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A luta contra o farisaísmo hipócrita - Assembleia de Deus do Cruzeiro

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O que <strong>de</strong>veríamos procurar, quan<strong>do</strong> damos aos necessita<strong>do</strong>s, não ê o louvor <strong>do</strong>s homens,<br />

nem um alicerce para a nossa auto aprovação mas, antes, a aprovação <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Isto<br />

implica na referência que nosso Senhor fez das mãos direita e esquerda. "Com esta<br />

expressão", escreveu Calvino, "ele quis dizer que <strong>de</strong>vemos ficar satisfeitos por termos a<br />

<strong>Deus</strong> como única testemunha". Embora possamos manter a oferta em segre<strong>do</strong> diante <strong>do</strong>s<br />

outros e, até certo ponto, <strong>de</strong> nós mesmos, não po<strong>de</strong>mos escondê-la <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Nenhum<br />

segre<strong>do</strong> fica encoberto diante <strong>de</strong>le. Teu Pai que vê em segre<strong>do</strong>, te recompensará.<br />

Algumas pessoas rebelam-se <strong>contra</strong> este ensinamento <strong>de</strong> Jesus. Elas dizem que não<br />

esperam recompensa, seja qual for, <strong>de</strong> pessoa alguma. Mais <strong>do</strong> que isto, acham que a<br />

promessa que nosso Senhor fez <strong>de</strong> recompensar é incoerente. Como po<strong>de</strong> ele proibir o<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>do</strong> louvor <strong>do</strong>s outros ou <strong>de</strong> nós mesmos para, <strong>de</strong>pois, incentivar-nos a procurar o <strong>de</strong><br />

<strong>Deus</strong>? Naturalmente, dizem, isto só muda a forma da vaida<strong>de</strong>. Será que não po<strong>de</strong>ríamos<br />

dar simplesmente pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar? Buscar o louvor <strong>de</strong> quem quer que seja — <strong>do</strong>s<br />

homens, <strong>do</strong> ego ou <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> — é prejudicar o ato, acham.<br />

A primeira razão por que tais argumentos estão erra<strong>do</strong>s relaciona-se com a natureza das<br />

recompensas. Quan<strong>do</strong> as pessoas dizem que a i<strong>de</strong>ia da recompensa lhes é <strong>de</strong>sagradável,<br />

sempre suspeito <strong>de</strong> que o quadro que têm em mente é a concessão <strong>de</strong> prêmios numa<br />

escola, com os troféus <strong>de</strong> prata cintilan<strong>do</strong> na mesa sobre o estra<strong>do</strong> e to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> baten<strong>do</strong><br />

palmas! O <strong>contra</strong>ste não foi estabeleci<strong>do</strong> entre a esmola secreta e a recompensa pública,<br />

mas entre os homens, que não veem nem recompensam a esmola, e <strong>Deus</strong>, que faz as duas<br />

coisas.<br />

C. S. Lewis escreveu sabiamente em um ensaio intitula<strong>do</strong> "O Esplen<strong>do</strong>r da Glória" (The<br />

Weight of Glory) o seguinte: "Não <strong>de</strong>vemos ficar perturba<strong>do</strong>s com os incrédulos que dizem<br />

que esta promessa <strong>de</strong> recompensa torna a vida cristã um negócio mercenário. Há diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> recompensa. Existe a recompensa que não tem conexão natural com as coisas que<br />

se faz para recebê-la, e é totalmente estranha aos <strong>de</strong>sejos que <strong>de</strong>veriam acompanhar<br />

aquelas coisas. O dinheiro não é a recompensa natural <strong>do</strong> amor; é por isso que dizemos<br />

que um homem é mercenário quan<strong>do</strong> se casa com uma mulher por causa <strong>do</strong> dinheiro <strong>de</strong>la.<br />

Mas o casamento é a recompensa apropriada para quem realmente ama, e este não é<br />

mercenário quan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>seja." Do mesmo mo<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>ríamos dizer que uma taça <strong>de</strong> prata<br />

não é uma recompensa muito apropriada para um escolar que estu<strong>do</strong>u muito, mas uma<br />

bolsa para a universida<strong>de</strong> seria o i<strong>de</strong>al. C. S. Lewis assim conclui este argumento: "As<br />

<strong>de</strong>vidas recompensas não são simplesmente adicionadas à ativida<strong>de</strong> pela qual foram<br />

concedidas, mas são a própria ativida<strong>de</strong> em consumação."<br />

Qual é, então, a "recompensa" que o Pai celeste dá àquele que faz a sua dádiva em secreto?<br />

Não é pública nem, necessariamente, futura. Provavelmente a única recompensa que o verda<strong>de</strong>iro<br />

amor <strong>de</strong>seja quan<strong>do</strong> dá ao necessita<strong>do</strong> é ver o alívio <strong>de</strong>ste. Quan<strong>do</strong>, por meio <strong>de</strong><br />

suas dádivas, o faminto é alimenta<strong>do</strong>, o nu é vesti<strong>do</strong>, o <strong>do</strong>ente é cura<strong>do</strong>, o oprimi<strong>do</strong> é<br />

liberta<strong>do</strong> e o perdi<strong>do</strong> é salvo, o amor que provocou a dádiva fica satisfeito. Esse amor (que é<br />

o próprio amor <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> expresso através <strong>do</strong> homem) traz consigo as suas próprias alegrias<br />

secretas e não espera outra recompensa.<br />

Resumin<strong>do</strong>, nossas dádivas cristãs não <strong>de</strong>vem ser feitas nem diante <strong>do</strong>s homens (na<br />

esperança <strong>de</strong> que comecem a bater palmas), nem diante <strong>de</strong> nós mesmos (com a nossa mão<br />

esquerda aplaudin<strong>do</strong> a generosida<strong>de</strong> da nossa mão direita), mas "diante <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>", que vê o<br />

íntimo <strong>de</strong> nosso coração e nos recompensa com a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> que, usan<strong>do</strong> as palavras<br />

<strong>de</strong> Jesus, "Mais bem-aventura<strong>do</strong> é dar que receber.( At 20:35.)"<br />

2. A oração <strong>do</strong> cristão (vs. 5 e 6)

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