpm; velocidade máxima fácil de manter em estrada;<br />

60% de NOx; 99% PM e 80% CH4.<br />

26 Transporte<br />

euro


O<br />

S-Way NP (Natural Power) é o camião da<br />

Iveco que vem substituir o modelo Stralis<br />

NP, que vê a sua produção terminar este<br />

ano. Com um acenar de adeus ao Stralis, o<br />

mundo dá as vindas ao camião a gás natural (GNC<br />

e GNL) da marca italiana que se baseia na excelente<br />

performance sustentável da gama de pesados<br />

da Iveco, alcançando ainda maiores reduções nas<br />

emissões, o que para os operadores logísticos<br />

que privilegiam uma frota ‘verde’ é, sem dúvida,<br />

uma mais valia. O modelo S-Way NP é um camião<br />

a gás natural, com uma autonomia até 1600 km e<br />

460 HP, para missões de longo curso. Com este<br />

veículo, os operadores podem beneficiar de todas<br />

as vantagens deste tipo de combustível mais<br />

limpo, a única alternativa de baixas emissões à<br />

solução diesel já disponível no segmento pesado,<br />

com 99% menos emissões de PM e 90% menos<br />

NO2 face ao diesel, sendo que na versão biometano,<br />

o nível de CO2 é 95% mais baixo, muito perto<br />

de zero. Com este camião, a marca introduz no<br />

mercado a sua nova gama de pesados com uma<br />

assinatura que implica um forte impulso na oferta,<br />

apresentando uma solução de transporte integrada,<br />

económica e ambientalmente sustentável,<br />

no qual os serviços em torno do produto se revelam<br />

mais importantes do que o próprio veículo.<br />

Apresentado pelo fabricante como um dos mais<br />

importantes eventos da actualidade, o modelo<br />

sucessor do Stralis mostra novos produtos que,<br />

de resto, se reflectem no desejo da Iveco em me-<br />

euro<br />

Transporte<br />

27


TEMA DE CAPA<br />

lhorar a oferta. Sem alterar a filosofia do modelo,<br />

o S-Way evoluiu ao nível do exterior com algumas<br />

alterações significativas sendo, contudo, na cabina<br />

onde a Iveco operou as maiores alterações.<br />

Agora mais espaçosa, a cabine oferece uma altura<br />

de 2,15 metros, tendo o espaço longitudinal sido<br />

aumentado em mais 35 centímetros de largura,<br />

relativamente ao modelo anterior, o que veio<br />

facilitar o acesso nomeadamente à cama e aos<br />

compartimentos superiores.<br />

Ao nível do painel de instrumentos e consola central,<br />

os mesmos também sofreram alterações,<br />

enquanto o volante foi “brindado” com vários novos<br />

comandos adicionais que permitem ao motorista<br />

controlar melhor o veículo.<br />

Relativamente e ainda na cabina, os espaços de<br />

arrumos foram revistos, assim como a prateleira<br />

superior passou a ter uma capacidade de armazenamento<br />

de 250 litros.<br />

Motorização mais eficiente<br />

Quanto à motorização o S-Way apresenta um<br />

motor praticamente idêntico ao modelo anterior,<br />

muito embora tenha, também, sido alvo de algumas<br />

alterações. Além dos motores diesel clássicos,<br />

há variações de gás GNC e GNL. Em termos<br />

de potência, o novo Iveco S-Way Natural Power<br />

(NP) recebeu a mesma configuração anterior, com<br />

motores de 9 a 13 litros, desenvolvendo entre 270<br />

e 460 cavalos de potência, tudo associado à caixa<br />

Hi-Tronix da ZF. A configuração dos tanques também<br />

é idêntica, tendo a Iveco anunciando uma autonomia<br />

para o camião de até 1600 quilómetros<br />

com um tanque duplo de GNL.<br />

Do lado do consumo e devido ao novo design cuja<br />

aerodinâmica foi aprimorada na ordem dos 12%,<br />

o consumo de combustível “caiu” em cerca de 4<br />

por cento. Segundo dados da marca e mercê desta<br />

alteração aerodinâmica, as empresas poderão<br />

beneficiar de uma economia monetária na ordem<br />

dos dois mil euros por ano e por veículo.<br />

Conectividade real<br />

Tal como outros modelos da marca, o Iveco S-Way<br />

NP apresenta uma maior e melhor conectividade.<br />

Conectado com o motorista, operador e revendedor,<br />

o novo sistema incorpora recursos de compartilhamento<br />

de informações em tempo real, o<br />

que vem contribuir para uma maior rentabilidade<br />

dos operadores. Através do portal MyIveco e<br />

do aplicativo móvel, o operador poderá controlar<br />

praticamente todos os movimentos e gastos do<br />

camião, tais como o consumo de combustível, as<br />

viagens realizadas ou o estilo de condução que o<br />

motorista está a aplicar. Com isto, o operador pode<br />

optimizar com mais facilidade a sua frota e reduzir<br />

os custos operacionais.<br />

“O sistema de avaliação do estilo de condução<br />

a bordo (EHR), gera relatórios semanais que incluem<br />

parâmetros-chave do veículo, uso do motorista<br />

de funções preditivas e sugestões para<br />

melhorar o estilo de condução e optimizar o consumo<br />

de combustível e o uso do veículo”, afirma o<br />

fabricante em seu portefólio de apresentação do<br />

modelo.<br />

Na verdade, em consequência da ligação ao centro<br />

de controle da Iveco, o S-Way NP pode ser<br />

monitorizado constantemente e em tempo real,<br />

o que facilita a implementação de operações de<br />

manutenção preventiva e diagnóstico remoto.<br />

Segurança revista<br />

Finalmente no que à segurança diz respeito, a<br />

marca italiana também fez um esforço no sentido<br />

de a melhorar. De entre outras alterações, ressalva-se<br />

a que diz respeito ao eixo dianteiro. Este foi<br />

alvo de alteração significativa vendo a sua distância<br />

de travagem aprimorada na ordem dos 15%,<br />

enquanto as novas luzes LED melhoram a visibilidade.<br />

Também foi introduzida uma gama de equipamentos<br />

de assistência ao motorista.<br />

o modelo<br />

sucessor<br />

do Stralis mostra<br />

novos produtos<br />

que, de resto,<br />

se reflectem<br />

no desejo da<br />

Iveco em melhorar<br />

a oferta<br />

28 Transporte<br />

g<br />

euro


HIBRIDOS<br />

Um camião<br />

com futuro<br />

O DAF CF Hybrid foi desenvolvido para ser conduzido com zero emissões<br />

em áreas urbanas. Contudo, o modelo oferece uma faixa muito mais longa<br />

para operar além das áreas urbanas, graças à recente tecnologia diesel<br />

ultra-limpa. A combinação de energia eléctrica e diesel,<br />

garante a mais alta eficiência logística deixando no ar a ideia<br />

de estar encontrado o camião do futuro.<br />

text0 josé costa<br />

30 Transporte<br />

euro


Osofisticado DAF CF Hybrid apresenta<br />

um eficiente motor de combustão PAC-<br />

CAR MX-11 de 10,8 litros (330 kW / 450<br />

hp), secundado por um outro, eléctrico,<br />

o ZF (75 kW / 100 hp / pico: 130 kW / 175 hp), ambos<br />

em combinação com a caixa de velocidades<br />

ZF TraXon para transmissões híbridas.<br />

O motor eléctrico é alimentado por uma bateria<br />

de 85 kWh, que permite emissão zero eléctrica<br />

total de 30 a 50 quilómetros, dependendo<br />

do peso bruto da combinação. As baterias podem<br />

ser carregadas pelo motor diesel durante<br />

as operações em estrada, ou pode usar-se<br />

um carregador DC no local de carregamento.<br />

O veículo foi projectado com uma capacidade<br />

de carga rápida que leva 30 minutos para carga<br />

completa e apenas 20 minutos para uma carga<br />

de até 80%.<br />

Fora das áreas urbanas, o CF Hybrid é alimentado<br />

pelo limpo e eficiente motor diesel PAC-<br />

CAR MX-11, onde a tecnologia híbrida proporciona<br />

economia de combustível adicional<br />

graças ao controlo inteligente de energia. Com<br />

este processo, a energia regenerativa é captada<br />

durante a travagem, assim como, quando<br />

se usa os controlos relacionados com a velocidade,<br />

como o Down Hill Speed Control ou<br />

o Predictive Cruise Control. Essa energia é<br />

depois usada pelo motor eléctrico para operar<br />

em conjunto com o motor de combustão a<br />

diesel para reduzir ainda mais o consumo de<br />

combustível.<br />

A bateria usada pelo sistema híbrido alimenta<br />

a linha de transmissão eléctrica, enquanto o<br />

compressor de ar, também eléctrico, e a PTO<br />

- electrónica inteligente opcional - podem ser<br />

usadas para accionar equipamentos de refrigeração<br />

em semi-reboques para transporte<br />

com temperatura controlada, melhorando ainda<br />

mais a operação com baixo ruído.<br />

DAF inicia testes<br />

A DAF Trucks iniciou o teste de campo do CF<br />

Hybrid com o objectivo de ganhar experiência<br />

euro<br />

Transporte<br />

31


HIBRIDOS<br />

no seu uso diário. Para tal, elegeu o operador de<br />

transporte holandês Peter Appel, para iniciar a<br />

experiência tendo a marca holandesa colocado<br />

dois camiões na empresa para abastecer os supermercados<br />

no “coração” da Holanda.<br />

O DAF CF Hybrid é 100% eléctrico em áreas urbanas<br />

e utiliza tecnologia diesel limpa fora da<br />

cidade. O camião combina o melhor dos dois<br />

mundos: pode ser conduzido com ‘zero emissões’<br />

na cidade garantindo, assim, longo alcance<br />

e flecxibilidade fora das áreas urbanas.<br />

Enquanto os camiões eléctricos são ideais para<br />

a distribuição urbana, a tecnologia híbrida é<br />

preferível para as rotas mais longas. Na cidade,<br />

o DAF CF Hybrid pode operar totalmente eléctrico,<br />

deixando o motor diesel do camião para<br />

circular nos diferentes centros de distribuição<br />

e no exterior sem problemas. Com um futuro<br />

mais limpo em mente, para a DAF não existe<br />

uma solução tecnológica única para o amplo<br />

espectro de requisitos de transporte. De acordo<br />

com Ron Borsboom, director executivo de<br />

Desenvolvimento de Produto, “é por isso que<br />

estamos a testar as diferentes tecnologias. Totalmente<br />

eléctrica é uma boa alternativa para a<br />

distribuição urbana, a tecnologia diesel limpa é<br />

uma excelente opção para distâncias mais longas<br />

- em parte devido a novos tipos de combustível<br />

- e, a longo prazo, também estamos a pensar<br />

no hidrogénio”.<br />

Com o teste de campo do CF Hybrid, a marca<br />

holandesa pretende avaliar não apenas o desempenho<br />

da tecnologia eléctrica/diesel, mas<br />

também o quão adequado é em termos de uso<br />

diário do camião por parte dos clientes. Este<br />

veículo é baseado no DAF CF, o “Camião Internacional<br />

do Ano 2018”. A ideia da marca holandesa<br />

é produzir algumas dezenas de unidades<br />

do modelo por ano. Para garantir uma excelente<br />

qualidade, a DAF iniciou a produção de forma<br />

controlada. Em simultâneo foi construindo<br />

uma rede de serviços, passo a passo. Por isso<br />

não será de estranhar que o híbrido poderá<br />

estar disponível para os clientes nos Países<br />

Baixos, na Bélgica e na Renânia do Norte-Vestfália,<br />

na Alemanha, muito em breve.<br />

Mas a DAF tem intenção, consoante as infraestruturas<br />

de carregamento de baterias locais<br />

e as possibilidades de pós-venda se alterarem,<br />

