Clique aqui para baixar a versão em PDF - Vida Pastoral
Clique aqui para baixar a versão em PDF - Vida Pastoral
Clique aqui para baixar a versão em PDF - Vida Pastoral
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
48<br />
dades cristãs são chamados a sair dos túmulos<br />
do medo, da acomodação, do egoísmo e da<br />
tristeza; são chamados a “desatar-se” das<br />
amarras dos sist<strong>em</strong>as que oprim<strong>em</strong> e matam.<br />
As pessoas de fé autêntica, seguidoras de Jesus,<br />
são verdadeiramente livres. O “quarto dia” é<br />
o t<strong>em</strong>po da ressurreição, dom de Deus.<br />
3. II leitura (Rm 8,8-11): <strong>Vida</strong> nova no<br />
Espírito Santo<br />
Viver no Espírito de Cristo é o que propõe<br />
são Paulo aos romanos. Somente no capítulo<br />
8, aparece mais de 20 vezes a palavra “espírito”.<br />
A vida no Espírito Santo contrapõe-se<br />
à vida segundo a carne, ou seja, aos instintos<br />
egoístas. Toda pessoa carrega dentro de si essas<br />
duas tendências, que lutam entre si permanent<strong>em</strong>ente.<br />
Aquelas que foram regeneradas<br />
<strong>em</strong> Jesus Cristo estão mergulhadas <strong>em</strong> seu<br />
Espírito. Por isso, possu<strong>em</strong> a luz e a força do<br />
próprio Jesus, que realizou a vontade de Deus<br />
e redimiu a humanidade. Ele nos justificou<br />
pela graça e nos tornou novas criaturas, participantes<br />
de sua natureza divina.<br />
Estar com o Espírito de Cristo, porém, não<br />
significa anulação da tendência <strong>para</strong> o pecado.<br />
A tensão à santidade deve ser permanente.<br />
É uma questão de opção fundamental pelo<br />
mesmo modo de pensar e de agir de Jesus. Ele<br />
mesmo advertiu que “ninguém pode servir a<br />
dois senhores”. Paulo l<strong>em</strong>bra que os cristãos<br />
não pod<strong>em</strong> viver segundo a carne e segundo<br />
o Espírito ao mesmo t<strong>em</strong>po. Não se pode<br />
viver na liberdade e na escravidão ao mesmo<br />
t<strong>em</strong>po.<br />
Na carta aos Gálatas, Paulo escreve: “Foi<br />
<strong>para</strong> sermos livres que Cristo nos libertou”<br />
(5,1). Ele nos libertou da escravidão do pecado<br />
por pura graça. Portanto, somente na graça<br />
de Jesus Cristo viv<strong>em</strong>os a autêntica liberdade.<br />
Somente no Espírito de Jesus nos libertamos<br />
da escravidão das obras dos instintos egoístas.<br />
E, <strong>para</strong> não haver dúvidas sobre os dois<br />
caminhos que se opõ<strong>em</strong> entre si, Paulo fala<br />
a respeito das obras que caracterizam cada<br />
um deles. “As obras da carne são manifestas:<br />
fornicação, impureza, libertinag<strong>em</strong>, idolatria,<br />
feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões,<br />
discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Pastoral</strong> – março-abril 2011 – ano 52 – n. 277<br />
e coisas s<strong>em</strong>elhantes a estas... Mas o fruto do<br />
Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade,<br />
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,<br />
autodomínio” (Gl 5,19-23).<br />
Uma vez que aderimos, pela fé, a Jesus<br />
Cristo, a ele pertenc<strong>em</strong>os e seu Espírito habita<br />
<strong>em</strong> nós. Esse Espírito é o agente das obras que<br />
agradam a Deus. Pod<strong>em</strong>os, então, contar com<br />
a plenitude de sua graça. Assim, morr<strong>em</strong>os<br />
<strong>para</strong> as obras do egoísmo e permanec<strong>em</strong>os<br />
na vida. Pois o mesmo “Espírito daquele que<br />
ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dá<br />
a vida aos nossos corpos mortais”. T<strong>em</strong>os a<br />
graça de viver desde agora a vida eterna, pois<br />
<strong>em</strong> Cristo fomos divinizados.<br />
III. PISTAS PARA REFLEXÃO<br />
– O Espírito de Deus move a história.<br />
Como foi revelado ao profeta Ezequiel, não<br />
há situação que não interesse a Deus. Ele intervém<br />
na história humana <strong>para</strong> transformá-la<br />
<strong>em</strong> história da salvação. Concede seu Espírito<br />
<strong>para</strong> libertar o ser humano de toda espécie de<br />
escravidão e conduzi-lo à liberdade. O Espírito<br />
de Deus nos faz sair dos “túmulos” da desesperança,<br />
do medo, da acomodação... Deus não<br />
se conforma com o abandono e a morte de<br />
ninguém. Ele é o Deus da vida <strong>em</strong> plenitude.<br />
As crises e dificuldades de nosso t<strong>em</strong>po são<br />
desafios que pod<strong>em</strong> ser enfrentados como fez<br />
o povo exilado na Babilônia: na confiança <strong>em</strong><br />
Deus e na esperança ativa.<br />
– Jesus é a fonte da verdadeira vida. Como<br />
“Bom Pastor”, ele se interessa pelas necessidades<br />
de todos nós. Oferece sua amizade e sua<br />
companhia permanente. Conta conosco <strong>para</strong><br />
continuar sua obra. Os sinais que ele realizou<br />
são indicativos <strong>para</strong> a missão das comunidades<br />
cristãs. A ressurreição de Lázaro aponta <strong>para</strong> o<br />
novo modo de ser Igreja, organizada de forma<br />
participativa e corresponsável. Uma Igreja<br />
composta de pessoas redimidas pela graça,<br />
ressuscitadas <strong>em</strong> Cristo. Cada um de nós é<br />
chamado a declarar sua fé de modo prático, na<br />
certeza de que o b<strong>em</strong> pode vencer o mal e de<br />
que a morte não t<strong>em</strong> a última palavra. Nesse<br />
sentido, é importante que prest<strong>em</strong>os atenção<br />
nos apelos da Campanha da Fraternidade<br />
deste ano.