HISTÓRIA E POLÍTICA: ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS - Início
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exercício de poder e nos direitos de cidadania. Em Roma não há um ambiente para uma<br />
aliança entre plebeus ricos e plebeus pobres, mesmo quando buscada por políticos<br />
influentes, carismáticos e reformistas oriundos dos próprios patrícios.<br />
5.3 O Império Romano<br />
A derrota do movimento reformista dos irmãos Graco, impede a ampliação dos<br />
direitos civis e a democratização do poder no período republicano. Confirma-se mais uma<br />
vez a ambição e egoísmo patrício.<br />
A consolidação do escravismo após as Guerras Púnicas, aprofundando as<br />
contradições e conflitos sociais, e a derrota do movimento reformista dos irmãos Graco,<br />
impedindo a criação de bases sociais mais sólidas para o Estado, restringe as condições<br />
materiais e culturais da hegemonia aristocrática. A ampliação da hegemonia aristocrática<br />
haveria de integrar nos direitos civis e políticos os segmentos da plebe urbana proletarizada,<br />
exemplo do domínio aristocrático sob a República democrática de Atenas. A intransigência<br />
aristocrática impede esta alternativa de articulação da dominação aristocrática. A carência de<br />
bases materiais e culturais da hegemonia aristocrática determina o reforço do aparato<br />
policial-militar e o coloca no centro da vida política romana.<br />
O exército romano passa a conviver a partir de então com uma mudança de<br />
composição social e comportamento político. O exército, que durante o expansionismo<br />
romano do período republicano possui uma composição social basicamente de camponeses<br />
pequenos proprietários (assidui), não remunerados, passa a ser composto basicamente por<br />
proletários desmoralizados socialmente, remunerados e profissionalizados como soldados.<br />
Isto faz dos soldados e oficiais homens facilmente subornáveis para os mais diversos<br />
interesses políticos. A interferência política do exército na vida da sociedade passa a ser<br />
intensa. O novo exército passa a se constituir no centro do poder real, em substituição ao<br />
Senado.<br />
O general Mário, respaldado pelo exército, o qual reorganiza, e beneficiando das leis<br />
republicanas que previam a ditadura – uma magistratura extraordinária, com poderes<br />
ilimitados, de tempo restrito e recorrida apenas em conjunturas marcadas por graves crises<br />
políticas –, converte-se em um ditador informal em Roma. O caminho para a Monarquia<br />
Imperial, aberta por Mário e ampliado posteriormente por Sila e César, encontra-se<br />
preparado.<br />
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