em considerar as vendas noutros<br />

países da Europa.<br />

32 Transporte<br />

euro


6-9<br />

OCTOBER<br />

2020<br />

MADRID / SPAIN<br />

A NEW<br />

MOBILITY<br />

CONCEPT<br />

ECO-FRIENDLY• SAFE • CONNECTED<br />

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AUTOCARROS<br />

Maior, poderoso<br />

Os primeiros autocarros de demonstração<br />

vão surgir nas ruas de Barcelona<br />

(Espanha) e Colónia (Alemanha), no segundo<br />

semestre deste ano como parte<br />

do seu roteiro de e-mobilidade, a MAN Truck<br />

& Bus está a enviar uma frota destes autocarros<br />

eléctricos de demonstração para clientes<br />

em cinco países europeus. A frota é composta<br />

por 15 veículos de teste, que serão utilizados<br />

nas suas operações diárias. Este programa de<br />

testes inclui dois ensaios de campo com o novo<br />

MAN Lion’s City 18 E, que será apresentado<br />

nas ruas de Barcelona e Colónia, no âmbito<br />

das operações de serviço programado. As<br />

vendas do novo autocarro eléctrico articulado<br />

da marca alemã já começaram em Abril.<br />

Medindo 18 metros de comprimento, o MAN<br />

Lion’s City 18 E pode muito bem ser a escolha<br />

perfeita para qualquer empresa que procure<br />

um autocarro urbano totalmente eléctrico e<br />

com espaço para muitos passageiros.<br />

Com dois motores centrais eléctricos no segundo<br />

e terceiro eixos, o autocarro apresenta<br />

a potência necessária para o tráfego na<br />

cidade. Ao contrário dos motores eléctricos<br />

posicionados perto dos cubos das rodas, estes<br />

modelos são mais fáceis de aceder e têm<br />

um design mais simples. Como tal, os operadores<br />

de transporte beneficiam quando se<br />

trata de trabalhos de manutenção e do Custo<br />

Total de Propriedade (TCO). Os dois eixos motrizes<br />

são sincronizados electronicamente e<br />

também ajudam a melhorar o manuseamento<br />

do autocarro articulado à medida que aumentam<br />

a estabilidade de condução. Além disso, o<br />

autocarro articulado vem com um sistema de<br />

controlo anti-tesoura e um sistema de controlo<br />

do ângulo morto, que melhoram ainda mais<br />

a sua estabilidade, enquanto os dois eixos<br />

34 Transporte<br />

euro


e mais eficiente<br />

O MAN Lion’s City 18 E, é a escolha ideal para a manutenção de rotas de grande<br />

frequência no tráfego urbano. Com 18 metros de comprimento, este autocarro<br />

eléctrico articulado pode transportar até 120 passageiros de forma segura,<br />

confortável e sem produzir emissões.<br />

text0<br />

josé costa<br />

motrizes aumentam a energia máxima recuperada<br />

em travagem.<br />

O MAN Lion’s City 18 E, na linha de transmissão<br />

totalmente eléctrica produz entre 320<br />

kW e um máximo de 480 kW. A energia para isso<br />

vem das baterias modulares com 640 kWh<br />

de capacidade instalada. Aqui, a MAN confia<br />

na tecnologia de células de lítio-ião (NMC) totalmente<br />

desenvolvida a partir do kit modular<br />

do grupo.<br />

Como resultado, a MAN Lion’s City 18 E impressiona<br />

com um alcance de 200 km (e até<br />

270 km em condições favoráveis), ao longo de<br />

toda a vida útil das baterias que são carregadas<br />

no depósito através de uma ficha do Sistema<br />

de Carregamento Combinado (CCS).<br />

Com uma potência média de carga de 100 kW<br />

e uma potência máxima de até 150 kW, o autocarro<br />

articulado pode ser totalmente carregado<br />

em menos de quatro horas.<br />

A versão de 18 metros do Lion’s City E pode<br />

transportar até 120 passageiros - mas isso<br />

não é um problema para o novo autocarro<br />

eléctrico MAN, uma vez que a utilização de<br />

accionamentos alternativos permite um peso<br />

bruto superior admissível de até 30 toneladas.<br />

No entanto, o design interior e as características<br />

técnicas não são, de forma alguma,<br />

tudo o que a versão totalmente eléctrica da<br />

MAN Lion’s City E tem para oferecer.<br />

O seu design exterior também reduz o tráfego<br />

na cidade. Apresenta um design sofisticado<br />

e contemporâneo de “vanguarda inteligente”,<br />

acrescentando-lhe um novo e dinâmico<br />

toque. De facto, não foi por acaso que o painel<br />

de design do iF International Forum atribuiu<br />

ao autocarro eléctrico MAN o prémio iF<br />

Gold na categoria “Automóvel/Veículo/Bicicleta”<br />

este ano.<br />

euro<br />

Transporte<br />

35


Crónica<br />

Energia<br />

“coitado do burro”text0 bruno<br />

oliveira<br />

ceo ford trucks<br />

Por estes tempos, vive-se um período de crise, centralizada no tema energia.<br />

A discussão sobre o fim dos combustíveis fósseis e a sua substituição por novas fontes,<br />

tem sido abordada, constantemente, nos diferentes meios de comunicação e por variadíssimas<br />

personalidades, muitas vezes, menos conhecedoras da área energética (físicos, economistas,<br />

ecologistas, engenheiros…).<br />

Não é importante a origem da energia convertida<br />

em energia cinética, quando introduzimos<br />

movimento num corpo.<br />

O esquema 01 detalha os conceitos básicos<br />

relacionados com veículos de deslocamento, velocidade,<br />

aceleração, força, binário e potência.<br />

Agrada-me definir potência como a capacidade<br />

que um equipamento tem de realizar a sua<br />

função. Por outro lado, a Energia é a quantidade<br />

de potência que foi fornecida para um equipamento<br />

funcionar, durante um determinado período<br />

de tempo.<br />

Na maioria das vezes, quanto maior a potência<br />

do equipamento, “melhor” o desempenho do seu<br />

papel. Isso não é uma regra pois existem equipamentos<br />

mais eficientes do que outros, porque<br />

aproveitam melhor a energia que gastam.<br />

Frequentemente, temas actuais relacionados<br />

com a energia, são abordados de forma<br />

simplista, desajustada e sensacionalista,<br />

transmitindo, por vezes, a imagem<br />

de que as questões energéticas estão distantes<br />

da vida das populações. Uma opinião não<br />

especializada e de conteúdo perecível, portanto,<br />

desafinada com assuntos científicos, e que<br />

privilegia, na maioria das vezes, a comercialização<br />

da notícia, tão somente, contribuindo para<br />

a desinformação e o desconhecimento para<br />

a população.<br />

Continuo e defender que “pequenos ajustes”<br />

nos nossos hábitos podem contribuir para um<br />

impacto imediato nas emissões de gases nocivos<br />

para a atmosfera. Há que começar a pensar<br />

que a origem das emissões está na energia necessária<br />

para mover um corpo com uma determinada<br />

massa de um ponto A para um ponto B.<br />

Um motor só poderá<br />

grealizar<br />

trabalho se<br />

receber uma quantidade<br />

de energia de outro<br />

sistema<br />

36 Transporte<br />

euro


ESQUEMA 01<br />

Como é do conhecimento comum, a energia do<br />

corpo em movimento é proporcional à massa e<br />

à velocidade do corpo ao quadrado:<br />

Tudo isto para chegarmos à potência.<br />

Ao observar a equação, é possível concluir que<br />

em corpos com a mesma velocidade, quanto<br />

maior a massa do corpo, maior será a sua Energia<br />

Cinética. Já para os corpos de mesma massa,<br />

quanto maior a sua velocidade, maior a sua<br />

Energia Cinética.<br />

Um motor só poderá realizar trabalho se receber<br />

uma quantidade de energia de outro sistema.<br />

No caso, a energia armazenada no combustível,<br />

baterias ou hidrogénio é, em parte,<br />

liberada, durante a transformação, em energia<br />

cinética para o que os veículos iniciem o seu<br />

funcionamento.<br />

Para concluir, um pequeno gesto como reduzir<br />

o limite máximo de velocidade de um veículo<br />

vai reduzir a quantidade de energia necessária<br />

para o movimentar e, por sua vez, a poluição necessária<br />

para o fazer.<br />

Tendo em consideração que estamos todos a<br />

atravessar um período complexo e conturbado,<br />

há que criar alguma leveza na situação, abordando,<br />

por vezes, com ironia, temas que nos fazem<br />

pensar a atualidade.<br />

Na próxima crónica abordarei de forma mais<br />

detalhada o tema “energia”, tão presente em tudo<br />

o que nos move actualmente….<br />

euro<br />

Transporte<br />

37


Consultório de Segurança<br />

tal como “prognosticava” no último artigo<br />

desta rúbrica. Segundo os últimos<br />

dados disponibilizados pela AN-<br />

SR, o número de acidentes rodoviários<br />

e com vítimas reduziu cerca de 70%, e<br />

até mais, se nos referirmos a colisões<br />

ou atropelamentos. No entanto os acidentes<br />

por despiste que também diminuíram<br />

em números absolutos, mantém-se em níveis<br />

mais elevados do que antes da pandemia, em<br />

números relativos.<br />

Algumas empresas, especialmente da área alimentar,<br />

higiene, segurança e saúde, tiveram nestes<br />

tempos de crise um aumento do movimento<br />

da sua frota, mas o risco não diminuiu!<br />

As exigências mudaram e os problemas são diferentes.<br />

Por isso, cabe aos gestores de frota<br />

e responsáveis dos recursos humanos e da setext0<br />

antónio macedo<br />

a.macedo@crm.pt – www.crm.pt<br />

Reduzir o risco rodoviário<br />

durante a fase epidémica<br />

e no desconfinamento<br />

Infelizmente não alcançámos durante<br />

este período de crise, as “zero” mortes<br />

resultantes dos acidentes rodoviários,<br />

38 Transporte<br />

euro<br />

gurança encontrarem respostas para os novos<br />

problemas da segurança da frota.<br />

As exigências mudaram<br />

e os problemas são diferentes<br />

As actuais exigências de confinamento, afastamento<br />

social e etiqueta de higiene e respiratória<br />

nos locais de trabalho, vêm criar novos desafios<br />

para a manutenção da segurança na mobilidade<br />

empresarial e na condução de veículos em trabalho.<br />

Se antes da pandemia as filas e o transito<br />

atrasavam as deslocações e as entregas,<br />

agora com as estradas vazias<br />

e com o confinamento social os problemas<br />

são outros:<br />

• Potencial aumento da velocidade<br />

pela pressão colocada nas tarefas,<br />

pela ausência de trânsito e resultado<br />

da redução da fiscalização às infrações<br />

rodoviárias.<br />

• Aumento do stress resultante do<br />

ambiente social e familiar, pela aplicação<br />

de medidas de etiqueta respiratória<br />

e de higiene, e pelo contacto<br />

constante com pessoas, objectos e superfícies<br />

potencialmente infectadas.<br />

• Pela alteração das rotinas de trabalho e pelo<br />

afastamento social que impede contacto com<br />

colegas, amigos, as habituais pausas para café,<br />

refeições, etc.<br />

• Fadiga e cansaço provocado por tempos de<br />

trabalho mais longos, maiores dificuldades de<br />

descanso, quer em ambiente familiar quer pelo<br />

encerramento dos habituais locais de paragem<br />

para pausas e relaxamento.


