Modelos Lineares Generalizados em Experimentação Agronômica
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16 Clarice G.B. D<strong>em</strong>étrio<br />
Outras referências para o estudo de <strong>Modelos</strong> <strong>Lineares</strong> <strong>Generalizados</strong> e extensões são:<br />
Cordeiro (1986); Aitkin et al. (1989); Dobson (1990); Collett (1991); Firth (1991); Francis et<br />
al. (1993); Fahrmeir & Tutz (1994); Paula (2000) e McCulloch (2000).<br />
2.2 Ex<strong>em</strong>plos de Motivação<br />
A seguir serão apresentados alguns modelos que apareceram na literatura<br />
independent<strong>em</strong>ente e que conforme será visto pod<strong>em</strong> ser agrupados de acordo com algumas<br />
propriedades comuns, o que permite um método comum para a estimação dos parâmetros.<br />
a) Ensaios do tipo dose-resposta<br />
Ensaios do tipo dose-resposta, são aqueles <strong>em</strong> que uma determinada droga é<br />
administrada <strong>em</strong> k diferentes doses, d d , ..., d , a, respectivamente, m m , ..., m<br />
1,<br />
2<br />
indivíduos, obtendo-se como resposta, após um período especificado, y 1,<br />
y2<br />
,..., yk<br />
indivíduos<br />
que mudam de estado (ocorrência de um sucesso, por ex<strong>em</strong>plo, morte). Suponha que cada<br />
indivíduo responde, ou não, à droga, tal que a resposta é quantal (tudo ou nada, isto é, 1 ou 0).<br />
Por ex<strong>em</strong>plo, quando um inseticida é aplicado a um determinado número de insetos, eles<br />
respond<strong>em</strong> (morr<strong>em</strong>), ou não (sobreviv<strong>em</strong>), à dose aplicada. Quando uma droga benéfica é<br />
administrada a um grupo de pacientes, eles pod<strong>em</strong> melhorar (sucesso), ou não (falha). Dados<br />
resultantes desse tipo de ensaio pod<strong>em</strong> ser considerados como provenientes de uma<br />
distribuição binomial com probabilidade π , que é a probabilidade de ocorrência (sucesso) do<br />
i<br />
evento sob estudo, ou seja, Y i ~ Bin( mi<br />
, π i ) .<br />
Os objetivos desse tipo de experimento são, <strong>em</strong> geral, modelar a probabilidade de<br />
sucesso π i como função de variáveis explanatórias e, então, determinar doses efetivas (DLp,<br />
doses que causam mudança de estado <strong>em</strong> p% dos indivíduos, por ex<strong>em</strong>plo, DL50 , DL90 ),<br />
comparar potência de diferentes produtos etc.<br />
k<br />
1,<br />
2<br />
Ex<strong>em</strong>plo 5: Os dados da Tabela 3 refer<strong>em</strong>-se a um ensaio de toxicidade de rotenone, no<br />
delineamento completamente casualizado, <strong>em</strong> que doses (di) do inseticida foram aplicadas a<br />
mi insetos (Macrosiphoniella sanborni, pulgão do crisânt<strong>em</strong>o, Martin, 1942) e após um<br />
determinado t<strong>em</strong>po foram observados os números (yi) de insetos mortos.<br />
Tabela 3: Número de insetos mortos (yi) de (mi) insetos<br />
que receberam a dose di de rotenone<br />
Dose (di) mi yi pi<br />
10,2 50 44 0,88<br />
7,7 49 42 0,86<br />
5,1 46 24 0,52<br />
3,8 48 16 0,33<br />
2,6 50 6 0,12<br />
0,0 49 0 0,00<br />
O interesse do pesquisador estava na determinação das doses letais que matam 50%<br />
(DL50) e 90% (DL90) dos insetos, para recomendação de aplicação do inseticida no campo.<br />
k