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– Não cair <strong>em</strong> tentação. Durante toda a<br />

nossa vida, somos tentados a abdicar do compromisso<br />

com o projeto de Deus, deixando-<br />

-nos levar por propostas diabólicas. Jesus nos<br />

ensinou o caminho de superação das tentações<br />

do poder <strong>em</strong> sua tríplice dimensão: econômica,<br />

política e religiosa. É claro que a economia, a<br />

política e a religião pod<strong>em</strong> ser meios privilegiados<br />

<strong>para</strong> a construção do reino de justiça,<br />

paz e fraternidade no mundo, desde que sejam<br />

organizadas como serviço dedicado e honesto<br />

ao próximo, principalmente às pessoas mais<br />

necessitadas.<br />

– Ser portadores da graça divina. Com sua<br />

obediência radical à vontade do Pai, Jesus nos<br />

trouxe a graça da libertação de todos os males<br />

e a vida <strong>em</strong> plenitude. Seguindo seus passos,<br />

pod<strong>em</strong>os ser portadores da graça divina, defendendo<br />

e promovendo o direito à vida digna<br />

s<strong>em</strong> exclusão. Para isso, são fundamentais o<br />

cuidado e o respeito <strong>para</strong> com a natureza. A<br />

Campanha da Fraternidade nos aponta sugestões<br />

práticas.<br />

2º DOMINGO DA QUARESMA<br />

(20 de março)<br />

TRANSFIGURAÇÃO: A VIDA<br />

QUE TRIUNFA SOBRE A MORTE<br />

I. INTRODUÇÃO GERAL<br />

Seguir a Deus é assumir atitude de permanente<br />

êxodo. Abraão, nosso pai na fé, foi<br />

chamado por Deus a pôr-se a caminho <strong>para</strong><br />

a terra prometida. Foi provocado a deixar as<br />

seguranças <strong>para</strong> entrar na dinâmica do plano<br />

de amor de Deus, visando a uma “terra s<strong>em</strong><br />

males”, uma sociedade de justiça e paz. Obedecendo<br />

ao chamado divino, Abraão e sua<br />

família tornaram-se portadores da bênção<br />

divina <strong>para</strong> todo o povo (I leitura). O cristão,<br />

continuamente, corre o risco de se equivocar<br />

a respeito de Jesus e de sua proposta. Como<br />

Pedro no episódio da transfiguração, tende<br />

a construir o “ninho” de proteção e de<br />

b<strong>em</strong>-estar, negligenciando as implicâncias do<br />

seguimento de Jesus no caminho da cruz e da<br />

morte (Evangelho). É bom prestar atenção nos<br />

conselhos de Paulo a Timóteo: são expressões<br />

de amor e de solidariedade a qu<strong>em</strong> passa por<br />

situações conflituosas. Timóteo é encorajado<br />

a persistir no test<strong>em</strong>unho de Jesus Cristo, participando<br />

de seus sofrimentos pela causa do<br />

evangelho (II leitura). Neste t<strong>em</strong>po propício<br />

de penitência e con<strong>versão</strong>, somos convidados a<br />

ouvir o chamado que Deus nos faz <strong>para</strong> sermos<br />

santos; é t<strong>em</strong>po propício <strong>para</strong> aprofundar a<br />

vocação que dele receb<strong>em</strong>os e discernir o que<br />

é essencial do que é ilusório.<br />

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS<br />

1. I leitura (Gn 12,1-4a): A fé que se<br />

transforma <strong>em</strong> caminho<br />

A Bíblia nos apresenta a figura de Abraão<br />

como o pai do povo de Israel. Sua fé e confiança<br />

<strong>em</strong> Deus tornam-se a principal herança <strong>para</strong><br />

as futuras gerações. Abraão é representativo de<br />

grupos s<strong>em</strong>inômades, <strong>em</strong> torno de 1500 a.C.<br />

Esses grupos, por natureza, não se submet<strong>em</strong><br />

à dominação do poder político, como o exercido<br />

naquela época pelas cidades-estado. São<br />

caminhantes, s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> busca de terra fértil<br />

que proporcione pastagens <strong>para</strong> a sobrevivência<br />

dos seus rebanhos e, consequent<strong>em</strong>ente, de<br />

suas famílias e clãs.<br />

A experiência que Abraão possui de Deus<br />

está intimamente ligada ao estilo de vida dos<br />

pastores. A garantia da terra e o senso de<br />

liberdade são fundamentais. A presença de<br />

Deus se dá onde se encontram as famílias.<br />

Ele caminha com os pastores, conduz os seus<br />

passos e lhes dá a terra de que necessitam. A<br />

terra é promessa e dom de Deus, porém é necessário<br />

que Abraão esteja disposto a romper<br />

com as seguranças que imped<strong>em</strong> a caminhada<br />

na direção que Deus lhe aponta.<br />

Confiar no Deus da promessa é ter a certeza<br />

de um mundo s<strong>em</strong> exploração e s<strong>em</strong> fome.<br />

Essa promessa é motivadora <strong>para</strong> os movimentos<br />

populares, especialmente <strong>em</strong> época<br />

de opressão, como aquela exercida pelo Egito<br />

e, posteriormente, pela monarquia israelita.<br />

Abraão torna-se a “m<strong>em</strong>ória perigosa” que desacomoda<br />

os oprimidos, proporcionando-lhes<br />

inspiração <strong>para</strong> a resistência e a mobilização<br />

<strong>em</strong> vista de uma nova sociedade.<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Pastoral</strong> – março-abril 2011 – ano 52 – n. 277 37

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