Estes são alguns dos problemas que afectam<br />

principalmente os profissionais das áreas da<br />

distribuição alimentar, médica e farmacêutica,<br />

e de uma forma geral todos os motoristas<br />

que providenciam todos os bens e matérias<br />

primas que vão sendo necessários no dia a dia,<br />

não esquecendo os profissionais das áreas da<br />

assistência técnica de água, energia ou telecomunicações,<br />

da assistência médica e domiciliária,<br />

dos serviços de segurança e de intervenção<br />

que também estão sujeitos a muitos<br />

destes problemas.<br />

Soluções para a redução<br />

do risco para os colaboradores<br />

ao serviço na empresa<br />

ou em teletrabalho<br />

Existem diversas soluções para a minimização<br />

da sinistralidade e para o aumento da eficiência<br />

nas deslocações em trabalho durante este<br />

período de pandemia e desconfinamento.<br />

Algumas delas baseiam-se em sistemas<br />

de telemática integradas nos veículos, permitem<br />

reduzir o risco dos excessos, “controlando”<br />

permanentemente os acontecimentos<br />

e tomando as medidas necessárias de forma<br />

individual ou colectiva. Os sistemas de telemática<br />

permitem um controlo generalizado e<br />

avaliar estatisticamente os acontecimentos,<br />

ajudando a identificar eventos de risco. No<br />

entanto nem sempre funciona como uma solução<br />

preventiva pois mostra os eventos depois<br />

de acontecerem.<br />

Contudo a formação, em especial sendo dirigida<br />

aos problemas reais de cada grupo de condutores<br />

ou motoristas, continua a ser uma ferramenta<br />

preventiva ou correctiva para apoio<br />

da gestão da segurança, e um complemento<br />

às ferramentas de telemática para se atingirem<br />

os objectivos de redução do risco. Eis algumas<br />

das soluções que empresas especializadas<br />

de formação oferecem ao mercado<br />

empresarial actualmente:<br />

• Webminars 1 , E-learning, B-training, coaching<br />

e formação presencial à medida.<br />

• Formação em E-learning 2 , com possibilidade<br />

de continuidade em sessões presenciais de<br />

coaching 3 de condução individual<br />

• Formação prática presencial em pequenos<br />

grupos e de curta duração.<br />

• Formação em formato B-training 4 , presencial<br />

de curta duração para pequenos grupos, com<br />

formação em formato CBT 5 e sessões de W<br />

de condução.<br />

• Sessões de “Indução de segurança rodoviária”<br />

para novos colaboradores e motoristas<br />

• Certificação de Condutores em formato de<br />

consultoria, incluindo ferramentas de coaching<br />

online e presencial personalizado às necessidades<br />

de cada condutor, incluindo vertentes de segurança,<br />

eficiência, conforto e dos procedimentos<br />

profissionais (Fit4Drive).<br />

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Transporte<br />

39<br />

euro


Tecnologias de Informação<br />

text0 filipe carvalho<br />

O confinamento obrigatório durante a pandemia de COVID-19<br />

colocou muitos em teletrabalho. Muitas profissões viram que<br />

afinal o teletrabalho funciona bastante bem sem prejudicar a<br />

eficácia operacional. Aliás, muitos profissionais poderão ter<br />

reparado que algumas das reuniões que tiveram presencialmente<br />

no passado, obrigando a deslocações de pessoas de diferentes<br />

locais, podiam afinal ter sido realizadas virtualmente.<br />

Várias empresas já fomentavam um culto de<br />

teletrabalho cada vez maior e com o confinamento<br />

obrigatório aceleraram a sua decisão<br />

de inclusivamente não voltar mais a<br />

escritórios. Exemplo disso é o Twitter que através<br />

da sua directora de recursos humanos comunicou<br />

que mesmo que a empresa decida reabrir os seus<br />

escritórios, a decisão de voltar ou não pertence<br />

aos colaboradores. Esta decisão mais incisiva<br />

não corresponde no entanto à generalidade das<br />

empresas, apesar de muitas assumirem que nada<br />

será como antes. Por exemplo, Jes Staley CEO<br />

do Barclays referiu em entrevista à CNBC que a<br />

noção de colocar milhares de pessoas num edifício<br />

novamente pode ser uma coisa do passado.<br />

Num estudo mais alargado conduzido pela consultora<br />

norte-americana Gartner, cerca de 74%<br />

dos responsáveis empresariais pretendem mover<br />

alguma parte da sua força laboral para trabalho<br />

remoto permanentemente.<br />

A relação amor-ódio para quem<br />

trabalha remotamente<br />

Se o confinamento obrigatório foi bem aco-<br />

lhido por uns, para outros tem sido sofrível. Alguns<br />

viram o trabalho a partir de casa reduzir<br />

o seu tempo de deslocação diário, reduziram<br />

custos com alimentação e transportes, ganharam<br />

independência durante o dia e ainda<br />

conseguiram aumentar a sua produtividade.<br />

Adoram o trabalho remoto e dificilmente pretendem<br />

regressar ao trânsito e a um ambiente<br />

partilhado.<br />

Outros viram-se confinados a um isolamento<br />

muitas vezes sem condições ergonómicas<br />

em casa para estarem a trabalhar dias inteiros.<br />

Quem tem filhos pequenos simplesmente<br />

não tem conseguido trabalhar, ou tem com<br />

muito sacrifício. Detestam o trabalho remoto<br />

e contam os dias para voltarem a ter a sua rotina<br />

diária de volta.<br />

Mas podem estas dificuldades ser ultrapassadas<br />

de forma a conjugar com os desejos das<br />

empresas e de quem já gosta do trabalho remoto?<br />

Podem. E isso vai mudar a mobilidade das<br />

pessoas, e o transporte como o conhecemos.<br />

40 Transporte<br />

euro


cidades em transformação<br />

Sempre que vejo referências a programas de<br />

cidades inteligentes ou que pareçam ser estruturalmente<br />

desafiadores penso que tal realidade<br />

será sempre a longo termo. Afinal não se mudam<br />

edifícios e cidades inteiras de um dia para o<br />

outro. Mas as transformações necessárias para<br />

acolher os que não têm condições em casa para<br />

trabalhar remotamente podem ser bastante<br />

mais céleres.<br />

Alguns empreendimentos já estão a ser planeados<br />

e construídos para albergar o conceito de<br />

casa e de trabalho no mesmo espaço. Por exemplo,<br />

na zona de Caxias está em curso um projecto<br />

residencial para edifícios de habitação mas<br />

também de escritórios de co-work. Ou seja, ao<br />

comprar um apartamento no empreendimento<br />

(que é composto por vários edifícios), tem direito<br />

a um escritório de cerca de 10m2 num outro<br />

edifício. Aliás, todo o empreendimento está projectado<br />

para que a envolvência residencial tenha<br />

a parte comercial no seu centro, de forma a<br />

que qualquer pessoa possa chegar ao seu escritório<br />

a partir de casa em menos de 3 minutos a<br />

pé. O mesmo racional pode ser aplicado a zonas<br />

já existentes com a conversão de edifícios residenciais<br />

em edifícios de escritórios para acomodar<br />

os residentes da zona em teletrabalho.<br />

Desta forma os “trabalhadores remotos forçados”<br />

deste confinamento conseguem o espaço<br />

que necessitam para ultrapassar as principais<br />

dificuldades sentidas com estar em casa sem<br />

ter condições. O custo de alugar um espaço perto<br />

de casa pode ser compensado pela poupança<br />

com despesas de deslocação, alimentação, ou<br />

mesmo com o tempo ganho. Portanto, cami-<br />

A redução de viagens<br />

gcasa-trabalho-casa<br />

reduz<br />

fluxos de tráfego e abre<br />

espaço para algumas<br />

alterações de rota<br />

nhamos para uma realidade de trabalho remoto<br />

estando reunidos os desejos quer da parte das<br />

empresas quer da parte das pessoas, bem como<br />

da viabilidade operacional do trabalho para algumas<br />

indústrias.<br />

o transporte de pessoas<br />

e mercadorias pode mudar<br />

para sempre<br />

Quando pensamos em mais trabalho remoto<br />

ocorrem-nos logo as implicações mais imediatas:<br />

redução dos picos de trânsito e dos engarrafamentos.<br />

Isso é verdade e tem impacto na<br />

mobilidade, mas é apenas uma perspectiva. Na<br />

perspectiva do transporte profissional de mercadorias<br />

podemos observar que:<br />

• a redução de viagens casa-trabalho-casa reduz<br />

fluxos de tráfego e abre espaço para algumas<br />

alterações de rotas. De repente, algumas<br />

sequências de entrega que seriam desejáveis<br />

mas pouco realistas por causa do trânsito podem<br />

passar a ser viáveis;<br />

euro<br />

Transporte<br />

41


Tecnologias de Informação<br />

42 Transporte<br />

euro<br />

• a mobilidade dentro das cidades e nos seus<br />

acessos fica menos condicionada, as velocidades<br />

médias por rota podem aumentar, e com<br />

isso realizarem-se mais entregas por volta, ou<br />

seja, menor custo por entrega;<br />

• a descentralização das pessoas em regiões<br />

mais dispersas vai fazer florescer comércio<br />

local em várias zonas, principalmente nos ditos<br />

“dormitórios”, com densa habitação residencial<br />

e pouco espaço comercial. As pessoas<br />

terão menos motivos para se deslocarem para<br />

irem a cafés, restaurantes, cabeleireiros, supermercados,<br />

