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O texto salienta a missão terrena de Jesus,<br />
sua encarnação, suas súplicas ao Pai <strong>em</strong> meio<br />
a terrível sofrimento, na confiança de que ele<br />
podia livrá-lo da morte. Foi obediente até o<br />
fim, e Deus o escutou. Jesus “atravessou os<br />
céus”, o verdadeiro Santo dos Santos; ofereceu<br />
o sacrifício definitivo <strong>para</strong> a expiação dos nossos<br />
pecados. Porque participou humild<strong>em</strong>ente<br />
de nossa humanidade e de nossas fraquezas,<br />
é capaz de compaixão. Atravessou o céu s<strong>em</strong><br />
afastar-se da realidade humana. Seu trono não<br />
é <strong>para</strong> juízo e condenação. Pod<strong>em</strong>os nos aproximar<br />
dele, fonte de graça e de misericórdia,<br />
com toda a confiança, s<strong>em</strong> nenhum receio. O<br />
acesso a Deus está permanent<strong>em</strong>ente aberto, e<br />
pod<strong>em</strong>os contar com sua acolhida amorosa.<br />
III. PISTAS PARA REFLEXÃO<br />
– A morte de Jesus foi consequência de sua<br />
fidelidade ao amor a Deus e ao próximo. Sua<br />
opção pela luz da verdade e da justiça não agradou<br />
aos que preferiam as trevas do egoísmo, da<br />
mentira e da dominação. Não é fácil entender a<br />
proposta de Jesus e aderir a ela. Judas preferiu<br />
unir-se aos interesses dos chefes de Jerusalém;<br />
Pedro o negou por três vezes... Também hoje<br />
exist<strong>em</strong> maneiras diversas de trair e negar<br />
Jesus. Houve, porém, pessoas solidárias com<br />
Jesus, como as mulheres e o discípulo amado.<br />
Também José de Arimateia e Nicod<strong>em</strong>os... Nós<br />
somos chamados a seguir Jesus pela renúncia<br />
ao egoísmo e pelo amor vivido cotidianamente.<br />
Pod<strong>em</strong>os ser-lhe solidários: ele se identifica com<br />
os pobres e sofredores.<br />
– Jesus é o Servo de Deus que se ofereceu<br />
<strong>em</strong> sacrifício pela vida da humanidade. Assumiu<br />
a condição humana, foi incompreendido<br />
e desprezado, perseguido e condenado; “como<br />
cordeiro, foi levado ao matadouro”, porém,<br />
não usou de vingança n<strong>em</strong> de violência nenhuma.<br />
Como “Servo sofredor”, carregou nossas<br />
dores e expiou nossas faltas. Foi obediente ao<br />
Pai até o fim. Pela sua vida e pela sua morte,<br />
Jesus tornou-se “o caminho, a verdade e a<br />
vida”. É importante que nos question<strong>em</strong>os a<br />
respeito das “fidelidades” que estamos assumindo<br />
<strong>em</strong> nossa vida: elas são coerentes com<br />
a proposta de Jesus ou preferimos o caminho<br />
das comodidades e da indiferença diante dos<br />
probl<strong>em</strong>as que afetam a vida do ser humano<br />
no planeta Terra?<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Pastoral</strong> – março-abril 2011 – ano 52 – n. 277<br />
– Jesus é o nosso mediador junto ao Pai.<br />
Ele nos entende perfeitamente porque assumiu<br />
<strong>em</strong> seu próprio corpo os limites e fraquezas<br />
humanas. Ele se fez nosso irmão. Acolhe com<br />
ternura e misericórdia toda pessoa que a ele<br />
se dirige. Ele é fonte de todas as graças. Dele<br />
pod<strong>em</strong>os nos aproximar s<strong>em</strong> medo, com toda<br />
a fé e confiança, na certeza do perdão, da<br />
ajuda <strong>em</strong> nossas necessidades e da garantia<br />
de vida eterna.<br />
VIGÍLIA PASCAL (23 de abril)<br />
EXULTAÇÃO E LOUVOR: JESUS<br />
RESSUSCITOU!<br />
I. INTRODUÇÃO GERAL<br />
A Vigília Pascal é a reafirmação comunitária<br />
da fé na ressurreição. É a celebração da vitória<br />
da vida sobre a morte. Depois de um dia de<br />
silêncio e meditação sobre a paixão e morte<br />
de Jesus, a comunidade cristã exulta de alegria<br />
pela Páscoa da ressurreição do Senhor. A Vigília<br />
Pascal baseia-se numa antiga tradição israelita,<br />
conforme se lê no livro do Êxodo: “Esta noite,<br />
durante a qual Iahweh velou <strong>para</strong> fazer seu povo<br />
sair do Egito, deve ser <strong>para</strong> todos os israelitas<br />
uma vigília <strong>para</strong> Iahweh, <strong>em</strong> todas as suas gerações”<br />
(Ex 12,42). No Evangelho, encontramos<br />
o sentido cristão da vigília: “Tende os rins cingidos<br />
e as lâmpadas acesas. Sede s<strong>em</strong>elhantes<br />
a pessoas que esperam seu senhor voltar das<br />
núpcias, a fim de lhe abrir, logo que ele vier e<br />
bater” (Lc 12,35-36). A liturgia da Palavra, b<strong>em</strong><br />
como a simbologia desta celebração, recorda a<br />
ação criadora e libertadora de Deus na história<br />
humana, culminando com a ressurreição de<br />
Jesus. É o acontecimento central de nossa fé.<br />
Qu<strong>em</strong> vive alicerçado na certeza da ressurreição<br />
é nova criatura.<br />
II. A SIMBOLOGIA DA CELEBRAÇÃO<br />
Os símbolos que faz<strong>em</strong> parte da celebração<br />
da Vigília Pascal são portadores de sentidos<br />
relacionados à vida nova. Os <strong>para</strong>mentos<br />
brancos anunciam a vitória sobre o mal e a<br />
paz que Jesus ressuscitado nos dá. Apontam<br />
<strong>para</strong> o viver revestido dos mesmos sentimentos<br />
de Jesus: “Como escolhidos de Deus, santos e