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PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA IV

Fique Atento - ftc ead

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ecursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar compertinência e efi cácia uma série de situações. Três exemplos: Saber orientar-se numa cidade desconhecida mobiliza as capacidades de ler ummapa, localizar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes saberes: ter noçãode escala, elementos da topografi a ou referências geográfi cas. Saber curar uma criança doente mobiliza as capacidades de observar sinaisfi siológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os seguintes saberes:identifi car patologias e sintomas, primeiros socorros, terapias, os riscos, os remédios, osserviços médicos e farmacêuticos. Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber seinformar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instituições políticas, processo deeleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas, etc.Esses são exemplos banais. Outras competências estão ligadas a contextosculturais, profi ssionais e condições sociais. Os seres humanos não vivem todos asmesmas situações. Eles desenvolvem competências adaptadas a seu mundo. A selvadas cidades exige competências diferentes da fl oresta virgem, os pobres têm problemasdiferentes dos ricos para resolver. Algumas competências desenvolvem-se em grandeparte na escola. Outras não.2. De onde vem a ideia de competência na educação? Quando começou aser empregada?P.P - Quando a escola se preocupa em formar competências, em geral, dá prioridadea recursos. De qualquer modo, a escola preocupa-se mais com ingredientes de certascompetências, e bem menos em colocá-las em sinergia nas situações complexas. Durantea escolaridade básica, aprende-se a ler, a escrever, a contar, mas também a raciocinar,explicar, resumir, observar, comparar, desenhar e dúzias de outras capacidades gerais.Assimilam-se conhecimentos disciplinares, como matemática, história, ciências, geografiaetc. Mas a escola não tem a preocupação de ligar esses recursos a certas situações davida. Quando se pergunta porque se ensina isto ou aquilo, a justifi cação é geralmentebaseada nas exigências da seqüência do curso: ensina-se a contar para resolverproblemas; aprende-se gramática para redigir um texto. Quando se faz referência à vida,apresenta-se um lado muito global: aprende-se para se tornar um cidadão, para se tersucesso na vida, ter um bom trabalho, cuidar da saúde. A onda atual de competênciasestá ancorada em duas constatações:A transferência e a mobilização das capacidades e dos conhecimentos não caemdo céu. É preciso trabalhá-las e treiná-las. Isso exige tempo, etapas didáticas e situaçõesapropriadas.Na escola, não se trabalha sufi cientemente a transferência e a mobilização; nãose dá tanta importância a essa prática. O treinamento, então, é insufi ciente. Os alunosacumulam saberes, passam nos exames, mas não conseguem mobilizar o que aprenderamem situações reais, no trabalho e fora dele (família, cidade, lazer, etc..)Isso não é dramático para quem faz estudos longos. É mais grave para quemfreqüenta a escola somente por alguns anos. Formulando-se mais explicitamente osobjectivos da formação em termos de competência, luta-se abertamente contra a tentaçãoda escola:17

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