e outros tipos de comércio de<br />

rua que podem beneficiar de ter mais consumidores<br />

próximo. Isto significa que estes negócios<br />

precisarão de ser suportados por uma<br />

rede logística que lhes faça chegar produtos.<br />

Portanto é possível que as rotas de entregas<br />

passem a ser mais esparsas e menos concentradas<br />

nas grandes cidades;<br />

• quem trabalha a partir de casa pode fazêlo<br />

desde um apartamento nos subúrbios de<br />

uma grande cidade, ou desde um apartamento<br />

ou moradia numa cidade menor e com melhor<br />

qualidade de vida. E com as pessoas irá o<br />

consumo e a correspondente cadeia de abastecimento.<br />

Talvez o Algarve deixe de ser uma<br />

zona de picos de abastecimento sazonal, talvez<br />

os fluxos de mercadorias de e para a região<br />

deixem de ter custos de transporte tão<br />

assimétricos;<br />

• acredito que todos continuarão a deslocarse<br />

para fora da sua zona de residência e trabalho,<br />

nomeadamente à procura de comércio<br />

e serviços que esta não lhes oferece, eventualmente<br />

ao fim de cada dia de trabalho ou<br />

somente ao fim-de-semana. Provavelmente<br />

continuarão a fazê-lo em viatura própria, mas<br />

muitos equacionarão continuar a possuir uma.<br />

Ou seja, a mobilidade através de plataformas<br />

por contratação electrónica, bem como o car<br />

sharing, poderá crescer acentuadamente;<br />

• o consumo no lar terá também um acréscimo<br />

significativo pelo que o canal HORECA, principalmente<br />

no centro das cidades, poderá ser<br />

penalizado. Eventualmente o turismo irá ajudar<br />

a contrabalançar essa queda para os pontos<br />

de venda, mas os distribuidores dos produtos<br />

(cafés, sumos, cervejas) verão uma<br />

mudança na importância dos seus canais. O<br />

canal HORECA poderá mover parte do seu volume<br />

do centro das cidades para mais regiões<br />

que despontem comércio local, e outra parte<br />

irá certamente para o canal de consumo no lar;<br />

• as cadeias de distribuição alimentar continuarão<br />

com volumes de expedição elevados.<br />

A “anormalidade” que têm vivido durante o período<br />

de confinamento não se manterá segura-


mente, mas permanecerá mais elevada do que<br />

anteriormente. No entanto, os consumidores<br />

procurarão mais consumo de proximidade do<br />

que antes quando faziam compras próximo do<br />

trabalho e depois seguiam para casa;<br />

• mesmo após o confinamento obrigatório muitas<br />

pessoas continuarão a recorrer ao ecommerce,<br />

especialmente o alimentar. Por isso a<br />

grande distribuição poderá ter de rever a sua<br />

logística de suporte a esta rede com o estabelecimento<br />

de mais armazéns de abastecimento<br />

exclusivo a este canal;<br />

Por fim, a descentralização dos serviços do Estado<br />

ou a propalada regionalização. Alguns serviços<br />

poderão certamente funcionar em regime<br />

de trabalho remoto e, por analogia com os<br />

tópicos anteriores, as pessoas poderão desempenhá-lo<br />

a partir de qualquer parte do país.<br />

Assistimos há algum tempo à polémica sobre a<br />

mudança do Infarmed de Lisboa para o Porto.<br />

Pessoalmente, creio que a mudança deste tipo<br />

de instituições por simples decreto não é viável.<br />

Quem lá trabalha não pode ser despedido nem<br />

movido para uma cidade onde não quer viver. E<br />

a instituição não pode morrer e voltar a nascer.<br />

Mas se a sua operacionalidade puder ser mantida<br />

através do teletrabalho então basta mover<br />

o seu centro de decisão e manter as mesmas<br />

pessoas.<br />

Possívelmente nada disto acontecerá num curto<br />

espaço de tempo, mas estas são algumas das<br />

consequências naturais da generalização do teletrabalho<br />

no âmbito da mobilidade, e consequentemente<br />

da logística e do transporte.<br />

euro<br />

Transporte<br />

43


SEMI-REBOQUES<br />

A Schmitz Cargobull<br />

destaca-se no mercado logístico<br />

pela sua constante evolução<br />

e actualização nos produtos<br />

que apresenta. O ano de 2020<br />

não é uma excepção<br />

e José Botas, Director-geral<br />

da marca alemã em Portugal,<br />

revelou à Eurotransporte as<br />

mais recentes novidades.<br />

text0 ana rita moura<br />

Adaptar os produtos às necessidades actuais<br />

e futuras da logística e dos transportes<br />

é fundamental, e é exactamente<br />

isso que o fabricante alemão de semireboques<br />

tem vindo a fazer. A mais recente<br />

actualização passa pela versão optimizada do<br />

S.CS Power Curtain, onde se destaca a total<br />

ausência de réguas laterais de alumínio para<br />

sujeição das cargas, com lona lateral reforçada<br />

com “Aramid”, um material com resistência<br />

semelhante ao kevlar. Além deste funcionar<br />

como equipamento complementar de antifurto,<br />

permite que os semi-reboques equipa-<br />

A mais recente actualização<br />

é a versão optimizada do S.CS<br />

gPower Curtain<br />

44 Transporte<br />

euro


dos com esta tecnologia estejam em conformidade<br />

com as várias certificações europeias<br />

de segurança de carga, como a EN 12642 XL incluindo<br />

transporte de bebidas e a Daimler 9.5.<br />

“Este tipo de equipamento é altamente recomendado<br />

para quem tem elevados ciclos diários<br />

de carga e descarga, como sejam a indústria<br />

automóvel, o transporte de bebidas e<br />

outros, demonstrando igualmente a sua versatilidade<br />

ao poder ser aplicada esta carroçaria<br />

em chassis para porta bobines, chassis aligeirado<br />

(X-Light), entre outras”, explicou José<br />

Botas.<br />

O objectivo deste desenvolvimento foi a redução<br />

dos custos de operação ao longo da<br />

vida útil do semi-reboque, porque ao possuir<br />

menos equipamentos manipuláveis é mais segura<br />

para o operador com menores riscos de<br />

acidentes pessoais e mais rápida na operação<br />

de carga e descarga, face a veículos sem esta<br />

tecnologia.<br />

Os veículos com temperatura controlada<br />

também usufruíram de melhoramentos. Foram<br />

feitas consideráveis alterações ao S. KO<br />

Cool Smart, que a marca chama de V7. As diferenças<br />

começam a partir do chão em alumínio<br />

de fabrico próprio com uma resistência e duração<br />

35% superior; uma parede frontal com<br />

melhor isolamento térmico; novos batentes<br />

traseiros para melhor absorção de impactos<br />

nos cais; chassis modular para uma mais fácil<br />

reparação em caso de sinistro; novos difusores<br />

de ar para melhorar e optimizar o fluxo de<br />

ar dentro da caixa e isto sem esquecer um dos<br />

melhores coeficientes isotérmicos do mercado<br />

com um factor K= 0,33W/m2K.<br />

José Botas esclarece ainda que “o semi-reboque<br />

frigorífico vem equipado originalmente<br />

com sistema telemático Schmitz Cargobull e<br />

pode ter certificação para transporte de produtos<br />

farmacêuticos (a pedido do cliente)”,<br />

acrescentando ainda que “em conjunto com<br />

esta nova geração, foi igualmente introduzida<br />

a nova geração da nossa máquina de frio,<br />

S.CU V2, respeitando a diretiva sobre emissões<br />

de gases de efeito de estufa para máquinas<br />

industriais de Nivel V, utilizando um motor<br />

diesel common-rail, com niveis de consumo de<br />

menos 10%, face à anterior geração, menor nível<br />

de ruído, menor nível de vibrações, longos<br />

ciclos de descongelação, gestão de temperatura<br />

exacta através de controlo muito preciso,<br />

longos períodos entre manutenções, entre<br />

outros. Com tudo isto pretende-se um otimizado<br />

custo de operação durante o ciclo de vida<br />

da unidade, TCO, (Total Cost of Ownership)”.<br />

comercialização<br />

em território nacional<br />

Em Portugal a Schmitz Cargobull tem sido líder<br />

de mercado, assim como no resto da Europa<br />

durante os últimos 20 anos. Em território<br />

nacional o Director-geral destaca “os semi-reboques<br />

de lona, vulgo TIR (aproximadamente<br />

30%) e frigoríficos (aproximadamente 50%)<br />

como as tipologias que representam, até à data,<br />

um maior volume de negócio.”<br />

José Botas acrescentou ainda que o fabricante<br />

tem marcado território noutro tipo de tipologias<br />

como “os porta contentores ou as<br />

caixas fechadas rígidas para transporte de<br />

equipamentos de alto valor como sejam porta-fatos,<br />

tabaco electrodomésticos, entre<br />

outros. Não sendo de desprezar, muito pelo<br />

contrário, mas representam um volume de<br />

mercado mais pequeno.”<br />

Para 2020, a Schmitz Cargobull tem como<br />

principal foco a área dos serviços, nomeadamente<br />

a manutenção e a venda de peças de<br />

substituição, sem descurar a venda de semireboques<br />

novos e usados.<br />

euro<br />

Transporte<br />

45


EMPILHADORES<br />

Idealizados para as<br />

suas necessidades<br />

Quer seja no comércio electrónico, no sistema de fornecimento<br />

“Just in Sequence” ou nas linhas de produção, na crescente<br />

digitalização dos processos de negócio ou nas cadeias de<br />

abastecimento interligadas a nível mundial, na intralogística<br />

do século XXI, as exigências e necessidades são cada vez maiores.<br />

