Revista Eletrônica de Julho - Centrodoscapitaes.org.br

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O Comperj e o Porto de Maricá.<br />Comte. Carlos Nardin Lima – CLC<br />carlos.nardin@gmail.com<br />Comte. Luiz Augusto C. Ventura – CLC<br />luizaugustocardosoventura@yahoo.com.br<br />O Comperj, Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, que está sendo construído no município<br />de Itaboraí, no Rio de Janeiro, numa área de 45 milhões de metros quadrados, é um dos principais<br />empreendimentos da história da Petrobras. Marca a retomada do setor petroquímico brasileiro e vai<br />transformar o perfil socioeconômico de sua região de influência. O investimento é da ordem de 8,4 bilhões<br />de dólares.<br />O Comperj promoverá uma transformação ainda mais completa do petróleo, fornecendo ao<br />mercado e à sociedade produtos de grande utilidade que tornam a vida mais confortável e prática: os<br />plásticos e outros produtos petroquímicos, componentes para as indústrias montadoras de automóveis,<br />materiais cirúrgicos e linha branca como eletrodomésticos, dentre outros.<br />O empreendimento, que está previsto para entrar em operação em 2014, contempla a<br />construção de uma unidade de refino com capacidade de processar 165.000 barris de petróleo por dia na<br />primeira unidade, mas já com uma decisão de ampliação com a instalação de uma segunda unidade com<br />a mesma capacidade prevista para funcionar de três a quatro anos após a entrada em operação da<br />primeira. Além das unidades de produção, será também erguida uma grande Central de Produção de<br />Utilidades (CDPU), responsável pelo fornecimento de água, vapor e energia elétrica necessários para a<br />operação do complexo.<br />A Petrobras, em conjunto com diversos parceiros, fará a revegetação no entorno do Comperj.<br />Serão plantadas cerca de quatro milhões de mudas nativas da Mata Atlântica, sendo um milhão na área<br />interna e o restante no entorno do empreendimento. O objetivo do projeto é reflorestar o local que se<br />encontra em estado de degradação.<br />O projeto também prevê a instalação de um viveiro florestal localizado no Comperj, com<br />capacidade de produção anual de 300 mil mudas de espécies nativas.<br />O Município de Itaboraí está localizado próximo aos Portos de Itaguaí (103 km) e Rio de Janeiro,<br />dos terminais de Angra dos Reis (157 km), Ilhas d’Água e Redonda (30 km) e é atendido por rodovias e<br />ferrovias, além das sinergias com a REDUC (50 km), com as plantas petroquímicas da Rio Polímeros e da<br />Suzano (50 km) e com o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello -<br />Cenpes (38 km).<br />O licenciamento ambiental do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro foi considerado<br />inovador, por aliar extremo rigor ambiental e complexidade, sem apresentar aumento de prazo. Os<br />estudos, acompanhados pela Feema, priorizaram o reúso da água e a diminuição de emissões<br />atmosféricas e resíduos. www.comperj.com.br<br />4
A área que abriga o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro também deverá ser beneficiada<br />nos próximos três anos com investimentos de R$ 20 bilhões em portos públicos e privados. Segundo a<br />diretoria de política industrial da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin) vinculada à Secretaria<br />de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, o volume de investimentos se eleva ainda<br />mais quando se consideram os projetos que estão sendo construídos no entorno destes portos, como o<br />Complexo Industrial do Superporto do Açu, do grupo EBX, e o Terminais Ponta Negra, empreendimento<br />da DTA Engenharia.<br />A Petrobrás estuda a participação no<br />projeto de construção do Terminal de Ponta<br />Negra (TPN), na Praia de Jaconé, distante 55k<br />do Comperj. São 5,6 milhões de m² que terão<br />seus 65% de área transformada em reserva<br />ambiental. Do total de investimentos, R$ 1,5<br />bilhão seriam empenhados pela DTA, na<br />construção da infraestrutura marítima e<br />terrestre, e o outros R$ 3,5 bilhões por outras<br />empresas a serem estabelecidas. Instalada no<br />local, a estatal seria responsável por levantar<br />um dos dois terminais de granéis líquidos que<br />serão erguidos no empreendimento. A<br />previsão é de 12 mil empregos diretos e indiretos na construção total e 9 mil assim que entrar em<br />operação.<br />O presidente da DTA Engenharia, João Acácio de Oliveira Neto, disse que outras dez unidades<br />de negócios estão previstas para serem instaladas e também são estudadas pela estatal, assim como por<br />outras companhias. Segundo ele, quase 50% da capacidade do terminal para receber granéis líquidos<br />deverão ser utilizados pela Petrobrás. O caso ainda está sendo estudado.<br />O Terminal de Ponta Negra é cheio de vantagens e visto como o terminal do pré-sal, já que irá<br />atender a esta demanda como objetivo principal.<br />A princípio, as obras receberão apoio de fundos de investimentos e empréstimos. Depois, a DTA<br />pretende abrir o capital do Terminal Ponta Negra na Bovespa. Este ano o projeto passa por<br />licenciamentos e atração de recursos. As obras levarão 30 meses e um centro de formação de mão de<br />obra será formado em Saquarema, ao lado da cidade que sofrerá os impactos da construção.<br />A construção do Terminal de Ponta Negra, em vista da sua grandiosidade, causa algumas<br />apreensões na população de Maricá que teme por danos ambientais. No entanto, as regiões que serão<br />beneficiadas pelo projeto nada têm a temer. A tecnologia que está sendo aplicada para a implantação do<br />projeto é uma das mais credenciadas do mundo porque conta com técnicos das mais diversas áreas.<br />Os políticos dos municípios envolvidos no complexo de Itaboraí e Mega Porto de Jaconé devem<br />ficar atentos ao desenvolvimento do projeto. A eles cabe exercer ações para que o mesmo seja cumprido<br />nos moldes estabelecidos pela regulamentação ambiental. O problema lacunar da região deve ter<br />atenção especial. É de fundamental importância a instalação de estações de tratamento de esgotos para<br />evitar que as lagoas recebam os esgotos in natura como acontece atualmente.<br />Para o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, a implantação do complexo portuário dos<br />Terminais Ponta Negra (TPN) irá mudar o papel de Maricá no cenário nacional, com a integração da<br />cidade às atividades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O TPN prevê porto, área de<br />apoio offshore, depósito de minérios e tancagem de granéis líquidos. Estima-se que o Terminal de Ponta<br />Negra receberá 850 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 40% da produção nacional.<br />Fonte: Petronotícias / Valor Econômico / www.marica.rj.gov.br / Redação<br />******<br />Resolução nº 2.510 traz novas regras para outorga na<br />navegação marítima e de apoio<br />A ANTAQ alterou a norma para outorga de autorização à pessoa jurídica que pretenda operar<br />nas navegações de longo curso, cabotagem, apoio marítimo e apoio portuário. A Resolução nº 2.510-<br />ANTAQ com as alterações foi publicada no Diário Oficial da União de 20/06/12, Seção I.<br />http://www.centrodoscapitaes.org.br/Comunicado_ANTAQ.html<br />5
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