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Revista Eletrônica de Julho - Centrodoscapitaes.org.br

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II Seminário <strong>de</strong> Direito, Desenvolvimento Portuário e Construção Naval.<<strong>br</strong> />

A importância dos incoterms (artigos contratuais internacionais so<strong>br</strong>e o transporte marítimo) nos<<strong>br</strong> />

contratos <strong>de</strong> importação e exportação <strong>br</strong>asileiros foi um dos pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate no II Seminário <strong>de</strong> Direito,<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Portuário e Construção Naval, que aconteceu em junho, em Porto Alegre. No encontro,<<strong>br</strong> />

especialistas <strong>de</strong> todo o Brasil alertaram para os pontos críticos do comércio exterior <strong>br</strong>asileiro. Segundo Daniela<<strong>br</strong> />

Ohana Barbosa, especialista em Direito Aquaviário e Ativida<strong>de</strong>s Portuárias da Univali, um contrato mal redigido<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> comércio internacional po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar, inclusive, a falência das empresas<<strong>br</strong> />

“Se você compra algo do exterior, a empresa transportadora se compromete com o prazo. Mas, se o<<strong>br</strong> />

navio afunda ou sofre qualquer outra avaria, é preciso que o contrato esteja bem redigido para que o problema<<strong>br</strong> />

seja resolvido. Caso contrário, imaginando que o comprador está importando partes para produzir algo para a<<strong>br</strong> />

Petro<strong>br</strong>as, por exemplo, não vai conseguir ser ressarcido nem obter um material substituto a tempo. Com isso, a<<strong>br</strong> />

empresa <strong>de</strong>scumpre seu prazo <strong>de</strong> produção, e o fiscalizador do Bn<strong>de</strong>s suspen<strong>de</strong> o financiamento. A<<strong>br</strong> />

consequência direta é a falência da empresa”, explica<<strong>br</strong> />

Para Daniela, em termos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva naval e portuária, o Brasil está atrasado 50 anos com<<strong>br</strong> />

relação à China, e a falta <strong>de</strong>ssa cultura marítima e da formação <strong>de</strong> pessoas é o principal problema para o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento do setor. “Estão tentando formar marinheiros mercantes, o que normalmente leva três anos,<<strong>br</strong> />

em dois. Isso po<strong>de</strong> ser feito, mas a que custo? É como comparar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem estudou numa escola<<strong>br</strong> />

regular e quem fez supletivo. Não dá para manter a qualida<strong>de</strong> pulando etapas”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Fonte: Jornal do Commercio (RS)<<strong>br</strong> />

Frete sobe 40% e eleva os preços nas prateleiras<<strong>br</strong> />

Os custos do frete marítimo <strong>de</strong> produtos importados ou nacionais que têm componentes<<strong>br</strong> />

importados, como eletroeletrônicos da linha <strong>br</strong>anca (refrigeradores, ar-condicionado, etc) e até mesmo a ração<<strong>br</strong> />

dos animais <strong>de</strong> estimação, tiveram um aumento <strong>de</strong> até 40%, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong>ste ano. Segundo cálculos do<<strong>br</strong> />

mercado, esse aumento, se ainda não chegou às prateleiras, <strong>de</strong>ve estar a caminho.<<strong>br</strong> />

O panorama é ainda pior na importação, pois um contêiner embarcado na Ásia po<strong>de</strong> ter seu frete<<strong>br</strong> />

avaliado em até US$ 6 mil. “E para complicar a situação dos <strong>br</strong>asileiros, o custo do frete é um dos componentes<<strong>br</strong> />

que <strong>de</strong>fine o valor dos impostos <strong>de</strong> importação, PIS/COFINS, IPI e ICMS, o que acaba afetando o preço do<<strong>br</strong> />

produto final”, diz o especialista em comércio exterior e técnico aduaneiro da Mundial Import & Export Solutions,<<strong>br</strong> />

Carlos César Pilarski.<<strong>br</strong> />

“É preciso consi<strong>de</strong>rar que, mesmo as indústrias que fa<strong>br</strong>icam produtos nacionais, usam componentes<<strong>br</strong> />

importados. Com o aumento do frete, consequentemente, há um aumento no valor dos impostos. Por sua vez,<<strong>br</strong> />

essas taxas contribuem para o encarecimento do valor do produto já na liberação no porto, a grosso modo, em<<strong>br</strong> />

10%. É o efeito cascata que termina no valor do produto ao consumidor final, que tem um aumento proporcional<<strong>br</strong> />

a partir <strong>de</strong> 4%”, afirma. Segundo Pilarski, cerca <strong>de</strong> 40% da indústria nacional é formada por componentes<<strong>br</strong> />

importados.<<strong>br</strong> />

Pilarski ressalta que os preços <strong>de</strong> produtos importados e eletroeletrônicos também tiveram reflexo das<<strong>br</strong> />

medidas protecionistas do governo Fe<strong>de</strong>ral e do aumento do dólar. Mas, o executivo, cita ainda o fato <strong>de</strong> que<<strong>br</strong> />

os quatro principais operadores <strong>de</strong> navios, chamados <strong>de</strong> armadores, que operam no Brasil aumentaram o frete<<strong>br</strong> />

em 40%.<<strong>br</strong> />

O aumento dificulta ainda mais a exportação <strong>br</strong>asileira, a importação <strong>de</strong> componentes e, finalmente,<<strong>br</strong> />

encarece os preços ao consumidor interno. Entre os motivos para o incremento estão a crise na Europa e o<<strong>br</strong> />

aumento no preço do combustível a nível internacional. “O frete marítimo vem encarecendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2012. Com a crise mundial, há menos gente usando os transportes marítimos, isso aumenta naturalmente o<<strong>br</strong> />

frete. Outro fator é o encarecimento do óleo pesado, produto <strong>de</strong>rivado do petróleo usado como combustível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

navio”, explica.<<strong>br</strong> />

Os valores do frete, que não passavam <strong>de</strong> US$ 900 por contêiner enviado do Brasil para a Europa, já<<strong>br</strong> />

chegam a US$ 1.200. Para a Ásia, os custos já beiram US$ 2 mil por unida<strong>de</strong>. Pilarski acrescenta que esses<<strong>br</strong> />

aumentos abaixam a competitivida<strong>de</strong> dos produtos <strong>br</strong>asileiros no exterior.<<strong>br</strong> />

Fonte: Jornal do Estado<<strong>br</strong> />

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