A Linde atenta à realidade do sector, apresenta sempre soluções,<br />

desta feita, com os seus empilhadores de contrapeso H20 e H35.<br />

text0 josé costa<br />

Quem quiser atender a um mercado tão diversificado<br />

oferecendo soluções à medida,<br />

deve colocar as seguintes questões<br />

antes de iniciar qualquer processo de desenvolvimento<br />

de produto. São elas, para quem<br />

fabricamos o produto? Como pensa o meu cliente?<br />

O que necessita actualmente e o que poderia<br />

necessitar no futuro? Para encontrar respostas a<br />

estas perguntas, a Linde foi ao encontro dos utilizadores<br />

de muitos tipos e tamanhos diferentes<br />

de empresas. Ouviu, analisou e questionou, para<br />

finalmente, criar uma gama de modelos que estabelece<br />

os novos padrões em todos os sectores<br />

da indústria. Os novos empilhadores contrapesados<br />

Linde H20 e H35, representam tudo o<br />

que sempre foi a essência dos empilhadores da<br />

marca: extremamente potentes, seguros, fáceis<br />

de usar, robustos e versáteis. A empresa alemã,<br />

com forte presença no mercado nacional através<br />

da sua filial nacional, também conseguiu melhorar<br />

cada um destes atributos, quer seja desenvolvendo<br />

caraterísticas de comprovada eficácia<br />

ou introduzindo novos componentes. Tudo isto,<br />

no seu conjunto, resulta num conceito de veículo<br />

que proporciona as melhores soluções para as<br />

suas necessidades no fluxo de materiais, tanto<br />

agora como no futuro.<br />

Melhor visibilidade e maior controlo, resultam<br />

em menos acidentes. Graças ao design optimizado<br />

do chassis, da cabine e do mastro, os condutores<br />

beneficiam agora de uma visibilidade ainda<br />

melhor em todas as direcções. O pilar A é espe-<br />

cialmente fino e proporciona ao condutor uma<br />

boa visibilidade da carga e do ambiente envolvente.<br />

Os perfis esbeltos do mastro permitem<br />

ver a via de forma desimpedida, e a placa frontal<br />

mais baixa melhora por seu lado a visibilidade<br />

dos garfos e da carga. Além disso, o tejadilho<br />

panorâmico de vidro blindado, disponível como<br />

equipamento opcional, garante uma óptima visibilidade<br />

superior.<br />

Automóvel ou empilhador?<br />

O sofisticado acabamento interior dos novos<br />

empilhadores contrapesados da Linde irão surpreender.<br />

Na verdade, a funcionalidade, o toque e<br />

o design dos elementos de comando, localizados<br />

ao alcance do condutor, estão muito adaptados<br />

aos padrões da indústria automóvel. E uma ferramenta<br />

de trabalho de alta qualidade, destinada<br />

a realizar tarefas exigentes, deve apresentar<br />

propriedades tácteis de alta qualidade, porque,<br />

afinal de contas, quanto mais cómodo se sinta o<br />

condutor, mais estima terá pelo empilhador.<br />

46 Transporte<br />

euro


FROTAS<br />

Desde que o Nissan LEAF foi colocado à venda em 2010, mais<br />

de 300 mil clientes escolheram a primeira geração do veículo<br />

eléctrico de emissões zero mais vendido do mundo. Mas o<br />

Nissan LEAF é mais que um novo modelo, ele é o pioneiro da<br />

próxima geração dos automóveis eléctricos onde a Nissan<br />

aposta todas as fichas.<br />

text0 josé costa<br />

Philippe Saillard, Vice-presidente Sénior,<br />

vendas e marketing da Nissan Europa, sobre<br />

o novo LEAF não teve dúvidas em afirmar<br />

que este modelo “é o mais avançado e<br />

acessível veículo 100% eléctrico do Planeta”.<br />

De facto, este que é já um ícone da mobilidade inteligente<br />

da Nissan, é simplesmente fantástico.<br />

Após a sua estreia europeia em Outubro de 2017,<br />

este automóvel já criou níveis sem precedentes<br />

de interesse entre os existentes e novos condutores<br />

de veículos eléctricos. O novo LEAF é a materialização<br />

da Mobilidade Inteligente da Nissan.<br />

É uma experiência de condução totalmente nova,<br />

concebida para mover as pessoas com mais<br />

emoção, confiança e conectividade com o mundo<br />

que as rodeia. Esta nova proposta da Nissan<br />

para os consumidores globais assenta em três<br />

pilares principais: Energia Inteligente, que ganha<br />

vida através do novo e avançado grupo motopropulsor<br />

eléctrico do LEAF, com bateria de 40kW;<br />

Condução Inteligente, assente na tecnologia<br />

concebida para melhorar a confiança na condução,<br />

segurança e reduzir o stress e, finalmente,<br />

a Integração Inteligente, que liga o automóvel<br />

a uma sociedade mais vasta através da conectividade<br />

e à rede eléctrica através da tecnologia<br />

de carregamento bidirecional, única no mercado.<br />

Muito mais do que um veículo 100% eléctrico, o<br />

novo Nissan LEAF é uma unidade de energia móvel<br />

que permite ao utilizador geri-lo através de<br />

soluções residenciais ou de escritório.<br />

Com um comprimento total de 4,49m, 1,79m de<br />

largura e 1,54m de altura, para uma distância entre<br />

eixos de 2,70m, o novo LEAF possui um perfil<br />

esguio, ágil, com um visual dinâmico e uma excelente<br />

aerodinâmica. O novo modelo da marca<br />

nipónica possui um interior completamente redesenhado,<br />

focado no condutor e que combina<br />

uma utilização inteligente do espaço com um<br />

funcionamento ideal.<br />

O novo grupo motopropulsor eléctrico do LEAF<br />

proporciona uma potência de 110kW (150cv) e<br />

320Nm de binário, melhorando a aceleração para<br />

7,9s dos 0 aos 100km/h, um desempenho de topo<br />

no segmento C e possui uma autonomia de condução<br />

de 378km NEDC, permitindo aos utilizadores<br />

conduzir até 415km em condições de cidade<br />

com um único carregamento.<br />

euro<br />

Transporte 47


EMPILHADORES<br />

Todos os anos, a Toyota Material Handling Europe passa por<br />

uma avaliação da EcoVadis, concentrada nos tópicos<br />

Meio Ambiente, Trabalho e Direitos Humanos, Compras<br />

Sustentáveis e Ética. Nos últimos anos, a Toyota alcançou<br />

o nível ouro, mas este ano obteve o prémio Platinum.<br />

text0 josé costa<br />

Esta é a pontuação mais alta que se pode alcançar,<br />

colocando a Toyota Material Handling<br />

ao lado dos 1% das principais empresas<br />

do sector.<br />

“O EcoVadis Platinum permite-nos construir<br />

confiança com os nossos clientes, fornecedores<br />

e outras partes interessadas, tal como nos incentiva<br />

a todos a continuar a integrar a sustentabilidade<br />

na forma como trabalhamos”, referiu Tom<br />

Schalenbourg, Director de Desenvolvimento<br />

Sustentável da Toyota Material Handling Europe.<br />

A Toyota Material Handling Europe aproveita<br />

as avaliações de terceiros da EcoVadis para<br />

optimizar a transparência com os seus clientes<br />

e impulsionar o desempenho da sua rede. Devido<br />

à crescente tendência global de aumentar a<br />

transparência e a responsabilidade da cadeia de<br />

abastecimentos, cada vez mais empresas estão<br />

a incluir avaliações de RSE nos seus processos<br />

de compras. A EcoVadis, como empresa líder<br />

em classificação no âmbito da sustentabilidade,<br />

avalia mais de 61.000 fornecedores em todo<br />

o mundo, em termos de desempenho ambiental,<br />

social e éctico. A plataforma online permite que<br />

175 multinacionais acedam às classificações dos<br />

seus fornecedores, em 155 países.<br />

Esforço de equipa<br />

Todas as fábricas na Europa e entidades locais<br />

da Toyota Material Handling são submetidas<br />

a esta avaliação anual, o que leva a uma pontuação<br />

individual de cada entidade. Até o momento,<br />

16 das 26 entidades locais atingiram<br />

o nível EcoVadis Gold. A pontuação da Toyota<br />

Material Handling Europe leva em consideração<br />

todos os dados europeus e também inclui<br />

alguns desempenhos da Toyota Industries<br />

Corporation (TICO).<br />

Em 2018, a Toyota Material Handling Europe<br />

também recebeu o primeiro Prémio de Fornecedor<br />

Excelência da EcoVadis por ‘Melhor envolvimento<br />

do grupo’.<br />

O prémio representou o compromisso da Toyota<br />

com a transparência, no desempenho de<br />

todas as entidades locais.<br />

EcoVadis avalia quatro temas, sendo que o<br />

Trabalho e os Direitos Humanos são os pontos<br />

que mais pesam na avaliação. A Toyota Material<br />

Handling Europe recebeu a seguinte classificação<br />

para cada tema. Trabalho e Direitos<br />

Humanos: 80 pontos em 100 possíveis; Ambiente:<br />

80/100; Ética: 70/100 e Compras sustentáveis:<br />

70/100.<br />

48 Transporte<br />

euro


euro<br />

+<br />

Transporte<br />

S U P L E M E N T O M A I S<br />

Figura +<br />

euro<br />

Transporte 49


SUPLEMENTO MAIS<br />

A vida no Planeta, tal como se nos apresenta, começa a ser insustentável, complicada e,<br />

sobretudo, pouco ecológica. O efeito de estufa contribui cada vez mais para o estreitar<br />

do buraco da camada de ozono. Para tal, muito contribui o sector automóvel que, através<br />

da queima de combustíveis nada ecológicos assume uma grande fatia da “roda da poluição”.<br />

Chegou, pois, a hora do Gás Natural assumir a sua importância na pegada ecológica.<br />

