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A Bíblia test<strong>em</strong>unha que os seres humanos<br />
pod<strong>em</strong> ser agentes de bênção ou de maldição.<br />
À medida que a sagrada aliança é respeitada, a<br />
bênção divina se concretiza na fertilidade e na<br />
abundância dos frutos da terra. A bênção está<br />
relacionada com a concepção da terra como<br />
dom de Deus <strong>para</strong> a vida das pessoas e dos<br />
animais. “Ela é muito boa”, como tudo o que<br />
Deus criou (cf. Gn 1). Por isso, a organização<br />
social e política (como aconteceu no tribalismo)<br />
deve garantir o cultivo da terra e a partilha dos<br />
bens segundo a necessidade de cada família.<br />
A maldição é consequência da infidelidade à<br />
aliança. Ela se manifesta na desolação da terra<br />
e na carência dos recursos necessários <strong>para</strong> a<br />
vida do povo (cf. Dt 28). Está relacionada com<br />
a proposta sociopolítica (como aconteceu com<br />
a entrada da monarquia israelita) baseada na<br />
ambição e na ganância dos grupos que vão se<br />
impondo heg<strong>em</strong>onicamente sobre a maioria da<br />
população.<br />
A tradição judaico-cristã revela-nos que<br />
o Espírito de Deus age junto às vítimas do<br />
poder, suscitando movimentos e organizações<br />
capazes de abrir caminhos novos <strong>em</strong> vista da<br />
reconstrução de um mundo justo e fraterno. Os<br />
movimentos proféticos e sapienciais cumpriram<br />
esse papel. Jesus bebeu da fonte da Profecia e da<br />
Sabedoria <strong>para</strong> apresentar sua proposta de vida<br />
digna s<strong>em</strong> exclusão. Seu movimento estendeuse<br />
pelo mundo, anunciando a chegada de um<br />
novo t<strong>em</strong>po.<br />
Hoje, são milhares as iniciativas de defesa<br />
e promoção do direito e da dignidade de toda<br />
a criação. Em dores de parto, g<strong>em</strong><strong>em</strong>os – o ser<br />
humano e a natureza –, na expectativa da reden-<br />
Criação PAULUS / Imagens meramente ilustrativas.<br />
Liturgia Diária das Horas<br />
Assinaturas: (11) 3789-4000<br />
assinaturas@paulus.com.br<br />
ção (cf. Rm 8,18-25). Ela está permanent<strong>em</strong>ente<br />
<strong>em</strong> gestação sob o impulso do Espírito de Deus<br />
e da responsabilidade humana. Na esperança<br />
militante, apostamos no advento de “um novo<br />
céu e uma nova terra” (Ap 21), com a tenda de<br />
Deus no meio de nós e com o respeito e a veneração<br />
devidos a todas as coisas, não só porque a<br />
Trindade habita toda a criação ou porque todos<br />
nos encontramos na mesma casa, mas sobretudo<br />
porque formamos um só corpo.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
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a Terra se encontrar<strong>em</strong>. Ribla, Petrópolis: Vozes; São<br />
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1993.<br />
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história de Jesus. São Paulo: Paulus, 2008.<br />
GARMuS, Ludovico. Criação e história <strong>em</strong> Is 40-55. Estudos<br />
Bíblicos, Petrópolis: Vozes, n. 89, 2006.<br />
GORGuLHO, Maria Laura. O novo eixo nas decisões da vida:<br />
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Vozes, n. 42, 1994.<br />
HAHN, Noli Bernardo. Vozes proféticas <strong>em</strong> Dêutero-Isaías: a<br />
recriação da identidade de um povo. Estudos Bíblicos,<br />
Petrópolis: Vozes, n. 103, 2009.<br />
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RIZZANTE GALAZZI, Ana Maria. E Javé passeava pelo<br />
jardim (Gn 3,8). Estudos Bíblicos, Petrópolis: Vozes; São<br />
Leopoldo: Sinodal, n. 38, 1993.<br />
SCHWANTES, Milton. Sofrimento e esperança no exílio. São<br />
Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Paulinas, 1987.<br />
VIEIRA, Tarcísio Pedro. O nosso Deus – um Deus ecológico:<br />
por uma compreensão ético-teológica da ecologia. São<br />
Paulo: Paulus, 1999.<br />
A forma de oração cultivada e aprovada pela longa tradição da Igreja<br />
<strong>em</strong> formato que permite mais fácil acesso e manuseio <strong>para</strong> todo<br />
o povo cristão, de maneira a difundir e recuperar essa prática milenar.<br />
Os fascículos mensais traz<strong>em</strong> a oração da manhã (Laudes),<br />
da tarde (Vésperas) e, a partir de 2011, incluindo também<br />
a oração da noite (Completas).<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Pastoral</strong> – março-abril 2011 – ano 52 – n. 277 19