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HISTÓRIA E POLÍTICA: ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS - Início

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aixo) a união e a cooperação. Para Locke o contrato social é fruto do exercício da liberdade<br />

tendo em vista a sua própria preservação. Os homens exercem e asseguram a sua liberdade<br />

controlando o Estado/governo por meio do Parlamento.<br />

Locke exclui católicos e ateus do contrato social. Os primeiros porque não<br />

distinguem a sociedade política da livre associação religiosa dos homens – a ética e<br />

concepção católica do período medieval e da contra-reforma não admite a laicização da<br />

política. Os últimos porque, não reconhecendo a concessão divina do Estado de Natureza,<br />

não poderiam reconhecer a necessidade do contrato social para a sua preservação.<br />

O direito de resistência dos homens contra o Estado/governo ocorre quando o direito<br />

do Estado de Natureza encontra-se ameaçado, isto é, o direito a vida, a liberdade e a<br />

propriedade. Nesta circunstância é legítimo a insurgência armada contra o Estado/governo.<br />

Em Locke o contrato social é excludente, fundado na tolerância (não liberdade)<br />

religiosa e apoiado na separação entre Estado e igreja. Os homens controlam a sociedade<br />

política por meio da sua soberania. E autorizam a violência por parte da sociedade política,<br />

mas na estrita defesa do Estado de Natureza e quando decidida pela vontade da maioria pela<br />

via do poder da representação política (Parlamento).<br />

Locke rompe com as idéias inatas de Platão e seu herdeiro moderno: Descartes e o<br />

seu método racional (racionalismo cartesiano). Para ele o homem nasce como uma folha de<br />

papel em branco. As sensações é que permitem idéias simples e externas – quente, amargo –<br />

e simples e internas – atenção, memória, vontade. Esta experiência racionalizada é o que<br />

permite o conhecimento elaborado, superior. Portanto, para Locke, o conhecimento procede<br />

da experiência.<br />

9.3 Estado e Propriedade<br />

Deus fez o homem e o mundo. Com a queda do homem, segundo Locke, Deus<br />

manifesta a sua graça e amor por meio do domínio que o homem deve exercer no mundo por<br />

meio do suor do seu trabalho. Deus institui o direito à propriedade privada como fruto<br />

legítimo do trabalho, um direito natural de origem divina.<br />

A propriedade é concebida por Locke como um direito natural. A propriedade, sendo<br />

doada por Deus em sua origem e mantida e ampliada pelo trabalho, não pode sofrer<br />

agressão, nem mesmo da parte do seu proprietário.<br />

Na origem da sociedade todos os homens possui propriedade, alguns mais outros<br />

menos segundo a capacidade de cada um. Com o advento do ouro e da prata e, mais tarde,<br />

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