text0 josé costa<br />

Aindústria automóvel, uma das maiores<br />

fontes de poluição do Mundo, continua<br />

a sua luta para apresentar motorizações<br />

com combustíveis cada mais limpos. Hoje<br />

é vasta a gama de veículos (ligeiros e pesados)<br />

que estão mais “amigos do ambiente” e<br />

que vão desde a electrificação ao hidrogénio,<br />

passando pelo gás natural.<br />

É precisamente sobre este último, o GN, que<br />

nos vamos debruçar. São já várias as marcas<br />

da indústria automóvel que apresentam no<br />

mercado a sua gama de veículos movidos a gás<br />

natural comprimido (GNC), designados de GNV<br />

(Gás Natural Veicular). Neste tipo de combustível<br />

as marcas optam, normalmente, pelo GNC<br />

(gás natural comprimido) para veículos pesados<br />

de mercadorias ou passageiros (vulgo autocarros),<br />

cuja maior autonomia é factor importante,<br />

deixando o gás oriundo do petróleo<br />

liquefeito (GPL), para os automóveis ligeiros.<br />

A verdade é que os VGN’s (veículos a gás natural)<br />

contribuem decisivamente para a melhoria<br />

da qualidade do ar urbano que respiramos.<br />

Basta verificar as emissões poluentes<br />

como os óxidos de azoto (NOx), o dióxido de<br />

azoto (NO2) e das partículas sólidas (particulate<br />

matter, PM 10 e PM 2,5), que são emitidas<br />

pelos motores de Ciclo Diesel e do dióxido de<br />

enxofre (SO2). Os VGN’s estão praticamente<br />

isentos de todas estas emissões.<br />

Este é, pois, um tipo de combustível, importante<br />

para a redução das emissões poluentes<br />

e que já levou várias entidades e indústrias a<br />

fomentar e concretizar acções que visam o impulsionamento<br />

do veículo a gás. Neste particular,<br />

ressalva-se as acções dos fabricantes que<br />

estão em constante investigação através dos<br />

seus laboratórios cujo objectivo é o de criar<br />

formas de colocar na estrada veículos cada vez<br />

menos poluentes.<br />

Ao invés, nesta matéria, o Estado tem demonstrado<br />

uma inércia praticamente total, quando<br />

devia ter uma acção mais participativa de apoio<br />

que poderia passar pelo incentivo de aquisição<br />

de GNV’s, como acontece à semelhança, por<br />

exemplo, para os veículos electrificados.<br />

A juntar a tudo isto, os GNV’s apresentam, ainda,<br />

um custo por quilómetro inferior relativamente<br />

aos veículos convencionais a gasóleo<br />

ou gasolina o que por si só bastaria para recolher<br />

apoio estatal. Seja como for, a verdade<br />

é que o preço do GN tem sido sempre inferior<br />

ao dos refinados de petróleo, sendo mesmo<br />

voz corrente no meio, de que o gás natural poderá<br />

apresentar preços negativos no mercado<br />

europeu.<br />

Quanto a motorizações, os VGN’s utilizam motores<br />

térmicos clássicos, tanto do Ciclo Otto<br />

como do Ciclo Diesel. Estes podem ser bi-fuel<br />

(gás natural ou gasolina), dual-fuel (gás natural<br />

e gasóleo) ou exclusivamente a gás natural. Os<br />

veículos ligeiros habitualmente são bi-fuel, enquanto<br />

os pesados se dividem pelo dual-fuel<br />

ou exclusivamente a GN.<br />

Relativamente às diferenças entre gás natural<br />

comprimido (GNC) e gás de petróleo liquefeito<br />

(GPL), estas passam pela sua composição.<br />

O gás natural é composto por uma mistura de<br />

hidrocarbonetos leves (metano, etano, propano,<br />

butano e outros gases em menores proporções)<br />

que submetido à temperatura ambiente<br />

e pressão atmosférica permanece no<br />

estado gasoso. É uma fonte energética encontrada<br />

na natureza em duas formas distintas:<br />

pode ser obtido em depósitos naturais ou através<br />

da queima de biomassa. Já o biogás, obtido<br />

através da biomassa, é um combustível renovável,<br />

e a sua utilização é menos impactante e<br />

50 Transporte<br />

euro


tem custos económicos menores. Este tipo de<br />

combustível, depois de devidamente tratado e<br />

processado, pode ser utilizado na indústria, residências,<br />

automóveis e comércio.<br />

Finalmente quanto às vantagens e inconvenientes<br />

dos veículos a gás, a verdade que neste<br />

momento, quando existem menos de 1000<br />

VGN’s em circulação em Portugal, estes são<br />

seguros e percorrem quilómetros a preço mais<br />

baixo. Mitos como perigo de explosão ou estacionar<br />

em parques subterrâneos, são coisas<br />

do passado. Mesmo na pior hipótese possível<br />

– colisão seguida de incêndio do veículo<br />

– o reservatório de GN não explode pois é dotado<br />

de válvula de segurança. Além disso, se<br />

houver uma fuga o gás natural não se acumula<br />

no local, evapora-se por ser mais leve do que o<br />

ar. Por outro lado, e quanto ao estacionamento<br />

ser proibido em parques subterrâneos, isso<br />

é desmentido através do explicito artigo 4º do<br />

Decreto-lei 298/2001.<br />

Em suma, o Gás Natural, parece estar a conquistar<br />

o seu espaço e pode mesmo ser<br />

uma verdadeira opção de combustível, por<br />

duas razões: é mais barato e menos poluente.<br />

euro<br />

Transporte<br />

51


SUPLEMENTO MAIS<br />

Galp inaugura posto GNL<br />

em Sines<br />

Sines, junta-se às outras duas localidades portuguesas<br />

(Matosinhos e Azambuja), que contam com postos de<br />

abastecimento da GALP, destinado a veículos pesados movidos<br />

a GNL. De facto, a petrolífera nacional, deu seguimento ao que<br />

as transportadoras vinham a pedir desde há algum tempo e<br />

inaugurou o seu mais recente posto de abastecimento de Gás<br />

Natural Liquefeito na região alentejana.<br />

text0 josé costa<br />

Destinado a abastecer veículos pesados,<br />

o novo posto, que conta com uma ilha<br />

monoproduto, fez recentemente o seu<br />

primeiro abastecimento de GNL. Com<br />

esta nova infraestrutura, a Galp reforça a sua<br />

aposta na promoção do uso do gás natural veicular<br />

em Portugal e dá mais um passo no desenvolvimento<br />

e fornecimento de combustíveis<br />

que contribuam para reduzir as emissões, fomentando<br />

o desenvolvimento sustentável da<br />

indústria.<br />

Inaugurado no passado dia 6 de Maio, o novo<br />

posto de abastecimento de Gás Natural Liquefeito<br />

(GNL) em Sines, veio ao encontro daquilo<br />

que as empresas de transportes pretendiam<br />

na região, destinado a abastecer as frotas de<br />

transporte pesados de passageiros e de mercadorias<br />

de longo curso.<br />

O novo posto tem instalado um sistema de gestão<br />

e supervisão que permite que todos os processos<br />

associados ao enchimento do tanque<br />

de armazenagem e ao abastecimento de camiões<br />

sejam monitorizados e controlados em<br />

tempo real.<br />

Com este novo posto, a Galp em Portugal, passa<br />

a deter 3 estações de gás natural veicular, situados<br />

em Sines, Matosinhos e Azambuja. Com<br />

a inauguração do novo posto em Sines, a Galp<br />

eleva também para 10 o total de postos com<br />

gás natural para veículos disponibilizados no<br />

mercado ibérico, sendo que nas estações de<br />

Espanha estes postos são operados directamente<br />

por um parceiro.<br />

O novo posto de Sines é mais um passo na estratégia<br />

da Galp para o desenvolvimento e fornecimento<br />

de combustíveis mais competitivos<br />

e mais amigos do ambiente, que contribuam<br />

para reduzir as emissões e fomentando o desenvolvimento<br />

sustentável da indústria.<br />

A Galp tem sido, aliás, um agente de referência<br />

na promoção do uso do Gás Natural Veicular<br />

em Portugal, sendo igualmente pioneira na<br />

construção de estações de abastecimento de<br />

gás natural nas estações da Carris e da STCP.<br />

A disponibilização de GNV para camiões é, de<br />

resto, um vector de uma estratégia global que<br />

pensa os conceitos de mobilidade e sustentabilidade<br />

nas mais variadas vertentes – mobilidade<br />

eléctrica, gás natural, biocombustíveis e<br />

combustíveis rodoviários ou marítimos mais<br />

limpos, entre outros – sem nunca perder de vista<br />

a satisfação das necessidades energéticas<br />

dos cidadãos, dos clientes e dos parceiros que<br />

se habituaram a olhar para a petrolífera como<br />

uma referência em matéria de energia.<br />

52 Transporte<br />

euro


FIGURA MAIS<br />

João Filipe Jesus é o Director-geral da Dourogás Natural, empresa do grupo Dourogás SGPS,<br />

que gere o negócio e os activos que exploram a mobilidade a gás natural. Totalmente conhecedor<br />

do meio onde se movimenta, o nosso interlocutor, em entrevista à Eurotransporte, referiu<br />

não ter dúvidas de que a mobilidade a gás natural está a ganhar o seu espaço e a registar um<br />

crescimento sustentado, como demonstra, por exemplo, a aposta ganha no transporte público.<br />

Também os principais corredores nacionais de abastecimento permitem, hoje, que o transporte<br />

de pesados de mercadorias, a partir das estações de GNV em Portugal, percorram o mercado<br />

europeu sem problema. Em suma, é o Gás Natural a ganhar o seu espaço com a consistência<br />

