RICHARLES SOUZA DE CARVALHO LÍNGUA INGLESA ... - Unesc

3. O LIVRO DIDÁTICO
Muito se tem escrito sobre o livro didático (FREITAG, 1989; CORACINI,
1995; ECO; BONAZZI, 1980; FARIA, 1986 e muitos outros), seu uso nas escolas, as
implicações ideológicas subjacentes no conteúdo dos livros (FRITZEN et al., 2002) e
sua utilização em sala de aula (PIRES; BEZERRA, 1999). Como o presente trabalho
se propõe a analisar determinados aspectos do livro de língua inglesa, faz-se
necessária uma pequena referência teórica sobre os estudos em livros didáticos em
geral.
Muitas questões que dizem respeito ao livro didático de Língua
Portuguesa, de Matemática, ou seja, qual for a disciplina, também dizem respeito ao
livro utilizado pelo professor de Língua Inglesa.
A cada ano coleções e mais coleções de livros são criadas e lançadas no
mercado editorial bibliográfico. É um mercado promissor, e provavelmente as cifras
são altas, pois as escolas particulares recebem muitas coleções para análise e
possível adoção do material antes do término do ano letivo. As escolas públicas, por
meio do governo federal, também adquirem um grande número de livros didáticos
que serão disponibilizados aos alunos das escolas públicas. As editoras concorrem
entre si para garantir um lugar no mercado bibliográfico.
Os números 6 estudados mostram que a produção do livro didático assume
proporções gigantescas no Brasil [...]. Os editores reclamam, mas fazem
excelentes negócios, sem correr os riscos de mercado, já que o estado
compra mais da metade da produção do livro didático. A economia do livro
didático é, nas condições brasileiras de produção, o grande negócio de
editoras e livrarias. (FREITAG, 1989, p. 64)
Logo, algumas indagações surgem:
6 Esses números e valores se referem a dados estatísticos de 1971 a 1984, presentes em tabela e
gráfico (p. 56 e 57) no livro O livro didático em questão, da autora citada.
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