13.04.2013 Views

MULHERES POBRES E CHEFES DE FAMÍLIA ANA LUCIA ... - UFRJ

MULHERES POBRES E CHEFES DE FAMÍLIA ANA LUCIA ... - UFRJ

MULHERES POBRES E CHEFES DE FAMÍLIA ANA LUCIA ... - UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

40<br />

Movidas pela necessidade de complementar a renda familiar ou<br />

impulsionadas pela escolaridade elevada, menor número de filhos,<br />

mudança na identidade feminina e nas relações familiares, as<br />

mulheres casadas procuram cada vez mais o mercado de trabalho<br />

(p.17).<br />

Estes dados sugerem que, atualmente, são as mulheres casadas e mais<br />

velhas que, mais freqüentemente, se dispõem a enfrentar as dificuldades próprias<br />

da conciliação de atividades profissionais e familiares e, em boa parte das vezes,<br />

para complementar a renda familiar e compensar o desemprego masculino.<br />

As estatísticas nacionais apontam também para o fato de que a presença de<br />

filhos na família, principalmente quando são pequenos, ainda continua sendo um<br />

fator que interfere e dificulta a ocupação feminina (FUNDAÇÃO SEA<strong>DE</strong>, 2002a;<br />

BRUSCHINI, 2000; RIBEIRO et al., 1998). Em 1995, segundo Bruschini (2000),<br />

54% das mulheres trabalhavam, mas, entre as que tinham filhos, a atividade caía<br />

para 51,9%. No caso masculino, a taxa de atividade é constante, ou seja, se<br />

mantém sem alterações nas diferentes faixas etárias, independentemente do<br />

número de filhos.<br />

No caso das mulheres jovens com filhos pequenos podemos supor que a<br />

dificuldade na conciliação de seu duplo papel de trabalhadora e esposa deve ser<br />

ainda maior. Isto porque, quando observamos a taxa de atividade das trabalhadoras<br />

que estão na faixa de 20 a 24 anos podemos verificar que 61% das mulheres que<br />

não têm filhos estão ocupadas, mas, entre as que têm filhos, apenas 50%<br />

trabalham. Na região metropolitana de São Paulo, entre as mulheres sem filhos,<br />

76,3% delas trabalham e, entre aquelas com um único filho, somente 61,2% estão<br />

ocupadas (FUNDAÇÃO SEA<strong>DE</strong>, 2002a).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!