da Dourogás Natural a acompanhar o desenvolvimento.<br />

text0 josé costa<br />

<strong>EUROTRANSPORTE</strong> - Qual é a filosofia da Dourogás<br />

para o negócio do Gás Natural?<br />

JOÃO FILIPE JESUS - O Grupo Dourogás tem<br />

uma matriz essencialmente gasista que advém<br />

da sua vocação inicial em levar o gás natural, enquanto<br />

fonte energética mais limpa e mais competitiva,<br />

aos territórios que inicialmente estavam<br />

excluídos dos planos de investimento ao<br />

nível da rede de gasodutos. Hoje, enquanto distribuidor,<br />

o Grupo Dourogás está presente em<br />

34 concelhos explorando uma rede de distribuição<br />

de mais de 600 km, que teve como mérito<br />

principal alavancar o desenvolvimento regional<br />

desses territórios, reduzindo as assimetrias<br />

face ao Litoral. Acreditamos que o futuro não vai<br />

ser totalmente eléctrico e isso abre um conjunto<br />

de oportunidades para promover o caminho da<br />

sustentabilidade, designadamente ao nível dos<br />

gases renováveis, quer os que podem ser produzidos<br />

a partir de recursos endógenos, como o<br />

hidrogénio, quer aqueles que resultam da valorização<br />

e aproveitamento de matéria orgânica como<br />

é o caso do biometano.<br />

A aplicação do gás natural na mobilidade continua<br />

a ser a prioridade do Grupo Dourogás?<br />

O Grupo Dourogás é líder nacional, quer em quota<br />

de mercado, quer na dimensão da rede de postos<br />

de abastecimento de Gás Natural Veicular<br />

(GNV). Iniciámos esta trajectória em 2012/2013<br />

e hoje, volvidos estes anos, acreditamos que demos<br />

um impulso considerável ao conceito da mobilidade<br />

sustentável no nosso País. Dentro de algumas<br />

semanas, concluiremos os investimentos<br />

projectados no quadro de um consórcio euro-<br />

54 Transporte<br />

euro<br />

peu que em 2016 começámos a desenhar e que<br />

se denomina Eco-Gate, e assim teremos uma<br />

dúzia de pontos de abastecimento que asseguram<br />

já uma cobertura considerável do território<br />

nacional, tanto no capítulo do transporte de médio<br />

e longo curso de mercadorias, como ao nível<br />

da distribuição mais capilar nas principais áreas<br />

metropolitanas.<br />

A Empresa está mais direccionada para os veículos<br />

pesados (acima das 16T) de mercadorias.<br />

Essa é a prioridade?<br />

Estamos essencialmente virados para o mercado<br />

onde a tecnologia existente ao dia de hoje, de<br />

uma forma realista e pragmática, permite que o<br />

gás natural constitua uma resposta afirmativa<br />

em termos de economia de custos para as famílias<br />

e para as empresas, enquanto constitui uma<br />

alternativa menos poluente face aos combustíveis<br />

derivados do petróleo. Naturalmente, temos<br />

apostado numa agenda mais virada para os<br />

pesados de mercadorias, que por força das circunstâncias,<br />

é onde a dimensão dos ganhos económicos<br />

atinge maior relevância, mas assistimos<br />

hoje à emergência de apontamentos muito interessantes,<br />

ao nível, por exemplo, da mobilidade<br />

nos ligeiros movidos a gás natural comprimido,<br />

com os quais é hoje possível, por exemplo, fazer<br />

o trajecto Lisboa-Porto com pouco mais de 10€<br />

de combustível. Isto é impensável quando pensamos<br />

nas alternativas tradicionais baseadas no<br />

petróleo.<br />

Os comerciais ligeiros, tipo furgão de mercadorias!<br />

Estão fora do objectivo da empresa ou<br />

também entram em cena?<br />

Se existe virtude na tecnologia da mobilidade a<br />

gás natural, é o espectro alargado de alternativas<br />

que podem ser cobertas pela GNV. Desde<br />

os ligeiros, aos utilitários de mercadorias até 3,5<br />

ton, passando pelas gamas intermédias até às<br />

16 toneladas, até aos pesados de 40 toneladas.<br />

Contamos hoje com um conjunto de operações<br />

de distribuição, suportadas na nossa rede de<br />

abastecimento, nestas gamas de veículos, que<br />

operam em vários domínios de actividade, designadamente<br />

na distribuição para o canal Horeca.<br />

O parque automóvel pesado de mercadorias a<br />

gás natural em Portugal está a aumentar?<br />

No ano de 2019, o número de viaturas a gás natural<br />

no mercado português praticamente duplicou,<br />

com um crescimento homólogo de 91%,<br />

para 752 unidades triplicando inclusivamente os<br />

valores de 2017. Em 2020, a tendência mantevese<br />

durante os primeiros meses, esperando-se<br />

agora uma retoma moderada, em virtude do estado<br />

de emergência associado à pandemia que<br />

assolou Portugal e no Mundo.<br />

Já na nossa vizinha Espanha o crescimento o<br />

ano passado foi de mais de 60% para um total<br />

de mais de 22 mil viaturas. Acreditamos, que em<br />

Portugal existe ainda um território fértil para a<br />

expansão do parque de viaturas movidas a gás<br />

natural.<br />

No seu entender é possível percorrer os principais<br />

corredores da Europa com gás natural<br />

líquido?<br />

Sem dúvida alguma. Aliás, temos hoje clientes<br />

que servem, a partir das nossas estações de GNV<br />

em Portugal, mercados como o alemão, italiano,


Acreditamos,<br />

gpelas<br />

mais<br />

variadas razões,<br />

que o futuro<br />

não será 100%<br />

eléctrico<br />

euro<br />

Transporte<br />

55


FIGURA MAIS<br />

suíço ou mesmo escandinavo. A recente decisão<br />

política do Governo alemão em isentar as portagens<br />

para as viaturas a gás natural (tanto puregas,<br />

como dual-fuel), veio dar um estímulo adicional<br />

a algo que, actualmente, é perfeitamente<br />

fazível, dada a existência de uma rede disseminada<br />

de pontos de abastecimento, quer da existência<br />

de motorizações com autonomias a rondar os<br />

1500 quilómetros.<br />

A rede que existe é já suficiente para atrair empresas<br />

e particulares a adquirir veículos a gás<br />

natural?<br />

Seguramente que sim, os principais corredores<br />

nacionais ao nível do transporte de mercadorias<br />

estão hoje cobertos, quer nos perímetros<br />

das grandes áreas de geração logística, quer nos<br />

principais pontos de interface ao nível dos corredores<br />

que dão acesso à Europa.<br />

Atribui este crescimento só às preocupações<br />

ambientais, ou a parte financeira também entra<br />

na decisão? Como vai o Grupo Dourogás posicionar-se<br />

para enfrentar os desafios da cada<br />

vez maior necessidade de neutralidade carbónica<br />

no sector dos transportes?<br />

Nenhuma solução é sustentável no longo prazo,<br />

se a mesma não assegurar uma cobertura plena<br />

das suas dimensões. Vivemos hoje num mundo<br />

cada vez mais exigente no que respeita às preocupações<br />

ambientais. Aliás, o Plano Nacional de<br />

Energia e Clima para 2030, aponta uma meta de<br />

penetração de energias limpas de 20% no transporte.<br />

Paralelamente, temos vindo a assistir a<br />

uma crescente densidade legislativa no sentido<br />

de estimular a redução da intensidade carbónica<br />

na mobilidade, a par da criação de condições<br />

para a implementação de infraestruturas de fornecimento<br />

de combustíveis alternativos. É neste<br />

quadro desafiante que temos vindo a promover<br />

um conjunto de projectos e investimentos na<br />

área dos gases renováveis, concretamente com<br />

a produção de biometano a partir da purificação<br />

de biogás resultante da valorização de matéria<br />

orgânica (lixos). Estamos, e vamos querer estar<br />

no futuro, na vanguarda da descarbonização dos<br />

transportes e na liderança de uma agenda verde,<br />

em linha.<br />

A mobilidade em termos de transporte público<br />

é um dos sectores com mais visibilidade com<br />

veículos a gás natural. Esta foi uma aposta ganha<br />

ou ainda há muito a fazer?<br />

Foi em definitivo uma aposta ganha. Comparar a<br />

qualidade do ar e as emissões poluentes nas cidades<br />

de Lisboa e Porto, que apostaram numa<br />

rede de transporte público com recurso a autocarros<br />

a gás natural, entre o contexto actual e<br />

a realidade de há uma dúzia de anos, é algo que<br />

é simplesmente incomparável. Foi igualmente<br />

uma aposta ganha em termos económicos, daí<br />

que acreditemos, de forma convicta, que os novos<br />

dossiers de concessão de transporte público<br />

urbano e interurbano possam vir a constituir uma<br />

nova oportunidade para o gás natural.<br />

O uso do gás natural contribui para a redução<br />

das emissões de gases com efeito estufa. Isso<br />

por si só não bastaria para se apostar cada<br />

vez mais neste tipo de combustível?<br />

A meta é particularmente clara: Portugal vai<br />

ter de reduzir as emissões de gases geradores<br />

de efeitos de estufa entre 45% a 55%<br />

em 2030, face aos valores de 2005, e sendo o<br />

sector dos transportes responsável por mais<br />

de um terço destas emissões, é natural que o<br />

mesmo vá estar particularmente exposto a<br />

uma necessidade imperiosa de mudança de<br />

paradigma. Uma das virtudes da tecnologia<br />

dos veículos movidos a gás natural e das redes<br />

de comercialização e distribuição do gás<br />

natural convencional, é que podem de forma<br />

tecnologicamente tranquila, fazer o up-grade<br />

para a utilização de gases renováveis como<br />

o biometano, o que a prazo, não só contribui<br />

para uma maior neutralidade carbónica,<br />

como permite reduzir a dependência energética<br />

do país face ao exterior. Porquanto,<br />

é claro que existe um potencial de recursos,<br />

nomeadamente ao nível da biomassa orgânica,<br />

que podem ser valorizados e utilizados como<br />

combustível. São soluções inadiáveis, que<br />

de resto encontram já enquadramento legal,<br />

quer na moldura regulamentar a nível europeu,<br />

quer no próprio Quadro de Acção Nacional<br />

para o desenvolvimento dos combustíveis<br />

alternativos.<br />

56 Transporte<br />

euro


A Dourogás reforçou a “matriz estratégica” por<br />

assim dizer, com investimentos de coesão e<br />

redução dos custos operacionais para com os<br />

clientes. Esta matriz é para continuar?<br />

Claramente. Aliás, acreditamos muito na bondade<br />

das soluções do tipo win-win. A nossa linha de<br />

posicionamento é gerar valor para entregar aos<br />

nossos clientes. Todos os dias trabalhamos para<br />

elevar os níveis de serviço, inovando nos formatos<br />

de relação comercial, apostando em canais<br />

digitais e em ferramentas facilitadoras da vida<br />

dos nossos clientes e utilizadores. Num outro ângulo,<br />

mais estratégico, estamos a trabalhar num<br />

sistema de obtenção de garantias de origem dos<br />

gases renováveis, para que os transportadores<br />

possam ostentar uma certificação de que o combustível<br />

utilizado nas suas operações, incorpora<br />

uma dada percentagem de fontes renováveis.<br />

A Dourogás explora uma rede própria de gás natural.<br />

Está nos objectivos da empresa alargar os<br />

horizontes nesta matéria?<br />

O Grupo Dourogás, nestes mais de 25 anos que<br />

leva de actividade, ainda não parou de investir, de<br />

olhar para o futuro e de liderar os movimentos<br />

que, no sector da energia e da mobilidade, concorram<br />

para a inovação, para a descarbonização<br />

e para a promoção de mecanismos ao nível da<br />

chamada economia circular. Estaremos, mais cedo<br />

que tarde, a promover novos usos e conceitos<br />

a partir dos activos que constituem a nossa rede<br />

física de proximidade ao nível do GNV.<br />

Que investimentos a Dourogás tem programados<br />

para apresentar em Portugal?<br />

Em qualquer economia, o “bom” investimento é<br />

sempre o motor que alimenta a competitividade<br />

e o desenvolvimento. É assim também nas<br />

empresas e no Grupo Dourogás esta ideia é central<br />

no nosso quotidiano. Queremos, e seguramente<br />

seremos um actor com um papel activo na<br />

transição energética em Portugal, que será um<br />

desafio enorme que teremos todos pela frente<br />

nos anos vindouros. Acreditamos, pelas mais<br />

variadas razões, que o futuro não será 100%<br />

eléctrico. O Governo tem vindo a deixar sinais<br />

muito claros, que no fundo estão alinhados<br />

com as orientações supranacionais, designadamente<br />

ao nível do novo European<br />

Green Deal, que os gases renováveis poderão<br />

vir a ter um papel chave na descarbonização<br />

da economia em geral, e dos<br />

transportes em particular.<br />

Quais os principais vectores sobre<br />

os quais repousa a competitividade<br />

do gás renovável relativamente<br />

às demais energias limpas?<br />

Não existem soluções únicas e respostas<br />

universais a todos os desígnios,<br />

no campo da energia. No que<br />

às ditas fontes renováveis de energia<br />

diz respeito, é imperioso que estejamos<br />

capacitados para gerir o mix<br />

energético em situações de ausência<br />

de vento, de chuva ou de sol. O tema da intermitência<br />

e do armazenamento de energia é essencial<br />

para continuarmos a potenciar o desenvolvimento<br />

das energias de fonte renovável e será por<br />

esta via que o hidrogénio verde e outros gases renováveis,<br />

poderão desempenhar um papel fundamental.<br />

Portugal tem uma rede de infraestruturas,<br />

nomeadamente, uma rede de distribuição de<br />

gás natural muito eficiente e cuja rentabilização<br />

através da injecção do hidrogénio e de gases renováveis<br />

será a chave para uma sociedade moderna.<br />

Estamos certos de que o gás natural e<br />

a electricidade mais do que substitutos, são<br />

complementares na arquitetura de um sistema<br />

cada vez mais eficaz e competente, no caminho<br />

da descarbonização energética.<br />

euro<br />

Transporte<br />

57


F U R G Õ E S<br />

SUPLEMENTO MAIS<br />

VOLKSWAGEM Caddy<br />

Motor: TGI (GNC) 81 (110) Kw (hp)<br />

Consumo: 4,0 /4,2 Kg – 100km<br />

Depósito: 26 kg (13 lt) GNC<br />

Autonomia: 630 km<br />

Emissões de CO2: 109MT-115AT g/km<br />

FIAT Ducato GNC<br />

Motor: 100 (136) Kw (hp)<br />

Consumo: 12,1 – 13,3 kg/100 km<br />

Depósito: 36 kg (15 lt) GNC<br />

Autonomia: 410 km<br />

Emissões de CO2: 216 - 238 g/km<br />

IVECO Daily Caixa Aberta<br />

Motor: 100 (136) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,9 – 100 km<br />

Depósito: 39 kg (14 lt) GNC<br />

Autonomia: 440 km<br />

Emissões de CO2: 245 g/km<br />

58 Transporte<br />

euro<br />

VOLKSWAGEM Maxi<br />

Motor: TGI (GNC) 81 (110) Kw (hp)<br />

Consumo: 4,1 /4,3 Kg – 100km<br />

Depósito: 37 kg (13 lt) GNC<br />

Autonomia: 880 km<br />

Emissões de CO2: 111MT-117AT g/km<br />

IVECO Daily<br />

Motor: 100 (136) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,9 – 100 km<br />

Capacidade Depósito: 39 kg (14 lt) GNC<br />

Autonomia: 440 km<br />

Emissões de CO2: 245 g/km<br />

IVECO Stralis NP GNC<br />

Motor: 294 (400) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,7 - 100Km<br />

