17.11.2020 Views

Repubblicanesimo Geopolitico. Pombalina ed altre Precursioni Lusitane, Massimo Morigi, Neo-marxismo

Repubblicanesimo Geopolitico. Pombalina ed altre Precursioni Lusitane, Massimo Morigi, Neo-marxismo: conferenze portoghesi sul repubblicanesimo geopolitico

Repubblicanesimo Geopolitico. Pombalina ed altre Precursioni Lusitane, Massimo Morigi, Neo-marxismo: conferenze portoghesi sul repubblicanesimo geopolitico

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

imo Morigi, Repubblicanesimo Geopolitico: Pombalina ed altre precursioni lusitane, Pagina 122 di (

132 | CAUSA PÚBLICA

portanto profundíssimas assonâncias com o actual neo -republicanismo.

Aliás, a posição de incerteza entre monarquia e república, salvaguardadas

quaisquer considerações psicológicas acerca de Carducci, afectou

naquele período todo o movimento republicano, inseguro entre manutenção

da pureza republicana original e aceitação realista da monarquia,

numa tentativa de acertar as contas com a realidade. Se Carducci foi a

sua expressão poética, o primeiro ministro Crispi, que originariamente

era um patriota republicano e depois passou para o lado da monarquia,

foi a sua mais estrepitosa manifestação política.

Examinemos, antes de mais, o problema da divindade. Se em

Mazzini Deus é definitivamente a fonte última da soberania, a que pode

predispor do povo (daí a fórmula “Deus e povo”), por sua vez, La libertà

perpetua di S. Marino liga -se directamente à concepção maquiaveliana

da importância da crença em Deus na vida pública, especialmente

no que concerne às repúblicas. Deus não é a fonte da soberania, mas

um forte sentimento religioso é o primeiro e indispensável passo para

garantir os bons costumes que, segundo Maquiavel, são a pedra -angular

sobre a qual se devem fundar aquelas repúblicas que, como se sabe,

perduram no tempo 13 :

Iddio dissi, o cittadini: perocché in repubblica buona è ancora lecito non

vergognarsi di Dio; anzi da lui ottimo, massimo, si conviene prendere i

cominciamenti e gli auspicii, come non pure i nostri maggiori dei comuni, ma

usavano gli antichi nostri di Roma la grande e di Grecia la bella. Odio vecchio

a una superstizione pestiferamente tirannica, orgoglio nuovo di osservatori

troppo fidati nelle vittorie del naturale esteriore, hanno quasi diseducato le

genti latine dall’idea divina: ma né la scelleratezza dei sacerdoti né oltracotanza

di sofi sequestrerà Dio dalla storia […]. Ove e quando ferma e serena rifulge

l’idea divina, ivi e allora le città surgono e fioriscono; ove e quando ella vacilla

e si oscura, ivi e allora le città scadono e si guastano. Dio fu co’ l principio della

nostra repubblica, o cittadini.

Que tais reflexões não enganem, pronunciadas com sentida inspiração

poética, chegando -se a afirmar, em tom retórico, que “né la

scelleratezza dei sacerdoti né oltracotanza di sofi sequestrerà Dio dalla

13

Ib., nota 12, pp. 5 -6.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!