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RICHARLES SOUZA DE CARVALHO LÍNGUA INGLESA ... - Unesc

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Os livros didáticos de LI que eram pautados em textos literários, oriundos<br />

principalmente da literatura clássica inglesa e estadunidense, começaram a ter seu<br />

conteúdo modificado para gêneros textuais da abordagem comunicativa: diálogos,<br />

expressões que se aproximam do cotidiano de um falante de LI, textos que imitam a<br />

“vida real”. Como já foi dito no primeiro capítulo, essa imitação, na verdade, é uma<br />

pseudo-imitação, pois uma linguagem que imita a “vida real”, o cotidiano, é na<br />

maioria das vezes a linguagem coloquial. Mas o que pode ser notado nos materiais<br />

didáticos a partir da década de 80 até os dias atuais são textos que dizem imitar a<br />

“vida real”, mas têm em sua elaboração expressões da língua padrão. É claro que a<br />

“vida real” também pressupõe o uso de linguagem culta – o que no ensino de LE<br />

também deve ser levado em consideração –, porém não pode haver ênfase de uma<br />

em uma em detrimento da outra. Por último, esses textos são supostamente (digo<br />

supostamente porque não cumprem seu papel, por uma série de fatores) criados<br />

para preparar o estudante para falar Inglês e não para ler.<br />

Essa perspectiva (vertente comunicacional) também favorece uma<br />

redefinição dos conteúdos gramaticais e de sua abordagem. Sem<br />

abandonar a gramática oracional, um currículo organizado a partir da<br />

tipologia de textos, que contém uma grande variedade de discursos, deve<br />

propor uma reflexão acerca da lingüística textual, constituindo uma nova<br />

gramática: a gramática do texto. (BRUNIERA, 2003. Disponível em:<br />

http://novaescola.abril.com.br/ed/148_dez01/html/ling_estr_art.doc )<br />

A autora demonstra a importância de se trabalhar a partir de textos<br />

(literários ou não, mas originais da língua) ao contrário da gramatiquice, 12 que pode<br />

ser percebida em alguns currículos e práticas didáticas de Língua Inglesa.<br />

Ainda de acordo com Bruniera,<br />

[...] deve-se zelar para que o aluno não seja exposto apenas a textos de<br />

trama informativa, mas sim a textos em que a linguagem exerça outras<br />

funções – expressiva, literária, apelativa, fática e metalingüística. Deve-se<br />

cuidar para não fazer uso indiscriminado de situações prático-comunicativas<br />

12 Neologismo que define a ênfase no ensino da gramática em detrimento de funções comunicativas e<br />

do uso efetivo da língua.<br />

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