Depósito: 1575 lt GNC<br />

Autonomia: Mais de 1000 km<br />

Emissões de CO2: 246 g/km


P E S A D O S<br />

IVECO<br />

Stralis NP GNL<br />

Motor:<br />

338 (460) Kw (hp)<br />

Consumo:<br />

8,4 g/km - 100 km<br />

Depósito:<br />

1080 lt GNC<br />

Autonomia:<br />

Mais de 1500 km<br />

Emissões de CO2: 245 g/km<br />

IVECO<br />

Eurocargo<br />

12-16 TON<br />

Motor:<br />

150 (240) Kw (hp)<br />

Consumo:<br />

8,7 g/km - 100 km<br />

Depósito: 139 kg - GNC<br />

Autonomia: Mais de 400 km<br />

Emissões de CO2:<br />

244 g/km<br />

IVECO<br />

Stralis NP 400<br />

Motor:<br />

294 (400) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km<br />

Depósito:<br />

1578 lt GNC<br />

Autonomia:<br />

Mais de 1000 km<br />

Emissões de CO2:<br />

244 g/km<br />

MERCEDES<br />

ECONIC GNT<br />

Motor: 222 (302) Kw (hp)<br />

Consumo:<br />

8,8 g/km - 100 km<br />

Depósito: 90 kg GNC<br />

Autonomia: + de 400 km<br />

Emissões de CO2:<br />

239 g/km<br />

Configuração:<br />

4x2;6x2;6x4 e 8x4<br />

PUB<br />

euro<br />

Transporte<br />

59


P E S A D O S<br />

SUPLEMENTO MAIS<br />

RENAULT D Wide<br />

Motor: 235 (320) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,9 g/hm - 100 km<br />

Depósito: 120 kg GNC<br />

Autonomia: Mais de 400 km<br />

Emissões de CO2: 239 g/km<br />

SCANIA 280 GNL<br />

Motor: 205 (280) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100km<br />

Depósito: 190 KG GNL<br />

Autonomia: 1100 km<br />

Emissões de CO2: 245 g/km<br />

SCANIA 340 GNL<br />

Motor: 250 (340) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,5 g/km - 100km<br />

Depósito: 310 kg GNL<br />

Autonomia: 1100 km<br />

Emissões de CO2: 245 g/km<br />

SCANIA 280 GNC<br />

Motor: 205 (280) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,7 - 100km<br />

Depósito: 145 KG GNC<br />

Autonomia: 425 km<br />

Emissões de CO2: 243 g/km<br />

SCANIA 340 GNC<br />

Motor: 250 (340) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,7 g/km - 100 km<br />

Depósito: 145 KG GNC<br />

Autonomia: 425 km<br />

Emissões de CO2: 244 g/km<br />

VOLVO DFN GNC<br />

Motor: 239 (320) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,8 g/km - 100 km<br />

Depósito: 120 kg GNC<br />

Autonomia: 400 km<br />

Emissões de CO2: 242 g/km • Configuração: 4x2 e 6x2<br />

60 Transporte<br />

euro


P E S A D O S<br />

A U T O C A R R O S<br />

VOLVO<br />

FM GNL<br />

Motor: 340 (460) Kw (hp)<br />

Consumo:<br />

8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 205 kg GNl<br />

Autonomia: 400 km<br />

Emissões de CO2:<br />

241 g/km<br />

Configuração:<br />

4x2 e 6x2<br />

IVECO<br />

Daily Blue Power<br />

Motor: 100 (136) Kw (hp)<br />

Consumo:<br />

8,2 g/km - 100 Km<br />

Depósito:<br />

246 lt GNC<br />

Autonomia: 400 km<br />

Emissões de CO2:<br />

223 g/km<br />

Cap. máx.: 22+1<br />

VOLVO<br />

FM GNL<br />

Motor: 310 (460) Kw (hp)<br />

Consumo:<br />

8,4 g/Km - 100 Km<br />

Depósito: 205 kg GNl<br />

Autonomia: 1000 km<br />

Emissões de CO2:<br />

239 g/Km<br />

Configuração:<br />

4x2; 6x2 e 6x4<br />

IVECO<br />

Urbanway<br />

Motor: 213-243 (290-330)<br />

Kw (hp) • Consumo:<br />

8,7 g/km - 100 km<br />

Depósito: 10/12m 1260 lt;<br />

18m 1540 lt GNC<br />

Autonomia: 450 km<br />

Emissões CO2: 236 g/km<br />

Cap. máx.: 10m=93;<br />

12m=111 e 18m=163<br />

PUB<br />

GAS SOLUTIONS<br />

Move with us<br />

Towards the<br />

Future<br />

Procurando soluções alternativas e apostando fortemente<br />

na tecnologia de vanguarda, a PRF é líder na construção<br />

de Postos para Abastecimento de Veículos a Gás, quer<br />

para frotas privadas de veículos ligeiros e mercadorias,<br />

quer para postos públicos.<br />

Postos de Gás Natural Comprimido<br />

Postos de Gás Natural Liquefeito<br />

Postos de Hidrogénio e de Biogás<br />

Soluções Portáteis e de Aluguer<br />

euro<br />

Transporte <br />

61


A U T O C A R R O S<br />

SUPLEMENTO MAIS<br />

IVECO Crealis<br />

Motor: 213-243 (290-330) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km<br />

Depósito: 12m 1260 lt; 18m 1540 lt GNC<br />

Autonomia: 850 km • Emissões de CO2: 245 g/km<br />

Cap. máx: 12m=103 e 18m=155<br />

IVECO Crossway LE<br />

Motor: 265 (360) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km<br />

Depósito: 1260 lt GNC<br />

Autonomia: 850 km<br />

Emissões de CO2: 238 g/km • Cap. máx: 93<br />

MERCEDES Citaro GNT<br />

Motor: 240 (302) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 197-365 kg GNC<br />

Autonomia: 900 km • Emissões de CO2: 244 g/km<br />

Cap. máx.: 10m=86; 12m=103 e 18m=157<br />

62 Transporte<br />

euro<br />

IVECO Crealis Natural Power<br />

Motor: 265 (360) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,4 g/km<br />

Depósito: 1260 lt GNC<br />

Autonomia: 850 km<br />

Emissões de CO2: 238 g/km • Cap. máx.: 63<br />

MAN Lion’s City GNC<br />

Motor: 200-228 (272-310) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,7 g/km<br />

Depósito: 267-296 kg GNC<br />

Autonomia: 800 km • Emissões de CO2: 237 g/km<br />

Cap. máx.: Normal 101; Articulado 169<br />

MERCEDES Citaro GNT Hybrido<br />

Motor: 240 (302) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 197 - 365 kg GNC<br />

Autonomia: 850 km • Emissões de CO2: 244 g/km<br />

Cap. máx.: 10m=86; 12m=103 e 18m=157


MERCEDES Conecto GNT<br />

Motor: 222 (302) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,5 g/k - 100 km<br />

Depósito: 225-365 kg GNC<br />

Autonomia: 450 km • Emissões de CO2: 237 g/km<br />

Cap. máx.: 95<br />

SCANIA Citywide LE GNC<br />

Motor: 235 (320) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 330 kg GNC<br />

Autonomia: 400 km • Emissões de CO2: 242 g/km<br />

Cap. máx.: normal=91; articulado= 128<br />

SCANIA Interlink MD GNL<br />

Motor: 206-235 (280-320) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 800 lt GNL • Autonomia: 1000 km<br />

Emissões de CO2: 8,6 g/km - 100 km<br />

Cap. máx.: 2 eixos=59; 3 eixos=71<br />

SCANIA Citywide LF GNC<br />

Motor: 206 (280) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100km<br />

Depósito: 275 kg GNC<br />

Autonomia: 400 km • Emissões de CO2: 244 g/km<br />

Cap. máx.: normal=96; articulado= 147<br />

SCANIA Interlink LD GNC<br />

Motor: 206-235 (280-320) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 210-330 kg GNC<br />

Autonomia: 450 km • Emissões de CO2: 242 g/km<br />

Cap. máx.: 2 eixos=59; 3 eixos= 71<br />

SCANIA Interlink LD GNL<br />

Motor: 206-235 (280-320) Kw (hp)<br />

Consumo: 8,6 g/km - 100 km<br />

Depósito: 850 lt GNL<br />

Autonomia: 1100 km • Emissões de CO2: 238 h/km<br />

Cap. máx.: 2 eixos=59; 3 eixos=71<br />

A U T O C A R R O S<br />

euro<br />

Transporte<br />

63


SUPLEMENTO MAIS<br />

Quando falamos de transporte<br />

por vezes somos conduzidos,<br />

de forma insólita pela nossa<br />

mente, até à ideia de viagens<br />

e, começamos a percorrer<br />

caminhos gravados na<br />

memória em virtude das belas<br />

paisagens, ou, a curiosidade<br />

de ver “in loco” esta ou<br />

aquela cidade.<br />

text0 fernando francisco<br />

Alessandro Volta.<br />

Metaforicamente podemos também<br />

viajar no tempo e, a um passado distante,<br />

imaginando como seria há<br />

dois mil e quinhentos anos a Grécia<br />

e os seus deuses. Hephaestus, filho de Zeus<br />

e de Hera, a quem o povo edificou um templo,<br />

com uma área envolvente de cinco mil metros<br />

quadrados no vale do Olimpo, nomeado como<br />

o deus do fogo e dos metalúrgicos, pois, nesse<br />

preciso local o fogo brotava do chão sem<br />

motivo aparente. Passados estão, dois mil e<br />

quinhentos anos e, embora o templo esteja<br />

degradado, a chama permanece acesa.<br />

Relatos de anciões, com mais de dois mil e<br />

cem anos, mencionam Chengdu, região da<br />

China a mil quilómetros de distância de Wuhan,<br />

como o primeiro local onde nasceram as<br />

primeiras canalizações de Gás Natural. Os buracos<br />

eram cavados manualmente e as canas<br />

de bambu conduziam o gás para diferentes<br />

locais da aldeia onde lhe era conferida a finalidade<br />

desejada: cozinhar, iluminar e até mesmo<br />

para produção de sal.<br />

Oitocentos anos volvidos o aprofundar da<br />

ciência e da curiosidade humana conduz, Alessandro<br />

Volta, à força explosiva do “ar inflamável<br />

dos pântanos” e fá-lo criar um utensílio<br />

para medir a força explosiva do Gás Natural,<br />

se bem idealizou melhor executou criando a<br />

“pistola de Volta” que com ela calculava a força<br />

de explosão de um gás.<br />

Analisando de forma criteriosa e sabendo<br />

que a história do petróleo remonta também a<br />

um passado distante, contínuo relutante em<br />

apelidar, este bem tão precioso, como uma alternativa…<br />

64 Transporte<br />

euro


Agora de série* no novo Actros:<br />

o Active Brake Assist 5.<br />

Uns falam, outros passam à ação. O novo Actros.<br />

Mais informações em www.mercedes-benz-trucks.com<br />

*Equipamento de série para veículos para os quais é legalmente exigido um assistente de travagem de emergência.

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