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NOTAS<br />
Créditos de carbono em pauta<br />
Foto: divulgação<br />
O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)<br />
abriu consulta pública para receber contribuição da sociedade<br />
para estabelecer critérios para a produção, contabilização e<br />
comercialização de carbono verde de forma voluntária, seguindo<br />
diretrizes da Política Nacional de Carbono Verde na Agropecuária.<br />
O objetivo é estimular o desenvolvimento de um mercado<br />
voluntário de créditos de carbono verdes no Brasil com critérios<br />
referendados para as peculiaridades da produção agropecuária<br />
nacional. Serão publicadas normas técnicas a partir de metodologias<br />
e princípios descarbonizantes validados nacionalmente,<br />
como os definidos pelo Plano ABC+. A coordenadora-geral de<br />
Produção Animal do Mapa, Marcella Teixeira, explica que o que<br />
existe hoje é uma proliferação de marcas conceito a exemplo de<br />
carbono zero, baixo carbono, carbono neutro, sem critérios mínimos<br />
para o uso destes produtos que já estão no mercado e não<br />
têm uma regulamentação que garanta ao consumidor que, de<br />
fato, ele está pagando um pouco a mais por um produto com características que sejam de mitigação de gases de efeito estufa.<br />
“Essa é uma preocupação e por isso essas portarias vêm com a ideia de estabelecer critérios mínimos para atender essa demanda<br />
e para atender a demanda de comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário”, expos Marcella. O crédito de<br />
carbono é um instrumento que permite remunerar iniciativas de descarbonização da economia, como projetos de restauração<br />
florestal e uso de energia limpa entre outras medidas para reduzir emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Esses créditos<br />
podem ser transformados em títulos e comercializados para outros agentes que emitem mais gases poluentes do que o permitido,<br />
por exemplo. Agentes voluntários também podem comprar os créditos para ter acesso a fontes de financiamento verdes<br />
ou por outra decisão estratégica.<br />
Situação crítica<br />
O MMA (Ministério do Meio Ambiente) declarou estado<br />
de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul entre<br />
os meses de maio e dezembro de 2022, conforme Portaria<br />
assinada pelo ministro Joaquim Leite e publicada no Diário<br />
Oficial da União. De acordo com o coordenador da Defesa<br />
Civil Estadual, tenente-coronel Fábio Catarineli, a Portaria faz<br />
parte do plano de combate a incêndios florestais no Estado,<br />
já que favorece a contratação de brigadistas que vão atuar<br />
pelo PREVFOGO (Centro Nacional de Prevenção e Combate<br />
aos Incêndios Florestais) no Pantanal, em áreas de difícil<br />
acesso e em terras indígenas. “Temos observado que esses<br />
meses (de maio a dezembro) são os mais críticos em relação<br />
aos incêndios florestais. Então, a contratação dos brigadistas,<br />
feita pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Naturais Renováveis), é baseada na tendência das<br />
questões meteorológicas”, explicou o coronel Catarineli. O Governo do Estado também tem atuado na prevenção e combate aos<br />
incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, já que as mudanças climáticas têm favorecido o surgimento de queimadas. Mais de<br />
R$ 56 milhões foram investidos em ações e equipamentos do Corpo de Bombeiros, fortalecendo a estruturação da Corporação,<br />
com aeronaves, embarcações e viaturas.<br />
Foto: divulgação<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br